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Sheila Prates – 93 Endodontia II Diagnóstico Pulpopatias Polpa Dentária - Definição • Tecido conjuntivo similar ao de outras partes do organismo • Reações idênticas em condições fisiológicas e patológicas – reage de forma sensitiva, dolorosa • Mesma origem embrionária: mesenquimática • Especializado: componentes estruturais ➢ FUNÇÃO FORMADORA ✓ A dentina é um produto da polpa, e a polpa, por meio dos prolongamentos odontoblásticos, é a parte integrante da dentina ✓ Qualquer procedimento que envolva a dentina (cárie, restaurações, fraturas, etc), são envolvidos também os prolongamentos odontoblásticos e consequentemente a polpa ✓ A polpa produz dentina durante toda a vida ➢ FUNÇÃO NUTRITIVA ✓ Durante desenvolvimento dental fornece nutrientes e líquidos tecidual para os componentes orgânicos dos tecidos mineralizados circunjacentes ✓ Prolongamentos odontoblásticos ✓ Fundamental para metabolismo da dentina ✓ Apesar do estreitamento pulpar ou calcificação patológica: conserva vitalidade e sua circulação permanece funcionando ➢ FUNÇÃO SENSORIAL ✓ Polpa com terminações nervosas livres, que diantes de processos de agressões irá responder por meio de sensações dolorosas ➢ FUNÇÃO DEFENSIVA ✓ Agressões >>>> DOR ✓ Irritantes podem levar a uma resposta quimiotática → retartam ou impedem destruição pulpar ✓ INFLAMAÇÃO NA POLPA: é normal e benéfica até certo ponto, mas dependendo do grau e da intensidade da inflamação e agressão na polpa, se torna destrutivo para o tecido pulpar, levando a necrose e o rompimento do suprimento sanguíneo e tecido nervo para a estrutura dental. POLPA BEM VASCULARIZADA → capacidade de defesa e recuperação da polpa está diretamento relacionada a taxa de fluxo sanguíneo pulpar – renovação do volume inteiro da polpa de 5 a 14 vezes por minuto. COMPLEXO DENTINA – POLPA → qualquer distúrbio em um, refletirá no outro devido a conexão direta entre ambas. REAÇÕES DOS TECIDOS DENTAIS AOS AGENTES IRRITANTES • Manifestação subjetiva: dor – resposta instantânea ao estímulo • Primeiro mecanismo de desfesa: obliteração dos canalículos dentinários - • Dentina secundária irregular: deposita-se na câmara pulpar, diminuindo seu volume. Também acontece de forma fisiolólógica ao decorrer da idade, forma dentina terciária. IMPORTANTE: a velocidade de progressão da cárie influencia na resposta pulpar, uma vez que a cárie atinge a dentina que é um tecido menos mineralizado, rapidamente pode se alastrar até a polpa, formando as polpopatias. A capacidade de resposta pulpar está diretamente relacionada a intensidade e duração do agente irritante. INFLAMAÇÃO – o grau de inflamação (maléfico ou benéfico) está relacionada a intensidade da agressão pulpar. A localização anatômica de tecido pulpar pode alterar as reações fisiológicas, particularmente impostas por estar envolvida por dentina mineralizada. Em função dessa proteção por tecido mineralizado, a polpa convive com momentos críticos, pois apresenta capacidade limitada de aumentar de volume ou de se expandir durante a vasodilatação – “sensação de coração pulsando”. Alterações Da Polpa Dental INFLAMATÓRIAS Etiologia: o Microbianos – lesões de cárie Responsáveis pela maioria das afecções pulpares Contaminação limitada à dentina, depois estende-se à polpa e ao periápice. A lesão pode gerar uma pulpopatia e se não for tratada a tempo, gera uma periapicopatia, leva a contaminação aos tecidos periapicais de suporte Em casos raros, pode ocorrer penetração de microorganismos por via retrógrada – fenômeno conhecido por anacorece (caso mais raro de acontecer). o Fatores Físicos Mudanças térmicas: frio e calor exagerados provocam alterações pulpares, ex: calor provocado pela alta rotação sem refrigeração adequada Traumas: ruptura ou esmagamento do feixe vásculo-nervoso Movimentos ortodônticos bruscos ou com força exagerada – não há contaminação, mas pode ocorrer reabsorção Restaurações excessivas no sentido oclusal. o Fatores Químicos Uso de medicamentos incompatíveis com o complexo dentina-polpa podem provocar lesões pulpares – fenol, timol, nitrato de prata, ácido fosfórico, monômero de acrílico Menor frequência do que os demais fatores. AGUDA O dente encontra-se fechado ou há uma lesão de cárie presente, mas ainda não houve contaminação pulpar, sem exposição da câmara pulpar. ➢ Cárie (fase inicial) – ausência de sintomatologia ➢ Cárie (em progressão) – bactérias dentro do canalículos, toxinas/subprodutos das bactérias alcançam tecido pulpar antes das próprias bactérias – DOR provocada por gelado, doce, ácidos. Dor com rápida eliminação. TRÊS NÍVEIS DA FASE AGUDA: HIPEREMIA OU PULPITE FOCAL REVERSÍVEL: caracteriza pela vasodilatação, fenômeno vascular com processo inflamatório a fim de eliminar agentes agressores. Polpa fica edemaciada. Pode ser tratado de forma conservadora sem precisar tratar o canal. Presença de vasos sanguíneos dilatados Fenômeno essencialmente vascular Dor provocada, localizada, de pequena duração Remoção do estímulo: regressão da inflamação DOR PROVOCADA → principalmente com frio CURTA DURAÇÃO → desaparece num pequeno espaço de tempo LOCALIZADA → fácil de se estabalecer o dente envolvido ➔ TRATAMENTO – remoção da causa (cárie), restauração e avaliação FASE DE TRANSIÇÃO – difícil diagnóstico clínico: evolução do processo inflamatório. DOR provocada ou espontânea. Inicialmente, dor é provocada (frio e quente) e localizada, cessando com a remoção do estímulo Intervalos assintomáticos Com o tempo, a dor tende a ser espontânea, em longos intervalos de tempo Controlada por analgésicos Fase mais avançada: curtos intervalos de dor e não cessa mais com analgésicos DOR PROVOCADA → com frio e quente DECLÍNIO LENTO → emprego de analgésico LOCALIZADA → fácil de se estabelecer o dente envolvido INTERMITENTE → intervalos assintomáticos ➔ TRATAMENTO: remoção da causa, proteção do complexo dentina-polpa e restauração provisória com CIV. Se passar um tempo e o paciente não sentir dor, o prognóstico foi favorável ao dente e à polpa e pode fazer a restauração. Se o paciente sentir dor, o caso está mais próximo da pulpite então, o prognóstico é favorável ao dente mas desfavorável à polpa que será tratada. O prognóstico é favorável ao dente e à polpa O prognóstico é favorável ao dente e à polpa, se estiver em fase próximo a hiperemia PULPITE OU PUPITE IRREVERSÍVEL: macanismo de defesa insuficiente. DOR aguda contínua e intermitente. Dor pulsátil e tratamento do canal. Início: dor localizada, aguda e intermitente / espontânea Com o tempo, torna-se contínua, persistente e lancinante Deixa de ser localizada e passa a ser difusa, exacerbada pelo frio Fase mais avançada: dor é sempre intolerável e constante. Aliviada pelo frio e exacerbada pelo calor. O frio faz vasoconsstrição, diminuindo os vasos sanguíneos. Ao deitar, aumenta o fluxo sangúineo para região de cabeça e pescoço e consequentemente para a câmara pulpar. Fim da dor: necrose pulpar Pulpite assintomática pode acontecer: sair da hiperemia e ir para necrose pulpar sem sentir dor - o organismo combate a lesão de cárie conforme fosse aumentando DOR ESPONTÂNEA → violenta, com frio e quente DURAÇÃO PROLONGADA → cessa com gelo DIFUSA → difícil localização CONTÍNUA → sem ser permanente ➔ TRATAMENTO: pulpectomia. CRÔNICA Na maioria das vezes a cavidade encontra-se aberta, com exposição pulpar ao meio bucal. São assintomáticas e geralmente diagnosticadas em exames de rotina. PULPITE CRÔNICA HIPERPLÁSICA Proliferação de tecido cronicamente inflamado – tecido de granulação (polpa se encontra vital) Assintomático Cavidade aberta – coroa comprometida Frequente em jovens Dor ao toque – durante exame, mastigação DOR PROVOCADA → mastigação ou toque CURTA DURAÇÃO → desaparece quando remove o estímulo LOCALIZADA → fácil de se estabelecer o dente envolvido PRESENÇA DE CÁRIE PROFUNDA E PÓLIPO PULPAR (tecido pulpar edemaciado, que evagina para região da coroa). TRATAMENTO Depende da situação: Em caso de paciente jovem em que o dente não está totalmente destruído, existe a possibilidade de realizar pulpotomia, mentendo a polpa do canal radicular e elimina a polpa da câmara pulpar com cureta, protege com hidrózido de cálcio e CIV e espera o prognóstico. Casos de rizogênese incompleta. ➔ Em caso de pulpotomia, observar as condições do tecido pulpar, se apresenta sanguramento vermelho vivo, se oferece resistência ao corte e sai completo. Se o sangue estiver mais escurecido e a polpa começa a esfarelar, a pulpotomia não será mais indicado. ➔ Se a rizogênese estiver incompleta e precisar fazer pulpectomia: induzir a apicificação (fechar o ápice com tecido mineralizado) por meio de substâncias químicas como as medicações intracanais a base de hidróxido de cálcio com sucessivas trocas por 6 meses ou o Tampão com MTA. O prognóstico é favorável ao dente e desfavorável à polpa Em caso de rizogênese completa (formação total do ápice radicular) e grande destruíção dental, a polpa dificilmente conseguirá se regenerá ou reverter o processo inflamatório, então é indicado a pulpectomia, extipando completamente a polpa. PULPITE CRÔNICA ULCERATIVA “a superfície da polpa, em contato com o meio bucal transforma-se em ulcera tópica de aspecto granuloso e que sangra facilmente. Há então a formação de uma zona ulcerada e abaixo dela, a formação de uma barreira leucocitória”. A POLPA É ENVOLVIDA DE FORMA PROGRESSIVA NESTE PROCESSO!!! A polpa vai se ulcerando na superfície, depois atinge o meio do dente até chegar nas raízes Casos em que acontece com pacientes mais idosos, pois há menor volume sanguíneo e câmara pulpar mais atrésica. DOR PROVOCADA → mastigação ou toque CURTA DURAÇÃO → desaparece quando remove o estímulo LOCALIZADA → fácil de se estabelecer o dente envolvido Frequentemente em adultos e idosos. PRESENÇA DE CÁRIE PROFUNDA E ÚLCERA PULPAR – tecido amarelado por cima da polpa: é um edema, não é pus. TRATAMENTO: pulpectomia RECURSOS DIAGNÓSTICOS ➢ Inspensão da cárie, restaurações defeituosas ou recentes, áreas de abrasão, atrição ou erosão ➢ Teste de percussão e palpação negativos - pulpites ➢ Teste de vitalidade positivo – pulpite, a polpa responde a vitalidade pulpar, principalmente teste frio ➢ Oximetria de pulso ➢ Achados radiográficos: normais ✓ Pode-se notar presença de cáries profundas e falta de proteção do complexo dentina-polpa ➢ Dor provocada, contínua, intermitnte, espontânea e não cessa com analgésicos CARACTERÍSTICAS DA DOR ➢ Condição de aparecimento – provocada ou espontânea ➢ Duração – declínio rápido o lento ➢ Frequência – intermitente ou contínua ➢ Localização – localizada ou difusa
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