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Lesões fundamentais do trauma 1 Lesões fundamentais do trauma Algum Resumo? Eu mesmo fiz!! Data da Aula Impresso Matéria 🦴 Ortopedia e Trauma Property Por: Rafael Calvano Atividade física não é sinônimo de esporte de alto rendimento. Atividade física é todo e qualquer esforço que seja maior do que o estado de repouso, que gaste mais energia que o estado de repouso. Lesões fundamentais do trauma: Contusão; Entorse; Estiramento; Luxação; Fratura; 💡 Todo trauma, não importando sua magnitude, sempre resultará em uma dessas lesões. Contusão É um trauma direto. Quando há lesão de partes moles sem lesão óssea. Quadro clínico: Dor, edema Equimose e hematoma; Lesão superficial da pele; Impotência funcional É muito importante radiografar o local da lesão sempre! Tratamento compreende de: AINH e analgésicos, repouso, crioterapia e fisioterapia. Entorse É um trauma indireto. É a perda momentânea de contato entre duas ou mais superfícies articulares, podendo ou não resultar em lesões cápsulo-ligamentares. Perda momentânea da congruência articular. Pode ser de variados graus: 1. Discreta dor e edema, impotência funcional, e sem qualquer instabilidade ligamentar articular. Não há qualquer lesão ligamentar. 2. Dor e edema mais importante podendo estar associado à equimose ou hematoma articular com impotência funcional sem instabilidade ligamentar articular. Pode haver lesão ligamentar parcial. 3. Importante dor, edema, equimose, hematoma e impotência funcional com instabilidade ligamentar articular. Há lesão ligamentar total. É importante entendermos que na entorse também não há lesão aparente na radiografia, e o grau da lesão varia de acordo com a magnitude da pancada. Quadro clínico: Varia com o grau da lesão; Exames complementares: RX; @August 26, 2021 Lesões fundamentais do trauma 2 Dor e edema articular; Equimose e hematoma; Impotencia funcional; Instabilidade ligamentar e hemartrose na lesão de 3º grau; RNM; USG; O tratamento se baseia no protocolo PRICE. 💡 Protection Rest Ice Compression Elevation Lesões Musculares A ruptura muscular pode ser dividida em dois tipos básicos: ruptura propriamente dita (com lesão transversal ao corpo muscular; maior gravidade), e estiramento (microlesões de alongamento; menor gravidade). É a causa mais comum de incapacidade física do esporte. Quadro clínico: Dor, edema; Equimose e hematoma; Exames complementares: Radiografia normal; Alteração em USG e RNM; Tratamento: AINH e Analgésicos; Repouso; Crioterapia; Fisioterapia; Tipos de lesão muscular: → Tipo 1: lesão <5% do diâmetro muscular, com dor à contrçaão, sem dor ao repouso, de boa recuperação e retorno rápido; → Tipo 2: lesão >5% e <50%, com dor mais intensa, defeito palpável, podendo até mesmo deixar sequelas e tem retorno em tempo moderado; → Tipo 3: lesão >50% ou completa, perda da função, retração palpável, podendo haver sequelas e com recuperação lenta. O local onde mais acontecem as lesões musculares é na junção miotendínea. No USG dá para ver a perda de continuidade do músculo, dá para ver a lesão. Naquele local muscular lesionado, ocorre um gap palpável. Tratamento: → Na fase aguda: protocolo PRICE com objetivo de minimizar o sangramento, previnir a retração muscular tardia e maior gap muscular, reduzir hematoma, reduzir inflamação, acelerar regeneração, além de reduzir acúmulo de líquido intersticial; → Ainda na fase aguda: AINEs por curto prazo, pois uso crônico é prejudicial para contração excentrica; corticóides atrasam a eliminação do hematoma, retardam o processo de regeneração e redUzem a força biomecânica. → Fase pós-aguda: treinamento isométrico inicialmente sem carga e de modo a realizar sem dor, treinamento isotônico deve ser iniciado quando a isometria já estiver com cargas resistidas e sem dor. Devemos ter cuidado com a dor do paciente. → ISOMETRIA: PRANCHA, AGACHAMENTO PARADO. CONTRAÇÃO SEM MOVIMENTAR O MÚSCULO. SÃO EXERCÍCIOS NOS QUAIS NÃO HÁ MOVIMENTAÇÃO E CONTRAÇÃO MUSCULAR; → ISOTONIA: MOVIMENTOS DE CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO MUSCULAR; CONCENTRICA E EXCENTRICA; Luxação Lesões fundamentais do trauma 3 É algo grave! É uma emergência ortopédica. É a perda permanente do contato entre duas ou mais superfícies articulares resultando sempre em uma lesão cápsulo-ligamentares. Quadro clínico: Dor muito intensa; Edema e impotência funcional articular; Equimose e hematoma; Deformidade articular; Devemos avaliar as estruturas neuro-vasculares periféricas; Exames complementares: → Rx confirma a luxação com perda de contato entre as superfícies articulares; → Tc pode detectar fratura oculta no Rx; → RNM confirma a lesão cápsulo-ligamentar e osteocondral; O tratamento é sempre uma emergência traumatológica para evitar a sequela articular. → Redução da luxação sob narcose: fechada ou aberta (incruenta x cruenta); → Imobilização da articulação após redução; → Analgésico e AINH; → Reabilitação: fisioterapia? A luxação é uma lesão grave que deve ser tratada como emergência, buscando minimizar sofrimento ou lesão articular, evitando a evolução com artrose precoce entre outros maus prognósticos. Após a redução da luxação, a articulação deve ser mantida imobilizada até a definição do tratamento definitivo. Conservador X Cirúrgico. Fratura É a quebra estrutural da continuidade óssea, ou seja, uma soluçãod e continuidade no tecido ósseo. O diagnóstico se baseia incialmente no exame físico: Dor: posições antálgicas com proteção da região fraturada; Edema Deformidades; Crepitação pois osso bate no osso; Equimoses; Hematomas; Impotência funcional; Devemos avaliar a integridade da pele e partes moles, pulsos e nervos periféricos, regiões proximal e distal do local traumatizado; As fraturas podem ser classificadas em relação à localização, configuração e relação da fratura com o meio externo. → Quanto à localização: epifisária, distal ou diafisária. → Quanto à configuração: normal, transversa, oblíqua, espiral e comunitiva. Lesões fundamentais do trauma 4 → Quanto ao meio externo: pode ser ela fechada ou exposta. Fratura exposta: é a qual há uma ruptura na pele e nos tecidos moles subjacentes (invólucro), permitindo uma comunicação do foco de fratura (tecido ósseo) com o meio ambiente (meio externo). Essa comunicação pode ser direta ou indireta. → Direta: quando se visualiza o foco de fratura através da ferida de partes moles. → Indireta: não se visualiza o foco de fratura na lesão das partes moles. 💡 Quando temos sangramento no osso, chamamos de hematoma fraturário. Para ser fratura exposta, tem que chegar no hematoma fraturário.
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