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1 Clínica Médica I – Tatiana Morais DAC Crônica ➢ Fisiopatologia: Mecanismo da doença arterial coronariana -DAC: comprometimento da circulação coronária, com alterações no lúmen das artérias, podendo levar a alterações no fluxo sanguíneo coronário. Pode ocorre por: OBS:A isquemia pode causar uma insuficiência coronária -DAC: pode ocorrer em qualquer ponto da circulação coronária -O mecanismo mais comum que vai desequilibrar a oferta/consumo de oxigênio, dificultando o fluxo sanguíneo, é a aterosclerose ➢ Aterosclerose -Principalmente na camada intima de artérias de médio e grande calibre -Estágio inicial de lesão até o avançado que leve aos sintomas -Tudo começa com agressão ao endotélio vascular (cigarro, aumento de colesterol, HAS, obesidade) -Com a agressão, a produção de oxido nítrico diminui (reduzindo a proteção) aumentando a permeabilidade do LDL -Formação de placa de ateroma (rompe) → Aterosclerose→ Trombo →Aterotrombose (trombo de gordura) ➢ Angina Estável • Expressão Clínica da Doença Arterial Coronariana Crônica -Dor torácica crônica, pressão retroesternal, sensação de aperto; piorada por esforço físico ou estresse emocional, em paciente com fatores de risco * * tabagismo, hipertensão, hipercolesterolemia (↑ LDL; ↓ HDL), diabetes, obesidade e história familiar de DAC antes dos 55 anos - Aliviada caracteristicamente pelo repouso e com o uso de nitratos (que equilibram o O2 coronário) **Equivalentes anginosos (principalmente idosos/diabéticos que possuem comprometimento de percepção dos nervos) = diminuição da especificidade de nervo para algum estímulo Insuficiência Coronária • Incapacidade de manter o fluxo sanguíneo • Cursa com mais sintomas Isquemia • Desequilíbrio entre a oferta e a demanda de O2 coronário • Pode ser silenciosa 2 Clínica Médica I – Tatiana Morais ➢ Angina Estável e diagnósticos diferenciais de dor torácica • Angina Variante de Prinzmetal (Vasoespasmo Coronariano): - Espasmo focal intermitente de artéria coronária -Muitas vezes associado a lesão aterosclerótica próxima ao local do espasmo -Desconforto torácico mais intenso, e ocorre em repouso -Pode cursar com infarto agudo ou arritmias malignas durante a isquemia -Diagnóstico: coronariografia com teste provocativo (ex: acetilcolina IV) -Tratamento: nitratos de ação longa + antagonistas do cálcio ➢ Exames Complementares -Eletrocardiograma: maior validade em situações agudas *Alterações relacionadas a condução elétrica *Observar principalmente o segmento ST (repolarização ventricular) -Teste Ergométrico (Prova de Esforço- até a exaustão): grande estratificador • Teste Ergométrico – Técnica e Interpretação: - Paciente realiza esforço, até atingir FC alvo, tornar-se sintomático (dor torácica, vertigem, hipotensão, dispneia, taquicardia ventricular) ou ocorrer alterações diagnósticas no ECG (segmento ST) - Aponta capacidade de esforço, e em que nível ocorre dor, hipotensão ou arritmias ventriculares - Contraindicado o Teste de Esforço se passado de IAM, Angina Instável ou Estenose Aórtica Grave → proceder ao estresse farmacológico (dipiridamol, adenosina); combinado com Ecocardiograma ou Cintilografia de Perfusão Miocárdica ou Ressonância Cardíaca - Medido em MET (unidade metabólica) -10 MET é considerável razoável • Métodos de imagem adicionais: Ecocardiograma Cintilografia Miocárdica Ressonância Cardíaca 3 Clínica Médica I – Tatiana Morais -Na cintilografia miocárdica infunde adenosina ou dipiridamol (permite verificar se as áreas miocárdicas estão recebendo o marcador) - Fluxo adequado aparece em vermelho ou laranja • Cineangiocoronariografia (Cateterismo das Coronárias): -Em angina refratária à terapia medicamentosa -Se teste ergométrico acentuadamente positivo (depressão do segmento ST ≥ 2 mm, início da isquemia em uma baixa carga de trabalho, taquicardia ventricular ou hipotensão com exercício) -Se angina recorrente ou prova de esforço positiva após IAM -Para avaliação para o espasmo da artéria coronária -Para avaliar pacientes com dor torácica intensa inexplicada, nos quais os exames não-invasivos não são diagnósticos ➢ Tratamento - Medidas Gerais - Cessação do tabagismo -Dieta com baixo teor de gorduras saturadas e trans -Tratamento adequado para hipertensão, diabetes e dislipidemia ➢ Medicamentos que previnem eventos cardiovasculares ➢ Medicamentos que reduzem sintomas OBS: -De uma forma metodológica, não diminuem mortalidade/eventos cardiovasculares -Podem diminuir internações ➢ Tratamento • Legenda: -CI, cardiopatia isquêmica; -SCA, síndrome coronariana aguda; -CRM, cirurgia de revascularização do miocárdio; -ICP, intervenção coronariana percutânea; -FE, fração de ejeção; -TCE, tronco de coronária esquerda. ➢ Tratamentos Invasivos (revascularização mecânica) • Intervenção coronariana percutânea (cateterismo) -Para estenoses anatomicamente adequadas; sintomáticos / graves - Menos invasiva/ introduzir o cateter em artérias de circulação central (mais fácil chegar em coronárias) -Possível revascularização incompleta (30-45% re-estenose; 20% se com stent) *Existe também o stent farmacológico • Cirurgia de revascularização miocárdica (“ponte”) -Para refratários à ICP, obstruções de tronco CE / triarterial (são casos de obstruções mais graves) -Através de veias de grosso calibre (inverter o fluxo veia → artéria e assim permitir o fluxo) - Morbimortalidade: cirurgia de grande porte - Menor taxa de angina recorrente e de re-estenose
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