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plano terapêutico fonoaudiologia

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Capítulo 46 
plano terapêutiCo FonoaudiológiCo (ptF) 
para intervenção Multissensorial nos
 transtornos do proCessaMento auditivo
eM esColares
Liliane Desgualdo Pereira
Fátima Aparecida Gonçalves
Márcia Ribeiro Vieira
i. ClassiFiCação estatístiCa 
internaCional de doenças e probleMas 
relaCionados à saúde (Cid 10)
F 81 Transtornos específicos do desenvolvimento das 
habilidades escolares.
H 93.2 Outras percepções auditivas anormais.
ii. prinCipais aChados
1. Déficits na percepção do corpo no espaço.
2. Déficits no ajustamento postural e equilibrio.
3. Déficits na estruturação do esquema corporal.
4. Déficits na estruturação espaço-temporal.
5. Déficits na coordenação visomotora.
6; Dificuldade de localização sonora.
7. Dificuldade em discriminação auditiva. 
8. Dificuldade em realizar figura-fundo. 
9. Dificuldade em realizar fechamento auditivo.
10. Dificuldade em ordenação temporal.
11.Dificuldade em resolução temporal.
12. Alteração de leitura e escrita.
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
2
iii. objetivos gerais
1. Promover o ajustamento do corpo ao espaço em três 
eixos: alto/baixo; frente/ atrás; direita/esquerda.
2. Favorecer a regulação tônica e as reações do equilíbrio 
postural.
3. Compreender as informações provenientes do corpo 
próprio.
4. Representar mentalmente os movimentos e 
deslocamentos no espaço e no tempo.
5. Organizar a ligação entre o campo visual e a 
motricidade fina.
6. Adequar a habilidade auditiva de discriminação. 
7. Adequar a habilidade auditiva de localização sonora. 
8. Adequar a habilidade auditiva de figura-fundo. 
9. Adequar a habilidade auditiva de fechamento 
auditivo.
10. Adequar a habilidade auditiva de ordenação temporal.
11. Adequar a habilidade auditiva de resolução temporal.
12. Adequar a comunicação escrita.
iv. objetivos espeCíFiCos e respeCtivas 
intervenções terapêutiCas
objetivo espeCíFiCo 1: organizar a orientação 
do espaço eM relação ao Meio e deteCtar sons 
envolvendo a atenção espontânea e direCionada .
Intervenção terapêutica 1: estimulo: pontos 
diferentes no espaço da sala em relação a um objeto de 
referência (um bambolê ou círculo desenhado com giz no 
chão). Posições no espaço: frente, atrás, direita, esquerda 
dentro, fora, ao redor. Resposta: identificar as diferentes 
posições no espaço, mesmo quando o terapeuta muda de 
lugar, alternando assim, o ponto de referência. Instrução 
por demonstração: inicialmente, o terapeuta coloca-se 
em um local na sala, tornando-se o ponto de referência 
para a criança. O terapeuta verbaliza uma posição e a 
criança deve deslocar-se para a posição indicada (o 
terapeuta deve mudar de lugar algumas vezes, fazendo 
a criança ajustar-se à nova referência). Posteriormente, 
o terapeuta verbaliza um movimento (exemplo, saltando 
em um pé só; giros para a direita e para a esquerda, 
alternados) fazendo junto com a criança, que deve imitá-
lo; e finalmente, o terapeuta solicita verbalmente uma 
posição no espaço e um movimento, e a criança deverá 
dirigir-se à posição solicitada executando o movimento. 
 
Intervenção terapêutica 2: estímulo: sons não 
verbais com níveis sonoros controlados acusticamente e 
com espectros acústicos de frequência que variem desde 
os muito diferentes até os muito próximos entre si. Por 
exemplo: batida de porta, cadeira arrastando, moedas 
balançando, papel amassando, sons instrumentais como 
som do agogô, coco, sino, guizo. Resposta: identificação 
de um dos sons ouvidos, inicialmente, apontando o 
local em que o objeto está posicionado na sala, depois 
deslocando-se em direção ao som; posteriormente, 
verbalizando o nome do objeto que produziu o som 
enquanto desloca-se na direção dele. Nesta atividade, 
evitar pistas visuais, para maior estimulação auditiva. 
Intervenção terapêutica 3: estímulo: ordens 
verbais solicitando a movimentação da criança em 
diferentes direções na sala de acordo com o som que 
estiver ouvindo. Por exemplo, quando ouvir o som da 
batida de porta, deve se deslocar para frente; ao ouvir 
um papel amassando, deverá se deslocar para trás; 
quando ouvir moedas balançando, deverá deslocar-se 
lateralmente à direita e ao ouvir uma cadeira arrastando, 
deverá deslocar-se lateralmente à esquerda. Inicialmente, 
a atividade deverá ser feita com dois sons/posições de 
cada vez. À medida que a criança apresentar acertos, 
aumentar o número de sons/posições. Resposta: identificar 
e associar um determinado som a uma determinada 
direção no espaço. 
Intervenção terapêutica 4: realizar a mesma 
atividade das intervenções 2 e 3 utilizando sons verbais, 
por exemplo, nomes de pessoas – amigos ou familiares, 
nomes de frutas ou números. 
Intervenção terapêutica 5: estimulo: identificação 
de ordens verbais, associando a movimentação do corpo 
3
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMento audItIvo eM escolares
à direita ou a esquerda, a partir de um espaço marcado 
por duas linhas paralelas feitas no chão com fita crepe. 
Resposta: executar um movimento de afastamento lateral 
de pernas à direita ou à esquerda das linhas conforme 
a ordem recebida. Instrução: caminhar por entre as 
linhas, e executar afastamento lateral quando solicitado. 
Ao final do percurso, retornar pelo mesmo caminho, 
dando continuidade à tarefa (observar se ao retornar, a 
criança percebe que a direita e a esquerda em relação 
às linhas mudou).
Intervenção terapêutica 6: realizar a mesma 
estratégia da intervenção 5, associando um som a uma 
posição da criança em relação as linhas desenhadas no 
chão. Estimulo: sons diferentes produzidos pelo terapeuta 
em que cada um representa uma posição da criança 
à direita ou à esquerda da linha desenhada no chão. 
Resposta. Executar um movimento de afastamento lateral 
de pernas à direita ou à esquerda das linhas conforme 
a ordem recebida. Exemplo: quando a criança ouvir 
o som do sino deverá fazer afastamento lateral para a 
direita e ao ouvir o som do coco, o afastamento deverá 
ser feito para a esquerda. Nessa intervenção, o terapeuta 
deverá estar atrás do paciente, de modo que ele não veja 
o instrumento que está sendo tocado.
Intervenção terapêutica 7: desenhar na parede 
(plano vertical) uma linha média horizontal e outra 
vertical, dividindo os espaços em: em cima/direita (CD), 
em cima/esquerda (CE); em baixo/direita (BD), em baixo/
esquerda (BE). A criança, com uma bolinha de tênis, 
responde às solicitações do terapeuta, arremessando a 
bolinha à direita ou a esquerda, na vertical ou acima 
ou abaixo da horizontal. Deve-se inicialmente deixar 
as legendas (CD, CE, BD e BE) desenhadas na parede, 
como orientação do espaço. Depois retirar, para avaliar a 
assimilação. Estimulo: verbalização de nomes de posições 
diferentes num plano vertical desenhado na parede da 
sala como referência e a associação de duas posições: 
direita e esquerda versus embaixo e em cima. Resposta: 
identificar os pontos arremessando a bolinha na posição 
solicitada e recuperando-a; Posteriormente, pedir à 
criança que verbalize a posição que ela irá arremessar a 
bolinha; Num próximo momento, a criança verbalizará 
uma posição e o terapeuta terá que arremessar a bolinha 
e recuperá-la.
objetivo espeCíFiCo 2: adaptar o desloCaMento à 
distânCia, loCalizar e disCriMinar sons verbais e 
não verbais, reConheCendo-os, ClassiFiCando e 
noMeando o que ouviu.
Intervenção terapêutica 1: montar um percurso 
linear feito com bambolês ou círculos desenhados com 
giz no chão. Estímulo: coordenar uma marcação rítmica 
com o deslocamento num espaço demarcado. Resposta: 
andar colocando um pé em cada círculo de acordo com 
a marcação rítmica (determinar a regularidade dos 
passos com a ajuda de um marcador de ritmo, que pode 
ser um metrônomo ou um instrumento de percussão 
como o agogô). Exemplo, cada vez que o instrumento 
for percutido, a criança deverá por um pé num círculo. 
Posteriormente, pedir à criança que cante uma cantiga ou 
parlenda, associando cada palavra a um passo, mantendosempre o mesmo ritmo.
Intervenção terapêutica 2: percurso linear feito 
com bambolês ou círculos desenhados com giz no chão 
(intervenção 1) e som instrumental (coco, sino, guizo, 
agogô etc.). Estímulo: associar um estímulo sonoro às 
posições direita e esquerda em diferentes deslocamentos. 
Resposta: andar nos círculos e ao ouvir um som colocar 
um pé para fora do círculo do lado correspondente à 
direção do som. Exemplo, a criança anda normalmente 
nos círculo, ao ouvir o som vindo do lado direito, pára e 
coloca o pé direito para fora do círculo, repetindo o mesmo 
procedimento do lado esquerdo. Ao final do percurso, 
deverá voltar andando e costas e respondendo da mesma 
forma ao estímulo sonoro. Posteriormente, associa-se um 
instrumento específico a uma direção (exemplo, agogô-
esquerda; sino-direita), fazendo com que a criança ao 
ouvir o som do instrumento desloque seu pé à direita ou 
à esquerda. 
Intervenção terapêutica 3: com os olhos vendados, a 
criança deverá ficar em pé dentro do círculo desenhado no 
solo. Deverá ser percutido um instrumento nas diferentes 
direções (atrás, na frente, à esquerda, à direita e acima). 
Estímulo: estímulos sonoros como orientação para desloca-
se em diferentes direções no espaço. Resposta: Saltar 
em diferentes direções de acordo com a origem do som, 
quando solicitado pelo terapeuta. Exemplo, se o som for 
percutido acima da cabeça, a criança deverá saltar para 
cima. 
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
4
Intervenção terapêutica 5: percurso com os 
bambolês ou círculos desenhados com giz no chão em 
zigue-zague (as distâncias entre os círculos podem ser iguais 
ou desiguais). Estímulo: adequação do movimento em 
espaços não lineares de deslocamento ao ritmo. Resposta: 
andar colocando um pé em cada círculo do percurso em 
zigue-zague, adequando os passos a um ritmo determinado. 
Determinar a regularidade dos passos com a ajuda do 
marcador de ritmo (metrônomo, agogô, tambor etc.). 
A criança deverá acelerar ou desacelerar seus passos de 
acordo com a distância entre os círculos para manter-se 
no ritmo. 
Intervenção terapêutica 6: percurso com arcos em 
zigue-zague com distâncias desiguais entre eles. Estímulo: 
reproduzir sequência numérica ao desloca-se em espaços 
não lineares. Resposta: fazer o percurso correndo e 
contando o número de passos.
Intervenção terapêutica 7: percurso com arcos em 
zigue-zague e nomes de pessoas e números. Estimulo: 
estímulos verbais associados com movimentos executados 
pelos lados direito ou esquerdo do corpo. Resposta: 
identificar um nome ou numeral e associa-los a saltos 
com o pé esquerdo ou direito. Exemplo, saltar com o pé 
direito quando ouvir o nome de uma pessoa e com o pé 
esquerdo ao ouvir um número. 
Intervenção terapêutica 8: pares de caixas de fósforo 
com conteúdos diferentes e, consequentemente, sons 
diferentes (arroz, moedas, milho, areia etc.). Estímulo: 
discriminação de sons não verbais com níveis sonoros 
controlados acusticamente e com espectros acústicos de 
frequência que variem desde os muito diferentes até os 
muito próximos entre si. Resposta: entre duas caixas, ao 
chacoalha-las, dizer se o som ouvido é igual ou diferente 
(por exemplo, entre o som que vem da caixinha com 
moeda e da com arroz, pergunta-se a criança se são iguais 
ou diferentes). Ao final dessa atividade, o terapeuta mostra 
ao paciente o conteúdo de cada caixa de fósforos. 
Intervenção terapêutica 9: cinco pares de caixas de 
fósforo com conteúdos diferentes, e consequentemente, 
sons diferentes (arroz, moedas, milho, areia etc.) 
apresentados aleatoriamente. Estimulo: sons não verbais 
apresentados em pares, para discriminação e memória 
auditiva. Resposta: criança e terapeuta jogam “Memória 
de Sons”. Parear as caixinhas de acordo com o som ouvido. 
Intervenção terapêutica 10: utilizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 9”, Resposta: 
criança e terapeuta deverão parear as caixas e nomear 
seu conteúdo. 
Intervenção terapêutica 11: percurso com arcos 
em zigue-zague e som de caixas de fósforo com diferentes 
conteúdos. Estímulo: discriminar e nomear sons de objetos 
nos intervalos entre um movimento e outro. Resposta: 
saltar para dentro de cada círculo, parar e aguardar o 
estímulo sonoro vindo das caixinhas de fósforo. Nomear 
o som ouvido, e então, saltar para o próximo círculo.
objetivo espeCíFiCo 3: MeMorizar sons verbais e não 
verbais; realizar Manutenção do equilíbrio estátiCo e 
da Coordenação visoMotora; aMpliar o voCabulário.
Intervenção terapêutica 1: ficar em pé sobre 
um banco ou uma cadeira de posse de uma bolinha de 
tênis. Estímulo: sons não verbais marcando um ritmo de 
lançamentos de uma bolinha em uma superfície acima 
do nível do solo. Resposta: manter-se parado sobre a 
cadeira enquanto manipula a bolinha de acordo com 
uma marcação rítmica (determinar a regularidade dos 
lançamentos com a ajuda de um marcador de ritmo, que 
pode ser um metrônomo ou um instrumento de percussão 
como o agogô). Exemplo, a criança fica imóvel sobre a 
cadeira, lança a bolinha para cima e resgata-a, ao ritmo 
de batidas do agogô. 
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentação 
de sequência de sons ambientais (por exemplo, batida de 
porta, moedas balançando, chaves, água escorrendo etc.) 
Resposta: a criança deverá reproduzir os sons ouvidos. 
Nesse momento, não é necessário que os sons sejam 
reproduzidos na mesma ordem em que foram ouvidos. 
Aumentar a sequência de sons à medida que a criança 
apresente acertos. 
Intervenção terapêutica 3: criança em pé sobre um 
banco ou cadeira com uma bolinha de tênis. Estímulo: 
sequência de sons ambientais produzidos pelo terapeuta 
que devem ser repetidos durante a manipulação de uma 
bola de tênis em equilíbrio estático. Resposta: a criança 
5
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMento audItIvo eM escolares
ouve a sequência de sons, então, a cada lançamento 
da bolinha para cima, vai nomeando um a um os sons 
ouvidos. Aumentar a sequência de sons à medida que 
a criança apresente acertos. 
Intervenção terapêutica 4: repetir a estratégia da 
intervenção 3, porém, o terapeuta utilizará sons verbais, 
como o nome de frutas (três ou quatro nomes) ou outra 
categoria semântica. Resposta: cada vez que jogar a bola, 
a criança deverá repetir o nome das frutas na mesma 
sequência ouvida.
Intervenção terapêutica 5: criança no chão, pés 
unidos e com os olhos vendados. Estímulo: sequência 
de sons verbais e adequação do corpo a uma posição de 
imobilidade, sem apoio visual. Resposta: a criança deverá 
ficar parada no lugar, com os olhos fechados e reproduzir 
as sequências de sons verbais ouvidos.
Intervenção terapêutica 6: estímulo: lista de sons 
verbais anotadas pelo terapeuta junto com a criança (por 
exemplo, uma lista de compras de supermercado) e a 
correspondência de cada item da lista aos lançamentos 
da bolinha de tênis na parede. Brincar de “Eu fui ao 
supermercado e comprei...”. Resposta: a criança jogará 
a bolinha na parede e dirá, a cada lançamento, o nome 
de um dos itens da lista de compras no supermercado. 
Dessa vez, o ritmo dos lançamentos da bolinha deverá 
obedecer ao tempo em que a sequências de itens são 
falados, ou seja, o intervalo de tempo será cada vez maior. 
Importante que todos os itens sejam lembrados.
Intervenção terapêutica 7: estímulo: discutir com 
a criança sobre as atividades que foram realizadas na 
sessão atual. Pedir que a criança escolha três elementos 
de cada categoria semântica envolvida na atividade (por 
exemplo: as partes do corpo que foram estimuladas, os 
instrumentos, tipos de sons - palavras ou instrumentos, 
locais da sala que foram explorados, objetos utilizados 
etc. Resposta: nomear os elementos envolvidos na sessão 
de terapia de acordo com a categoria semântica.
objetivo espeCíFiCo 4: desenvolver a persistênCia 
tôniCa eM equilíbrio dinâMiCo e sequenCializar sons 
verbais e não verbais; aMpliar voCabulário e elaborar 
o disCursoeM situações Contextualizadas.
Intervenção terapêutica 1: mãos apoiadas no chão e pés 
apoiados na parede (paralelos). Estímulo: planos diferentes no 
espaço para exploração do corpo em um determinado tempo. 
Resposta: a criança na posição indicada deverá manter-se 
imóvel por 15 segundos. Depois, deslocar os pés para cima 
aos poucos, trazendo as mãos mais próximas da parede e, 
manter-se sustentado por mais 15s. Continuar o processo, 
até ficar o mais próximo possível da parede (quase vertical).
Intervenção Terapêutica 2: estímulo: sons ambientais 
diferentes em sequência (batida de palmas, barulho de moedas, 
papel amassando etc.). Resposta: repetir a mesma sequência 
de sons não verbais feita pelo terapeuta na mesma ordem 
em que foi ouvida. A princípio deverá estar com os olhos 
abertos e posteriormente de olhos fechados. À medida que 
ocorrerem acertos, pode-se aumentar o número de sons em 
cada sequência. 
Intervenção Terapêutica 3: mãos apoiadas no chão 
e pés apoiados na parede. Estímulo: apresentação de uma 
sequência de sons ambientais pelo terapeuta intercalados com 
intervalos de contração e descontração do corpo. Resposta: 
a criança deverá manter-se em sustentação na parede por 15 
segundos enquanto o terapeuta apresenta uma sequência de 
sons, descer da parede e nomear os sons que foram ouvidos 
na mesma ordem em que foram apresentados. Iniciar com 
dois sons e aumentar gradativamente, subindo e descendo 
da parede a cada sequência. 
Intervenção Terapêutica 4: repetir a estratégia da 
intervenção 3, utilizando sons verbais de diferentes categorias 
semânticas (nomes de pessoas, animais, frutas, números etc.).
Intervenção terapêutica 5: estímulo: mãos apoiadas 
no chão e pés apoiados na parede. Estímulo: apresentação 
de sons verbais de categorias semânticas diferentes pelo 
terapeuta combinadas com deslocamentos para a direita e 
para a esquerda com o corpo em um plano invertido no espaço. 
Resposta: na posição indicada, a criança ouve as palavras 
ditas pelo terapeuta e, ao se deslocar lateralmente na parede, 
reproduz as palavras. Deve movimentar-se hora à direita, 
hora à esquerda. Exemplo, o terapeuta diz: mamão e laranja 
e a criança movimenta-se para a direita e repete as palavras. 
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
6
Na próxima sequência deverá movimentar-se à esquerda.
 
Intervenção terapêutica 6: traçar uma linha (1,5m) 
com fita crepe no chão. Estímulo: deslocamento para frente e 
para trás sobre uma linha feita de fita crepe no chão. Resposta: 
a criança deverá andar colocando um pé a frente do outro 
sobre a linha. Ao final da linha, deverá retornar andando de 
costas, mantendo a passada alternada sempre sobre a linha.
Intervenção terapêutica 7: repetir a estratégia da 
“intervenção terapêutica 6”. Estímulo: sequências de diferentes 
sons não verbais, associadas com movimentação para frente 
e para trás em equilíbrio sobre linha. Resposta: andar sobre 
a linha de fita crepe, enquanto repete o nome dos sons na 
mesma sequência em que foram ouvidas; falar o nome de um 
som a cada passada. Manter o mesmo procedimento quando 
andando de costas. 
Intervenção terapêutica 8: realizar a mesma estratégia 
da intervenção 7, porém, utilizando sons verbais e pedir que 
a criança repita as sequências ouvidas.
Intervenção terapêutica 9: utilizar ainda a linha de fita 
crepe; a criança deve ficar em pé, parada sobre a linha, um pé a 
frente do outro, de posse de uma bolinha. Estímulo: sequência 
de sons não verbais e verbais alternados, associados a batidas 
de bola à esquerda ou a direita da linha, de acordo com a 
solicitação do terapeuta. Resposta: discriminar e relacionar um 
determinado som a um determinado lado da linha, batendo 
com a bolinha no lado respectivo ao som, sem sair do lugar. 
Exemplo, ao ouvir o som do agogô, bater a bolinha do lado 
direito da linha; ao ouvir o nome de uma fruta, bater a bolinha 
à esquerda da linha. Os sons devem ser feitos aleatoriamente.
Intervenção terapêutica 10: estímulo: compor uma 
história com a criança a partir de figuras que serão sorteadas 
aleatoriamente. O terapeuta sorteia uma figura e inicia a 
história. Resposta: ao sortear outra figura, a criança deverá 
repetir a parte da história contada pelo terapeuta e continua 
a história a partir dali, incluindo agora sua nova palavra na 
história, e assim sucessivamente até terminar o número de 
palavras. Iniciar a história com poucos elementos e aumentar 
gradativamente.
Intervenção terapêutica 11: estímulo: o terapeuta 
fará perguntas sobre as atividades realizadas na sessão atual 
(inicialmente, as perguntas podem ser mais simples, em 
contexto fechado, como por exemplo: “Quais instrumentos 
nós utilizamos hoje?”, “Quais partes do corpo você utilizou 
para realizar a primeira atividade?” etc. A seguir, as perguntas 
devem permitir que a criança elabore o discurso, como por 
exemplo: “Quero que você me conte como realizou a segunda 
atividade de hoje.”; “Se você fosse contar para um amigo todas 
as atividades que fez aqui hoje, o que você diria?” Resposta: 
a criança deverá responder às perguntas do terapeuta, com a 
maior riqueza de detalhes possível. O terapeuta poderá ajudá-
la a elaborar o discurso fazendo mais perguntas se necessário.
objetivo espeCíFiCo 5: estiMular a ConsCiênCia 
segMentária dos MeMbros eM posição deitado CoM 
Controle tôniCo, realizar Figura Fundo para sons 
verbais e não verbais; aMpliar voCabulário e elaborar 
histórias a partir de uM Contexto.
Intervenção terapêutica 1: com um tapete no solo, 
a criança deverá deitar-se em decúbito dorsal (de costas), 
braços ao longo do corpo, palmas das mãos abertas, 
cotovelos levemente flexionados. Estímulo: consciência 
das partes do corpo que tocam pelo causada pelo ritmo da 
respiração e do relaxamento. Resposta: inspirar e expirar 
algumas vezes percebendo os pontos de contato do corpo 
com o solo, relaxar para aumentar a área de contato.
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentação 
de uma sequência de três palavras ou números ditas pelo 
terapeuta com um rádio ligado em fraca intensidade. 
Aumentar a intensidade do rádio de acordo com o 
desempenho da criança. Resposta: a criança deverá 
manter sua atenção na sequência de palavras e números 
e repeti-la, ignorando o som do rádio. 
Intervenção terapêutica 3: realizar a estratégia 
da intervenção 1 com um rádio ligado com uma música 
numa intensidade média. Estímulo: ordens verbais dadas 
em sequência pelo terapeuta solicitando a atenção e 
nomeação de certas partes do corpo que tocam no chão 
na posição deitada. Resposta: ao relaxar, a criança deverá 
repetir em voz alta os pontos de contato do corpo que 
percebeu na mesma ordem que foi dita pelo terapeuta. 
(por exemplo: “Agora perceba os joelhos, os cotovelos 
e os pés).
Intervenção terapêutica 4: repetir a estratégia da 
7
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMento audItIvo eM escolares
intervenção 1, porém, em decúbito ventral (de barriga): 
manter a cabeça para a direita ou esquerda, uma das faces 
sobre o tapete, palmas das mãos tocando o chão, mais 
ou menos na altura da cabeça, com braços e antebraços 
flexionados. Resposta: inspirar e expirar algumas vezes 
percebendo os pontos de contato do corpo com o solo, 
relaxar para aumentar a área de contato.
Intervenção terapêutica 4: manter o corpo na 
mesma posição da “intervenção terapêutica 3”. Estímulo: 
ordens verbais dadas pela terapeuta solicitando mudança 
de posição da cabeça determinadas por um tempo com 
a competição de uma história gravada ao fundo em 
intensidade média. Resposta: a criança deverá manter 
sua atenção na terapeuta que pedirá a ela que mude a 
posição da cabeça da direita para a esquerda de 30 em 
30 segundos, ignorando a presença da história. 
Intervenção terapêutica 5: a criança coloca-se 
em decúbito lateral (de lado), deitando lateralmente, a 
perna que toca o chão ficará estendida, enquanto a outra 
(que está em cima) fica flexionada sobrea primeira, com 
o joelho tocando o chão; os braços acima da cabeça. 
Estímulo: manter-se imóvel em uma mesma posição 
durante um determinado tempo. Resposta: a criança 
ficará sem se mexer durante 30 segundos e então, 
relaxará e mudará de lado, repetindo a mesma tarefa. 
Posteriormente, pode-se aumentar o tempo. 
Intervenção terapêutica 6: repetir a estratégia 
da intervenção 5, porém, com um rádio ligado tocando 
uma música instrumental . Estímulo: três ou quatro sons 
não verbais percutidos em sequência na presença de um 
estímulo competitivo e manutenção do corpo imóvel, 
na mesma posição, durante o tempo que os sons são 
percutidos. Resposta: nomear a sequência de sons que 
foram percutidos pela terapeuta enquanto ela estava 
imóvel e silenciosa, ignorando a música do rádio. 
Intervenção terapêutica 7: estímulo: na presença 
de ruído de fundo (pode ser um rádio ligado fora de estação 
ou a janela aberta próximo a um local movimentado, ou 
um ventilador ligado etc.), instrumentos serão percutidos 
em diferentes direções. Resposta: ignorar o ruído e 
apontar a direção do som que foi ouvido. 
Intervenção terapêutica 8: apresentar um tabuleiro 
com figuras de pessoas realizando diferentes ações. A 
criança deverá ouvir uma gravação com frases, solicitando 
que ela aponte as ações representadas pelas figuras. Por 
exemplo: mostre a menina chorando; mostre o menino 
brincando de carrinho etc. (essa gravação poderá ser 
encontrada no Livro Processando Sons - Rodrigues, 
2007). Ao mesmo tempo, o terapeuta, que deverá se 
posicionar a frente da criança, irá ler uma história em 
voz alta. Estímulo: ordens verbais relacionadas a ações a 
serem executadas, combinadas com um estímulo auditivo 
competitivo. Resposta: atenção apenas nas ordens 
da gravação, apontando as figuras correspondentes, 
ignorando a história contada pela terapeuta. Inicialmente 
a gravação deverá estar numa intensidade maior que a 
da história (relação sinal/ ruído positiva) e de acordo 
com os acertos da criança, a relação sinal/ruído deverá 
diminuir até se tornar negativa (história mais alta que 
a gravação).
Intervenção terapêutica 9: estímulo: serão feitas 
perguntas em contexto aberto e fechado sobre a sessão 
atual. Resposta: a criança deverá responder às perguntas, 
incluindo o maior número de elementos possíveis. 
Intervenção terapêutica 10: estímulo: apresentar 
à criança, fotos ou desenhos de elementos envolvidos 
na sessão atual (por exemplo: foto de um rádio, de uma 
pessoa fazendo um exercício, instrumentos, CDs etc). 
Resposta: a criança deverá criar uma história a partir 
dos elementos apresentados. Ela deverá utilizar todos os 
elementos para contar a história e poderá também incluir 
personagens e elementos que estejam representados nas 
fotos/ figuras.
objetivo espeCíFiCo 6: sstiMular a ConsCiênCia de 
desloCaMentos segMentários do MeMbros, seguidos 
de desContração, realizar FeChaMento auditivo, 
aMpliar voCabulário e elaborar histórias1. 
Intervenção terapêutica 1: a criança deverá se 
manter em decúbito dorsal (deitada de costas no chão 
com os braços ao longo do corpo. Estímulo: contrair e 
descontrair partes determinadas do corpo durante um 
tempo determinado pelo terapeuta. Resposta: elevar 
1. Durante a realização das atividades deste objetivo, recomenda-se a utilização de ruídos de fundo, que podem ser: ventilador ou ar condicionado 
ligados, computador ligado, janela aberta próxima à rua movimentada, torneira ligada ou ruído branco ligado em caixa de som estéreo.
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
8
um braço na vertical, manter por 15s e depois soltá-lo 
(deixá-lo cair sob o efeito do próprio peso); repetir com 
o outro braço. Repetir a mesma estratégia com as pernas 
alternadamente.
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentar 
sequências de quatro palavras (escolher uma categoria 
semântica) ou números na presença de ruído de fundo. 
Resposta: a criança deverá ignorar o ruído de fundo e 
prestar atenção nas palavras ditas e a seguir repeti-las 
na mesma sequência ouvida.
Intervenção terapêutica 3: a criança deverá se manter 
em decúbito dorsal (deitada de costas no chão com os 
braços ao longo do corpo). Estímulo: apresentação de quatro 
palavras pelo terapeuta na presença de um ruído de fundo 
associado à contração e descontração de partes do corpo 
alternadas. Resposta: a criança deverá ignorar o ruído de 
fundo e enquanto estiver com o braço elevado, repetir 
a sequência ouvida. Em seguida, deverá relaxar o braço, 
deixando-o cair e executar a tarefa com o outro braço. 
Intervenção terapêutica 4: estímulo: mesma estratégia 
da intervenção 3, com apresentação de sequências de quatro 
palavras ou números ditas pelo terapeuta no silêncio e com 
presença de ruído na repetição pela criança. Resposta: no 
momento em que a criança soltar o braço, deverá repetir a 
sequência ouvida. Imediatamente após, a criança elevará o 
outro braço, enquanto o terapeuta repete as mesmas palavras 
ditas anteriormente, mas em outra ordem, tendo ao fundo, o 
som de um rádio ligado fora de sintonia em intensidade fraca.
Intervenção terapêutica 5: inicialmente o 
terapeuta apresenta músicas conhecidas com rima 
(por exemplo, cantigas de roda), na íntegra. Estímulo: 
apresentação das músicas com pausa e associar sua 
finalização com contração e descontração dos dois 
braços simultaneamente. Resposta: a criança deverá 
manter ambos os braços elevados enquanto a música 
toca; quando essa pausar, deverá abaixá-los e completar 
as palavras que faltaram na música. Posteriormente, 
pode-se repetir a estratégia com elevação das pernas.
Intervenção terapêutica 6: realizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 5”, porém, com 
a presença de ruído ao fundo.
Intervenção terapêutica 7: a mesma estratégia 
da “intervenção terapêutica 6” pode ser realizada com 
a presença de ruído de fundo durante toda a atividade. 
Além disso, a intensidade do ruído pode ser aumentada 
progressivamente.
Intervenção terapêutica 8: estímulo: utilizar fotos/
figuras de elementos relacionados à terapia desde o seu 
início (instrumentos, palavras, exercícios motores, CDs, 
histórias etc.). Colar as fotos/figuras representativas de 
cada sessão num caderno (diário) que deve ser levado 
para casa. Resposta: com o apoio do diário, a criança 
deverá contar em casa (para os pais e/ou irmãos) como 
foi sua sessão de terapia, incluindo o maior número 
de elementos e detalhes possíveis. Os pais devem ser 
orientados a ajudá-la na elaboração do discurso, fazendo 
perguntas e completando frases se necessário.
objetivo espeCíFiCo 7: estiMular a Coordenação 
visoMotora eM MotriCidade aMpla e realizar 
resolução teMporal de sons verbais e não verbais.
Intervenção terapêutica 1: estimulo: utilização da 
coordenação viso motora na manipulação de uma bola de 
tênis ou de borracha, usando os lugares da sala como suporte 
(solo, parede, teto etc.). Resposta: a criança lançará a bola 
para o alto, no chão, na parede o para o terapeuta, com ambas 
as mãos ou alternadas, recuperando-a a cada lançamento. O 
terapeuta deve estimular a criança a criar situações diferentes 
e possíveis de lançamentos utilizando os espaços da sala. 
Por exemplo: a criança lança a bola para a cima com a mão 
direita e pega com as duas; bate no chão com a esquerda e 
recupera com a direita; joga na parede, deixa bater uma vez 
no chão e a recupera, repetindo a sequência.
Intervenção terapêutica 2: estímulo: com a 
ajuda de um teclado musical, apresentar à criança dois 
estímulos sonoros com diferentes intervalos de tempo. 
Inicialmente, o intervalo de tempo deverá ser grande e ir 
diminuindo gradativamente. Resposta: a criança deverá 
dizer se ouviu um ou dois sons.
Intervenção terapêutica 3: estímulo: apresentação 
dos mesmos estímulos sonoros da “intervenção terapêutica 
2” e representação do número de sons ouvidos com 
batidas de bola no chão com contagem. Resposta: a 
9
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMentoaudItIvo eM escolares
criança deverá bater a bola no chão e verbalizar o número 
de vezes que ouviu o som (por exemplo, se ela ouviu duas 
vezes o som, deverá bater a bolinha no chão duas vezes 
e contando em voz alta). Pode usar, ainda, lançamentos 
para o alto ou contra a parede.
Intervenção terapêutica 4: estímulo: utilizar a 
mesma estratégia da “intervenção terapêutica 3” e os 
mesmos estímulos sonoros, porém as batidas da bola serão 
feitas com a mão direita ou esquerda em correspondência 
ao número de sons ouvidos. Resposta: a criança deverá 
bater a bolinha com a mão direita se ouvir um som e, 
com a esquerda, se ouvir dois. 
Intervenção terapêutica 6: estímulo: apresentar 
à criança sons previamente gravados com pares de tons 
puros na frequência de 500Hz e com intervalos em 
milissegundos (ms) longos (400ms). Essa gravação pode 
ser obtida em um CD de estimulação do processamento 
auditivo (Samelli e Mecca, 2012). Resposta: a criança 
deverá reproduzir os sons ouvidos num teclado musical, 
respeitando o intervalo de tempo entre os pares ouvidos.
Intervenção terapêutica 7: estímulo: a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 6” pode ser realizada 
com intervalos de tempo menores (50 e 200ms) e nas demais 
frequências (1000, 2000 e 4000Hz). Resposta: a criança 
deverá reproduzir os sons no teclado musical ou verbalizar 
se ouviu um ou dois sons e o terapeuta lança a bolinha à 
parede o número de vezes que a criança verbalizou. 
Intervenção terapêutica 8: dar duas bolinhas à 
criança, uma para cada mão. Estímulo: ainda utilizando 
o CD da intervenção anterior, o terapeuta deverá 
apresentar pares de sons com pequenos intervalos de 
tempo. Resposta: a criança deverá lançar para o alto 
uma bolinha se ouvir um só som, e duas, se ouvir dois.
Intervenção terapêutica 9: estímulo: utilizar palavras 
em grupo consonantal (por exemplo: prato, flauta, plano, 
branco, claro etc.). Apresentar as palavras de duas formas 
à criança: da forma correta e acrescentando uma vogal 
antes da consoante. Por exemplo: prato e parato; e fazer 
correspondência do som ouvido ao lançamento da bolinha 
com uma ou outra mão. Resposta: a palavra de modo correto 
corresponde ao lançamento da bolinha que está na mão 
direita, e a palavra acrescida de uma vogal, corresponde à 
bolinha da mão esquerda.
objetivo espeCíFiCo 8: relaCionar espaço-teMpo: 
apreCiação das veloCidades e adequar a ConsCiênCia 
FonológiCa.
Intervenção terapêutica 1: estímulo: deslocamentos 
pelo espaço da sala variando os passos em distância e 
velocidade, mediante a solicitação do terapeuta ou associando 
esses aspectos com representação sonora não verbal (que 
pode ser um metrônomo ou um instrumento de percussão 
como o agogô). Resposta: a criança deverá andar pela sala, 
hora dando passos longos/curtos e hora rápidos/devagar, 
inicialmente seguindo as solicitações verbais do terapeuta. 
Posteriormente, utilizar instrumentos de percussão para 
representar a distância ou a velocidade dos passos. 
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentar a 
criança frases simples que mantenham significado quando 
a última palavra é retirada (Como por exemplo: “Hoje eu 
almocei arroz, feijão e salada”; “Como vai você?”; “Quem 
vai ao encontro da igreja?” etc.). Resposta: a criança deverá 
repetir as frases excluindo uma ou mais palavras, de forma 
que a frase mantenha algum significado. A seguir, apresentar 
frases e pedir que a criança inclua palavras.
Intervenção terapêutica 3: estímulo: deslocamentos 
pelo espaço da sala relacionando o número de passos 
e a distância, com o número de palavras contidas em 
frases que serão apresentadas em voz alta pelo terapeuta. 
Resposta: a criança deverá discriminar o número de 
palavras da frase solicitada e dar o mesmo número de 
passos em correspondência. Exemplo, se a frase tiver 
cinco palavras, a criança deverá dar cinco passos. Quanto 
maior a frase, maior a distância percorrida e vice-versa.
Intervenção terapêutica 4: realizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 3”, relacionando o 
número de passos às sílabas contidas em uma determinada 
palavra dita pelo terapeuta. Posteriormente, a mesma 
estratégia pode ser utilizada marcando os passos de acordo 
com o número de fonemas existente na palavra. 
Intervenção terapêutica 5: estímulo: deslocamentos 
pela sala com marcação rítmica e contagem dos números até 
quatro, em voz alta pela criança e pelo terapeuta, associando 
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
10
movimentação e imobilidade. Resposta: a criança deverá 
andar marcando um ritmo de quatro tempos definido pelos 
passos do terapeuta, enquanto conta até quatro em voz 
alta. Depois, andam quatro tempos e ficam quatro tempos 
parados. Por fim, o terapeuta cessa de dar os passos e de 
contar, deixando a criança determinar sozinha, seu ritmo 
de passadas e pausas.
Intervenção terapêutica 6: estímulo: deslocamentos 
pela sala em um ritmo marcado pela entonação do 
terapeuta ao contar em voz alta uma pequena história, 
combinadas com pausa no deslocamento para finalizar 
frases incompletas da história. Resposta: a criança deverá 
andar respeitando o ritmo dado pela história. Quando o 
terapeuta falar uma frase incompleta, a criança deverá 
parar para completar a frase com uma palavra que dê 
sentido à história e então, continuar o deslocamento.
Intervenção terapêutica 7: utilizar a estratégia de 
deslocamento e pausa “da intervenção terapêutica 6”, 
porém, apresentar uma poesia e a criança deverá executar 
as pausas no deslocamento sempre que ouvir as rimas. 
Intervenção terapêutica 8: repetir a estratégia da 
intervenção 6, porém, a criança deverá manter-se em 
deslocamento contínuo, enquanto repete as frases da 
história ditas pelo terapeuta anteriormente. 
Intervenção terapêutica 9: estímulo: utilizar a 
mesma estratégia de “intervenção terapêutica 5”, porém 
a contagem deve ser feita em silêncio ou a marcação do 
ritmo, por meio de palmas. Resposta: a criança deverá 
andar quatro tempos e parar quatro tempos, sem fazer a 
contagem em voz alta. Depois, deverá bater uma palma 
para cada tempo em deslocamento (passo) e uma palma 
para cada tempo quando parado. 
Intervenção terapêutica 10: estímulo: apresentar 
à criança recortes de palavras de revista ou jornais 
espalhadas pela sala. Resposta: a criança deverá organizar 
as palavras de modo a montar frases a partir delas. O 
terapeuta poderá orientar a criança a escrever pequenos 
bilhetes e se necessário, completar com palavras que 
ocasionalmente não apareçam nos recortes. 
Intervenção terapêutica 11: estímulo: utilizar a 
mesma estratégia da “intervenção 10”, porém, espalhando 
as palavras pela sala e combinando a organização de frases 
com deslocamentos e discriminação visual. Resposta: 
a criança deverá deslocar-se pela sala, procurando no 
espaço a palavra desejada para formar as frases. 
Intervenção terapêutica 12: utilizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 11”, porém 
apresentando à criança somente sílabas e pedir que ela 
forme palavras a partir delas. Da mesma forma, apresentar 
somente grafemas para que a criança forme palavras.
objetivo espeCíFiCo 9: aperFeiçoar a habilidade 
visoMotora CoM ajustaMento da praxia Motora e 
reConheCer, noMear as letras do alFabeto e ForMar 
palavras, reConheCendo sua sílaba tôniCa.
Intervenção terapêutica 1: utilizar um bastão (cabo 
de vassoura) e uma bolinha de tênis. Estímulo: exploração 
do espaço da sala deslocando uma bolinha com a ajuda de 
um bastão. Resposta: a criança deverá segurar em uma das 
extremidades do bastão com as duas mãos e dar pequenas 
batidas na bolinha deslocando-a controladamente pelo 
espaço. Combinar batidas mais fortes com mais leves, 
controlando a força empregada.
Intervenção terapêutica 2: estímulo: identificação 
e nomeação de letras utilizando recortes de revista (ou 
digitar no computador) com letras grandes e coloridas do 
alfabeto. Resposta: a criança deverá, junto com o terapeuta, 
colar as letras no caderno(uma em cada folha) falando 
seus respectivos nomes. Posteriormente, colar em cada 
folha, figuras que comecem com a letra correspondente. 
Ainda com recortes de revista, procurar letras que formem 
o nome da criança, de seus pais, irmãos, professora, animal 
de estimação etc. A cada dia, deve-se trabalhar uma letra.
Intervenção terapêutica 3: utilizar a mesma estratégia 
da “intervenção terapêutica 1” com letras espalhadas pela 
sala (podem ser recortes de revista, letras digitadas no 
computador ou feitas em EVA). Estímulo: localização e 
discriminação de letras para formação de palavras, associadas 
à coordenação olho-mão com a ajuda de um bastão (cabo de 
vassoura) e uma bolinha. Resposta: a criança deverá localizar 
na sala as letras que formam uma palavra previamente dita 
pelo terapeuta; então, bater na bolinha com o bastão na 
direção de cada letra necessária para formar a palavra. A 
11
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMento audItIvo eM escolares
cada tacada correta na direção da letra, o terapeuta recolhe 
a letra e vai montando a palavra.
Intervenção terapêutica 4: estímulo: utilizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 3” com variação de 
força da tacada na bolinha de acordo com a tonicidade 
da sílaba. A terapeuta irá dizer previamente as palavras 
enfatizando a sílaba tônica. Resposta: a criança deverá 
formar a palavra solicitada direcionando a bolinha com 
batidas leves de bastão na direção de cada letra, porém, 
deverá empregar uma força maior na batida quando lançar 
a bolinha na direção das letras que formam a sílaba tônica.
Intervenção terapêutica 5: estímulo: organizar a 
coordenação olho-mão batendo com um bastão em uma 
bolinha que deverá ser rolada pelo terapeuta em direção à 
criança. Resposta: o terapeuta rola a bolinha para a criança, 
e essa deverá rebatê-la de volta ao terapeuta. O terapeuta 
deverá pedir que a criança mantenha seu corpo hora à direita 
e hora à esquerda do bastão, alterando o lado dominante e 
a precisão da rebatida.
Intervenção terapêutica 6: estímulo: apresentar à 
criança cartões com determinadas palavras e trabalhar seus 
nomes, significados e características. A seguir, os cartões 
deverão ser divididos entre criança e terapeuta. A terapeuta 
começa a brincadeira sorteando um cartão e a seguir, coloca 
lacunas com o número de letras que possui a palavra sorteada 
e ao lado desenha uma “forca”. Resposta: a criança deverá 
falar letras, as que se estiverem corretas, deverão ser inseridas 
nas lacunas; se forem incorretas, serão desenhadas partes 
do corpo na “forca”. O terapeuta poderá fazer perguntas 
sobre a palavra (por exemplo: é uma comida? É um animal? 
É grande ou pequeno? etc.). Se a criança acertar a palavra 
antes de ser “enforcado”, ganha um ponto. A seguir, inverter 
os papéis. 
Intervenção terapêutica 7: estímulo: utilizar a 
estratégia da intervenção terapêutica anterior, combinando 
batidas e rebatidas do bastão na bolinha com os acertos das 
sílabas da palavra realizados no “jogo de forca”. Instrução 
inicial: o terapeuta deverá sortear um cartão e, ao rolar a 
bolinha na direção da criança, dar uma característica e falar 
a primeira letra da palavra. Resposta: a criança deverá falar 
uma letra e rebater a bolinha de volta ao terapeuta. Se a 
letra estiver correta, a terapeuta fala outra letra que contém 
na palavra, ou mais uma característica antes de rolar a bola 
novamente; caso esteja errada, ele apenas rola a bola de volta 
à criança, que deverá fazer uma nova tentativa. Terapeuta 
e criança jogam alternando os lados até a criança acertar 
a palavra. Posteriormente, os papéis devem ser invertidos.
 
Intervenção terapêutica 8: utilizar a mesma estratégia 
da intervenção anterior utilizando sílabas, sendo que ao dizer 
a sílaba tônica, a bolinha deverá ser rebatida com mais força. 
 Intervenção terapêutica 9: utilizar a estratégia da 
“intervenção terapêutica 5”, porém, o terapeuta deverá 
lançar a bola em direção à criança, em um nível acima do 
chão, de forma que ela reorganize sua coordenação olho-
mão em espaço imaginário. 
Intervenção terapêutica 10: estímulo: apresentar 
cartões com as letras do alfabeto e duas folhas com espaços 
para colocar nomes de palavras de diferentes classes 
semânticas (nome próprio, objeto, cor, animal, programa 
de TV etc.). Resposta: ao sortear um cartão, o terapeuta e 
a criança deverão escrever palavras que comecem com a 
letra sorteada nos espaços das diferentes classes semânticas 
(se a letra “A” for sorteada, deverão escrever o nome de 
uma pessoa, um objeto, uma cor etc., que comecem com 
a letra escolhida).
Intervenção terapêutica 11: estímulo: realizar a 
estratégia da “intervenção terapêutica 10”, combinando 
a verbalização de palavras de uma classe semântica com 
rebatidas do bastão na bolinha. O terapeuta deverá lançar a 
bola na direção da criança e falar uma letra e uma categoria 
semântica (por exemplo, animal com a letra “B”). Resposta: 
ao rebater a bola de volta ao terapeuta, a criança deverá 
falar o nome de um animal que comece com a letra B. 
Intervenção terapêutica 12: estímulo: realizar a 
mesma estratégia da “intervenção terapêutica 11”, porém, ao 
lançar a bola o terapeuta deverá falar uma palavra. Resposta: 
ao rebater a bola, a criança deverá falar a letra inicial da 
palavra que foi dita pelo terapeuta. Posteriormente, pedir 
à criança que diga uma letra contida na palavra solicitada.
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
12
objetivo espeCíFiCo 10: aperFeiçoar a habilidade 
visoMotora na praxia Fina CoM ritMo e reConheCer e 
elaborar Frases esCritas.
Intervenção terapêutica 1: utilizar uma bolinha de 
borracha pequena, que possa ser totalmente envolvida 
pelos dedos quando a mão se fecha. Estímulo: manipular 
livremente uma bolinha de borracha, com alternância de 
mãos em diferentes níveis (alturas) e posturas. Resposta: a 
criança brinca com a bolinha, batendo-a e resgatando-a, 
usando a mão direita ou a esquerda em diferentes posturas 
do corpo (em pé, ajoelhado, sentado). O terapeuta pode 
sugerir diferentes formas de manipulação, inicialmente, 
com a mão dominante para que a criança habitue-se à 
bola (lançar para cima, para baixo, entre as pernas etc.).
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentar 
à criança palavras soltas (podem ser recortes de revista 
ou digitadas no computador) que juntas formem frases. 
Resposta: a criança deverá formar frases com as palavras 
que foram apresentadas, colocando-as numa ordem lógica. 
Intervenção terapêutica 3: estímulo: apresentar 
palavras soltas que juntas formem frases, combinado-as 
com manipulação de uma bolinha de borracha pequena. 
Resposta: a criança deverá organizar as palavras de modo 
a formar uma frase. A seguir, deverá lançar a bolinha 
para cima e para baixo, falando uma palavra da frase 
cada vez que executar um lançamento.
 
Intervenção terapêutica 4: a criança deverá manter-se 
sentada no chão da forma mais confortável a ela. Estímulo: 
bater no chão e recuperar uma bolinha pequena utilizando 
a mão dominante, com contagem numérica em voz alta a 
cada batida. Resposta: a criança deverá bater a bolinha no 
chão e recuperá-la enquanto faz contagem numérica. Se 
falhar, deve reiniciar a contagem do princípio. A criança 
deverá fazer o movimento de rotação do punho, lançando 
a bolinha em direção ao solo com os dedos voltados para 
baixo, e a recebendo, mantendo os dedos voltados para 
cima. Posteriormente, pode variar a mão que realiza a tarefa 
e a superfície onde se bate a bola, por exemplo, uma mesa.
Intervenção terapêutica 5: estímulo: apresentar 
à criança palavras soltas que podem formar uma frase, 
porém faltando uma ou duas palavras. Resposta: a criança 
deverá formar a frase, completando as palavras que faltam 
de modo a dar sentido à frase. 
Intervenção terapêutica 6: estímulo: utilizar a mesma 
estratégia da intervenção anterior combinando batidas da 
bolinha em uma mesa e a verbalização de frases completas.Resposta: a criança deverá organizar e completar a frase com 
as palavras faltantes e em seguida, repetir a frase inteira, 
enquanto bate a bolinha na mesa. Cada palavra da frase 
corresponde a uma batida da bolinha.
Intervenção terapêutica 7: apresentar à criança 
palavras soltas que podem formar duas ou três frases 
completas. Resposta: a criança deverá organizar as frases 
de modo a dar sentido a todas elas. Posteriormente, repetir 
a mesma estratégia, porém, deixando faltar algumas 
palavras para que a criança componha a frase. 
Intervenção terapêutica 8: estímulo: Apresentar 
à criança frases escritas num quadro ou numa folha em 
letras grandes e combinar a leitura das palavras com 
batidas da bolinha. Resposta: a criança deverá bater a 
bolinha no chão e recuperá-la com a mão dominante, 
pausar, ler uma palavra da frase e novamente bater a 
bolinha. Entre uma palavra lida e outra, haverá uma 
pausa marcada pela batida da bolinha.
Intervenção terapêutica 9: utilizar a mesma 
estratégia da “intervenção terapêutica 4”. Estímulo: 
bater uma bolinha em uma superfície plana e recuperá-
la, com apoio de uma marcação rítmica variável (pode 
utilizar um metrônomo ou instrumentos de percussão, 
ou, ainda, batidas de um bastão no chão). Resposta: a 
criança deverá bater e recupera a bolinha mantendo-se 
no ritmo determinado pela terapeuta. Deve-se acelerar 
ou retardar o ritmo de acordo com os acertos da criança.
Intervenção terapêutica 10: utilizar uma bolinha 
para a criança e outra para o terapeuta. Estímulo: marcação 
rítmica realizada pela criança e pelo terapeuta por meio de 
batidas da bolinha em uma superfície plana, coordenando 
movimento e pausas, com leitura de frases escritas num 
quadro. Resposta: a criança e o terapeuta deverão bater 
suas bolinhas em um ritmo de oito tempos e pausar (parar 
de bater) oito tempos. Em seguida, pedir à criança que na 
pausa das batidas de sua bolinha, leia uma frase, enquanto 
isso, o terapeuta continua a bater a sua bolinha, marcando o 
ritmo. Então, a criança volta a bater novamente junto com 
o terapeuta, e assim, sucessivamente, até finalizar as frases. 
13
PTF para Intervenção MultIssensorIal nos transtornos do processaMento audItIvo eM escolares
objetivo espeCíFiCo 11: estiMular a perCepção de 
direção CoM Controle tôniCo e ritMo e 
CoMpreender e reproduzir histórias graFiCaMente.
Intervenção terapêutica 1: utilizar um elástico de salto 
(aproximadamente 3m – amarrados pelas extremidades, 
mantendo duas partes paralelas), e prendê-lo para que fique 
suspenso aproximadamente 10cm do solo (prender nos pé 
de cadeiras ou mesas). Estímulo: o terapeuta apresentará 
uma sequência de direções que devem ser percorridas e com 
saltos sobre um elástico e nomeadas. Exemplo de sequência: 
dentro (pé unidos), fora (pés afastados), à direita (com o 
pé direito), à esquerda (com pé esquerdo), em cima (com 
dois pés sobre o elástico). Resposta: a criança deverá saltar 
sobre o elástico respeitando a sequência determinada pelo 
terapeuta enquanto fala em voz alta o nome da direção. O 
terapeuta deverá variar as alturas do elástico à medida que 
a criança apresente êxitos.
Intervenção terapêutica 2: estímulo: apresentar 
histórias curtas como lendas e contos de fada em livros 
ricos em imagens para apoio visual e um dicionário de 
Português. O terapeuta deverá ler a história ao lado da criança 
explorando as frases e as imagens. A cada página, resumir 
os acontecimentos. Resposta: após a leitura de cada página, 
a criança deverá resumir os acontecimentos da história. A 
seguir, o terapeuta deverá ler novamente a história e dessa 
vez, a criança deverá acompanhar a leitura colocando o dedo 
embaixo de cada palavra que está sendo lida. Ao final de 
cada parágrafo, a criança e o terapeuta deverão comentam 
o que entenderam. Posteriormente, uma nova leitura será 
realizada, dessa vez, a criança deverá ler trechos mais curtos 
que o terapeuta, sendo a leitura partilhada. As palavras 
desconhecidas devem ser grifadas e em seguida, deverão 
procurar o significado no dicionário. Finalmente, a criança 
deverá responder por escrito às perguntas sobre a história. 
Intervenção terapêutica 3: realizar a mesma 
estratégia da intervenção anterior e ao final, pedir que 
a criança reescreva a história que leu após responder às 
perguntas por escrito.
Intervenção terapêutica 4: estímulo: utilizar a estratégia 
da intervenção terapêutica 1, relacionando as posições dos 
saltos no elástico com ações contidas em cartões de figuras 
que juntas representem uma história com acontecimentos 
que incluam posições espaciais. Exemplo, figura 1: uma 
criança tirando uma blusa de dentro do seu armário; figura 
2: a mesma criança fora de sua casa; figura 3: criança com 
uma pasta na sua mão direita; figura 4: criança com uma 
lancheira na sua mão esquerda e figura 5: criança com um 
boné na cabeça. O terapeuta deverá sortear um cartão e falar 
em voz alta para a criança a ação representada (por exemplo, 
“Joãozinho acordou para ir para a escola e foi se vestir. Ele 
retirou uma blusa de dentro de seu armário”). Resposta: a 
criança deverá representar a ação contida no cartão, saltando 
para dentro do elástico e permanecer com os pés unidos 
dentro do espaço delimitado. A seguir, o terapeuta continua 
a história e a criança deverá obedecer a cada posição espacial 
determinada pela história. Ao final dos cartões, pedir que 
a criança reproduza no elástico, a sequência de posições 
determinadas pela história. Posteriormente, pedir que a 
criança escreva a história com a ajuda dos cartões. 
Intervenção terapêutica 5: estímulo: apresentar 
à criança figuras com ações que formem uma história. 
Resposta: a criança deverá sequencializar as figuras na 
ordem dos acontecimentos e a seguir, contar a história 
utilizando os elementos das figuras e acrescentando 
objetos, personagens ou lugares para incrementar a 
história. A seguir, terapeuta e paciente poderão escrever 
a história criada.
Intervenção terapêutica 6: utilizar a mesma estratégia 
da “intervenção terapêutica 1”, porém, colocar um marcador 
de ritmo em seis compassos (um tempo para cada direção 
e um tempo de pausa para reiniciar). Resposta: a criança 
deverá saltar a sequência sugerida pelo terapeuta, mantendo-
se no ritmo determinado. Acelerar ou desacelerar o ritmo 
de acordo com as habilidades da criança. Pode-se, ainda, 
intercalar a sequência de saltos com pausas sem saltar, sempre 
marcados por um ritmo determinado. 
Intervenção terapêutica 7: estímulo: apresentar uma 
música (pode ser cantada em CD) que conte uma história 
(por exemplo, a música da “Dona Aranha”) para ser cantada 
em ritmos diferentes (devagar, muito devagar, rápido, muito 
rápido). Coordenar o ritmo determinado pela música com 
saltos em direções variadas sobre o elástico (vide intervenção 
terapêutica 1). Resposta: a criança deverá saltar sobre o 
elástico em varias direções a sua escolha enquanto canta 
uma música, marcando o ritmo de seus movimentos. A 
seguir, escrever a música que foi cantada.
Planos TeraPêuTicos Fonoaudiológicos (PTFs) - Volume 2
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