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Arboviroses: Vírus Transmitidos por Artrópodes

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1 
 
MAD 2 – 26/04/21 
Arboviroses 
introdução 
São VIROSES transmitidas pela PICADA de 
ARTRÓPOTES Não é uma família viral 
- Causam ENCEFALITE, FEBRES HEMORRÁGICAS e 
EPIDEMIAS 
- Controle é feito por VACINA, controle do vetor em 
ciclo urbano, educação pública e ecologia 
 
- VÍRUS: se multiplica no vetor sem causar problemas a 
ele 
- VETOR: é sempre um artrópode, podem ser o 
mosquito cúlex e o aedes 
- HOSPEDEIRO VERTEBRADO: são reservatórios de 
longo prazo, não são afetados gravemente pelo vírus e 
são migratórios, podem ser aves ou mamíferos 
- HOSPEDEIRO FINAL: normalmente o homem 2 
- CICLOS: vetor adaptada a selva e outro adaptado a 
área urbana SILVESTRE: (Ex: febre amarela transmitida 
pelo haemagogos) URBANO: (Ex: febre amarela 
transmitida pelo aedes) 
 
PATOGÊNESE 
 
 
RECUPERAÇÃO 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Necessita de muita pesquisa, feito por métodos 
imunoenzimáticos ELISA e PCR, devem ser feitos em 
laboratórios de referência como a fiocruz, CDC, IEC, IAL 
 
 
FAMÍLIA flaviviridae 
GÊNERO flavivírus 
 
➱São vírus ENVELOPADOS com RNA fita simples 
positiva (ssRNA+, vírus que já entram traduzindo) 
➱formato icosaédrico 
➱Causam: DENGUE (4 sorotipos), FEBRE AMARELA (1 
sorotipo) e ZIKAVÍRUS 
➱3 proteínas estruturais: C do capsídeo, E e M do 
envelope 
➱7 proteínas não estruturais: NS1, NS2A, NS2B, NS3, 
NS4A, NS4B e NS5, rosa (envolvidas com o processo 
de replicação do vírus, só são produzidas quando o 
vírus infecta a célula, podem ser usadas como 
marcador para pesquisa do vírus) 
 
➱Processo de replicação: 
 
DENGUE 
(doença febril aguda) 
- Possui 4 sorotipos = DENV 1 e 2 (possuem 5 genótipos), 
DENV 3 (possui 4 genótipos) e DENV 4 (possui 2 
genótipos) Vetores = aedes aegypti e aedes albopictus 
(são diurnos, domésticos e ovos resistentes a dissecação) 
- A infecção pode ser ASSINTOMÁTICA, pode ocorrer 
FEBRE ou dengue hemorrágica/choque do dengue - A 
vacina só pode ser tomada por quem já teve dengue 
 
PERÍODO de INCUBAÇÃO: dividido em 
➨PERÍODO EXTRÍNSECO de incubação, em que ocorre 
no momento em que o mosquito adquire o VÍRUS até o 
momento em que ele TRANSMITE (o vírus se replica no 
intestino e depois migra para as glândulas salivares) 
VÍRUS --> VETOR --> HOSPEDEIRO VERTEBRADO 
(intermediário) --> HOMEM (hospedeiro final) 
Picada do mosquito --> Infecção após picada --> 
Replicação epitelial, macrófagos e monócitos 
(tropismo primário) --> quadro que parece um 
resfriado (flu-like) --> VIREMIA (vírus sai do tecido, 
atinge o linfonodo e chega na corrente sanguínea) --
> o vírus procura um ORGÃO ALVO para INFECTAR 
(tropismo secundário) ---> provoca sintomas 
específicos da arbovirose 
Ativação da IMUNIDADE INATA (NK e interferon) --
> ativação da IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR 
e HUMORAL --> ANTICORPOS são liberados e 
ajudam o controle da viremia 
ADSORÇÃO (vírus tem tropismo, proteína G do 
envelope viral é capaz de adsorver os receptores 
da célula hospedeira) --> ENDOCITOSE --> 
DESNUDAMENTO (a redução do PH ocasiona a 
liberação do genoma no citoplasma) --> 
TRADUÇÃO --> PRODUÇÃO de POLIPROTEINAS s 
(proteínas não estruturais responsáveis pela síntese 
de RNA, e proteínas estruturarias responsáveis pela 
montagem da partícula viral) --> PROTEÍNAS 
ESTRUTURAIS são liberados por EXOCITOSE 
2 
 
➨PERÍODO INTRÍNSECO de incubação, em que ocorre 
no momento em que o HOMEM é PICADO até o 
momento em que os SINTOMAS se MANIFESTAM -Um 
dia antes da febre começa a viremia (vírus está na 
circulação). Nesse momento a sorologia da negativa pois 
ainda não há IGM, o momento correto para realizar a 
PCR é até o quarto dia de febre -A viremia começa a 
cair no quinto dia de febre, quando aumenta a produção 
de IGM -Depois de 14 dias de febre alta a sorologia é 
positiva, porém o PCR não é mais eficiente 
 
PATOGÊNESE 
➨PRIMOINFECÃO: 
1- Picada do mosquito 
2- O vírus cai na corrente sanguínea 
3- O vírus infecta as células musculares e os fibroblastos 
4- O vírus se dissemina pelo organismo 
5- Monócitos/macrófagos são infectados 
6- Os sintomas começam a aparecer pela presença de 
citocinas como TNF e interferon elevadas no sangue 
(dor retro-orbitária, febre, mal estar) 
➨REINFECÇÃO: 
1- Picada do mosquito 
2- Reinfecção por outro sorotipo (a imunidade gerada 
pela infecção de um soro tipo só é protetora contra um 
sorotipo homologo, não é protetora contra uma 
reinfecção por sorotipos heterólogos) 
3- Complexo vírus + anticorpo heterologo (não é 
específico e não é capaz de neutralizar o vírus) 
4- Esse complexo se liga a fração FC do macrófago 
5- A entrada do vírus na circulação é facilitada (aumenta 
a carga viral) 
6- Ocorre resposta inflamatória (coagulação e liberação 
de histamina) 
7- Ocorre extravasamento de líquido no interstício, 
queda da PA, hemorragia (pode levar a morte) 
 
FEBRE AMARELA 
(doença febril aguda, tem curta duração e 
gravidade variável, pode ser de forma 
leve/subclinicas até fatais) 
-Vetores = aedes aegypti e haemagogus janthinomis 
- Possui 2 ciclos: silvestre (hospedeiro definitivo é o 
macaco) e urbano (hospedeiro definitivo é o homem) - 
Pode resultar em graves complicações hepáticas e renais 
(icterícia) 
 – 15% dos doentes têm complicações mais graves 
como hemorragia, icterícia e anúria 
- A vacina é composta por vírus atenuado, é 
monovalente e tem dose única 
- Quando a viremia diminui aumenta a produção de IgM 
e IgG 
PATOGÊNESE 
1- Picada do mosquito 
2- Vírus cai na corrente sanguínea 
3- Vírus infecta os linfonodos locais (infecta macrófagos) 
4- Vírus se dissemina pelo organismo 
5- Vírus se replica no baço, rim, medula óssea e fígado 
6- Ocorrem lesões necróticas 
7- Pode levar á morte 
 
ZIKA 
(doença febril aguda de curta duração - dura de 3 a 7 
dias) 
-Os indivíduos podem ser assintomáticos e em casos mais 
graves podem apresentar complicações neurológicas 
- A infecção congênita resulta em alterações cerebrais graves 
no recém-nascido (microcefalia) 
- Quadro clínico = exantema maculopapular e hiperemia ocular 
não purulenta (conjuntivite) TRANSMISSÃO 
- Através do vetor (picada do aedes aegypti) - Através de 
transfusão sanguínea 
- Transmissão vertical (transmissão de mãe para filho = 
tropismo pelo citotrofoblasto gerando acesso aos vasos 
sanguíneos do feto) - Transmissão sexual (vírus no semen) 
 
PATOGÊNESE 
1- Replicação nas células dendríticas, fibroblastos e 
queratinócitos 
2- Dispersão para os linfonodos e corrente sanguínea 3- 
Tropismo pelo SNC (vírus se liga no receptor no SNC 
 
FAMÍLIA tagaviridae 
- Composta principalmente pelo vírus chikungunya - São 
vírus envelopados, com RNA fita simples positiva 
(ssRNA+, vírus ja entra traduzindo) 
- Possuem 4 proteínas não estruturais e 5 proteínas 
estruturais no envelope 
 
CHIKUNGUNYA 
(“Aqueles que se dobram”) - Vetor = aedes aegypti e 
ades albopictus - 70% dos casos são assintomáticos 
PATOGÊNESE: 
1- Picada do mosquito 
2- Replicação local (período de incubação = ocorre de 2 
a 10 dias após a picada) 
3- Tropismo por fibroblastos, macrófagos e células 
endoteliais 
4- Tropismo secundário 
5- Inflamação (células inflamatórias são recrutadas) 
6- Surge o quadro clínico 
QUADRO CLÍNICO 
3 
 
– FASE AGUDA= febre de início súbito, poliartraegia 
intensa, debilitante bilateral, rash cutâneo (exantema) - 
FASE SUBAGUDA = desaparecimento da febre, 
persistência da artralgia, edema persistente 
– FASE CRÔNICA = artropatias crônicodegenerativas, 
musculoesqueléticas e neuropáticas 
 
 DENGUE FEBRE AMARELA ZIKA CHIKUNGUNHA 
Família FAMÍLIA flaviviridae FAMÍLIA flaviviridae FAMÍLIA flaviviridae FAMÍLIA tagaviridae 
Gênero GÊNERO flavivirus GÊNERO flavivirus GÊNERO flavivirus 
Vetor/ 
transmissor 
aedes aegypti e aedes 
albopictus 
aedes aegypti e 
haemagogus janthinomis 
aedes aegypti edes aegypti e ades 
albopictus 
Características 
Do vírus 
ENVELOPADOS com RNA 
fita simples positiva (ssRNA+, 
vírus que já entram 
traduzindo) e formato 
icosaédrico 
 São vírus envelopados,com RNA fita simples 
positiva (ssRNA+, vírus 
ja entra traduzindo) 
Período de 
Transmissão 
1 dia antes do início dos 
sintomas até 5- 6 dias após 
1-2 dias antes do início dos 
sintomas até 3-5 dias após 
Sangue: 1-2 dias 
antes do início dos 
sintomas até 3-5 
dias após Urina: 15 a 
21 dias 
2 dias antes do início 
dos sintomas até 10 dias 
após 
Patogênese Primeira infecção 
1- Picada do mosquito 2- O 
vírus cai na corrente 
sanguínea 
3- O vírus infecta as células 
musculares e os fibroblastos 
4- O vírus se dissemina pelo 
organismo 
5- Monócitos/macrófagos são 
infectados 
6- Os sintomas começam a 
aparecer pela presença de 
citocinas como TNF e 
interferon elevadas no sangue 
(dor retro-orbitária, febre, mal 
estar) 
Reinfecção 
2- Reinfecção por outro 
sorotipo (a imunidade gerada 
pela infecção de um soro tipo 
só é protetora contra um 
sorotipo homologo, não é 
protetora contra uma 
reinfecção por sorotipos 
heterólogos) 3- Complexo 
vírus + anticorpo heterologo 
(não é específico e não é 
capaz de neutralizar o vírus) 
1- Picada do mosquito 
2- Vírus cai na corrente 
sanguínea 
3- Vírus infecta os 
linfonodos locais (infecta 
macrófagos) 
4- Vírus se dissemina pelo 
organismo 
5- Vírus se replica no baço, 
rim, medula óssea e fígado 
6- Ocorrem lesões 
necróticas 
7- Pode levar á morte 
1- Replicação nas 
células dendríticas, 
fibroblastos e 
queratinócitos 2- 
Dispersão para os 
linfonodos e 
corrente sanguínea 
3- Tropismo pelo 
SNC (vírus se liga 
no receptor no SNC 
1- Picada do mosquito 
2- Replicação local 
(período de incubação 
= ocorre de 2 a 10 dias 
após a picada) 
3- Tropismo por 
fibroblastos, 
macrófagos e células 
endoteliais 
4- Tropismo 
secundário 
5- Inflamação (células 
inflamatórias são 
recrutadas) 6- Surge o 
quadro clínico 
4 
 
4- Esse complexo se liga a 
fração FC do macrófago 
5- A entrada do vírus na 
circulação é facilitada 
(aumenta a carga viral) 
 6- Ocorre resposta 
inflamatória (coagulação e 
liberação de histamina) 
7- Ocorre extravasamento de 
líquido no interstício, queda da 
PA, hemorragia (pode levar a 
morte) 
Manifestação 
clínica 
DC: Febre alta, Cefaleia 
intensa, Dor retro- ocular, 
Mialgias, Manifestações 
gastrintestinais Pode surgir 
exantema intenso, prurido 
(final) Hemograma: leucopenia 
à custa de linfopenia, 
plaquetopenia (mais 
expressiva que as outras) 
Hematócrito – caracterização 
do risco 
Fase de virêmia: Febre 
alta, de início súbito, 
Cefaleia, Mal-estar geral, 
Tonturas, prostração e 
mialgia, principalmente 
lombossacral. Sinal de faget 
Deficiência hepática, 
icterícia Leucopenia, 
neutropenia, aumento de 
transaminases, proteinúria 
e viremia positiva 
Febre baixa e de 
curta duração, 
erupção cutânea 
maculopapular e 
pruriginosa, 
conjuntivite não 
purulenta, artralgia e 
edema de 
pequenas 
articulações de pés 
e mãos, cefaleia, 
mialgia, astenia. 
Sintoma principal: 
Erupção cutânea 
com prurido 
(começo) Sinal 
característico: 
Presença de áreas 
epiteliais preservada 
nício abrupto, 
Temperatura elevada, 
Dor lombar, Cefaleia, 
fadiga, mialgia e artralgia 
(principal) Diarreia, 
vômitos podem ocorrer 
em alguns casos Pode 
ocorrer ainda 
acometimento cutâneo, 
com rash macular ou 
maculopapular 
Diagnostico Até 6 dias: PCR Após 6 dias: 
ELISA (IgM e IgG); Prova do 
laço Teste rápido – pesquisa 
de NS1 até o 3º dia 
Até 5º dia do início dos 
sintomas: coleta de sangue 
(PCR) 
6º dia ou mais: ELISA (IgM 
e IgG) 
PCR, IgG e IgM 
Primeiros 7 dias: 
PCRRT 
8-14 dias: PCR-RT na 
urina + sorologia 
Gestantes: PCR-RT 
no soro e na urina 
ou líquido amniótico 
Clínico ou exame de 
cultura e sorológico -Dia 
1-3: PCR-RT + cultura - 
Dia 4-8: PCR-RT + 
ELISA (IgM) -Dia 8: 
ELISA (IgM) + PRNT 
Fase aguda:leucopenia 
menor que 1.000 
cels/mm3, linfopenia, 
plaquetopenia, aumento 
de transaminase, CPK, 
creatinina, VHS e PCR 
Tratamento Abordagem sintomática: 
Paracetamol ou Dipirona + 
hidratação oral Evitar AINES e 
AAS, especialmente 
Ibuprofeno 
Abordagem sintomática: 
Paracetamol ou Dipirona + 
hidratação oral Evitar 
AINES e AAS 
Abordagem 
sintomática: 
Paracetamol ou 
Dipirona + 
hidratação oral 
Evitar AINES e AAS 
Abordagem 
sintomática: 
Paracetamol ou 
Dipirona + hidratação 
oral Evitar AINES e AAS 
Artralgia crônica 
incapacitante: codeína 
ou morfina ou 
derivados 
5

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