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RESUMO DE REPRODUÇÃO

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RESUMO DE REPRODUÇÃO 
 
1- Inicio ao ciclo estral: 
 
I. Locais de produção hormonal relacionada a reprodução: 
 
• Hipotálamo: produz o GnRH (hormônio liberador de 
gonadotrfoinas) que é responsável por estimular a adenohipófise. 
 
• Adenohipófise: produz diversos hormônios proteicos que agem 
por todo o organismo, porém temos a produção especifica de LH 
(hormônio luteinizante) e do FSH (hormônio folículo estimulante). 
 
-LH: responsável pelas formações de corpo lúteo após a 
ovulação. 
-FSH: responsável pela foliculação até a ovulação. 
 
• Gônadas: as gônadas são os ovários e os testículos, órgãos 
responsáveis pela produção hormonal de progesterona, 
testosterona e estrógeno. 
 
• Útero e placenta: a placenta produz uma infinidade de hormônios 
como o HCG. O útero produz especialmente a prostaglandina 
PGF2 alfa (vasoconstrição e luteólise) e PGE2 (faz vasodilatação). 
 
• Hormônios secundários: existem hormônios como o T3+T4, 
insulina e cortisol que podem influenciar no ciclo estral das 
fêmeas, algum processo de disfunção nesses hormônios pode 
ocasionar mudanças no ciclo estral. 
 
II. Padrão de liberação de gonadotrofinas: 
 
• Tônica: é quando a ascensão do hormônio em chegada ao seu 
pico é lenta, demorando dias para chegar à concentração 
máxima, causando efeito gradativo no órgão alvo. 
• Pulsátil: é quando o pico de concentração hormonal é atingido 
em 24 horas causando ação mais “forte” no órgão. A descida da 
concentração também é rápida. 
 
III. Eixo neuroendócrino gonadal: 
 
• O ciclo inicia-se quando o hipotálamo produz GnRH para a estimulação 
da hipófise com a produção de LH e FSH. 
• O FSH e LH são liberados em forma tônica agindo sobre os ovários 
realizando a foliculação progressiva até que os próprios folículos 
começam a produzir estrógeno e inibina. 
• Esses dois hormônios inibem seletivamente o FSH tônico e 
potencializam o LH para que se torne pulsátil, junto a estimulação do 
GnRh para que os folículos maturem. 
• Após a maturação folicular o óocito é liberado para a fecundação 
ocorrer sobrando apenas o corpo lúteo. 
• Em casos de fecundação o corpo lúteo começa a produzir muita 
progesterona que mantém a gestação e inibe que o ciclo estral se inicie 
novamente (aumento de progesterona e diminuição de estrógeno). 
• Em caso de não fecundação o endométrio durante o pico de estrógeno 
é sensibilizado produzindo PGF2 alfa sendo liberada caso seja 
detectado a não prenhes. A PGF2 alfa realiza luteólise destruindo o 
corpo lúteo. 
 
 
IV. Circulação útero-ovárica: como as prostaglandina são 
sensíveis a oxidação pulmonar elas ultrapassam o endotélio 
vascular da veia uterina e por diferença de pressão vai para a 
artéria ovariana agindo diretamente nos corpos luteis. 
 
2- Ovogênese: o saco vitelínico em répteis e aves possui grande função 
na nutrição dessas espécies por meio do vitelo armazenado. Já nos 
mamíferos é a estrutura que fornece gonócitos para a formação das 
gônadas na vida embrionária. 
 
I- Mamíferos: o saco vitelínico possui células que migram para a 
região da crista genital do embrião e lá realizam mitose. Essas 
células se chamam gonócitos que colonizam a crista genital dando 
origem as gônadas. 
 
O número de mitoses realizadas que os gonócitos realizam será o 
numero correspondente de óocitos que a fêmea possuirá. 
II- Formação do óocito: após a mitose dos gonócitos, eles se 
transformam em oogônias 2n, assim para na interfase e realizam 
multiplicação de cromossomos e organelas. 
 
Após a interfase ocorre a primeira meiose gerando o óocito primário 
estacionado em prófase 1 e as fêmeas nascem com os óocitos 
assim. 
 
Quando dá inicio a puberdade do animal ocorre o eixo 
neuroendócrino gonadal gerando o pico de LH para a ovulação. Após 
o pico desse hormônio, temos 24 horas para que o óocito primário 
continue a meiose até a metáfase 2 sendo assim ovulado nessa 
fase. 
 
A meiose 2 só termina quando o óocito secundário encontra com o 
espermatozoide na tuba uterina chegando em telófase 2 e se 
tornando apenas N. 
 
III- Formação do óocito em cadelas: os óocitos das cadelas não são 
influenciados pelo pico de LH, assim são ovulados em forma 
primária. 
 
Ao chegarem à tuba uterina demoram até 3 dias para se tornarem 
óocitos secundários maduros, assim após o dia de sua ovulação a 
fêmea só pode ser coberta ou inseminada após os 3 dias de 
maturação. 
 
3- Foliculogênese: o folículo é a unidade morfológica funcional dos 
ovários com a função de proteger o óocito e produzir hormônios 
esteroides. 
I- Classificação dos hormônios esteroides: temos o estrógeno (que 
pode ser o 17-beta-estradiol, estriol e sulfato de estrona), a 
progesterona e os andrógenos (produção de testosterona, em 
fêmeas há a produção de uma enzima chamada aromatase que 
transforma esse hormônio em estradiol). 
 
 
 
 
II- Tipos de folículos: são classificados pela quantidade de espaço que 
possuem entre as células. 
 
-Primordial: possui um óocito primário em prófase 1, uma camada 
de células planas e a lâmina basal. 
 
-Primário: possui uma camada de células cuboides chamada de 
granulosa e estroma folicular que está se diferenciando em TECA, a 
lâmina basal separa a TECA de granulosa. 
 
-Secundário: já possui múltiplas camadas da granulosa, possui 
TECA interna e externa, zona perlúcida que protege o óocito 
primário, começo de produção de fluídos → o antro já possui 
receptores gonadotróficos. 
 
-Antral: é a forma mais madura dos folículos, os antros estão cheios 
de estrógeno, possui óocito P1, retorna meiose por influencia do LH, 
a granulosa e a TECA secretam esteroides, rico em vascularização. 
 
As células da granulosa são especializadas em produção do fluído 
folicular, transformam testosterona em estradiol deixando-o no 
líquido o enviando para a corrente sanguínea (sinais do estro). 
 
As células da TECA são especializadas em produzir testosterona 
como o óvulo não necessita desse hormônio ele manda para as 
células da granulosa por meio de difusão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Ciclo estral: 
animais que 
possuem ciclo estral são aqueles que aceitam o macho apenas no pico 
de estrógeno. 
 
I- Fases do ciclo estral: 
-Proestro: é quando há liberação tônica de FSH e LH ocorrendo inicio 
da foliculação, já produz um pouco de estrógeno e não aceita o macho, 
pode ter inicio dos sinais de cio. 
-Estro: é onde ocorre o pico de estrógeno e também inicia todos os 
sinais do cio, além da fêmea aceitar o macho. 
-Metaestro: após a ovulação sobra o corpo hemorrágico que pelo 
rompimento do folículo ocorre uma hemorragia e formação de um 
coágulo. Após 3 a 5 dias o coagulo é reabsorvido e as células da 
granulosa se transformam em corpo lúteo. 
-Diestro: é a fase do corpo lúteo onde ele está totalmente formado 
produzindo alta quantidade de progesterona que realiza feedback 
negativo no eixo. 
-Anestro: é o tempo em que o eixo está diminuído, é o intervalo entre 
um ciclo e outro. Há fêmeas que não possuem anestro, fazem o ciclo 
direto e só possuem o ciclo interrompido por gestação ou doenças. 
 
II- Ciclo estral das vacas: são fêmeas poliéstricas (são animais 
que permanecem em anestro até a puberdade, após isso não 
entra em anestro novamente) não estacionais (não dependem 
de nenhuma fase do ano para ciclar). 
 
A vaca possui um ciclo de 21 dias, o proestro demora apenas 24 
horas, entrando em estro que dura até 18 horas ficando quase 
dois dias (24 + 18h) no cio. 
 
Totalizando temos 30 horas desde o começo do estro até chegar 
a ovulação que ocorre no metaestro. Apenas o metaestro ocorre 
em 3 a 5 dias e o diestro demora 15 dias. 
 
O melhor momento para a monta ou inseminação é quando está 
no final do estro, porém tem que ser antes da ovulação para que 
o óocito secundário se encontre com o SPTZ. 
 
III- Comportamentode cio das vacas: elas mugem mais, aceitam 
monta, possuem comportamento homossexual, produzem o 
tampão da mucosa e fica mais inquieta. 
 
Em vacas leiteiras a produção de leite cai, pois a vaca produz 
mais energia. O cio ocorre geralmente em horas frescas do dia. 
 
Para a detecção do cio podemos usar os bucais marcadores em 
fêmeas andrógenas que identificam a fêmea no cio. 
 
 
 
IV- Ciclo estral de búfalas: são animais poliestricos estacionais (só 
conseguem entrar no ciclo em épocas de pouca luz como outono 
e inverno). 
 
 
Maior quantidade de sol gera menor produção de melatonina 
que inibe o ciclo por diminuição de GnRH. 
 
Seu proestro dura de 12 a 24h e o estro dura 12 horas 
totalizando um tempo médio de 36 horas de cio (não possui 
comportamento homossexual e realiza edema vulvar). 
 
Seu metaestro dura de 3 a 5 duas e é onde ocorre a ovulação. O 
diestro dura 16 dias e é onde possui maior quantidade de 
progesterona. 
 
A gestação dura 12 meses tendo o intervalo entre partos de um 
ano e meio (18 meses), é indicado emprenhar no inicio da 
estação reprodutora para parir na estação reprodutora do ano 
seguinte. 
 
 
5- Afecções do sistema reprodutor: 
 
I- Cervicites: é a inflamação da cérvix causada por uma infecção 
bacteriana podendo ser decorrente de uma vaginite ou endometrite, 
partos distócicos também podem ser a causa. 
 
Os sinais mais comuns é a liberação de material muco purulento na 
cérvix, repetição de cio já que não emprenha, infertilidade e 
passagem bloqueada para a inseminação. 
 
Como exames podem fazer um exame ginecológico e um 
antibiograma. Com o auxilio de um especulo podemos visualizar a 
inflamação. 
 
O tratamento consiste na limpeza da cérvix com um swab utilizando 
antissépticos e antibioticoterapia. 
 
 
 
 
II- Anomalias cervicais congênitas: as fêmeas podem nascer com 
uma cérvix alterada durante seu desenvolvimento embrionário como 
a cérvix dupla, aplasia cervical, cérvix curta e retorcida. 
 
 
Cervix dupla 
 
Em alguns casos a fêmea consegue emprenhar por monta 
natural, porém a chance do parto ser distócito é alta. 
 
III- Intersexos: é quando a fêmea possui os dois sexos (na genitália) 
não sabendo diferenciar sem exames mais específicos. 
 
O hermafrodita verdadeiro obrigatoriamente possui as duas 
gônadas misturadas chamado de ovotestis. 
 
O pseudo-hermafrodita masculino é o macho que nasce com 
características visuais femininas, porém seu cromossomo é XY e 
possui testículos. 
 
O pseudo-hermafrodita feminino é a fêmea que possui os 
cromossomos XX, ovários, porém suas características físicas são 
masculinas, como aumento de gordura na região do pescoço. 
 
O freemartinismo, ou também conhecido como vaca maninha, é 
quando ocorre a gestação gemelar em bovinos, porém os animais 
obrigatoriamente irão ser de sexos diferentes. 
 
Como a placenta dos bovinos em gestação gemelar faz uma 
anastomose (um mesmo vaso é utilizado para as duas placentas 
dos dois filhotes), os hormônios andrógenos do macho passam 
diretamente para a fêmea junto aos fatores de diferenciação inibindo 
a diferenciação sexual em fêmea, nascendo um animal XX/XY, 
possui ovários rudimentares e afuncionais se tornando andrógena. 
 
Essas fêmeas vivem normalmente sem complicações, porém são 
inférteis, ficam em anestro permanente, são utilizadas como rufiona 
ou são descartadas. 
 
 
IV- Prolapsos: os prolapsos de órgãos reprodutores acontecem 
geralmente decorrente de partos distócicos, fêmeas primíparas ou 
muito velhas, fetos mortos edemaciados, retenção de placenta ou 
hiperestrogenismo. 
 
Os principais sinais clínicos é a visualização do órgão podendo ser 
completa ou parcial. Se for uterino podemos ver a inversão do útero 
(podemos ver o órgão inteiro ou apenas os cornos). 
 
Para o tratamento temos que lavar e higienizar o órgão, podemos 
retirar as necroses formadas, com lubrificante podemos reintroduzir o 
órgão para a cavidade após uma anestesia epidural. 
 
Junto aos prolapsos de órgãos reprodutores, podemos ter também o 
de órgãos urinários como a bexiga, fundo do canal vaginal e do 
reto, ocasionado pelos mesmos motivos. 
 
 
V- Retenção placentária: após o parto naturalmente há a repulsão da 
placenta, cada espécie pode demorar um tempo específico. 
 Tempo de retenção placentária 
Bovinos +/- 12h 
Equinos +/- 3h 
Suínos +/- 4h 
Pequenos ruminantes +/- 8h 
Cães e gatos Expulsão imediata 
 
 
Caso tenha retenção placentária (após a contagem de cada animal) 
os sinais clínicos mais comuns são restos placentários presos à 
vulva, odor forte (característico) por decomposição, muco 
sanguinolento, quebra do leite, rejeição do filhote, contaminação 
uterina. 
 
Como tratamento podemos realizar a tração manual e gentil da 
placenta, induzir a contração uterina com ocitocina, lavagem com 
litros de soro fisiológicos, massagem uterina via retal, 
antibioticoterapia e colagenases. 
 
Como profilaxia podemos administrar selênio e vitamina E na dieta 
dos animais, administrar ocitocina e prostaglandinas para o auxilio da 
contração uterina após o parto. 
 
 
VI- Inflamações e infecções uterinas: podem ser classificadas como 
endometrite, metrite puerperal séptica (após o parto) e perimetrite 
(inflamação de órgãos adjacentes). 
 
-Endometrite: é a inflamação na parte mais interna da camada 
uterina, sendo mais simples que uma metrite, geralmente não 
apresenta sinais clínicos e é autolimitante. 
 
-Metrite: é a inflamação que acomete o endométrio e o miométrio 
decorrente de uma distocia, retenção de placenta, natimortalidade e 
manejo santirário inadequado. 
 
Como sinais clínicos temos o corrimento fétido, cérvix dilatada, 
pode causar anorexia, septicemia, quebra do leite, hipertermia e 
maior produção do corrimento. 
 
O diagnóstico é feito pelo histórico e sinais clínicos característicos, 
porém podemos utilizar USG, palpação retal e exame de sangue. 
 
O tratamento consiste em realizar uma lavagem uterina, suporte 
clínico físico e alimentar, antibioticoterapia, ocitocina e 
prostaglandina 10 dias após o parto. 
 
A metrite pode gerar baixo retorno econômico, maior intervalo entre 
partos, diminuição da taxa de serviço, dificuldade de emprenhar ou 
pode evoluir para uma piometra. 
 
 
-Piometra: acontece a infecção uterina durante o cio enquanto a 
cérvix está aberta, assim que a fase de estro e metaestro acabam, a 
fase de diestro se inicia com alta quantidade de liberação hormonal 
de progesterona fazendo com que a cérvix fique fechada. 
 
Para realizar o tratamento devemos fazer a castração (em 
pequenos), realizar lavagem para a retirada do exsudado com auxilio 
da PGF2 alfa. 
 
VII- Afecções ovarianas: a maior parte dos bovinos possuem cistos 
foliculares que por modificações genéticas não reconhecem o LH, 
assim crescem com o estímulo do FSH, porém não rompem. 
 
Enquanto cresce produzem muito estradiol dando cio frequentemente 
sem respeitar o intervalo entre os cios. Pode ser que as células 
foliculares também não produzam o estradiol, sendo um animal em 
anestro permanente. 
 
Como sinais podemos ter o cio repetido, hipersexualidade e 
androgenização por aumento de testosterona. 
 
O tratamento consiste na aplicação de LH e GnRH para o cisto se 
romper, aplicar progesterona para melhorar o feedback de controle 
do cio. 
 
6- Passos da inseminação artificial: 
 
-Preparo: devemos deixar montado o aplicador, a bainha, separar uma 
tesoura, papel toalha, luva e pinça. 
 
-Contenção: devemos conter o animal identificado no cio de manhã no 
tronco durante a tarde (12 horas para a ovulação). Fazemos o 
esvaziamento do reto e limpeza apropriada do períneo e da vulva (com 
auxilio de luvas e lubrificante). 
 
-Sêmen: devemos descongelar a palheta de sêmen em 35°C / 37°C por 30 
segundos. Após isso devemos secar a palhetacom o papel toalha e montar 
o aplicador com a mesma. 
 
-Aplicação: abrir os lábios vulvares com uma mão ou com a ajuda de um 
espectro enquanto realiza palpação retal da cérvix. Passe o aplicador até o 
corpo do útero e deposite o sêmen devagar. 
 
-Finalização: retire o aplicador do canal vaginal e a mão do reto e 
massageie por último o clitóris da fêmea, descarte as luvas e a bainha 
descartável. 
 
 
7- Manejo do cio: 
 
-Taxa de concepção: é a taxa de ovulação (quantidade de óocitos liberados e 
de boa qualidade) + a taxa de fêmea em estro (quantidade de fêmeas que são 
detectadas no cio). 
 
A manipulação do cio acaba com o trabalho da detecção do cio, sendo definida 
uma data / época para as fêmeas darem cio, diminuindo perdas, aumento no 
número de fêmeas fecundadas. 
 
-Indução do cio: é quando uma fêmea em anestro (puerperal, estacional, 
déficit no eixo) é induzida a entrar em cio aplicando hormônios para que a 
atividade ovariana volte. 
 
-Sincronização do cio: é quando temos fêmeas ciclando, porpem não estão 
sincronizadas, cada fêmea está em uma época diferente do ciclo, assim 
sempre iremos manipular a luteólise para que essa fase tenha seu tempo 
diminuído ou aumentado. 
 
-Eficiência reprodutiva: é quando manipulamos o ciclo para que ocorra o cio, 
gestação e parição em épocas convenientes. Podemos sincronizar o cio de um 
lote para que nasça na época da chuva. 
- Hormônios utilizados nos processos: temos a progesterona (realiza 
atresia nos folículos, porém não pode ser utilizada sozinha), estradiol (é 
aplicado quando queremos induzir o pico de LH pulsátil e estimular o GnRG, 
indutor de ovulação e também gera produção de PGF2 alfa no endométrio). 
 
PGF2 alfa (aplicamos o estradiol junto ao implante de progesterona para que 
quando retirarmos o dispositivo, sete dias depois a PGF2 alfa já foi produzida 
pela indução do estradiol, ocorrendo luteólise logo em seguida diminuindo o 
tempo de diestro). 
 
As gonadotrofinas são mais utilizadas em processos de IATF já que 
conseguem manipular o desenvolvimento folicular junto a ovulação aplicando 
FSH / LH. Geralmente aplicado 2 dias após a retirada do implante de 
progesterona e 16 horas depois ela ovula. 
 
-Ovsynch: é um protocolo de IATF onde aplicamos GnRH após o cio para 
estimular a ovulação e logo em seguida a PGF2 alfa para que a luteólise ocorra 
e o tempo de diestro seja diminuído. Assim começa uma nova onda folicular 
aplicando GnRH novamente para que ocorra a foliculação e a ovulação quando 
for conveniente. 
 
 
https://www.abspecplan.com.br/?modulos/abs_news/express:73 
8- Transferência de embriões: 
 
-Receptora: deve ser do mesmo tamanho da doadora para evitar partos 
distócicos, deve possuir a habilidade materna, ter ECC bom, cio ser 
sincronizado com a doadora com o mesmo ciclo. 
 
O ideal é que tenha maior numero de receptoras do que o número de filhotes 
pretendidos, caso tenha um menor número podemos inocular mais de um 
embrião do mesmo grau. 
 
https://www.abspecplan.com.br/?modulos/abs_news/express:73
-Doadora: como é a doadora dos genes bons, deverá possuir bons índices 
zootécnicos, alta produção, ECC bom para ciclar, genética superior e estar 
cadastrada na associação dos criadores. 
 
-Embriões: podem ser classificados entre os utilizáveis (I, II e III) e os mortos 
por rompimento da zona pelúcida (IV). 
 
-Superovulação da doadora: após o cio a fêmea entra em metaestro e 
diestro, sua ovulação ocorre e dois dias depois se inicia uma nova onda 
folicular, porém entram em atresia já que a progesterona está em alta. Demora 
7 dias a formação da onda folicular. 
Uma nova onda se iniciará assim em 2 dias aplicamos 8 doses de FSH 
decrescente por 4 dias, nos últimos dois dias devemos utilizar a PGF2 alfa 
para a luteólise do ultimo cio ocorrer e encurtar o tempo de diestro. 
 
A aplicação do FSH recruta novos folículos, a dose vai diminuindo já que os 
folículos crescem conforme cada dose aplicada. Após a fecundação o embrião 
demora de 6 a 8 dias para fixar no útero, a colheita deve ocorrer no entre o 
sexto e oitavo dia de fecundação. 
 
Antes do sexto dia ele não está no corpo uterino e depois do oitavo dia pode ter 
ocorrido a ruptura da zona pelúcida tornando-se um embrião de grau IV. 
 
-Retirada do embrião: com a ajuda de um balão fazemos o colabamento dos 
cornos uterinos com o auxilio do liquido PBS quente, fazendo com que ele volte 
para o filtro. 
 
 
Com um instrumento de duas vias deixamos o liquido entrar e sair pela 
gravidade, com a ajuda da massagem uterina pela palpação retal. Os embriões 
devem cair em um filtro e o PBS deve ficar junto para manter o meio. 
 
-Inovulação: a vaca receptora deve apresentar o corpo lúteo no ovário, assim 
fazemos o mesmo procedimento da inseminação artificial e implantamos o 
embrião no corno uterino que possui o ovário com corpo lúteo. 
 
9- Fertilização in Vitro de embriões (FIV): 
 
- Vantagens: com a FIV podemos obter o melhoramento genético mais rápido, 
diminuir o intervalo entre partos, aumentar o número de gestações pela 
ovulação sem prenhes, usar sêmen sexado e produzir mais embriões. 
 
-Doadora: como é a doadora dos genes bons, deverá possuir bons índices 
zootécnicos, alta produção, ECC bom para ciclar, genética superior e estar 
cadastrada na associação dos criadores. Podemos utilizar fêmeas que não 
estão mais aptas a formarem embriões da forma convencional, fêmeas a partir 
de 6 meses, gestantes até o terceiro mês ou puerperais. 
 
-Receptoras: deve ser do mesmo tamanho da doadora para evitar partos 
distócicos, deve possuir a habilidade materna, ter ECC bom, cio ser 
sincronizado com a doadora com o mesmo ciclo. 
 
-Aspiração: realizamos a aspiração folicular com a ajuda de um USG, usamos 
uma agulha para perfurar os ovários e aspiramos o líquido folicular junto aos 
óocitos. 
 
-Maturação: existem 4 graus de óocitos (I, II, III são os estacionados em 
prófase I que possuem cumulus compacto e o grau IV que possui o cumulus 
expandido e se encontram em metáfase II). Podemos utilizar I, II e III e 
realizamos a maturação em uma incubadora, o IV não é viável em bovinos já 
que não é viável descongelar apenas uma palheta de sêmen. 
 
O processo de maturação demora entre 18 a 24 horas, colocamos os óocitos 
na placa por meio de maturação levando a uma estufa a 5% de dióxido de 
carbono, esperamos até que chegue a metáfase II. 
 
-Método de Percoll: é o processo onde manipulamos os SPTZ descongelando 
a paleta do sêmen e colocando no meio Percoll (viscoso), após isso é 
colocado em uma centrífuga onde fica por 5 minutos, os vivos vão para o fundo 
e os SPTZ mortos ficam presos no Percoll. 
 
 
 
-Método de Swim up: é quando manipulamos os SPTZ no meio talp (fluído) e 
levamos a uma estufa por uma hora e meia, assim os vivos nadam e os mortos 
sedimentam. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Capacitação: para retirar a capa proteica do sêmen que fica em volta dos 
SPTZ devemos utilizar heparina (semelhante ao que é produzido no sistema 
reprodutor feminino), assim os SPTZ conseguirão fecundar o óocito. 
 
-Fertilização: para fertilizar pegamos a placa com os óocitos maturados e 
aplicamos os SPTZ capacitados e vivos, após isso devemos aplicar uma capa 
de óleo mineral e levar a estufa por 24 horas verificando a presença de 2 
corpúsculos polares. A cada dois dias verificamos os óocitos fecundados se 
estão vivos ou mortos trocando a capa de óleo, no 8 ou 9 dia estará em estágio 
de blastocisto e pode ser fecundado em uma receptora no 8 ou 9 dia de 
diestro. 
 
10- Processos da fecundação: 
 
-Capacitação espermática: ao ser ejaculado no fundo da vagina, os SPTZ 
seguem o caminho até as tubas uterinas, assim durante seu trajeto dentro do 
sistema reprodutor feminino ele perde a capa proteica e se torna capacitado. 
 
-Hiperatividade espermática: ao chegaràs tubas uterinas os SPTZ ficam 
aderidos as vilosidades da estrutura, assim ao se encontrar com óocito ocorre 
o processo de quimiotaxia (entrada de cálcio pela membrana e liberação de 
quinases) que auxiliam o SPTZ a baterem sua cauda pendularmente e se 
desgrudarem da vilosidade para encontrar com o óocito. 
 
- Entrada do espermatozoide no óocito: no óocito ocorre mudança nas 
células do cumulus, elas liberam hialuronidases para facilitar a entrada do 
SPTZ no óocito. 
Já o SPTZ possui o acrossomo em sua cabeça (vesícula com enzimas) ao 
encostar-se à zona pelúcida do óocito ocorre à formação de poros para a 
passagem do mesmo, se direcionando para o espaço perivitelínico onde os 
corpúsculos polares estão (Reação do Acrossomo). 
 
-Fusão: ao passar pela zona pelúcida o SPTZ se fusiona com a membrana do 
óocito, se incorporando ao citoplasma do gameta feminino, tornando-se viável 
apenas a estrutura do DNA masculino, o resto é descartado. 
 
 
-Bloqueio da polispermia primária: após a fusão, ocorre a despolarização da 
membrana do óocito para repelir novos SPTZ. 
 
-Bloqueio da polispermia secundária: os grânulos corticais realizam 
produção de enzimas que vão a zona pelúcida e realizam modificações nas 
proteínas da mesma impedindo a passagem de novos SPTZ. 
 
-Singamia: é a fusão dos dois núcleos n+n dos gametas, podemos observar 
dois pró-núcleos e dois corpúsculos polares, tudo isso dando origem ao zigoto. 
 
11- Inicio do desenvolvimento embrionário: 
 
-Após a fecundação, o zigoto é encaminhado para o corpo uterino, processo 
que pode demorar até 6 dias (chega em formato de mórula). 
 
-Ao chegar ao endométrio está em estágio de blastocisto, onde possui um 
polo de células, um antro e uma camada de células chamada de trofoblastos 
(na periferia da célula), esses possuem função de produzir placenta. A zona 
pelúcida só é rompida a partir do nono dia. 
 
-Após o nono dia torna-se blastocisto eclodido deixando sair os corpúsculos 
polares, assim após o rompimento da zona pelúcida, o zigoto se fixa na parede 
do endométrio (parte dos embrioblastos), caso seja mais de um zigoto (como 
no caso de cadelas ou gatas) os zigotos se fixam equidistantes. 
 
-Ao mesmo tempo os embrioblastos começam o processo de desenvolvimento 
do embrião. 
 
-A gastrulação ocorre no décimo dia, é quando os embrioblastos começam a 
se diferenciar em ectoderma (dá origem a pele, anexos e SN), mesoderme 
(da origem a maior parte dos órgãos) e endoderme (dá origem ao tubo 
digestivo). 
-A partir do vigésimo sexto dia ocorre a diferenciação sexual, é quando os 
gonócitos estão colonizando a crista genital, caso seja XY possuirá um gene 
SRY que produz medularina e TDF (fator determinante de testículo), esses 
hormônios organizam os gonócitos em tubos seminíferos dando origem aos 
testículos. 
Caso seja XX não haverá ação do gene SRY assim 12 semanas depois os 
ovários começam a crescer. 
 
-Na crista genital há dois ductos (ducto de Muller e ducto de Wolf). 
 
-O ducto de Wolf dará origem aos órgãos reprodutores masculinos, caso seja 
XY os testículos serão formados e a testosterona desenvolve em 2 ductos de 
Wolf e inibe o ducto de Muller (por fatores anti-mullerianos). 
 
-Caso seja XX não haverá testosterona para desenvolver o ducto de Wolf nem 
hormônios anti-mulleriano, assim o ducto de Muller se desenvolverá dando 
origem aos órgãos reprodutores femininos. 
 
Órgãos reprodutores 
com 3 meses 
Órgãos reprodutores 
com 6 meses XY 
Órgãos reprodutores 
com 6 meses XX 
Tubérculo genital ➔ Pênis Clítoris 
Pregas uretrais ➔ Rafe escrotal -- 
Eminência lábio escrotal ➔ Escroto Lábios maiores 
 
 
 
12- Formação da placenta: as células dos trofoblastos invadem o 
endométrio rompendo vasos sanguíneos em humanos, nos animais não 
há esse rompimento. 
 
-Função da placenta: alimentação do feto, troca gasosa, passagem de 
nutrientes, minerais e vitaminas, pela artéria de algumas espécies 
chegam anticorpos, produção de hormônios como o HCG e o ECG, 
progesterona e estradiol. 
 
-Membranas: o âmnio (possui o líquido amniótico que lubrifica o 
embrião, mantém a T°, protege contra choques mecânicos), alantoide 
(possui o líquido que armazena as excretas do embrião) e o córion 
(pode ser chamado de corioalantóide já que é muito próximo da 
membrana anterior, é a mais externa e a que faz contato com o útero, 
tem ligação com o cordão umbilical). 
-Tipos de placentas: temos a cotiledonária (bovinos) possuem 
placentomas (ligação entre cotilédone e carúncula da mãe), possui as 5 
camadas não tendo apenas o epitélio endometrial. 
 
Temos a multicotiledonária (equinos e suínos) possuem placenta 
semelhante aos bovinos, porém são menores em tamanho de 
placentomas. É a que possui mais camadas (6 camadas no total) 
fazendo maior filtração. 
 
 
 
A zonaria circular é apenas uma faixa que envolve o embrião de cães 
e gatos (aderida ao endométrio), possui 4 camadas (não tem tecido 
conjuntivo materno e epitélio endometrial). 
 
 
A discoide é apenas um disco que se liga ao endométrio e ao feto (em 
primatas e roedores), o resto é livre, possui apenas 3 camadas (não 
tem o epitélio endometrial, tecido conjuntivo materno nem o endotélio 
materno). 
 
 
 
 
13- Abortamento: é o ato de expelir o feto morto ou natimorto. 
 
-Abortamento por micoses em bovinos: geralmente ocorre a infecção por 
ingestão de alimentos mofados ou contato diretamente pela mucosa como com 
pipetas de inseminação mofadas. 
 
Os agentes mais comuns é o Absidia, Candida Albicans e Aspergillus Flavus. 
Os sintomas ocorrem no terço final da gestação, as fêmeas ficam com o 
pelo opaco, 30% dos fetos nascem dermatite fúngica. 
 
Um método de profilaxia para evitar perda de bezerros é a limpeza correta de 
pipetas, estocar comida apropriadamente e ventilação em criações em 
confinamento. 
 
-Rinotraqueíte infecciosa bovina ou vulvovaginite pustular infecciosa: 
ambas são causadas pelo herpesvírus tipo I, pode contaminar pelo sistema 
respiratório ou genital (sêmen congelado contaminado). Sua principal 
característica é que ficam latentes e só atacam em queda de imunidade. 
 
O abortamento ocorre no 2/3 terço da gestação, pode ocorrer corisa intensa, 
é altamente contagiosa, 90% do rebanho pode adquirir, baixa mortalidade. Os 
fetos irão ficar com os rins e o fígado necrosados. 
 
A profilaxia que deve ser realizada é a vacinação e evitar a imunossupressão 
do animal. 
 
- Diarreia viral bovina: é causada pelo pestevírus, está relacionado a peste 
suína, maiores danos ocorre nos bezerros. 
 
A introdução de animais novos e doentes, ingestão de fezes contaminadas no 
pasto, monta natural são causas da contaminação pelo vírus. O abortamento 
ocorre no primeiro terço da gestação, os bezerros podem ter diarreia 
intensa, equimoses, trombocitopenia, hemorragias e febres. 
 
 
-Herpes vírus equino: é um vírus muito agressivo que ataca sistemicamente o 
feto, ocasionando necrose hepática fetal. O abortamento na fêmea ocorre no 
2/3 da gestação, sua disseminação é pelo ar, fica latente e age em casos de 
imunossupressão. 
 
A profilaxia desse animal é obrigatória onde à vacinação deverá ocorrer em 
fêmeas prenhes nos 5, 7 e 9 meses de gestação. 
 
-Herpes vírus Suíno (doença de Aujeszky): é ocasionada pelo herpes vírus 
tipo I, o abortamento pode ocorrer em qualquer momento da gestação dos 
suínos, caso os leitões cheguem a nascer irão apresentar uma pseudorraiva 
com alterações neurológicas, andam em circulo com head tilt. 
 
 
Como profilaxia tem a vacinação das fêmeas, porém caso seja confirmado um 
caso, é necessário realizar o abate de todos os animais da produção com vazio 
sanitário de 6 meses. 
 
-Brucelose (zoonose): é uma bactéria que possui diversas CEPAS e é GRAM 
negativa, é intracelular facultativa, caso venha se alojar intracelularmente o 
animal setorna portador. 
 
O abortamento ocorre no terço final da gestação e em machos causa 
orquite. A contaminação ocorre pelo contato direto da pele, secreções ou entre 
mucosas, ingestão da placenta, pelo leite. 
 
 
Como profilaxia temos a vacinação obrigatória, incinerações do animal 
abatido, em pequenos animais podem fazer a castração, porém ainda é 
portador. 
 
-Campilobacteriose (DST exclusivamente): é uma bactéria GRAM negativa 
que se aloja no prepúcio do macho e é transmitida durante a cópula. A 
transmissão para a fêmea ocasiona uma metrite, o que torna o útero hostil para 
o embrião, levando a uma morte embrionária, caso o embrião consiga se fixar 
não passa dos 6 meses de gestação. 
 
 
Devemos realizar uma cultura e antibiograma do lavado do prepúcio do 
macho para confirmar se é campilobacteriose, o tratamento consiste em 
antibioticoterapia em fêmeas e machos. 
 
Como profilaxia pode ser utilizada o sêmen congelado. 
 
- Tricomonose (DST exclusivamente): é um protozoário que se aloja no 
prepúcio do macho sendo assintomático para o mesmo. Ocasiona metrite na 
fêmea, abortamento até 6 meses de gestação ou morte embrionária. 
 
Para identificar devemos fazer o lavado prepucial e esperar sedimentar, após 
isso analisamos no microscópio. 
 
Como profilaxia devemos utilizar o sêmen congelado. 
 
- Clamídia (zoonose): a contaminação ocorre por meio de ingestão ou monta 
natural, é originária dos pássaros, afeta mais ovinos do que grandes 
ruminantes. 
 
Os principais sintomas ocasionados nos machos são a vesiculite em glândulas 
anexas, em fêmeas ocorre o abortamento no terço final da gestação, porém 
o animal cria anticorpos após o primeiro contato. 
 
-Leptospirose (zoonose): bactéria transmitida por aves e roedores, pode ser 
adquirida por contato de pele, boca, nariz lesionados ou ingestão do portador 
paratênico. É estacional, ocorre mais em épocas de chuvas. 
 
Ocorre necrose dos túbulos renais fetais e maternais, demora 4 a 6 dias a 
incubação, abortamento ocorre no terço final da gestação. 
 
-Metrite contagiosa em equinos (DST exclusivamente): é uma bactéria que 
se aloja no prepúcio do macho sendo assintomático para o mesmo. Ocasiona 
uma morte embrionária ou até 2/3 da gestação, verificamos cio repetido e 
irregular. 
 
Para identificar devemos realizar uma cultura com material coletado em volta 
do clitóris. 
 
-Neosporose: é um protozoário que possui como hospedeiro definitivo o cão (o 
cão pode ter encefalomielite), se a fêmea ingerir as fezes do cão 
contaminado pode levar ao abortamento no terço final da gestação, caso o 
feto nasça e for fêmea se torna hospedeiro intermediário. 
 
 
14- Fases do parto: 
 
-Pródromos: é quando a fêmea começa a se preparar para a expulsão do feto, 
começam variações hormonais e comportamentais, pode iniciar 7 a 10 dias 
antes do parto. 
 
Durante toda a gestação a progesterona fica em alta para manter a prenhes, 
porém quando está próximo ao parto esse nível de progesterona começa a 
cair e o de estradiol aumenta. 
 
-Desencadeamento do parto: quem escolhe o dia que irá nascer é o próprio 
feto, por estar em um local apertado, com restrição de movimento e diminuição 
de nutrição ele entra em estresse e começa a produzir cortisol. 
 
Esse cortisol fetal ativa a enzima 17-alfa-hidroxilase que transforma 
progesterona em estradiol que por sua vez começa a aumentar. O aumento 
do estrogênio na corrente sanguínea da fêmea estimula o útero a produzir 
PGF2 alfa para estimular a exposição de receptores de ocitocina no miométrio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com 
ocitocina, estradiol e PGF2 alfa liberados na corrente sanguínea temos o 
inicio das contrações uterinas (não visíveis) ocasionando aumento no cortisol 
fetal. Com essas contrações o feto começa a se mexer mais o que estimula a 
produção de ocitocina e relaxina. 
 
A relaxina é responsável por relaxar as vias moles e vias duras do parto 
como ligamentos, cérvix, sínfise púbica entre outros. Após as contrações 
uterinas, temos a descida do útero ventralmente, o que leva a exposição do 
vazio do flanco e o rompimento da membrana alantoideana com 
extravazamento de líquido. 
 
-Expulsão do feto: cada espécie demora um tempo especifico para realizar a 
expulsão do feto. 
 
Espécie Tempo de expulsão 
Cães e gatos 15 minutos a 2 horas 
Equinos 30 minutos 
Suínos 15 minutos a 2 horas 
Ruminantes 1 a 3 horas. 
 
Quando ocorre o rompimento do alantoide e o feto se posiciona na via fetal, 
no assoalho do canal vaginal há barorreceptores que com a pressão do feto, 
estimula a medula a fazer contração abdominal (reflexo de Ferguson). 
 
-Distocias: o mau posicionamento, gigantismo fetal, incompatibilidade da 
fêmea com o feto, podem levar a problemas durante o parto. Se a passagem 
demorar mais que o tempo previsto para cada animal o feto pode ser 
estrangulado pelo cordão umbilical e sofrer asfixia por falta de oxigênio. 
 
-Estática fetal: temos a apresentação é quando identificamos a posição entre 
a coluna fetal e materna, pode ser longitudinal anterior/posterior, horizontal 
dorsal/ventral ou vertical dorsal/ventral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A posição é a relação 
da coluna do feto com a 
pelve da mãe, o não 
distócico é o vertebro-sacral, porém podemos ter posições distócicas como 
vertebro-púbica ou vertebro-íliaca. 
 
A atitude é a posição dos apêndices fetais como cabeça e membros 
posteriores / anteriores. Obrigatoriamente eles deverão estar estendidos, caso 
estejam flexionados é considerado uma distocia. 
 
15- Ciclo estral dos equinos: dura cerca de 22 a 23 dias possui apenas 
estro e diestro, são estacionais entrando no cio apenas em meses claros 
como primavera e verão (sete dias antes do inicio da primavera pode ter 
o cio silencioso). 
 
 
- Cio do potro: a égua pode apresentar cio 7 dias depois do parto, caso a 
fecundação ocorra terá mais 6 dias para o embrião chegar ao corpo uterino, 
totalizando 13 dias para ocorrer a involução uterina. 
 
-Estro: dura em torno de 7 dias, com sinais de cio muito evidentes como 
exposição de clitóris, edema e eritema vulvar, micção frequente para liberar 
ferômonio e aceitação do macho. 
 
Podemos utilizar a rufiação (garanhão com capa protetora) para a 
identificação da fêmea no cio. 
 
-Ovulação: ocorre no estro já que a égua não tem metaestro, acontecem 
24 a 48 horas antes do ultimo dia de estro. Se for utilizado monta natural 
devemos deixar o macho montar a fêmea em dias alternados durante os 7 
dias de cio. 
 
-Controle da onda folicular: como não sabemos a data da ovulação, 
podemos fazer o controle com a palpação retal / USG, se estiver na fossa 
ovulatória com +/- 35 mm já é pré-ovulatório, porém há animais que ovulam 
apenas com 50 mm. Caso tenhamos que induzir a ovulação podemos 
administrar HCG, quanto mais edemaciado o corno uterino estiver mais 
próximo está a ovulação. 
 
-Sincronização do cio: aplicamos progesterona ou misturamos com a 
ração, caso esteja na fase folicular irá bloquear a foliculação, se estiver em 
diestro irá ocorrer luteólise depois de 14 dias pela PGF2 alfa natural. 
 
-Indução a ciclicidade: devemos induzir o cio em meses escuros com 
banhos de luz artificial das 17h às 21h (por 4 horas todos os dias) para 
manipular a glândula pineal. Também podemos “começar o dia mais cedo” 
fazendo o banho de luz 9 horas e meio depois do sol se por, deixando até 
o sol nascer novamente. 
 
-Inseminação artificial em equinos: evita DST e doenças abortivas, 
podemos usar o sêmen fresco, resfriado ou congelado. 
 
Para a inseminação com o sêmen resfriado ou fresco devemos detectar 
o cio, identificar se está na fossa ovulatória, aplicamos HCG para induzir a 
ovulação, faz a inseminação no corpo do útero. 
 
Para a inseminação com o sêmen congelado devemos fazer os mesmos 
procedimentos, porém o depósito do sêmen deveráocorrer nos cornos 
uterinos já que tem durabilidade baixa, deve ser aplicado após ovulação 
ocorrer. 
 
-Diagnóstico de gestação: após 13 dias da fecundação, já conseguimos 
identificar a vesicular com o USG, se tiver duas tem que romper uma já que 
não é suportado gestação gemelar. Para evitar inflamações após ruptura 
devemos administrar Flunixim Meglumine ® e 7 a 10 dias depois 
administramos progesterona. 
 
 
 
 
 
 
 
-Gestação: dura 11 meses e como a placenta produz ECG endógeno 
(mesma função do FSH), ele recruta novos folículos e luteiniza para que 
se tornem corpo lúteo acessório, auxiliando o corpo lúteo já existente. No 
meio da gestação o corpo lúteo sofre lise e a placenta passa a produzir 
progesterona. 
 
-Diestro: dura cerca de 14 dias, temos a alta de progesterona, os corpos 
luteis grandes são formados pelas células da granulosa. A luteólise ocorre 
no final do diestro pela PGF2 alfa, após a lise demora de 24 a 48h para 
entrar em estro novamente. 
 
16- Ciclo estral de cães e gatos: 
 
• Cadelas: entram na puberdade de 2 a 3 meses antes de atingirem o 
peso corporal adulto, pode levar de 5 a 24 meses dependendo da raça. 
As raças pequenas são precoces e as raças grandes são tardias. São 
monoestricas não estacionais. 
 
-Pró-estro: dura em torno de 9 dias (média de 3 a 21 dias), onde ocorre 
sinais de cio bem evidentes, porém NÃO aceita o macho, possui alto pico 
de estradiol (atinge o pico de estradiol no final do pró-estro), secreção 
serosanguinolenta, a vulva edemaciada e realiza maior número de micções. 
 
 
 
 
 
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A luteinização precoce do folículo ocorre antes do folículo se romper para 
a ovulação, as células da granulosa e da TECA começam o processo de 
luteinização fazendo com que os níveis de estradiol comecem a cair e o de 
progesterona aumente. O pico de LH marca a troca de pró-estro para estro. 
 
-Estro: ocorre o pico de LH, a fêmea se torna receptiva ao macho, realiza 
reflexo perineal positivo, a progesterona aumenta, após 48 horas do pico de 
LH ocorre a ovulação, porém demora 3 dias para a maturação, assim a 
melhor data para a fecundação é o quinto dia do estro. 
 
-Diestro: após a ovulação que ocorre no estro, há total formação do corpo 
lúteo, temos ainda altos níveis de progesterona, porém no final do diestro 
diminui, dura em torno de 2 meses sem fecundação, ocorre regressão total 
dos sinais de cio e ocorre luteólise ao final do período. 
 
-Anestro: é onde ocorre a quisciência reprodutiva, não tem variações 
hormonais, se comporta como se fosse castrada, dura em torno de 4 
meses. 
 
• Gatas: são poliestricas estacionais, ou seja, apenas ciclam em meses 
de muita luz como primavera/verão (fotoperíodo positivo). 
 
-Pró-estro: é curto, dura somente dois dias, os níveis de estradiol aumentam 
gradativamente, sinais de cio acentuados como vocalização, rolamento, fricção 
e NÃO aceita o macho. 
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-Estro: dura em torno de 5 a 6 dias, folículo dominante continua crescendo, 
aceita a cópula, aumento de estradiol, discreto edema vulvar e sangramento. 
Para ovular a fêmea precisa do estimulo da dor, podendo ser necessário mais 
de uma cópula para estimular o pico de LH. 
 
-Diestro: caso ovule ela entra em diestro, se não ovular não há essa fase. Se 
fecundar entra em gestação por 63 dias, se ovulou e não fecundou ela entra 
em pseudociese por 40 a 45 dias. 
 
-Interestro: caso ela não cruze ou não tenha recebido estímulos o 
suficiente para ovular, os folículos dominantes sofrem atresia, fazendo com que 
os níveis de estradiol caiam. Depois de 2 a 19 dias ela volta ao pró-estro se 
ainda estiver na fase estacional do ano. 
 
 
17- Ciclo estral de pequenos ruminantes: são animais estacionais, 
ciclam apenas em épocas de pouca luz como outono e inverno, porém 
animais que vivem próximos a linha do equador (NE, N e NO) não são 
estacionais já que não há diferença de época de luz. 
 
-Puberdade: em 7 meses atingem 65% do peso corporal adulto, em 
regiões com menor disponibilidade de comida o primeiro cio pode ser 
afetado pelo balanço energético negativo. 
 
• Ciclo estral de caprinos: cicla a cada 21 dias nas épocas escuras. 
 
-Estro de caprinos: dura cerca de 36 horas, após 20 horas do pico de 
LH as fêmeas ovulam ainda no final do estro. Sua prolificidade é de 1,5, 
pode ovular mais de um óocito e parir até 3 filhotes. 
 
Os sinais do cio são bem evidentes gerando balidos, movimentação da 
cauda, edemaciamento e hiperemia vulvar, corrimento vaginal. O rufião 
pode passar até 2 vezes ao dia para identificar o cio, caso seja 
identificado inseminar 12 horas depois. 
 
O reflexo de Flehmen é o movimento labial que os machos fazem para 
aspirar maior quantidade de ferômonios femininos para auxiliar a 
excitação do animal. 
 
O odor hircino é uma glândula que fica na base do chifre, produzindo 
um óleo com odor muito forte. Em rebanhos leiteiros não pode deixar o 
macho próximo da produção de leite já que o produto pode adquirir o 
cheiro. 
 
O cruzamento entre MM (mocho → sem chifre), Mm (possuem apenas a 
base do chifre) ou mm (animal com chifre) podem gerar animais MM 
(fêmeas nascem pseudo-hermafroditas ésteres e machos possuem 
grânulo no epidídimo), NUNCA cruzar animais MM x MM ou Mm x Mm 
para que não nasça MM. 
 
-Metaestro dos caprinos: dura cerca de três dias, é a fase de 
luteinização dos folículos onde o LH diminui sua pulsatilidade e a 
progesterona aumenta. 
 
-Diestro dos caprinos: dura cerca de 14 dias e mantém a progesterona 
alta. 
 
 
• Ciclo estral de ovinos: cicla a cada 17 dias nas épocas escuras. 
 
-Estro em ovinos: possui o cio menos evidente do que caprinos, apenas o 
rufião consegue identificar, demora em torno de 35 horas, as ovelhas 
púberes tem o cio com menor tempo de 25 horas. 
 
Os seus dois primeiros cios podem ser silenciosos, até mesmo os 
machos não identificam, as ovelhas púberes não possuem muitos 
receptores de estrógeno, assim necessitam que a progesterona exponha os 
receptores de estrógeno (Priming da progesterona). 
 
-Diestro: seu corpo lúteo se degenera mais rápido, com o diestro durando 
apenas 10 a 11 dias. 
 
• Efeito macho para caprinos e ovinos: separamos os machos e as 
fêmeas durante o diestro sem contato nenhum, após um mês se houver 
contato o ferômonio do macho estimula a fêmea dando cio 5 dias 
depois. Pode ser utilizada para antecipar a puberdade em ovelhas santa 
Inês (não são estacionais), antecipar fim do anestro de lactação e 
sincronização do cio. 
• Efeito fêmea para caprinos e ovinos: a fêmea no cio estimula maior 
produção de testosterona no macho, assim há maior descarga de LH 
usando para sincronizar as fêmeas. 
• Protocolos para Santa Inês ou animais não estacionais do NO / N / 
NE: 
 
-Dezembro/Janeiro: deixamos as fêmeas sem contato com o macho. 
-01/02 a 14/02: colocamos os rufiões para realizar o efeito macho. 
-15/02 a 15/03: por um mês deixamos o carneiro a solta com as fêmeas 
para ocorrer monta ou inseminação artificial. 
-Julho a agosto: ocorrem os partos. 
-Setembro: na metade do mês 9 realizamos o desmame e o macho fica 
longe todo o período. 
-15/10 a 30/10: colocamos os rufiões novamente. 
-01/11 a 30/11: deixamos o carneiro solto novamente para a monta. 
-Abril do próximo ano: ocorrem os partos. Em 24 meses conseguimos 
até 3 partos por fêmeas. 
• Protocolo de sincronização do cio: só pode ser realizado na época da 
monta. 
 
-Aplicamos o Cidr (dispositivo intravaginal de progesterona) por 5 dias, 
podemos usar também a esponja vaginal por 11 dias. As que estão em 
cio parao ciclo, as que estão em diestro terminam de formar o corpo 
lúteo. 
 
-Com o protocolo da esponja ou do Cidr aplicamos PGF2 alfa para 
destruir o corpo lúteo existente. 
 
-Ao retirarmos os dispositivos aplicamos ECG para sincronizar a onda 
folicular. Caso use Cidr a fêmea entrará em cio em 30 horas, se for a 
esponja vaginal em 20 horas após a retirada. 
 
• Indução do cio: apenas realizar caso as fêmeas estejam em anestro 
estacional conseguindo até 3 partos em 24 meses. É utilizado para 
aumentar o numero de cordeiros, para obter mais meses de leite fora 
da época estacional. 
 
-Podemos utilizar implantes de melatonina. 
-Programas de luz confinando as fêmeas que estão ciclando em um 
galpão no mês de abril dando luz a elas das 17h às 21h. Em agosto 
desligamos as luzes, as fêmeas não confinadas param de ciclar e as 
que foram confinadas entram no ciclo. 
-Esponjas intravaginais com progesterona ou Cidr. 
 
• Processos de inseminação artificial em caprinos ocorrem como a de 
bovinos, porém em ovinos não é possível já que sua cérvix é tortuosa. 
 
 
 
 
18- Exames ginecológicos: 
 
-Avaliação: fazemos a inspeção da vulva, vagina (vestíbulo + canal), corpo 
uterino, cornos uterinos, tuba uterina, ovários e glândulas mamárias. 
 
-Citologia vaginal: exame utilizado para identificar em qual fase do ciclo a 
cadela esta, contagem de dias para o parto, detecção de infecções e tumores 
venéreos. 
 As células basais são as células que ficam mais distantes do lúmen e de 
vasos sanguíneos, apenas com um exame de biópsia conseguimos visualizar. 
As células parabasais são células mais superiores, possuem núcleo bem 
maior e consegue ser vista na citologia. 
As células superficiais (se assemelham a um sucrilhos) podem ser nucleadas 
(inicio de queratinização) e podem ser classificadas como anucleadas 
(totalmente queratinizadas), ficam longe dos vasos e morrem cedo. 
As células intermediárias possuem mais citoplasma do que núcleo se 
assemelha a um ovo frito. 
As células complementares são as hemácias, células do clitóris, bactérias, 
células do metaestro (células intermediárias que fagocitam neutrófilos), células 
espumosas (presente apenas no anestro) e TVT. 
 
-Fases do ciclo e a citologia vaginal de cada fase: 
 
No inicio do proestro iremos encontrar células parabasais e intermediarias. Já 
no final vemos células superficiais nucleadas (em maior quantidade), podemos 
visualizar muco e hemácias. 
 
 
No estro encontramos diversas células superficiais anucleadas, geralmente 
estão juntas e na lâmina iremos ver grande quantidade de células juntas. 
 
 
No diestro encontramos apenas células parabasais e intermediárias 
agrupadas, sem nenhuma superficial (baixo estradiol), o agrupamento formam 
cachos. No terço inicial do diestro encontramos grande quantidade de 
neutrófilos e células do metaestro já que é considerada a fase de limpeza. 
 
 
No anestro não há quase nenhuma célula, encontramos poucas parabasais ou 
pequenas intermediárias que estão em degeneração (células espumosas) por 
citólise. 
 
http://www.santelaboratorio.com.br/ciclo-estral/ 
 
19- Afecções do sistema reprodutor de cadelas e gatas: 
 
• Vaginite: É quando encontramos células parabasais, intermediárias, 
muitos neutrófilos e células espumosas na citologia vaginal, podemos 
pensar em vaginite. Pode ser pré-pubere é quando ocorre uma vaginite 
antes do primeiro cio pela transição da flora bacteriana. 
 
-Causas: imunidade local baixa (diestro com aumento de progesterona), 
crescimento desorganizado da flora, neoplasias, corpos estranhos e 
infecções urinárias primárias. 
 
-Sinais Clínicos: prurido, edema, eritema, lambedura, alopecia, 
dermatite perivulvar, secreções serosanguinolentas, atenção do macho 
por cheiro forte (pode ser confundido com o cio). 
 
-Diagnóstico: idade, histórico clínico, vaginoscopia, citologia, cultura e 
antibiograma. 
-Tratamento para cadelas juvenis: o próprio estradiol do primeiro cio 
pode resolver a afecção, se estiver atrapalhando podemos lavar e secar 
e aplicar Flogo – Rosa para reposição da flora. 
 
-Tratamento para cadelas adultas: primeiro deverá ser definido a 
etiologia da afecção, fazer lavagem com sabão da vulva e do vestíbulo, 
http://www.santelaboratorio.com.br/ciclo-estral/
lavagem do canal com pipeta (flogo-rosa + vitamina C + sabão), 
antibioticoterapia apenas em casos muito graves. 
 
 
• Hiperplasia vaginal e prolapsos: 
 
-Causas: alta quantidade de estradiol pode levar a uma hiperplasia ou o 
prolapso em si, assim sendo comum no pró-estro e estro ou no final da 
gestação. Anomalias anatômicas ou compressão abdominal também podem 
ser uma das causas. 
 
-Graus de prolapso: o grau 1 é quando ocorre apenas o prolapso da prega do 
assoalho da vagina, sem protrusão visível, apenas inchaço da região perineal. 
O grau 2 é a exposição da prega do assoalho podendo ou não expor os lábios 
vulvares. O grau 3 é o máximo de exteriorização da prega com todo o assolaho 
vaginal exposto. 
 
-Sinais clínicos: exposição total da mucosa vaginal ou parcial, lambedura 
local, alterações da vascularização 
podendo ter necrose ou patógenos 
locais, corrimento vaginal e obstrução 
da uretra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Diagnóstico: palpação vaginal, citologia (observar se está no cio), histórico 
clínico e sinais. 
 
-Tratamento: depende da fase do ciclo que está, se estiver no cio tem que 
interromper para que o estradiol caia (utilizar antagonistas de GnRH), 
limpamos e lubrificamos para colocar no lugar. Castração é indicada para que 
não ocorra novamente em outros cios. 
 
• Complexo hiperplasia endometrial Cística – Piometra: 
 
-Causas: geralmente acomete cadelas senis que possuem diestro mais longo. 
A alta quantidade de progesterona hiperplasia o endométrio e as glândulas 
uterinas produzem muco em excesso criando um meio rico para bactérias. 
 
O longo diestro vai degenerando o endométrio e as glândulas formam cistos, 
sendo um passo antes de a piometra ocorrer. A piometra acomete as 3 
camadas uterinas gerando sinais clínicos de proporções sistêmicas, cistos 
ovarianos e ciclos irregulares. 
 
-Sinais clínicos: as bactérias produzem endotoxinas que podem afetar o 
sistema renal pelo depósito de imunocomplexos nos túbulos renais causando 
poliúria + polidpsia. Além da letargia, apatia, hiporexia, êmese, descarga 
purulenta vaginal, hipertermia ou hipotermia. 
 
 
-Diagnóstico: geralmente as de cérvix fechada demonstram sinais mais 
rápidos, USG, raio-x, hemograma (função renal e hepática), idade, fase do ciclo 
(estro há 1 ou 2 meses). 
 
-Tratamento: a castração é a mais indicada já que evita a contaminação no 
próximo ciclo, porém há tratamentos hormonais com inibidores de 
progesterona, PGF2 alfa, antibioticoterapia e suporte. (são caros e dolorosos). 
 
• Cistos foliculares: são folículos que não ovularam e passaram de 
8mm, na fase de diestro, anestro ou fim de estro onde não deveria ter 
folículos. Pode ser bilateral ou unilateral, um único cisto ou múltiplos. 
 
-Sinais Clínicos: alta produção de estradiol, cio repetido, ninfomania, 
depressão medular, alopecia, hiperqueratinização da pele, ginecomastia e 
piometra secundária. 
 
-Diagnóstico: citologia encontrando células superficiais anucleadas, 
neoplasias ovarianas, USG e dosagem hormonal de estradiol. 
 
-Tratamento: castração ou indução da ovulação com GnRH e LH. 
 
• Hiperplasia mamária felina: geralmente ocasionado por tratamentos 
contraceptivos hormonais (grande quantidade de progesterona) sendo o 
organismo da fêmea felina sensível a altos níveis de progesterona. São 
mais afetadas fêmeas de 1 a 4 anos não castradas, pós-cio ou em 
lactação. 
 
-Sinais clínicos: nódulos em todos os tetos, bem delimitados e simétricos 
(homogêneos), medem de 2 a 5 cm, edema mamário, ulceração, necrose local, 
muita sensibilidadee infecções secundárias. 
 
 
-Diagnóstico: biópsia e histopatológico. 
 
-Tratamento: aplicar inibidores de progesterona, realizar castração para que 
não ocorra no próximo cio, inibir a lactação, mastectomia em área lesionada, se 
for grau leve tem como apenas acompanhar. 
• Pseudociese Manifesta: todas as cadelas possuem pseudociese (60 
dias de diestro → 2 a 14 semanas pós-cio) por ter altos níveis de 
progesterona, porém algumas manifestam sinais e outras não. 
 
É muito comum, não há predisposição racial, nem de número de partos, 
nem com problemas reprodutivos, dá uma maior chance de desenvolver 
mastite já que há produção de leite que fica parada. 
 
-Causas: no final do diestro o organismo entende que é o final da 
gestação, assim a progesterona diminui e a prolactina (estimulada pela 
serotonina e inibida pela dopamina) aumenta. 
 
-Sinais: ganho de peso, comportamento protetor, adoção de objetos, 
produção de leite, distensão mamária, anorexia. 
 
-Diagnóstico: USG, raios-X para excluir prenhes. 
 
-Tratamento: colar elisabetano para evitar lambedura (estimulo da 
descida do leite), restrição hídrica, chá de salsinha, atividade física, 
antidepressivos, agonista de serotonina (ação dopaminérgica indireta) 
para saturação de receptores de prolactina. 
 
20- Cuidados com neonatos: cada espécie possui um tempo específico 
que é considerado neonato, sendo para todas elas o período mais 
crítico. Os herbívoros naturalmente nascem mais preparados por serem 
presas, já os carnívoros são mais indefesos. 
 
• Termorregulação: como os neonatos possuem imaturidade 
hipotalâmica, eles não conseguem se manter na temperatura ideal. Os 
cães e gatos são pecilotérmicos, ou seja, nas duas primeiras semanas 
necessitam de calor (entre 27°C a 30°C) e boa umidade no ar para que 
não desidratem (pouco pelo e pele muito fina). 
 
Os filhotes de cão e gato usam a gordura marrom, metabolismo 
acelerado, não conseguem tremer pela baixa mielinização e fazem 
pouca vasoconstrição perdendo mais calor. Já os de herbívoros 
conseguem se termorregular já que possuem mielinização. 
 
 
• Sistema Cardiovascular: os neonatos possuem alta frequência 
cardíaca já que não fazem vasoconstrição, assim tem baixa resistência e 
alto fluxo de retorno. 
 
 
 
• Sistema respiratório: ainda é imaturo, porém funciona a partir do 
momento que nasce. Os neonatos necessitam de três vezes mais 
oxigênio do que os adultos por possuírem frequência cardíaca maior. 
 
Após o descolamento da placenta e o posicionamento do feto no canal 
vaginal há estímulos para ele respirar, assim se houver distocias o 
filhote pode começar a respirar dentro do útero. 
 
Após o nascimento devemos retirar o líquido com uma massagem nos 
pulmões, NUNCA balançar o animal ou pendura-lo já que pode retirar o 
líquido que protege seu estômago (capa protetora de anticorpos). 
 
O CRF (capacidade residual funcional) é quando o animal nasce e o 
líquido é retirado, o pulmão se expande cada vez mais na expiração até 
um momento que ele se mantém apenas expirando e inspirando 
formando assim o ar residual para não ocorrer atelectasia. 
 
 
• Sistema urinário: a filtração não é seletiva, assim perdem nutrientes, 
eletrólitos e água mais facilmente, pode ter desidratação e menor 
concentração urinária. 
 
O uraco persistente é quando há conexão tubular entre a bexiga e o 
umbigo, ainda é funcional mesmo após o nascimento. 
 
 
• Sistema hepatobiliar: os hepatócitos não são 100% funcionais, assim 
as enzimas podem estar 100% mais aumentadas, pode ocorrer baixa 
atividade da citocromo P450 (enzima que metaboliza medicamentos) e 
fazer colestase retendo bile podendo afetar processos digestivos. 
 
• Sistema hematopoiético: em um esfregaço sanguíneo vemos células 
percussoras (reticulócitos → hemácias ), ou seja, que ainda não foram 
maturadas, pois a medula óssea está imatura, são maturadas no timo. 
 
Já que as células são imaturas temos uma anemia regenerativa / 
progressiva até os 30 primeiros dias de vida. 
 
• Neonatos Hígidos: os que nascem de parto natural e saudável são 
chamados de hígidos. Com eles devemos nos preocupar apenas em 
retirar a membrana dos orifícios, massagem do tórax para limpeza 
pulmonar, fazer cura do umbigo e verificar parâmetros. 
 
 
 
• Distocias: os filhotes que passam por um parto distócico são mais 
propensos a terem problemas no período neonatal. Podem entrar em 
acidose metabólica, hipóxia e hipercapnia por estarem muito sem 
oxigênio. 
Após o nascimento não possuem tônus, respiram com dificuldade e com 
a boca aberta, não respondem a estímulos de dor, entram em cianose, 
diminui o débito cardíaco e possuem depressão respiratória, 
 
• Cesáreas: é a ultima opção caso esteja ocorrendo um parto distócico, 
como os neonatos estão mais tempo com a placenta descolada podem 
apresentar uma depressão respiratória. 
 
 
São animais que necessitam de maior estimulação, estão em hipóxia, 
temperatura pode chegar aos 30° C, nascem em acidose pelo tempo de 
espera, não possuem reflexo de sucção, diminuição de dor. 
 
• Grandes animais: as primeiras 24 horas são cruciais para os grandes 
animais, é o tempo em que ele está mais vulnerável a doenças. O 
colostro é a etapa mais importante já que possui imunoglobulinas e 
nutrientes que o neonato precisa. 
 
A limpeza do ambiente é necessária já que os neonatos, 
principalmente potros, estão suscetíveis a septicemia, artrite séptica ou 
doenças infectocontagiosas. 
 
A cura do umbigo deve ser realizada o mais rápido o possível, pode 
gerar infecções pelo uraco persistente que pinga urina e gera uma 
inflamação. A onfaloflebite é a inflamação de todas as estruturas do 
umbigo, pode necessitar de cauterização ou cirurgia. 
 
 
• Síndrome do mal ajustamento: é quando o potro não se adapta com o 
período neonatal, assim pode entrar em estresse, depressão 
respiratória, inibição do reflexo de sucção, hipoglicemia, dispneia e 
compactação de mecônio. 
 
• Período de desenvolvimento de pequenos animais: 
 
-Primeira à segunda semana: são as mais críticas já que eles não 
escutam, não andam, nem enxergam, possuem termotropismo positivo, 
precisam apresentar reflexo de sucção, a mãe deve estimular o reflexo 
urogenital. 
 
- Segunda a terceira semana: já conseguem ficar de pé, mamam a 
cada duas horas, com 10 a 11 dias os olhos e o conduto auditivo se 
abrem, porém são afuncionais. 
 
-Terceira semana ao primeiro mês: aparece os caninos e incisivos, 
possui maturação sensorial e começa as brincadeiras, a mãe educa e os 
filhotes começam a se afastar, a fontanela se fecha. 
 
-Quinta semana: já podemos começar a dieta de adaptação com a 
ração, misturando com o leite materno (adaptação do trato gastro 
intestinal). 
 
 
21- Manejo reprodutivo em suínos: são fêmeas poliéstricas não 
estacionais, a puberdade é atingida em 6 a 7 meses com 160 a 170 kg. 
Seu ciclo dura 21 dias, o cio em porcas adultas dura 56 horas e em 
marrãs 47 horas. Em épocas quentes o cio é mais curto para ambas. 
 
• Pró-estro: possui vulva edemaciada, secreções mucosas, vulva 
hiperêmica, maior número de micções, inquietação, sinais de cio 
bem evidente, comportamento homossexual, RTH e RTM 
negativos. 
• Estro: dura 56 horas (2 dias + 10 horas), sinais ainda evidentes 
do cio, RTM + e RTH negativo durante o inicio do cio, já que a 
ovulação se ocorre no final do estro (36 horas após o inicio do 
cio), ela se torna RTM e RTH positiva. 
 
• Metaestro: duração de 2 dias sendo a fase de luteinização e 
formação de corpo lúteo. 
• Diestro: dura 14 dias, o corpo lúteo estão formados, ocorre maior 
secreção de glândulas uterinas pela presença de prostaglandina, 
vagina com mucosa pálida e seca. 
• Gestação: para que as porcas mantenham a gestação é 
necessário no mínimo 4 embriões produzindo sulfato de estrona 
junto ao interforonque impedem a ação da PGF2 alfa. 
• Sincronização do cio: Podemos realizar o efeito macho em 
fêmeas que estão em diestro com 1 cachaço para 6 a 10 fêmeas. 
Podemos também fazer o protocolo hormonal com progesterona 
na alimentação dos animais individualizados por 14 a 18 dias. 
• Indução do cio: aplicar PGF2 alfa nos dias 1 a 13 do ciclo para a 
lise do corpo lúteo do diestro. Aplicamos ECG em marrãs com o 
peso e idade certa, 7 dias depois aplicamos HCG. Pode ser 
usado no desmame precoce com fêmeas no 8 a 10 dia de 
lactação com o cio ocorrendo 44 a 46 horas depois. 
• Manejo de marrãs: representam 15% a 30% do rebanho já que a 
reposição de fêmea é alta. Quando chega aos 120 kg podemos 
usar seu segundo cio, antecipando o cio com o efeito macho ou 
protocolo hormonal de indução. 
 
 
O flushing é para aumentar o numero de ovulações em marrãs e 
fêmeas adultas, aplicamos ração de alto teor energético para 
estimular o recrutamento de folículos, 11 a 14 dias antes do cio. 
 
• Diminuição do intervalo entre partos: podemos diminuir o 
tempo de lactação e antecipar o cio em estágio puerperal. O 
desmame precoce só é indicado em caso de os leitões estiverem 
bem desenvolvidos com 3 semanas de lactação. 
 
A lactação normal dura 56 dias, caso fazer o desmame 
antecipado usamos o protocolo ECG / HCG com 3 semanas, 
após o desmame 7 dias depois ela ovula e conseguimos até 5 
partos em 24 meses. 
 
• Diagnóstico de gestação: não retorno ao cio depois de 21 dias, 
RTM e RTH negativos, USG após 18 dias da monta ou 
inseminação, dosagem de progesterona após 21 dias. 
 
• Cachaço: atinge puberdade aos 4 meses de idade, castramos 
com 1 a 2 semanas de vida se for para corte. A partir dos 7 
meses treinamos para ejacular fazendo colheita três vezes por 
semana. Com 1,5 ano ejacula todos os dias chegando a produzir 
até meio litro de sêmen. 
 
• Afecções do sistema reprodutor feminino de suínos: 
 
-Prolapso vaginal: pode ocorrer no final da gestação, durante ou 
logo após o parto. A causa mais comum é a consanguinidade, 
ingestão de milho mofado, manejo errado em piso inclinado. 
 
Para tratar devemos fazer a limpeza e a desinfecção local, caso 
não tenha lesões na mucosa devemos fazer a retração do órgão 
suturando para que não ocorra novamente. 
 
-Estrongenismo: a ingestão de cereais mofados pode levar a 
produção de micotoxinas que se ligam a receptores de estradiol, 
retomando os sinais de cio, prolapso vaginal, cio repetido, gera 
leitões com cio (transmitido pelo leite). 
 
-Cisto folicular: o aumento do cortisol por estresse térmico e erro 
de manejo faz diminuir o número de células da granulosa, por 
consequência diminuiu a produção de estradiol, realizando 
anestro, ciclos curtos ou irregulares. Podemos fazer tratamento 
hormonal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-Síndrome metrite, 
mastite e agalaxia: o 
estresse térmico e 
ambiental leva a uma 
queda de imunidade 
fazendo com que a porca pegue uma infecção por 
enterobactérias, os leitões necessitam de soro glicosado pela 
falta de produção leiteira, tratamos a sintomatologia das fêmeas, 
antibióticos é feito a partir do 112° dia de gestação como 
profilaxia. 
 
 
22- Biotecnologias relacionadas a éguas: 
 
• OPU: ovum pick up, é a técnica de aspiração de folículos via 
transvaginal que usamos para outras formas de biotecnologia como 
TO, GIFT e ICSI. Pode ser realizado por laparotomia, pós-mortem ou 
USG. 
 
-Procedimento: um guia plástico possui um transdutor 
ultrassonografico e uma agulha para a punção. Levamos esse guia 
até o fundo da vagina com o auxílio do USG. A outra mão vai ao reto 
onde tracionamos o ovário para próximo do guia. 
 
Após identificar os folículos pela imagem, estocamos e furamos os 
ovários, a agulha possui duas vias, uma delas é conectada no PBS 
que entra no folículo, lava o mesmo, a segunda via retira esse líquido 
dos folículos com o auxilio de uma bomba. 
 
-Escalificação: precisamos escalificar o folículo para uma melhor 
retirada dos óocitos, fazendo giros na agulha. É necessária a 
sedação dos animais para que tenha o relaxamento dos ligamentos e 
que não sintam dor. 
 
• TO (transferência de óocitos): é realizado in vivo (fecundação na 
fêmea), utiliza do OPU, mas não é tão comum. 
 
-Procedimento: o óocito é maturado ou usa o maduro disponível 
para o procedimento, abrimos o flanco, identificamos a tuba uterina, 
depositamos os óocitos da doadora na receptora, seguindo pela 
inseminação artificial para a fecundação. 
-Vantagens: podemos aproveitas os óocitos das éguas doadoras 
que tenham problemas na ovulação ou na passagem gerando maior 
número de óocitos de genética boa. 
 
 
• ICSI (injeção intracitoplasmática espermática): é feita in vitro, 
utiliza do OPU e necessita apenas de um espermatozoide vivo, não 
necessariamente o sêmen necessita ser bom. 
-Procedimento: realizamos OPU e maturamos os óocitos, 
realizamos descamação oocitária retirando células do cumulus, 
realizando a injeção espermática e cultivamos até o momento da 
implantação na receptora. 
 
• GIFT (injeção intrafalopiana de gametas): é realizada in vivo, 
óocitos por meio da OPU, não é muito utilizado. 
 
-Procedimento: incisão no flanco, colocamos o oocito maturado na 
trompa junto com o espermatozoide, usamos menor quantidade de 
sêmen podendo ser de qualidade ruim. 
 
Alguns procedimentos não dão certos já que os espermatozoides 
não serão capacitados. 
 
23- Exame andrológico nos machos: 
 
• Estruturas e funções: 
 
-Escroto: é a pele que protege os testículos, possui poucos pelos, 
gordura escassa, grande numero de glândulas sudoríparas e sebáceas 
para a termorregulação e túnica de dartos para a contração. Serve 
essencialmente para a proteção e termorregulação dos testículos. 
 
-Testículos: em algumas espécies necessita estar em 36/C a 38°C para 
o total funcionamento, o músculo cremaster realiza contração para a 
termorregulação, assim quanto mais próximo ao corpo mais quente ele 
ficará. 
 
O plexo pampiniforme é um enovelamento de artérias e veias onde o 
sangue arterial perde calor para o venoso, chegando aos testículos em 
uma temperatura agradável. 
 
Sua principal função é a produção de gametas masculinos e de 
hormônios sexuais. 
 
-Células de Sertoli: estão presentes nos testículos, realizam nutrição e 
sustentação da espermatogênese, nutrição dos SPTZ, fagocita os restos 
celulares, produz ABP (proteína transportadora de testosterona). 
 
-Células de Leydig: se encontram no parênquima basal dos testículos e 
são produtoras de hormônios andrógenos. 
 
-Células epiteliais germinativas: são células primordiais que ficam 
próximas a base, realizam a espermatogênese. 
 
• Eixo neuroendócrino gonadal: no hipotálamo há produção de 
GnRh onde realiza liberação de FSH e LH, pela hipófise. No testículo 
o FSH age estimulando as células de Sertoli e o LH nas de Leydig 
assim produzindo hormônios sexuais. 
 
As células de Sertoli produzem o ABP e inibina que inibem o FSH, já 
a testosterona inibe o eixo com o feedback negativo para controle de 
produção hormonal. 
 
• Espermatogênese: 
 
-Fase 1: é a fase da espermatogoniogênese onde ocorre as mitoses 
com os gonócitos formando as espermatogônias A0. 
 
-Fase 2: é a espermatocitogênese onde as espermatogonias B se 
desenvolvem até espermatócito primário, indo ao secundário depois da 
meiose. 
 
-Fase 3: é a formação do espermatozoide em si, realizam a 
espermiogênese, o espermatócito secundário começa a diferenciação 
celular, perdendo citoplasma, organelas, sobra pró-núcleo, muitas 
mitocôndrias, acrossomo e flagelos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Epididimo: é onde ocorre 
a espermiação, é a maturação 
dos SPTZ, ganha motilidade e 
capacidade de fecundar passando pela cabeça, corpo e cauda do 
epidídimo, demora 60 dias para realizaro ciclo espermático. 
• Ducto deferente: é o que leva os SPTZ até a uretra, na sua porção 
final pode apresentar função secretora. As glândulas anexas 
(hormônio dependente) secretam o líquido seminal que gera nutrição, 
mantém o pH neutro, possui citrato e frutose para a viabilidade dos 
SPTZ. 
 
• Pênis: é o órgão de cópula masculino que pode ser classificado 
como fibroelástico (não aumentam de volume durante a ereção, já 
são compridos o suficiente) e os musculocavernoso (aumentam de 
volume e tamanho durante a cópula). 
• Prepúcio: pele que recobre toda a mucosa peniana, tem que ser 
simétrico, suínos possuem o divertículo que acumula secreções. 
 
24- Técnicas de colheita de sêmen: colhemos o sêmen para congelar, 
resfriar, inseminação, analise e diluição. Sua avaliação tem que ser 
imediata já que os SPTZ são sensíveis a temperatura e a luz. 
 
• Bovinos: usamos com maior frequência a vagina artificial 
(necessita ser treinado e dócil), eletroejaculador e palpação retal 
para estimulação da glândula anexa. 
 
-Vagina artificial: é um tubo rígido de PVC que no seu interior 
possui uma mucosa de látex, entre essa mucosa e o material 
colocamos água quente a 42°C e ar para diminuir a luz e 
ocasionar maior pressão interna. A mucosa sempre tem que estar 
lubrificada para que não ocorram acidentes. 
 
 
 
• Equinos: vagina artificial é o mais utilizado, tem que ser aquecido 
a 42°C, animal estar condicionado ao procedimento, luz bem 
comprimido, uma membrana plástica revestindo a luz, bem 
lubrificado, o corpo que recolhe necessita de um filtro já que 
algumas raças possuem sêmen gelatinoso, sempre higienizar o 
prepúcio. 
 
 
 
 
 
 
 
• Pequenos ruminantes: usamos vagina artificial, porém é menor 
que as dos bovinos, é a mesma preparação, porém a água 
necessita estar a 60°C. 
 
• Suínos: é 
feita a partir do 
estimulo manual 
da cabeça do 
pênis. Primeiro 
temos que 
tracionar ele 
inteiro, 
realizando 
estimulo, 
elimina a 
primeira fração e usa um filtro para evitar grumos. 
 
 
 
• Felinos: mesmo mecanismo da vagina artificial para animais 
condicionados ou eletroejaculador em animais anestesiados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Cães: usamos comumente a estimulação da base do pênis (no 
bulbo peniano), o tubo coletor necessita estar em banho Maria. 
Também pode ser utilizado o eletroejaculador em animais 
anestesiados e pós mortem direto da cauda do epidídimo. 
 
 
 
 
25- Análise do sêmen: 
 
• Análise em aspecto macroscópico: 
-Volume: depende da espécie. 
-Cor: pode ser bege, perolado e marfim. 
-Odor: suis generis. 
-Aspecto: cremoso, leitoso, soroso ou aquoso (azoospermia). 
-pH: utilizamos de fitas medidoras de pH, com a pipeta colocamos 20 uL de 
sêmen para a comparação. Variação em torno de 6,5 e 7. 
-Movimento de massa: em apenas ruminantes conseguimos observar 
pequenos movimentos de grumos, se estiver em movimento é presente, 
caso não tenha é ausente. 
 
 
 
• Análise em aspecto microscópico: 
-Turbilhonamento: colocamos uma gota de 
sêmen no centro da lâmina, observando no 
aumento 4 (40x) a borda da gota, assim 
conseguiremos ver um grupo de SPTZ se mexendo ou não. Conforme a 
intensidade avaliamos de 0 a 5. 
-Motilidade retilínea e progressiva: colocamos a amostra de sêmen em 
soro fisiológico aquecido a 37°C, passamos para uma lâmina com um 
lamínula por cima, observando no aumento de 10 (100x), considerando 
apenas os SPTZ que se movimentam para frente, avaliando a motilidade 
em %. 
 
-Vigor: é quando avaliamos a velocidade que os SPTZ apresentam, assim 
damos de 0 a 5, o normal seria de 3 para cima. 
-Concentração: é utilizado a câmara de Neubauer para a contagem dos 
SPTZ, cada quadrado da câmara possuem quadrados maiores formados 
por 3 linhas, dentro desses quadrados grandes temos 16 quadrados 
pequenos. 
A diluição é o próximo passo onde utilizamos água em temperatura 
ambiente (SPTZ já estão mortos), fazendo a diluição correta para cada 
espécie, assim ruminantes 1:800, cães 1:50 e equinos 1:200. 
A análise é o passo seguinte onde montamos a câmara de Neubauer junto 
a uma lamínula com a amostra diluída, preenchendo as duas câmaras. Para 
avaliarmos necessitamos escolher 5 quadrados grandes e um lado 
específico para a avaliação. Assim o lado escolhido dos 5 quadrados será o 
que contaremos os SPTZ que não encostam na linha superficial, para o 
lado não escolhido contamos todos os SPTZ que NÃO encostam em 
nenhuma linha. 
A soma é quando somamos os SPTZ das duas câmaras (cada câmara é 
somada os seus 5 quadrados), assim fazemos a média de SPTZ entre as 
duas câmaras. 
Após descobrir a soma devemos aplicar a seguinte fórmula: 
[média dos SPTZ] x 5 x 10 x 1000 (parte da diluição) x 1000 (conversor de 
unidade). 
O resultado é dado em SPTZ/mL 
 
 Volume 
(mL) 
Aspecto Densidade Concentração 
Pequenos 
ruminantes. 
0,5 a 2,5 
mL 
Cremoso Muito denso 2,5 x 10^9 
SPTZ/mL 
Bovinos e 
Bubalinos. 
10 mL Leitoso Denso 1,0 x 10^9 
SPTZ/mL 
Equinos 40 a 150 
mL 
Soroso Pouco denso 200 x 10^6 
SPTZ/mL 
Suínos 250 mL Soroso Pouco denso 200 x 10^6 
SPTZ/mL 
Cães 5 a 20 mL Soroso Pouco denso 200 x 10^6 
SPTZ/mL 
 
 
26- Patologias que acometem os espermatozoides: 
• Defeitos maiores: são alterações nas estruturas físicas dos SPTZ que o 
impedem de fertilizar o óocito, podendo ser encontrado até 30% de 
defeitos. 
• Defeitos menores: são SPTZ que possuem defeitos, porém não é 
grave o suficiente para impedir a fertilização. A presença da gota 
proximal nos SPTZ pode indicar problemas no epidídimo. 
 
• Formas de avaliação dos defeitos: 
- Câmara úmida: é uma forma de avaliar os defeitos de cauda dos SPTZ. 
Em 2mL de formol salino aquecido a 37°C diluímos 20uL de sêmen, assim 
os defeitos se tornarão fixos pelo formol. 
Em uma lâmina colocamos uma gota da diluição em seu centro, para 
vedarmos utilizamos uma lamínula e passamos esmalte em suas bordas, 
assim esperando 24 horas a sedimentação dos SPTZ. 
 
 
 
 
 
 
A avaliação é feita pela contagem de 200 
células seguindo um ritmo organizado de 
movimentação no microscópio. Anotamos 
todos os defeitos encontrados e qual o 
número da célula (Ex: 9° sptz possui cabeça decapitada). 
Após contar as 200 células, somamos os defeitos iguais e tiramos a 
porcentagem encontrada, separando quais defeitos são maiores e quais 
são menores. Os defeitos maiores não podem passar de 20% e os menores 
de 25% (a soma dos dois não pode passar de 30%). 
-Esfregaço: é o método de avaliação de defeitos de cabeça e acrossomo, 
sem considerar defeitos de cauda. SPTZ com cabeça de formatos 
diferentes são defeitos maiores, cabeças com formatos diferentes, porém 
com forma preservada são defeitos menores e acrossomo destacado é um 
defeito de acrossomo. 
Em uma lâmina aquecida iremos pingar uma gota de sêmen diluído em 
soro fisiológico, assim puxando com outra lâmina o conteúdo para que o 
mesmo se espalhe. 
Fazemos a coloração com panótico deixando 30 segundos dentro do 1°, e 
5 segundos fora, no segundo deixamos 30 segundos dentro e 5 segundos 
fora, por ultimo no terceiro deixamos 20 segundos dentro. Lavamos com 
água corrente e esperar secar para a visualização em 100x. 
 
A avaliação é feita com 200 células, anotando o número do SPTZ e qual o 
defeito do mesmo, tiramos a porcentagem a partir da soma dos defeitos 
iguais não podendo passar de 30%. 
27- Maneiras de conservação de SPTZ: 
• Diluidores: são substâncias que conseguem auxiliar os SPTZ a 
terem maior tempo de vida sendo eles refrigerados ou congelados. 
Serve para aumentar o volume da amostra seminal, contem água, 
pH neutro, açúcares, isosmótico, íons, antibiótico. Ao adicionar 
aminoácidos, proteínas, substâncias antioxidantes e glicerol 
evitamos o rompimento da membrana e a formação de cristais após 
o congelamento. 
 
-Cálculo do volume

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