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Mecanism� d� Patogenicidad� da� Bactéria� Bactérias ➢ Tem um mecanismo próprio de funcionamento; ➢ São unicelulares; ➢ São procariontes; ➢ Não possuem núcleo organizado, por isso usam os das células para se multiplicar; ➢ Se alimentam de açúcar; ➢ Formação proteica. Como ocorre a invasão da bactéria na célula? ➢ Ela transmite, se insere quando há uma ineficiência do sistema imunológico do animal em combater aquela infecção, ela começa a sua colonização por meio da multiplicação chamada de invasão bacteriana e com isso vai haver um dano tecidual porque essas bactérias vão começar a destruir o tecido, competindo o seu alimento, nutrientes que ambos precisam para sua manutenção e sobrevivência desencadeando sinais e sintomas de uma infecção. ➢ A doença se trata de quando as defesas são ultrapassadas ou bactérias atingem tecidos normalmente não infectados. 1 bactéria não invade, mas a partir de 2 a depender da patogenicidade/infecção vai haver uma invasão que é dada pela multiplicação Tipos de microrganismos ★ Poucos microrganismos são sempre patogênicos; ★ Alguns microrganismos são potencialmente patogênicos, mas sempre vai haver um não patogênico junto que compete por alimento e não deixa que o patogênico se multiplique; ★ A maioria dos microrganismos do nosso corpo fisiologicamente falando não são patogênicos, sendo assim benéficos. Conceito iceberg das doenças infecciosas Se baseia em: o problema, nesse caso doença, é normalmente correspondente a 30% do que se acha que é. Existem as doenças que se manifestam de forma clínica que contém o surgimento de diversos sinais; existem as doenças menos severas, mas que ainda assim causam algumas alterações perceptíveis que levam à uma avaliação mais criteriosa no animal; e então as infecções assintomáticas, onde o animal passa o período praticamente todo sem demonstrar nenhum tipo de sinal, seguindo normalmente, ativo, sem nenhum tipo de mudança no comportamento até que ele se prostra repentinamente. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela Infectados: se refere a quantidade de colonizações que se estabeleceu naquele indivíduo; Existem microrganismos que vivem em harmonia como bactérias e fungos naturais dentro do sistema do indivíduo de forma pacífica, benéfica e necessária. A presença desses microrganismos só ocorre onde são tolerados para que dessa forma eles habitem de forma harmônica. Bactérias Patogênicas: Primárias: não fazem parte da microbiota, causa doença no organismo, mesmo que o indivíduo esteja saudável; Oportunistas: existente na flora bacteriana normal de um indivíduo e que se torna patogênica devido a uma diminuição das defesas orgânicas ou também quando coloniza indivíduos imunocomprometidos ou em idades extremas. Primeiros eventos que ocorrem Confronto - agente agressor encontra com o hospedeiro onde passa por todas as barreiras de defesa do corpo até conseguir entrar; Entrada - o agente agressor penetra no hospedeiro; Disseminação - acontece a partir do ponto de entrada; Multiplicação - dentro do corpo ele passa a se multiplicar; Lesão - gerada após a multiplicação sendo um dano tecidual, esse dano pode ser mais ou menos severo dependendo do agente ou da resposta do hospedeiro; Resultado - por fim o resultado vai ser gerado a partir da vitória do agressor sobre o hospedeiro, do hospedeiro sobre o agressor ou a coexistência de ambos. Cada evento requer quebra nas defesas do hospedeiro, essa é a segunda fase que propicia que o microrganismo/agente agressor consiga invadir. A segunda fase corresponde à exposição a patógenos que vão se aderir à mucosa, passando da mesma e invadindo devagar através do epitélio começando a colonizar, crescer e produzir os fatores de virulência (seu grau é relacionado aos danos no animal). Toxicidade: os efeitos da toxina são locais ou sistêmicos; Invasividade: posterior crescimento no sítio original e em sítios distantes. Sucesso para o agente agressor no processo infeccioso Adquirir genes de virulência para ser capaz de multiplicar; Sentir o ambiente para assim saber se está no local certo ou se é preciso ir pra outros lugares do organismo; Ligar e desligar os genes de virulência; Deslocar-se para o local da infecção; Fixar-se no local da infecção; Conseguir nutrientes (principalmente o Ferro); Sobreviver ao stress no local da infecção; Evitar sistema imune; Suportar as defesas do organismo e revidar a isso; Provoca lesões no tecido hospedeiro de forma local ou sistêmica; Interfere com sistema de sinalização e citoesqueleto das células do hospedeiro, como se estivesse interferindo no envio de sinais para indicar que a lesão está presente; Dispersão para células e órgãos. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela Fatores de virulência codificados por genes localizados em elementos genéticos Codificados por plasmídio Gênero/espécie Fatores de virulência e doença Escherichia coli Enterotoxinas termoestáveis e termolábeis que causam diarréia. Escherichia coli Hemolisina (citotoxina) de doença invasiva e infecções do trato urinário. Escherichia coli e espécies de Shigella Fatores de aderência e produtos gênicos envolvidos em invasão de mucosas. Bacillus anthracis Cápsula essencial para virulência (em um plasmídeo); Fator de edema, fator letal, antígeno protetor, todos essenciais para virulência (em outro plasmídeo). Codificados por fago Gênero/espécie Fatores de virulência e doença Clostridium botulinum Toxina botulínica que causa paralisia. Corynebacterium diphtheriae Toxina diftérica que inibe a síntese de proteínas humanas. Vibrio cholerae Toxina do cólera, que pode causar diarréia aquosa grave. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela Alguns exemplos de ilhas de patogenicidade (PAI) em alguns patógenos Gênero/espécie Nome da PAI Características de virulência Escherichia coli PAI 536 Alfa hemolisina, fímbrias, aderências em infecções do trato urinário. Escherichia coli PAI 196 Alfa hemolisina, pilus P, em infecções do trato urinário. Escherichia coli (EHEC) 01#7 Toxina de macrófagos em E. coli êntero-hemorrágica (EHEC). Salmonella typhimurium SPI-1 Invasão e destruição das células hospedeiras, diarréia Yersinia pestis HPI/pgm Genes que aumentam a captação de ferro. Vibrio cholerae EI Tor 01 VPI-1 Neuraminidase, utilização de aminoaçúcares. Staphylococcus aureus SCC mec Resistência a meticlina e outros antibióticos. Staphylococcus aureus SaPI1 Toxina 1 da síndrome do choque tóxico, enterotoxina. Enterococcus faecalis NPm Citosina, formação de biofilme. A absorção de elementos genéticos móveis (fagos, plasmídeos de virulência, ilhas de patogenicidade), e perda de porções de DNA-cromossômico em linhagens distintas de E. coli, possibilitou o surgimento de clones de diferentes patotipos de E. coli associados a sintomas de doenças específicas. Diz respeito a como o microrganismo vai invadir o hospedeiro. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela Nomenclaturas Contato hospedeiro x microrganismo Exógenos: diz respeito ao ambiente, o que é inerente ao ambiente; Endógenos: diz respeito ao corpo, seja seu interior ou superfície. Microbiota normal: se trata da que consegue se defender de doenças, infecções; Quando a microbiota não está na sua integridade pode causar doenças, ter o sistema imune atacado, pode haver a entrada de invasores, além de ter a nutrição e metabolismo dos hospedeiros afetados. Quando está normal impede a entrada de invasores, defende de doenças, estimula o sistema imune. Patogenicidade: se trata de uma variável mediada por vários fatores, como por exemplo o tanto que essa bactéria conseguiu colonizar/multiplicar e qual foi o grau de lesão causado por ela. Virulência: mede o grau ou intensidade da patogenicidade. Depende da: ● Linhagem do microrganismo, alguns microrganismos são patogênicos e outros menos por si, tem uma capacidade de confundir melhor o sistema do hospedeiro e não ser identificado e fagocitado; ● Condição em que o patógeno e o hospedeiro foram colocados em contato; ● Linhagem do hospedeiro, se o mesmo tem predisposição para algumadoença, essa predisposição pode ser tanto genética quanto anatômica do animal. Postulados de Koch 1. O patogênico suspeito deve estar presente em todos os casos da doença e ausente em animais sadios; 2. O organismo suspeito deve ser cultivado em cultura pura; 3. Células de uma cultura pura do organismo suspeito devem provocar a doença em um animal sadio; 4. O organismo deve ser isolado e caracterizado como o mesmo encontrado originalmente. Evidências para um patógeno potencial com clínica significância: Quando há a identificação de que aquele patógeno causou a virulência, o adoecimento do animal, o patógeno será isolado da seguinte forma: ➔ Isolado em abundância; ➔ Isolado em cultura pura; ➔ Isolado em mais de uma ocasião; ➔ Isolado dos tecidos profundos; MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela ➔ Verificado se há a presença de inflamação local; ➔ Verificado se há a presença de resposta imune ao patógeno; ➔ De que forma se encaixa com o quadro clínico. Etapas para ocorrer a doença infecciosa A doença infecciosa traça um caminho de forma mais específica, se tratando das barreiras da pele, ela consegue transpassar as mesmas. ● Infectar superfícies de mucosas e pele Barreiras: secreções, muco, enzimas hidrolíticas, acidez no estômago, pH ácido da vagina, lisozima, microbiota normal. Aderência da bactéria é fundamental Adesinas: são complexos protéicos que reconhecem e se ligam a receptores também protéicos na superfície da célula do hospedeiro, como por ex: fimbrias, fibrillas, glicocálice, cápsula. Receptores específicos que vão se ligar a células do corpo e começar a utilizar essas células para fins próprios. Glicoproteínas e glicolipídeos (ex: fibronectina). Penetração no Organismo Hospedeiro Através das células epiteliais de superfícies (mucosas e pele) Na pele saudável, a mucosa é íntegra, tem uma capacidade muito boa de identificar os microrganismos e invadi-los, mas a bactéria tem uma capacidade de modificar seu receptor para modificar a forma com que ele vai se ligar fazendo com que ele consiga entrar. Inoculados diretamente (vetores) ou injúrias (via parenteral) Entrada mais facilitada, pode ocorrer pela corrente sanguínea. Invasinas: ● Proteínas de superfície que são liberadas como fator que ajuda na invasão da pele; ● Ajudam na modificação do receptor para ela se ligar daquela forma e conseguir ser absorvida para dentro da pele; ● Provocam alterações no citoesqueleto de células não-fagocíticas (células que não tem a capacidade de capturar e remover aquelas células) que emitem uma projeção da membrana plasmática semelhante a um pseudópodo, fagocitando a bactéria. Multiplicação nos Tecidos do Hospedeiro Normalmente a quantidade de células do agente que penetra é pequena, o aumento da sua população vai acontecer dentro da célula. O período de invasão e multiplicação é chamado de período de incubação. Sobrevivência: vai obter os nutrientes do tecido que ela hospedou, logo depois vai começar a produzir enzimas e liberar que vão fazer com que esses nutrientes sejam absorvidos por ela e ao mesmo tempo que ocorre a absorção dos nutrientes, ela também vai liberar fatores que causam lesão local. Ex: hialuronidases, DNAase, estreptoquinase, colagenases, elastases, etc.. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela Fatores limitantes do crescimento nos tecidos O que vai influenciar no crescimento ou atrofia do desenvolvimento das bactérias: A disponibilidade de O2, porque qualquer organismo/célula/tecido precisa de O2; Ferro já que a bactéria precisa do mesmo para se ligar e para ser transportada. Formas do ferro aparecer no corpo: Transferrina, Ferritina, Lactoferrina e Hemina; A bactéria produz Sideróforos, Enteroquelina e Quelantes de Ferro se (Fatores de virulência que são formados a partir da ligação com o ferro e que fazem que a bactéria seja carreada para outro lugar); Às vezes existe especificidade por tecidos (Proteus mirabilis e vias urinárias (Uréia); Brucella e útero gravídico - Eritritol). Interferência com Mecanismos de Defesa do hospedeiro Forma mais específica de evitar a invasão. Alterar ou escapar a resposta imune do hospedeiro Resposta Inespecífica: fagocitose, inflamação, febre; Resposta Imune: controlar a doença vigente e aumentar resistência a recorrência da doença. Escapando a Fagocitose ➔ Inibir recrutamento do fagócito e suas funções, ou seja, impedir que o fagócito o reconheça e remova (cascata do complemento e opsoninas); ➔ Destruição microbiana de fagócitos (ex. Leucocidinas); ➔ Escapando a ingestão pelo fagócito (ex. Cápsula); ➔ Algumas sobrevivem no interior do fagócito (impedem a liberação dos lisossomos). Danos (Lesões) aos Tecidos do Hospedeiro ● Tipo e Intensidade da Lesão; ● Depende dos tecidos e órgãos afetados; ● Agente invasor e resposta exagerada do hospedeiro; ● Normalmente causadas pela ação de TOXINAS. As toxinas são substâncias que alteram o metabolismo normal das células hospedeiras causando efeitos deletérios sobre o hospedeiro Exotoxina (Proteínas) Exemplos: ● Inibir síntese protéica (Toxina Diftérica); Perda de fluido ao nível intestinal (Enterotoxinas); ● Ação sobre SN (Neurotoxinas); ● Lise de células (Citotoxinas = citolisinas, hemolisinas). ● Toxinas A (Active) - B (Binding) (Ex. Tetânica, Botulínica, B. anthracis, Diftérica) Endotoxina (Lipopolissacarídeo) Exemplos: ● Integrantes na parede de Gram negativa (LPS); ● Em baixas concentrações: reações de alarme; ● Em altas concentrações: choque e morte. MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela MARIA GABRIELA DE SOUZA - @vetmgabriela
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