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Contabilidade de Custos Francisco Lorentz, Msc

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Contabilidade de Custos
 
 
Francisco Lorentz, Msc.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
www.cliqueapostilas.com.br
http://www.cliqueapostilas.com.br
Contabilidade de Custos 
Profº Francisco Lorentz 
 
2
CONCEITO 
 
Contabilidade de Custos é a parte da ciência contábil que se dedica ao estudo racional dos gastos feitos 
para se obter um bem de venda ou de consumo, quer seja um produto, uma mercadoria ou um serviço. 
 
Contabilidade de Custos é o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os 
custos dos produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes da organização, dos planos operacionais e 
das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as operações e para auxiliar o administrador 
no processo de tomada de decisão. 
 
ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos nasceu com a Revolução Industrial, e tinha como objetivos: 
a) Avaliação de inventários de matérias-primas, de produtos fabricados e de produtos vendidos, tudo ao 
final de um determinado período. 
 Estoques iniciais 
(+) Compras 
(-) Estoques finais 
(=) Custo das Mercadorias Vendidas 
 
b) Verificar os resultados obtidos pelas empresas como consequência da fabricação e venda de seus 
produtos. 
 
Nessa época, as empresas possuíam processos produtivos basicamente artesanais, e conseqüentemente os 
únicos custos produtivos considerados eram o valor das matérias-primas consumidas e da mão-de-obra utilizada. 
Como consequência do crescimento das organizações, da intensificação da concorrência e da crescente 
escassez de recursos, surgiu a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos de planejamento e controle das 
atividades empresariais. Além disso, as inúmeras possibilidades de utilização dos fatores de produção determinam 
uma variedade quase infinita no comportamento dos custos resultantes. É, então, imprescindível, para qualquer 
empresa ter um sistema de custos, ainda mais numa economia capitalista e concorrencial como a nossa. É difícil 
tomar decisões confiáveis e ter uma margem de segurança satisfatória, sem o conhecimento dos custos do modo 
mais real possível. 
Nesse sentido, as informações relativas aos custos de produção e/ou comercialização, desde que 
apropriadamente organizadas, resumidas e relatadas, constituem uma ferramenta administrativa da mais alta 
relevância. Assim, as informações de custos transformam-se, gradativamente, num verdadeiro sistema de 
informações gerenciais, de vital importância para a administração das organizações empresariais. Essas 
informações constituem um subsídio básico para o processo de tomada de decisões, bem como para o 
planejamento e controle das atividades empresariais. 
 
FINALIDADE DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A Contabilidade de Custos ocupa-se da classificação, agrupamento, controle e atribuição dos custos, 
sendo que os custos coletados servem a três finalidades principais: 
 
a) Fornecer dados de custos para a medição dos lucros e avaliação dos estoques. 
b) Fornecer informações aos dirigentes para o controle das operações e atividades da empresa. 
c) Fornecer informações para o planejamento da direção e a tomada de decisões. 
 
Em resumo, a Contabilidade de custos, fornece informações para: 
1 - A determinação dos custos dos fatores de produção; 
2 - A determinação dos custos de qualquer natureza; 
3 - A determinação dos custos dos setores de uma organização 
4 - A redução dos custos dos fatores de produção, de qualquer atividade da empresa; 
5 -À Administração, quando esta deseja tomar uma decisão, estabelecer planos ou solucionar problemas 
especiais; 
6 - O levantamento dos custos dos desperdícios, do tempo ocioso dos operários, da capacidade ociosa do 
equipamento, dos produtos danificados, do trabalho necessário para conserto, dos serviços de garantia dos 
produtos; 
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Contabilidade de Custos 
Profº Francisco Lorentz 
 
3
7 - A determinação da época em que se deve desfazer de um equipamento, isto é, quando as despesas de 
manutenção e reparos ultrapassarem os benefícios advindos da utilização do equipamento; 
8 - A determinação dos custos dos inventários com a finalidade de ajustar o cálculo dos estoques 
mínimos, do lote econômico de compra e da época de compra; 
9 - estabelecimento dos orçamentos; 
10 - A determinação do preço de venda dos produtos ou serviços. 
 
CONTABILIDADE FINANCEIRA (GERAL) X CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Contabilidade Financeira (Geral) 
 
A Contabilidade Financeira surgiu com o desenvolvimento do comércio. Seu objetivo fundamental é o 
controle do patrimônio da empresa e suas variações, que são resultantes da Apuração do Resultado das atividades 
mercantis (lucro ou prejuízo). A Contabilidade Financeira se concentra nos demonstrativos dirigidos ao público 
externo (acionistas, credores etc.), que são guiados pelos Princípios Fundamentais de Contábilidade. 
 
Contabilidade de Custos 
 
Com o advento da Revolução Industrial e a conseqüente proliferação das empresas industriais, a 
contabilidade viu-se as voltas com o problema de adaptar os procedimentos de apuração do resultado em 
empresas comerciais (que apenas revendiam mercadorias compradas de outrem) para as empresas industriais, que 
adquiriam matérias-primas e utilizavam fatores de produção para transformá-las em produtos destinados à venda. 
A solução natural para o problema foi usar o mesmo esquema para apuração do resultado, substituindo o item 
“Compras” pelo pagamento dos fatores que entraram na produção: matéria-prima consumida, salário dos 
trabalhadores da produção, energia elétrica e combustíveis utilizados, enfim, todos os gastos que foram efetuados 
na atividade Industrial e que foram denominados de Custos de Produção. O ramo da Contabilidade que 
controlava estes gastos passou a chamar-se de Contabilidade de Custos. A Contabilidade de Custos mensura e 
relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela 
organização. Ela fornece informação tanto para a Contabilidade Financeira quanto para a Contabilidade 
Gerencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estoques na atividade comercial 
 
O comerciante se limita a revender as mercadorias adquiridas com essa finalidade. O controle dos 
estoques na empresa comercial é relativamente simples. Basta que se verifique, mediante inventário periódico ou 
por meio de controles permanentes, o valor de aquisição dos bens em estoque. Com esse recurso, podemos 
também controlar o custo das mercadorias vendidas e, assim, apurar o resultado. Na apuração do custo das 
mercadorias vendidas, podemos utilizar o sistema de inventário periódico ou o sistema de inventário permanente. 
No sistema de inventário periódico, o CMV só é apurado ao fim de um período determinado, normalmente ao fim 
de cada exercício social: 
 
CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final 
 
No sistema de inventário permanente, o CMV é apurado em cada venda. 
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa comercial é feita do seguinte modo: 
 
Vendas líquidas 10.000,00 
( - ) CMV (6.000,00) 
Lucro Bruto 4.000,00 
( - ) Despesas operacionais: 
- de vendas 200,00 
ARTESÕES COMÉRCIO CONSUMIDOR INDÚSTRIAS COMÉRCIO CONSUMIDOR 
Revolução 
Industrial 
Séc. XVIII 
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Contabilidade de Custos 
Profº Francisco Lorentz 
 
4
- administrativas 300,00 
- financeiras 500,00 (1.000,00) 
Lucro líquido 3.000,00 
 
As mercadorias vendidas e entregues aos clientes têm o valor de aquisição registrado como custo das 
mercadorias vendidas: 
 
 
Mercadorias em Estoques 
 
 
CMV 
 
Ciclo de negociação das Empresas Comerciais: 
 
 
 
 
 
Estoque de Mercadorias – são as mercadorias compradas que ainda não foram vendidas. Ao serem 
vendidas, as mercadorias são baixadas dos estoques pelo valor que foram adquiridas – Custo das Mercadorias 
Vendidas (CMV). A forma mais simples de se calcularo CMV é através da seguinte equação: 
 
CMV = EI + Compras – EF 
 
Na atividade comercial permanecem em estoque apenas os valores de aquisição das mercadorias ainda 
não vendidas. Os valores correspondentes a aluguéis, depreciação, juros, comissões de vendas, honorários, 
salários etc. são apropriados ao resultado imediatamente quando incorridos. Em regra, são estocados apenas os 
gastos necessários à aquisição das mercadorias, tais como o preço pago pela mercadoria, o frete, o seguro do 
frete, os impostos não recuperáveis. Os gastos não relacionados à compra das mercadorias não fazem parte do seu 
valor de aquisição. A despesa de salários de uma empresa comercial, por exemplo, não é incorporada ao estoque, 
sendo apropriada ao resultado dentro do período de competência da despesa, mesmo que nesse período não 
tenham sido realizadas vendas de mercadorias. 
 
Estoques na atividade industrial 
 
O industrial fabrica os produtos que destina à venda, agregando à matéria-prima uma série de insumos. 
Na empresa industrial é necessário controlar os fatores que são aplicados à produção (material direto, mão-de-
obra direta e gastos gerais de fabricação), para se determinar o valor dos estoques de produtos em elaboração, dos 
estoques de produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa industrial é feita do seguinte modo: 
Vendas líquidas 20.000,00 
( - ) CPV (14.000,00) 
Lucro bruto 6.000,00 
( - ) Despesas operacionais: 
- de vendas 2.000,00 
- administrativas 1.000,00 
- financeiras 1.200,00 (4.200,00) 
Lucro líquido 1.800,00 
 
O CPV, Custo dos Produtos Vendidos, corresponde às matérias-primas utilizadas, embalagens e 
outros materiais diretos, mão-de-obra direta e gastos gerais de fabricação (ou custos indiretos de fabricação), 
necessários à fabricação dos produtos vendidos. Ou seja, corresponde ao valor dos fatores de produção aplicados 
aos produtos comercializados em determinado período. O CPV representa o custo dos produtos que foram 
transferidos para os clientes, em virtude das vendas. 
 
Compra Mercadorias Estoca Mercadorias Vende Mercadorias 
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Contabilidade de Custos 
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5
 
 
Matérias-primas 
 
 
Produtos em 
Elaboração 
 
Produtos 
Acabados 
 
 
 
CPV 
 
Ciclo de negociação das Empresas Industriais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Estoque de Matérias-primas – são matérias-primas em estoques aguardando para serem utilizadas no 
processo produtivo; 
- Estoque de Produtos em Processo/Elaboração – são produtos que foram iniciados, mas ainda não estão 
totalmente acabados; 
- Estoque de Produtos Acabados – são produtos que foram terminados seu ciclo de produção, mas ainda 
não foram vendidos. 
Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos: Estoque Inicial de Produtos Industriais (em elaboração e 
acabados) + Custo de Produção do Período (Matéria-Prima consumida, Salários dos Operários, Energia Elétrica, 
Combustíveis e demais custos) – Estoque final de Produtos Industriais (em elaboração e acabados). 
 
CPV = EIPE + EIPA + CPP –EFPE – EFPA 
 
Demonstração do Resultado do Exercício (com as alterações da Lei nº 11.638/07 e MP nº 449/08) 
 
Empresa Comercial 
Receita Bruta de Vendas e Serviços 
(-) Deduções (devoluções de vendas, abatimentos e impostos) 
= Receita Líquida de Vendas e Serviços 
(-) CMV (EI + Compras – EF) 
= Lucro Bruto Operacional 
(-) Despesas Operacionais 
 * Com Vendas 
 * Financeiras Líquidas 
 * Administrativas 
 Outras receitas e despesas operacionais 
= Lucro/Prejuízo Líquido Operacional 
Outras Receitas e outras Despesas 
= Resultado do Exercício antes da CSSL e IR 
(-) Provisão para CSSL 
(-) Provisão para IR 
= Lucro Líquido antes das participações 
(-) Participações de Debêntures, Empregados, Administradores e partes beneficiárias. 
= Lucro Líquido do Exercício 
 
 
 
 
 
 
 
ESTOCA 
PRODUTOS 
ACABADOS 
COMPRA 
MATÉRIAS- PRIMAS 
ESTOCA 
MATÉRIAS-PRIMAS 
PRODUZ 
VENDE 
PRODUTOS 
ACABADOS 
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Empresa Industrial 
 
Faturamento Bruto 
(-) IPI s/ Faturamento 
= Receita Bruta de Vendas 
(-) Deduções 
= Receita Líquida de Vendas 
(-) Custo dos Produtos Vendidos 
= Lucro Bruto Operacional 
 
É a Contabilidade de Custos quem apura o CPV, por meio do controle dos custos de produção. As 
receitas e as despesas de vendas, administrativas, financeiras etc. são controladas pela Contabilidade Financeira 
(Comercial) da empresa. Na atividade industrial permanecem em estoque os valores de aquisição das matérias-
primas e demais fatores de produção aplicados na fabricação dos produtos mantidos em estoque. São apropriados 
ao resultado, como custo dos produtos vendidos, apenas os valores aplicados na fabricação dos produtos 
vendidos. Assim, integram os estoques de produtos os salários, a depreciação, o aluguel, o seguro e demais gastos 
aplicados à produção, enquanto os produtos não forem vendidos; vale dizer, durante o período em que os produtos 
forem mantidos em estoque. Se um produto fabricado permanecer em estoque, o seu valor corresponderá aos 
seguintes custos, necessários à sua produção: 
Matéria-prima consumida 
+ Embalagem e outros materiais diretos utilizados 
+ Mão-de-obra direta aplicada 
+ Gastos gerais de fabricação (demais gastos envolvidos no processo produtivo) 
 
TERMINOLOGIA UTILIZADA EM CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
A área de custos possui terminologia própria que, entretanto, muitas vezes é utilizada de forma 
equivocada. 
Gasto - sacrifício financeiro com que a entidade arca para a obtenção de um produto ou serviço qualquer, 
sacrifício esse representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro). Pode ser um 
investimento, custo ou despesa. Conceito extremamente amplo e que se aplica a todos os bens e serviços 
recebidos/prestados. 
Exemplos: 
 Gasto com Mão-de-obra 
 Aquisição de Mercadorias para revenda 
 Aquisição de Matéria-prima 
 Aquisição de Máquinas e equipamentos 
 Energia Elétrica 
 Aluguel 
 
Só existe gasto no ato da passagem para a propriedade da empresa do bem ou serviço, ou seja, no 
momento em que existe o reconhecimento contábil da dívida assumida ou da redução do ativo dado em 
pagamento. Não estão aqui incluídos todos os sacrifícios com que a entidade acaba por arcar, já que não são 
incluídos o custo de oportunidade ou os juros sobre o capital próprio, uma vez que estes não implicam a entrega 
de ativos. Note que o gasto implica, às vezes, em desembolso, mas são conceitos distintos. 
 
Desembolso - pagamento resultante de aquisição do bem ou serviço. Caracteriza-se pela entrega de numerário. 
 
Investimento - gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Pode se 
transformar em custo, despesa ou perda. Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) 
que são "estocados" nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda, de seu consumo, de 
seu desaparecimento ou de sua desvalorização são especificamente chamados de investimentos. Podem ser de 
diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente 
como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; as ações 
adquiridas de outras empresas são gastos classificados como investimentos circulantes ou permanentes, 
dependendo da intenção que levou a sociedade à aquisição. 
 
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7
Custo - gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Este gasto só é 
reconhecido como custo no momento de utilização dos fatores de produção, para fabricação de um produto ou 
execução de um serviço. 
O Custo é também umgasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos 
fatores de produção (bens e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplos: a 
matéria-prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento (Ativo Circulante), e 
assim ficou durante o tempo de sua Estocagem, sem que aparecesse nenhum custo associado a ela; no momento 
de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante do bem 
elaborado. Este, por sua vez, é de novo um investimento, já que fica ativado até sua venda. A energia elétrica 
utilizada na fabricação de um item qualquer é gasto (na hora de seu consumo) que passa imediatamente para 
custo, sem transitar pela fase de investimento. A máquina provocou um gasto em sua entrada, tornado 
investimento e parceladamente transformado em custo à medida que é utilizada no processo de produção. 
 Exemplos: 
 Matéria-Prima: foi um gasto na aquisição, que imediatamente se tornou um investimento 
durante sua estocagem, e quando consumido se tornou Custo. 
 A Energia Elétrica é um gasto que quando consumido, passa imediatamente para Custo. 
 Salários do pessoal da produção. 
 Manutenção das Máquinas e Equipamentos de produção. 
 Depreciação das Máquinas e Equipamentos de produção. 
 
Despesa - Gasto com bens e serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de 
obtenção de receitas. Em termos práticos, nem sempre é fácil distinguir CUSTOS e DESPESAS. Pode-se, 
entretanto, propor uma regra simples do ponto de vista didático: todos os gastos realizados com o produto até 
que este esteja pronto são CUSTOS; a partir daí, são despesas. Por exemplo: gastos com embalagem 
individual de sabonetes, são custos (realizados no âmbito do processo produtivo – este é vendido somente 
embalado); se a empresa resolve vender em embalagens com 4, 6 ou 8 sabonetes, esse gasto adicional com essas 
embalagens extras são DESPESAS (são realizadas após o ciclo de produção do produto). 
As despesas representam saídas de recursos, causando redução no patrimônio líquido. 
Exemplos: salários e encargos do pessoal de vendas e administrativo, energia elétrica do escritório, aluguéis e 
seguros do prédio da administração, depreciação dos equipamentos do escritório etc. 
 
Observações: todo o produto vendido e todo o serviço ou utilidade transferidos provocam despesas. Costuma-se 
chamar de Custo dos Produtos Vendidos/Custo dos Serviços Prestados/Custo das Mercadorias Vendidas e assim 
faz–se aparecer na Demonstração de Resultados; o significado mais correto seria Despesa. Cada componente que 
fora custo no processo de produção agora, na baixa, torna-se despesa. 
Exemplo: a mercadoria adquirida pela loja comercial provoca um gasto (genericamente), um investimento 
(especificamente), que se transforma numa despesa no momento do reconhecimento da receita quando trazida 
pela venda, sem passar pela fase de custo. Logo, segundo Eliseu Martins, o nome Custo das Mercadorias 
Vendidas não é, em termos genéricos, rigorosamente correto. Logo, todas as despesas são ou foram gastos. 
Porém, alguns gastos muitas vezes não se transformam em despesas (por exemplo, terrenos que não são 
depreciados) ou se transformam quando vendidos. Todos os Custos que são ou foram gastos se transformam em 
despesas quando da entrega dos bens ou serviços a que se referem. Muitos gastos são automaticamente 
transformados em despesas, outros passam primeiro pela fase de custos e outros ainda fazem a “via sacra” 
completa passando por investimento, custo e despesa. 
 
Custo e Despesa não são a mesma coisa ! 
Usaremos o termo “custo”, referindo-se à produção de bens. 
 
Perda - é um gasto não intencional decorrente de fatores externos fortuitos ou da atividade normal da empresa. 
No primeiro caso, são considerados da mesma natureza que as DESPESAS são jogadas diretamente contra o 
resultado do período. Exemplo: enchentes, desabamentos, obsoletismo de estoques, sinistros etc. No segundo 
caso, onde se enquadram, por exemplo, as perdas normais de matérias-primas na produção industrial, integram o 
Custo de Produção do Período. Exemplo: aparas de chapas de aço. 
 
Definição de Preço - valor estabelecido e aceito pelo vendedor para transferir a propriedade de um bem ou para 
prestar um serviço. Custo ou despesa para o adquirente é o preço para o vendedor. Gerencialmente não se faz 
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8
distinção entre custo e despesa. O preço e o custo podem ser iguais, o preço sob a ótica do vendedor e o custo sob 
a ótica do comprador. Considerando-se apenas o vendedor, o custo é menor e o preço é a maior porque contém o 
lucro. 
 
Definição de Receita - a receita de um bem é o seu preço de venda multiplicado pela quantidade vendida e a 
receita de vários bens é o somatório das multiplicações dos diferentes preços de venda pelas respectivas 
quantidades vendidas. 
Exemplo: A matéria prima, que é uma receita para o vendedor, é para o comprador um gasto com 
investimento no ato da compra, um desembolso no ato do pagamento que pode ser a vista ou a prazo, um custo no 
ato de sua aplicação na produção e uma despesa no ato da venda do produto que ela integra. 
 
ELEMENTOS DE CUSTOS OU FATORES DE PRODUÇÃO 
 
Basicamente, os componentes de custo industrial podem ser resumidos em três elementos: 
- Materiais (matéria prima, material secundário, embalagens) 
- Mão-de-obra (MOD / MOI - Mão de obra Direta e Indireta) 
- Gastos Gerais de Fabricação (GGF) ou Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (energia elétrica, 
aluguéis, seguros, telefone, manutenção, lubrificantes etc). 
 
Materiais 
Os materiais utilizados na fabricação podem ser classificados em: 
Matérias-primas: são os materiais principais e essenciais que entram em maior quantidade na fabricação do 
produto. A matéria-prima para uma indústria de móveis de madeira é a madeira; para uma indústria de confecções 
é o tecido; para uma indústria de massas alimentícias é a farinha etc; 
Materiais Secundários: são os materiais que entram em menor quantidade na fabricação do produto. Esses 
materiais são aplicados juntamente com a matéria-prima, complementando-a ou até mesmo dando o acabamento 
necessário ao produto. Os materiais secundários para uma indústria de móveis de madeira são: pregos, cola, 
verniz, dobradiças, fechos etc; para uma indústria de confecções são: botões, zíperes, linha etc; para uma indústria 
de massas alimentícias são: ovos, manteiga, fermento, açúcar etc. 
Materiais de Embalagem: são os materiais destinados a acondicionar ou embalar os produtos, antes que eles 
saiam da área de produção. Os materiais de embalagem, em uma indústria de móveis de madeira podem ser 
caixas de papelão, que embalam os móveis desmontados; em uma indústria de confecções caixas ou sacos 
plásticos; em uma indústria de massas alimentícias caixas ou sacos plásticos etc. 
Podemos encontrar, ainda, outras nomenclaturas a respeito dos materiais secundários como: materiais 
auxiliares, materiais acessórios, materiais complementares, materiais de acabamento etc. Dependendo do interesse 
da empresa, essas subdivisões poderão ser utilizadas. Para efeito didático, consideraremos todos esses materiais 
como secundários. 
 
Mão-de-obra 
Compreende os gastos com o pessoal envolvidos na produção da empresa industrial, englobando salários, 
encargos sociais, 13º Salário, Férias, refeições e estadas, seguros etc. 
 
Gastos Gerais de Fabricação ou Custos Indiretos de Fabricação. 
Compreendem os demais gastos necessários para a fabricação dos produtos, como por exemplo: aluguéis, 
energia elétrica, serviços de terceiros, manutenção da fábrica, depreciação, seguros diversos, material de limpeza, 
óleos e lubrificantes para as máquinas, pequenas peças para reposição, telefones e comunicações etc. 
 
Definição de objeto de custo ou objeto de custeio 
Como já tivemos oportunidadede mencionar, Custo se define como um recurso sacrificado ou de que se 
abre mão para um determinado fim (sempre voltado para a área de produção). Para guiar decisões, os gestores 
sempre desejam saber quanto custa uma determinada coisa, como por exemplo, um novo produto, uma nova 
máquina, um serviço etc. Chamamos essa coisa de OBJETO DE CUSTO. Isto significa dizer que objeto de custo 
é qualquer coisa para a qual se deseja uma mensuração de custo; é o nome técnico que designa a finalidade para a 
qual os custos estão sendo apurados. 
Exemplos: 
OBJETO DE CUSTO ILUSTRAÇÃO 
PRODUTO Uma bicicleta de 21 marchas 
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Contabilidade de Custos 
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9
SERVIÇO Um vôo Rio-SP 
PROJETO Um avião montado pela embraer para a FAB 
ATIVIDADE Um teste para determinar o nível de qualidade de um lote de televisores 
DEPARTAMENTO Um departamento (manutenção) 
 
Controle de estoques 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da 
maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período contábil 
é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Todos os itens são registrados através de 
código de produto, sendo o critério mais utilizado, o custo médio. Todas entradas são feitas quando da chegada do 
material ao almoxarifado, através da NF e as saídas são feitas através de Requisição de material. As Fases 
(contas) do Estoque (Ativo) são: 
 Matéria-Prima 
 Produtos em Elaboração 
 Produtos Acabados 
 Material de Consumo 
 Mercadoria para Revenda 
 Material para Embalagem 
 Importação em andamento 
 Provisão de estoque obsoleto (redutora) 
 Provisão para ajuste ao valor de mercado (redutora) 
 
Devem ser programados Inventários Periódicos e Anuais, sendo que as diferenças verificadas devem ser 
analisadas e justificadas através de relatórios gerenciais. 
Estoque de Materiais: os estoques de materiais podem ser classificados em: 
 Materiais Diretos: compreendem a matéria prima e outros que possam ser perfeitamente 
identificados ao objeto de custo. 
 Materiais Indiretos: são os materiais empregados na fabricação do produto, mas, devido à 
dificuldade de cálculo, quanto à quantidade utilizada em cada produto fabricado, são considerados 
materiais indiretos. 
Estoques de Produtos em Elaboração: o saldo da conta estoque de produtos em elaboração ou estoque de 
produtos em processo representam o valor dos produtos em processo, em fabricação, os produtos que ainda não 
estão acabados para serem vendidos. 
Estoques de Produtos Acabados: essa conta representa o saldo dos produtos disponíveis para venda em estoque, 
no depósito de produtos acabados da empresa. 
 
Fases do Produto até Custo: 
 Estoque de Matéria -Prima 
 Produto em Elaboração (incluiu demais custos de produção) 
 Produto Acabado (matéria-prima + demais custos de produção) 
 Custo de Produtos Vendidos 
 
Custos de Produção – Podem ser separados em: Material Direto (MD), Mão-de-Obra Direta (MOD) e Custos 
Indiretos de Fabricação (CIF) ou Gastos Gerais de Fabricação (GGF). Corresponde ao Custo de Produção do 
Período ou Custo Fabril: é a soma dos custos incorridos no período dentro da fábrica em determinado período. 
 
CPP = MD (EI + C – EF) + MOD + CIF 
 
Custo da Produção Acabada ou Custos dos Produtos Fabricados: nem sempre o total de custos aplicados na 
produção durante o período é totalmente transformado em produtos acabados. Pode permanecer alguma parcela 
ainda em elaboração no final do período. O Custo dos Produtos Fabricados ou Custo dos Produtos Acabados é 
resultante do custo fabril somado à parcela do Custo Fabril do período anterior ainda não transformado (no 
período atual chama-se EIPE) diminuído da parcela desse mesmo Custo Fabril que não se transformou (EFPE). 
Resumindo, o Custo dos Produtos Fabricados é o custo que efetivamente ocorreu sobre as unidades que foram 
totalmente acabadas naquele período. 
CPA = EIPE + CPP - EFPE 
 
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Custo dos Produtos Vendidos – é a soma dos custos incorridos na fabricação dos bens que só agora estão sendo 
vendidos. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram 
acabadas no presente período. 
CPV = EIPA + CPA - EFPA 
 
 
Outros conceitos utilizados na contabilidade de custos 
 
Custos Primários – são os custos principais do produto em si, ou seja, a matéria-prima e a mão-de-obra Direta. 
Representam os primeiros custos a ocorrerem no processo produtivo. 
Custos de transformação: corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias-
primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes 
adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço 
da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra 
apropriada e dos custos indiretos de fabricação. 
 Fluxograma da Apuração do Resultado Industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
+ (-) 
 
 
 
 
 
+ (-) 
 
 
 
 
 
 
 
Separação entre custos e despesas 
O professor Eliseu Martins cita em seu livro que, teoricamente, a separação entre custos e despesas é 
fácil. Como nós já citamos: os gastos relativos ao processo de produção são CUSTOS; e os relativos à 
administração, às vendas e aos financiamentos são DESPESAS. Na prática, entretanto, uma série de problemas 
aparece pelo fato de não ser possível a separação de forma clara e objetiva. Somente devem ser “separados” e/ou 
“diferenciados” entre custos e despesas valores que sejam significativos e que vão influenciar sobremaneira o 
processo. Por exemplo, é comum encontrarmos uma única administração, sem a separação da que realmente 
pertence à fabrica; surge daí a prática de se ratear o gasto geral da administração, parte para despesa e parte para 
custo, rateio esse sempre arbitrário, pela dificuldade prática de uma divisão científica. Normalmente, a divisão é 
Materiais diretos 
consumidos (MD, MP etc) 
EI + C - EF 
Mão de obra direta 
(MOD) 
 GGF ou CIF 
Custo de Produção do 
Período ou 
Custo Fabril
EIPE EFPE 
EIPA 
EFPA 
Custos dos Produtos 
Acabados ou Custo dos 
Produtos Fabricados 
Custos dos Produtos 
Vendidos 
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feita em função da proporcionalidade entre número de pessoas na fábrica e fora dela, ou com base nos demais 
gastos, ou simplesmente em porcentagens fixadas pela Diretoria. Outros exemplos mais específicos: gasto com o 
Departamento de Recursos Humanos ou Pessoal; por haver comumente um único departamento que cuida tanto 
do pessoal da fábrica como do pessoal da administração, faz-se a divisão de seu gasto total em custo e despesa. 
Ou também o Departamento de Contabilidade, que engloba a Contabilidade Financeira e a de Custos, e por essa 
razão tem, às vezes, seu gasto total de funcionamento dividido parte para despesa (Contabilidade Financeira) e 
parte para custo (Contabilidade de Custos). Os mesmos problemas existem para outros setores, tais como 
Departamento de Compras, que efetua aquisições tanto para a área de produção quanto para a administração, 
vendas, etc.; ou Almoxarifado, que presta serviços à produção e também ao resto da empresa; Manutenção, idem, 
etc. 
Como tentativa de solução ou pelo menos de simplificação, algumas regras básicas podem ser seguidas: 
a) valores irrelevantes dentro dos gastos totais da empresa não devem ser rateados. Se, 
exemplificativamente, o gasto com o Departamento de Pessoal for de 0,3% dos gastos totais, dever-se-á tratá-lo 
como despesa integralmente, sem rateio para a fábrica (Conservadorismo eMaterialidade); 
b) valores relevantes, porém repetitivos a cada período, que numa eventual divisão teriam sua parte maior 
considerada como despesas, não devem também ser rateados, tornando-se despesa por seu montante integral 
(Conservadorismo também). Por exemplo, a administração é centralizada, incluindo a da produção, que 
representa 67% dos gastos totais da empresa; numa eventual distribuição, 2/3 destes gastos ficariam como 
despesas. Logo, o melhor critério é tratá-los totalmente como despesa; 
c) valores cujo rateio é extremamente arbitrário devem ser evitados para apropriação aos custos (idem). 
Por exemplo, a apropriação dos honorários da diretoria só seria relativamente adequada se houvesse um 
apontamento do tempo e esforço que cada diretor devotasse ao processo de administração e vendas e ao de 
produção. Como isso é praticamente impossível e já que é extremamente arbitrário qualquer critério de rateio 
(porcentagem prefixada, proporcionalidade com a folha de pagamento, etc), o mais indicado é seu tratamento 
como despesa no período em que foram ocorridos. Em suma, só devem ser rateados e ter uma parte atribuída 
aos custos de produção e outra às despesas do período, os valores relevantes que visivelmente contêm ambos os 
elementos e podem, por critérios não excessivamente arbitrários, ser divididos nos dois grupos. 
 
Onde terminam os custos de produção? 
É bastante fácil a visualização de onde começam os custos de produção; mas nem sempre é da mesma 
maneira simples a verificação de onde eles terminam. É relativamente comum a existência de problemas de 
separação entre custos e despesas de venda. A regra é simples, bastando definir-se o momento em que o produto 
está pronto para a venda. Até aí, todos os gastos são custos. A partir desse momento, todos os gastos serão 
tratados como despesas necessárias para a realização da venda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por exemplo, os gastos com embalagens podem tanto estar numa categoria como noutra, dependendo 
de sua aplicação; quando um produto é colocado para venda tanto a granel quanto em pequenas quantidades, seu 
custo terminou quando do término de sua produção. Como a embalagem só é aplicada após as vendas, deve ser 
tratada como despesa. Isso implica a contabilização do estoque de produtos acabados sem a embalagem e esta é 
ativada num estoque à parte. Se, por outro lado, os produtos já são colocados à venda embalados de forma 
diferente, então seu custo total inclui o de seu acondicionamento, ficando ativados por esse montante. 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos é a área da Contabilidade que trata dos gastos incorridos na produção de bens e 
serviços. 
b) A Contabilidade Industrial é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos nos setores de 
produção e venda. 
Produtos 
Acabados 
CUSTOS DESPESAS 
VENDAS 
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c) A Contabilidade de Serviços é a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos na prestação 
de serviços. 
d) A Contabilidade de Custos é aplicada ao setor de produção. 
e) A Contabilidade de Custos controla os custos e despesas dos diversos departamentos de uma empresa 
industrial. 
 
2- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A depreciação dos equipamentos da fábrica é custo. 
b) O seguro dos equipamentos de produção é custo. 
c) Os salários dos vendedores são custos. 
d) O frete sobre vendas é custo. 
e) Os honorários da diretoria do departamento de administração são custos. 
 
3- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Na empresa comercial, os estoques podem ser controlados mediante sistema de inventário permanente ou 
periódico. 
b) O custo das mercadorias vendidas de uma empresa comercial é correspondente ao valor de aquisição das 
mercadorias que foram vendidas e entregues ao cliente. 
c) Na atividade comercial, os valores dos aluguéis, depreciação, juros e comissões dos vendedores são 
apropriados ao resultado imediatamente quando incorridos. 
d) Na atividade comercial, são registrados como valor de aquisição dos estoques de mercadorias os gastos 
necessários à compra, inclusive frete, seguro do frete e impostos recuperáveis. 
e) Na atividade comercial, a despesa de salários dos vendedores não é incorporada ao valor de aquisição das 
mercadorias. 
 
4 - Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) A Contabilidade de Custos controla o custo dos fatores de produção. 
b) Por meio da Contabilidade de Custos, podem ser determinados os valores dos estoques de produtos em 
elaboração, dos produtos acabados e do custo dos produtos vendidos. 
c) Os estoques de produtos em elaboração e acabados correspondem às matérias-primas utilizadas, embalagens e 
outros materiais diretos, mão-de-obra direta e custos indiretos já aplicados na fabricação desses produtos. 
d) O CPV representa o custo dos produtos que permanecem em estoque ao fim de um determinado período. 
e) As receitas e despesas das empresas industriais são controladas pela Contabilidade Comercial. 
 
5- Indique se as afirmações estão certas ou erradas. 
a) Na atividade industrial, são mantidos nos estoques os valores das matérias-primas utilizadas e dos demais 
fatores de produção, enquanto os produtos correspondentes não forem vendidos e entregues aos clientes. 
b) Na atividade industrial, são apropriados ao resultado os valores aplicados na fabricação dos produtos vendidos 
e entregues aos clientes. 
c) Integram os estoques da indústria os salários, depreciação, aluguel e demais gastos de produção. 
d) A energia elétrica consumida no setor de produção é um custo. 
e) As indústrias possuem um elevado grau de imobilizações. 
 
6- Marque a alternativa correta. 
Podemos identificar como funções principais da contabilidade de custos: 
a) a avaliação dos estoques e o cálculo das participações dos acionistas 
b) o auxílio ao controle e à tomada de decisões no processo administrativo 
c) o levantamento do balanço patrimonial e a avaliação de estoques 
d) colocar o contador em papel de destaque e aumentar o lucro empresarial 
e) a apuração dos custos e despesas das atividades de produção e comercialização 
 
7- Indique a alternativa que não representa custo. 
a) Salários dos operadores das máquinas de fabricação. 
b) Depreciação das máquinas de fabricação. 
c) Honorários do diretor industrial e respectivos encargos sociais. 
d) Salários dos funcionários do departamento de vendas. 
e) Energia elétrica consumida pelas máquinas de fabricação. 
 
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8- Não integram o custo de produção das indústrias os valores correspondentes a: 
a) matérias-primas utilizadas na produção 
b) materiais indiretos utilizados na produção 
c) despesas de vendas dos produtos 
d) mão-de-obra aplicada à produção 
e) gastos gerais de fabricação dos produtos 
 
9- (AFTN / ESAF) Um apartamento, adquirido e alugado por empresa industrial, é bem: 
a) do ativo diferido; b) fixo; c) numerário; d) de renda; e) de venda. 
 
10- (AFTN / ESAF) Máquina destinada à produção de calçados é, para a indústria calçadista, um bem: 
a) de renda, produzindo bens de venda; b) fixo, produzindo bens de renda; c) fixo, porque é utilizado mais 
tempo que o bem de renda; d) fixo de renda; e) fixo, produzindo bens de venda 
 
11 - (AFC / ESAF) Entre as afirmativas seguintes, apenas uma está incorreta. Assinale-a. 
a) A contabilidade gerencial tem por objetivo adaptar os procedimentos de apuração do resultado das empresas 
comerciais para as empresas industriais. 
b) A contabilidade de custos presta duas funções dentro da contabilidade gerencial, fornecendo os dados de custos 
para auxílio ao controle e para a tomadade decisões. 
c) Os custos de produção reúnem o custo do material direto, o custo da mão-de-obra e os demais custos indiretos 
de fabricação. 
d) O objetivo básico da contabilidade gerencial é o de fornecer à administração instrumentos que a auxiliem em 
suas funções gerenciais. 
e) O custo pode ser entendido como o gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou 
serviços. 
 
12. (Eletrobrás – 2007) O único valor considerado como custo na Contabilidade de Custos de empresa 
manufatureira é o desembolso em: 
a) propaganda; b) comissões de vendas; c) depreciação do automóvel do presidente da empresa; 
d) seguro da fábrica; e) dividendos pagos. 
 
13 - Assinale com um ‘X’ a classificação correta de cada fato, se é: custo, despesa, investimento, desembolso ou 
perda: 
Fato Gasto Custo Desp Invest Desemb Perda 
Pagou a fatura do anúncio que colocou no jornal 
deste fim de semana. 
 
Colocou anúncio no jornal desta semana, mas só 
vai pagar no fim do mês. 
 
Comprou matéria prima a prazo. 
Transferiu a matéria prima do almoxarifado para a 
fábrica para iniciar a produção. 
 
Energia elétrica da fábrica consumida este mês. 
“Perda” normal de matéria prima no processo de 
fabricação. 
 
Deterioração de matéria prima em razão de greve 
dos operários. 
 
Obsoletismo de estoques de materiais. 
 
14. (Perito – SSP) Um componente do Ativo Permanente se transforma em custo ou despesa: 
a) pela depreciação, amortização ou exaustão; 
b) pelo pagamento à vista ou a prazo; 
c) pelo registro pelo seu valor d custo ou mercado; 
d) somente pela depreciação. 
 
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15. Assinale a alternativa correta: 
a) Material Direto + Mão-de-Obra Direta = Custo de Fabricação; 
b) Mão-de-Obra Direta + Gastos de Fabricação = Custo Primário; 
c) Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação = Custo Total; 
d) Mão-de-Obra Direta + Custo Primário = Custo Total; 
e) Custo Primário + Gastos Gerais de Fabricação = Custo de Fabricação. 
 
16. Compõem o chamado Custo Primário: 
a) Custo do Material Direto + Custo de Mão-de-Obra Direta; 
b) Custo do Material Direto - Custo de Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
c) Custo do Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação; 
d) Custo da Mão-de-Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
e) Custo do Material Direto e Indireto + Gastos Gerais de Fabricação. 
 
17. Observe as informações abaixo, extraídas de escrituração de uma empresa industrial, relativas a um 
determinado período de produção: 
Materiais requisitados do almoxarifado: 
Diretos............................................................. R$ 300.000,00 
Indiretos.......................................................... R$ 50.000,00 
Mão-de-Obra apontada: 
Direta............................................................... R$ 200.000,00 
Indireta............................................................ R$ 30.000/00 
Aluguel da Fábrica........................................ R$ 40.000,00 
Seguro da Fábrica ........................................ R$ 20.000,00 
Depreciação das máquinas .......................... R$ 60.000,00 
O custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: 
a) R$ 700.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 400.000,00; 
b) R$ 580.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 120.000,00; 
c) R$ 700.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 230.000,00; 
d) R$ 500.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 400.000,00; 
e) R$ 580.000,00, R$ 350.000,00 e R$ 230.000,00. 
 
18. (ESAF) Em relação à terminologia utilizada pela Contabilidade de Custos, é correto afirmar: 
a) Gastos são custos ou despesas que a empresa incorre para realizar a produção e vendê-la; 
b) Despesas são gastos incorridos com a produção de bens e serviços, com a intenção de sua venda posterior; 
c) Investimentos não são gastos, uma vez que se trata de ativos adquiridos pela empresa que somente são 
depreciados lentamente; 
d) Perdas são sacrifícios ocorridos na produção, de forma involuntária ou fortuita; 
e) Custos são os gastos que a empresa incorre para a comercialização dos produtos. 
 
19 - Observe os dados abaixo e calcule o que se pede: 
1 – MPD: Compras $10.000
 Estoque Inicial $1.000
 Estoque final $2.000
 
2 - Mão-de-Obra: Disponível (total) $10.000
 Apropriada (Direta) $8.000
 
3 – Outros Custos Indiretos $5.000
 
4 – Produtos em Elaboração: Estoque Inicial $2.000
 Estoque Final $1.000
 
5 – Produtos Acabados: Estoque Inicial $5.000
 Estoque Final $3.000
 
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a) Custo da Produção do Período: ________________________________________________ 
b) Custo dos Produtos Acabados: _________________________________________________. 
c) Custo dos Produtos Vendidos____________________________________________________. 
d) Calcule o Custo Primário________________________________________________________. 
e) Calcule o Custo de Transformação______________________________________________. 
 
20 No mês de agosto de 2003 uma indústria apresentou as seguintes informações: 
 
Aquisição de Novo Equipamento Industrial R$ 98.100,00 
Compras de Matéria-Prima R$ 3.600,00 
Depreciação de Máquinas Industriais R$ 27.000,00 
Depreciação de Móveis e Utensílios do Escritório R$ 22.500,00 
Energia Elétrica da Fábrica R$ 112.500,00 
Mão-de-Obra Direta R$ 9.000,00 
Mão-de-Obra Indireta R$ 180.000,00 
Materiais Indiretos Consumidos na Fábrica R$ 810.000,00 
Receita de Vendas R$ 1.666.500,00 
Salário de Vendedores R$ 18.000,00 
Salários Administrativos R$ 900,00 
Seguros da Fábrica R$ 1.800,00 
 
Estoques Finais Julho Agosto 
Matéria-Prima R$ 90.000,00 R$ 72.000,00
Produtos em Processo R$ 54.000,00 R$ 72.000,00
Produtos Acabados R$ 54.000,00 R$ 72.000,00
 
 O Custo com Materiais Diretos, o Custo Fabril e o Custo de Produtos Vendidos de uma indústria são 
respectivamente: 
a) R$ 33.600,00 ; R$ 1.137.900,00 e R$ 1.113.900,00
b) R$ 25.200,00 ; R$ 1.165.500,00 e R$ 1.129.500,00
c) R$ 21.600,00 ; R$ 1.161.900,00 e R$ 1.125.900,00
d) R$ 18.000,00 ; R$ 1.143.900,00 e R$ 1.215.900,00
 
21. (TCE PI – FGV) A Cia Itapuã fabrica produtos de vestuário. Seu presidente necessita saber o custo exato da 
produção de cada um dos produtos. O gerente ao efetuar a alocação dos custos aos produtos, não leva em 
consideração os gastos com o cafezinho servido aos funcionários após o almoço. Este procedimento está 
relacionado à seguinte convenção contábil: 
a) materialidade; b) objetividade; c) consistência; d) conservadorismo; e) competência. 
22 (AFC) A Fábrica de Sorvetes Spuma, iniciando o período produtivo, adquiriu materiais no valor de R$ 
10.000,00, registrou as despesas de mão-de-obra direta à base de 60% dos materiais consumidos, aplicou custos 
indiretos estimados em R$ 6.000,00 e realizou despesas de R$ 3.000,00 com vendas. No período, a fábrica 
vendeu 70% da produção, na qual usara 90% dos materiais comprados. 
Sabendo-se que toda a produção iniciada foi concluída, podemos dizer que: 
a) o custo de transformação foi de R$ 12.000,00 
b) o custo por absorção foi de R$ 14.280,00. 
c) o custo por absorção foi de R$ 14.400,00. 
d) o custo primário foi de R$ 17.280,00 
e) o custo do período foi de R$ 20.400,00. 
 
(ICMS/SP/2006) Considere as informações abaixo para responder às questões de números 23 e 24. 
A Cia. Atenas utiliza duas unidades de matéria-prima para cada unidade acabada. Ao fazer seu planejamento, 
para o ano fiscal de 2.006, estabelece como meta os seguintes saldos: 
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16
Itens Saldo Inicial emunidades Saldo Final em unidades 
Matéria-prima 30.000 40.000 
Produtos em processo 10.000 10.000 
Produtos acabados 70.000 40.000 
 
23. Se a empresa planeja produzir 400.000 unidades, no período, o número de unidades de matéria prima que 
deverá adquirir será: 
a) 1.020.000 
b) 1.010.000 
c) 1.000.000 
d) 990.000 
e)) 810.000 
 
24 Para que a empresa venda 480.000 unidades durante o ano fiscal de 2006, a quantidade de unidades que deverá 
produzir no decorrer desse período é: 
a) 440.000 
b)) 450.000 
c) 460.000 
d) 480.000 
e) 520.000
 
(ICMS/SP/2006) Considere as informações abaixo para responder às questões de números 25 a 27 
 
No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção da Cia. Albion foram extraídas as seguintes informações: 
I. Valor dos inventários de início e final do mês (valores em R$): 
 
Itens Saldo Inicial Saldo Final 
Unidades acabadas 125.000 117.000 
Unidades em processo 235.000 251.000 
Matéria-prima 134.000 124.000 
 
II. Movimentos ocorridos no período (valores em R$): 
Itens Valor 
Compra de matéria-prima 191.000 
Mão-de-obra direta utilizada 300.000 
Custos indiretos de fabricação ocorridos 175.000 
 
III. Informações adicionais: 
A empresa aplica Custos indiretos de fabricação a uma taxa de 60% da Mão-de-obra direta. Os 
excesso ou sub-aplicação dos CIF serão apropriados no final do exercício. 
25. Custos primários no mês: 
a)) 501.000 
b) 499.000 
c) 489.000 
d) 201.000 
e) 199.000 
 
26. Total de custos de produção no mês de janeiro: 
a) 501.000 
b) 665.000 
c) 673.000 
d)) 681.000 
e) 743.000 
 
27. Custo das unidades vendidas em janeiro: 
a) 697.000 
b) 681.000 
c)) 673.000 
d) 657.000 
e) 665.000
 
28. (ICMS/SP/2006) Na terminologia de custos, são custos de conversão ou de transformação: 
a) mão-de-obra direta e indireta. 
b) mão-de-obra direta e materiais diretos. 
c) mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 
d) matéria Prima, mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. 
e) custos primários e custos de fabricação fixos. 
 
 
 
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GABARITO 
 
01 CECCE 02 CCEEE 03 CCCEC 04 CCCEC 
05 CCCCC 06 ECECC 07 CCCEE 08 CEECE 
06 B 07 D 08 C 09 D 
10 B 11 A 12 D 13 ** 
14 A 15 E 16 A 17 A 
18 D 19 *** 20 D 21 A 
22 A 23 E 24 B 25 A 
26 D 27 C 28 C 
13** 
Gasto /Despesa/Desembolso; Gasto/Despesa; Gasto/Investimento; Gasto/Custo; Gasto/Custo; Gasto/Custo; 
Gasto/Despesa/Perda; Gasto/Despesa/Perda. 
19*** 
a) 24.000; b) 25.000; c) 27.000; d) 17.000; e) 15.000. 
 
 
CLASSIFICAÇÕES E NOMENCLATURAS DE CUSTOS 
 
2.1 Classificação dos custos em relação ao produto 
A maior questão com relação aos custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto 
com um determinado objeto de custo. Com isso, classificaremos os custos em relação ao produto em DIRETO e 
INDIRETO. 
 
CUSTOS DIRETOS – são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos fabricados, porque há 
uma medida objetiva de seu consumo nesta fabricação. Complementando, são os custos que estão relacionados a 
um determinado objeto de custo e que podem ser identificados de maneira economicamente viável (custo efetivo). 
Genericamente, os custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente a uma função de 
acumulação de custos, seja esta função um produto, um serviço, uma ordem de produção, um centro de custo, 
uma atividade ou um órgão da empresa. 
 
Exemplos: Matéria-prima direta, Mão-de-obra direta, material de embalagem (dentro do processo 
produtivo); energia elétrica das máquinas quando é possível saber quanto foi consumido na 
produção de CADA produto. 
Casos Especiais 
Em algumas condições especiais, todos os custos podem ser classificados como diretos. Assim, se 
determinada empresa só fabrica um tipo de produto (não havendo variação de qualidade ou de tamanho ou 
qualquer outra) ou executa somente um tipo de serviço, só vão existir custos diretos para essa empresa. 
O aluguel de um galpão pode ser classificado como custo direto se, neste local, apenas um tipo de produto 
for elaborado. Todo custo cuja parcela pertencente a uma função de custo possa ser separada e medida no 
momento da sua ocorrência classifica-se como direto. 
 
CUSTOS INDIRETOS – são os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados 
em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos produtos. O 
parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. Complementando, são os 
CUSTOS que estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas que não podem ser identificados com 
este de maneira economicamente viável (custo efetivo). 
Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salários 
dos chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza da fábrica, energia 
elétrica que não pode ser associada ao produto. 
Observações importantes: 
- Se a empresa produz somente UM produto, todos os seus CUSTOS são DIRETOS; 
- Às vezes o custo é direto por natureza, mas é de tão pequeno valor que não compensaria o 
trabalho de associá-lo a cada produto, sendo tratado como indireto (Materialidade e 
Conservadorismo). Exemplos: cola e verniz na indústria de móveis. 
 
 
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CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS EM RELAÇÃO À PRODUÇÃO (VOLUME) 
 
Para estudo do comportamento dos custos, as mesmas contas que antes foram classificadas em Custos 
Diretos e Indiretos, agora serão classificadas em Custos Fixos e Variáveis. Essa classificação ocorre em função do 
comportamento dos elementos de custo em relação às mudanças que possam ocorrer no volume de produção. 
Alguns autores ainda utilizam a classificação de Custos SEMIVARIÁVEIS ou MISTOS. Eliseu Martins prefere 
mencionar aos custos que se enquadram nesta última classificação em: custos que tem uma parcela fixa e uma 
parcela variável. Estas classificações também poderão ser utilizadas para as DESPESAS. 
 
CUSTOS FIXOS e VARIÁVEIS 
 
Nesta classificação os custos são estudados em função das variações que podem ocorrer no volume de 
atividade, ou seja, na quantidade produzida pela empresa no período (leva sempre em consideração a relação 
entre os custos e o volume de atividade numa unidade de tempo). 
 
Os CUSTOS FIXOS são aqueles cujos valores são os mesmos quaisquer que seja o volume de produção 
da empresa (dentro de uma faixa que interessa de acordo com o orçamento). Exemplos: aluguel da fábrica. 
Independente do volume de produção (dentro da faixa que interessa) a empresa arcará com esse custo. Outros 
exemplos: imposto predial do prédio da fábrica, depreciação de equipamentos da fábrica, salários de vigias, 
salário de supervisores, salário de porteiros, prêmio de seguros. Note que os CUSTOS FIXOS são fixos em 
relação ao nível de produção, mas nada impede que esses custos sofram reajustes em determinados meses em 
função da política econômica do país. Por exemplo, o caso do aluguel da fábrica que pode ser renegociado 
semestralmente. Outro exemplo seria o dissídio coletivo da categoria de trabalhadores que não está envolvida 
diretamente no processo produtivo. 
 
Resumindo: os CUSTOS FIXOS são custos de estrutura da empresa, que não guardam qualquer relação 
com o volume de atividade. Eles permanecem inalterados em relação ao volume da produção, dentro de uma certa 
faixa. 
Representação gráfica: 
 
Custo Fixo em termos Totais: 
 
 R$ 
 
 
 
 
 
 CF 
 
 
 
 Q 
 
Custos Fixos em termos unitários: 
 
 R$CFu 
 
 
 Q 
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Observação: alguns Custos Fixos se apresentam sob a forma de degraus, isto é, eles permanecem 
constantes até certo ponto do volume da atividade (faixa de produção ou faixa relevante) e, nesse momento, eles 
sobem para uma plataforma onde permanecem constantes até chegar a um ponto crítico de volume da atividade. 
São também chamados de SEMI-FIXOS. 
Exemplo: Supondo que uma determinada empresa, hoje, opere com 50 % da sua capacidade instalada, 
fabricando 100.000 unidades de um determinado produto. Caso essa empresa queira ampliar os seus negócios, 
aumentando sua produção e venda para 150.000 unidades do produto, precisará aumentar suas condições de 
trabalho, como por exemplo, o aluguel de um novo galpão, aquisição de alguns equipamentos (gerando assim a 
depreciação), contratar mais supervisores, vigias etc. 
FAIXA RELEVANTE: é a banda do nível ou volume normal de atividade em que há um relacionamento 
específico entre o nível de atividade ou volume e o custo em questão. 
 
Outro exemplo: 
Volume de Produção Quantidade Necessária de 
Supervisores 
Custo em R$ 
(Salários + Encargos) 
0 - 20.000 
20.001 - 40.000 
40.001 - 60.000 
60.001- 80.000 
1 
2 
3 
4 
120.000 
240.000 
360.000 
480.000 
 
Representação gráfica: 
 
R$ CF 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Q 
Os CUSTOS VARIÁVEIS são aqueles cujos valores se alteram em função do volume de produção da 
empresa. Ou seja, quanto maior a produção, maior será o consumo; quanto menor a produção, menor será o 
consumo. Exemplos: energia elétrica, salários dos operários, matérias-primas, materiais secundários, embalagens, 
depreciação dos equipamentos quando esta for em função das horas/máquinas trabalhadas ou quantidades 
produzidas etc. 
Observação: existem correntes que defendem que a mão-de-obra direta seria, também, um custo fixo, 
pois a legislação brasileira garante uma percepção salarial mínima, independente das horas trabalhadas ou do 
volume de produção. O professor Eliseu Martins cita que a mão-de-obra direta, aquela que é apontada 
perfeitamente no processo produtivo, é classificada como CUSTO VARIÁVEL DIRETO. Caso haja ociosidade 
por motivos de falta de material, de energia, quebra de máquinas etc, dentro de limites normais, esse tempo não 
utilizado será transformado em Custo Indireto FIXO, a ser rateado aos diversos produtos. Caso a ociosidade seja 
de valor relevante, ocorrendo de forma anormal, esse tempo será transferido para PERDA do período. Portanto, 
custo da mão-de-obra direta não se confunde com o valor TOTAL da folha de pagamento paga à produção. 
Corresponde aquela mão-de-obra que foi apontada diretamente na fabricação dos produtos. Representação 
Gráfica do Custo Variável, em termos totais: 
 
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 CVt 
 R$ 
 
 
 
 
 Q 
 
 Representação gráfica do Custo Variável em termos Unitários: 
 
 R$ 
 
 
 
 CVu 
 
 Q 
 
Existe ainda a classificação dos custos em SEMIVARIÁVEIS ou MISTOS. Estes são custos que variam 
com o nível de produção, mas que, entretanto, tem uma parcela fixa e uma parcela variável. É o caso, por 
exemplo, da Energia Elétrica da fábrica, na qual a concessionária cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja 
gasto no período, embora o total da conta dependa do número de Kwh consumidos e, portanto, do volume de 
produção da empresa. Outros exemplos: aluguel de copiadoras na qual se cobra uma parcela fixa, mesmo que 
nenhuma cópia seja tirada, e mais um valor por cópia (parte variável); gasto com combustível para aquecimento 
de uma caldeira que varia de acordo com o nível de atividade, mas que existirá, mesmo que seja num valor 
mínimo, quando nada se produza, já que a caldeira não pode esfriar; conta de água etc. 
Observação Importante: necessário se torna mencionar que a classificação em Fixos e Variáveis tem 
uma distinção fundamental com relação à classificação em Diretos e Indiretos: esta última se aplica somente a 
CUSTOS. Mas a de Fixo e Variável também se aplica, perfeitamente, às DESPESAS. Assim, por exemplo, como 
cita o Professor Eliseu Martins, podemos ter despesas de vendas Fixas (propaganda, salários da administração das 
vendas, parte fixa da remuneração dos vendedores etc) e Variáveis (comissão de vendedores, despesas de entregas 
etc), tudo em relação à quantidade de produtos que são comercializados. As Despesas Administrativas serão 
sempre classificadas como DESPESAS FIXAS. As despesas financeiras seguem as mesmas regras das Despesas 
Administrativas. 
 
GRÁFICO CLÁSSICO DOS CUSTOS TOTAIS (CT) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esquema básico da contabilidade de custos 
Nesse ponto, o esquema básico da contabilidade de custos se resume a: 
a. separação entre custos e despesas; 
b. apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos; 
c. rateio dos custos indiretos. 
 
 
 
 
Valor 
Quantidade 
CT 
CV 
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Exemplo: Suponhamos que estes sejam os gastos de determinado período da Empresa X: 
 
Gastos $ 
Comissão de vendedores 80.000 
Salários da fabrica 120.000 
Matéria-prima consumida 350.000 
Salários da administração 90.000 
Depreciação na fábrica 60.000 
Seguros da fábrica 10.000 
Despesas financeiras 50.000 
Honorários da diretoria 40.000 
Honorários diversos – fábrica 15.000 
Energia elétrica da fábrica 85.000 
Manutenção da fábrica 70.000 
Despesas de entrega 45.000 
Correios, telefones e telex 5.000 
Material de consumo do escritório 5.000 
Total dos gastos 1.025.000 
 
Passo 1: Separação entre custos e despesas 
 $ 
Custos de Produção: 
Salários da fabrica 120.000 
Matéria-prima consumida 350.000 
Depreciação na fábrica 60.000 
Seguros da fábrica 10.000 
Materiais diversos – fábrica 15.000 
Energia elétrica da fábrica 85.000 
Manutenção da fábrica 70.000 
Total 710.000 
 
Despesas Administrativas: 
Salários da administração 90.000 
Honorários da diretoria 40.000 
Correios, telefones e telex 5.000 
Material de consumo do escritório 5.000 
Total 140.000 
DESPESAS CUSTOS 
CUSTOS 
INDIRETOS 
CUSTOS 
DIRETOS 
PRODUTO 
A 
PRODUTO 
B 
PRODUTO 
C 
RATEIO 
CPV 
RESULTADO DO EXERCÍCIO 
VENDAS 
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Despesas de Vendas: 
Comissão de vendedores 80.000 
Despesas de entrega 45.000 
Total 125.000 
 
Despesas Financeiras: 
Despesas financeiras 50.000 
Total 50.000 
 
As despesas que totalizaram $ 315.000 serão contabilizadas diretamente no resultado do período. Não 
serão alocadas aos produtos. 
 
Passo 2: Apropriação dos custos diretos aos produtos 
Suponhamos que nossa empresa fabrique três produtos: A, B e C e mantenha um controle do consumo 
de custos diretos utilizados em cada produto. Sabe-se que neste exemplo parte da mão-de-obra e da energia 
elétrica é direta e outra parte indireta. 
 
Custos Produto A Produto B Produto C Indiretos Totais 
Salários 22.000 47.000 21.000 30.000 120.000 
Matéria-prima 75.000 135.000 140.000350.000 
Depreciação 60.000 60.000 
Seguros 10.000 10.000 
Materiais diversos 15.000 15.000 
Energia elétrica 18.000 20.000 7.000 40.000 85.000 
Manutenção 70.000 70.000 
Total 115.000 202.000 168.000 225.000 710.000 
 
Os custos diretos já estão alocados aos produtos, mas os custos indiretos, no valor de $ 225.000, ainda 
precisarão ser alocados aos produtos. 
 
Passo 3: Apropriação dos custos indiretos aos produtos 
No exemplo, a alocação dos custos indiretos aos produtos será proporcional ao que cada um já recebeu 
de custos diretos. Teremos então: 
Produtos Custos Diretos Custos Indiretos Custo Total 
A 115.000 23,71% 53.351 23,71% 168.351 
B 202.000 41,65% 93.711 41,65% 295.711 
C 168.000 34,64% 77.938 34,64% 245.938 
Totais 485.000 100,00% 225.000 100,00% 710.000 
 
LEMBRETE: CONTABILIZAÇÃO DOS CUSTOS 
MATÉRIA PRIMA: é debitada pelas aquisições e creditada pelas requisições quando do início da 
produção; 
PRODUTOS EM ELABORAÇÃO: é debitada pelas matérias-primas requisitadas, pelo valor da mão-de-
obra direta e pelos valores dos CIF’s consumidos durante a produção; é creditada pela transferência dos produtos 
prontos para a conta Estoque de Produtos Acabados. 
PRODUTOS ACABADOS: é debitada pelo valor dos produtos que ficaram prontos e creditada pelo 
Custo dos Produtos Vendidos quando os mesmos são comercializados. 
 
 
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EXERCÍCIOS 
 
1. Apure os totais dos custos e das despesas da Empresa MM S.A, de acordo com os gastos apresentados a seguir: 
Salários da administração.......................... $110.000 
Matéria-prima consumida na produção: $ 40.000 
Mão-de-obra dos operários....................... $ 90.000 
Comissões aos vendedores........................$ 6.000 
Frete (para entrega de produtos vendidos) $4.000 
Depreciação de máquinas da fábrica........ $3.500 
Energia elétrica consumida na produção..$30.000 
Propaganda................................................... $25.000 
 
2. Considerando-se a apuração de custo ao nível de cada produto diferente, preencher os espaços entre os 
parênteses com as letras "D" para Custo direto ou "I" para Custo indireto. 
( ) Aluguel mensal de um galpão para depósito dos produtos "X" e "Y". 
( ) Linha utilizada, indistintamente, nos diferentes tipos de roupa "X", "Y" e "Z", em pequenas indústrias de 
confecções. 
( ) Salário do Supervisor de uma seção que se ocupa apenas do produto "X". 
( ) Depreciação (linha reta) de equipamento de informática utilizado no controle geral dos estoques de uma 
indústria que elabora os produtos "X" e "Y". 
( ) Água consumida na higiene pessoal dos empregados, ocupados na elaboração dos produtos "X" e "Y". 
( ) Energia consumida para manter forno permanentemente aquecido a uma determinada temperatura, onde 
se produzem os diferentes tipos de produtos "X", "Y" e "Z", ao mesmo tempo. 
( ) Embalagem plástica, apenas com a marca da empresa, envolvendo diferentes camisetas "X", "Y" e 
"Z", sendo uma embalagem para cada unidade. 
( ) Taxa de água e esgoto paga periodicamente por empresa produtora dos produtos "X", "Y" e "Z". 
( ) Salário do supervisor da fábrica onde são produzidos os produtos "X" e "Y". 
( ) Aluguel mensal de uma fábrica onde é produzido apenas o produto "X". 
( ) Embalagem (caixa de papelão) envolvendo, ao mesmo tempo, camisetas diferentes "X" e "Y" na seção 
de expedição. 
 
3. Classifique os gastos abaixo em Despesa (De), Custo (C), se esses custos são DIRETOS (D) ou INDIRETOS 
(I), Fixos (F) e Variáveis (V): 
1 ( ) salário do eletricista de manutenção da fábrica 
2 ( ) depreciação de veículos da administração 
3 ( ) consumo de aço numa indústria metalúrgica 
4 ( ) salário dos vendedores 
5 ( ) comissão dos vendedores 
6 ( ) salário de vigilante da fábrica 
7 ( ) salário dos operários da fábrica, perfeitamente apontada aos diversos produtos 
8 ( ) salário do supervisor da fábrica 
9 ( ) embalagem dentro do processo produtivo 
10 ( ) gastos de alimentação do pessoal da fábrica 
11 ( ) transporte do pessoal da fábrica 
12 ( ) material de limpeza da fábrica 
 
4 - Assinale a classificação mais adequada para os seguintes custos: 
CUSTOS INCORRIDOS FIXO VARIÁVEL 
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de uma indústria petroquímica 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias públicas 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifício 
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvetes 
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Madeira utilizada em uma fábrica de caixotes 
Aluguel do prédio de uma clínica dentária 
 
5. Observe os dados abaixo, representativos dos custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados): 
CONTAS R$ 
Matéria-Prima.......................................................... 2.100.000,00 
Encargos de Depreciação....................................... 27.000,00
Material de Embalagem ......................................... 30.000,00
Aluguéis de fábrica ................................................. 80.000,00
Administração da fábrica....................................... 100.000,00
Mão-de-Obra Direta................................................ 1.500.000,00
Energia elétrica (fábrica)......................................... 50.000,00
 
Os custos fixos dessa empresa, no período considerado, atingiram o valor de (em R$): 
a) 80.000,00; 
b) 207.000,00; 
c) 180.000,00; 
d) 237.000,00; 
e) 287.000,00. 
6. Em relação a custos, é correto afirmar: 
a) os custos fixos totais mantêm-se estáveis, independentemente do volume da atividade fabril; 
b) os custos variáveis da produção crescem proporcionalmente à quantidade produzida, em razão inversa; 
c) os custos fixos unitários decrescem à medida que a quantidade produzida diminui; 
d) os custos variáveis unitários crescem ou decrescem, de conformidade com a quantidade produzida; 
e) o custo industrial unitário, pela diluição dos custos fixos, tende a afastar-se do custo variável unitário, à medida 
que o volume da produção aumenta. 
 
7. Uma empresa restringiu a sua linha de produção a um único produto. Assim sendo, a energia elétrica gasta na 
sua fábrica será considerada: 
a) custo indireto variável; b) custo indireto fixo; c) custo direto fixo; d) custo direto variável; 
e) despesa operacional. 
 
8. Produtos Acabados em estoque são: 
a) custo das mercadorias vendidas; b) ativos; c) gastos gerais de fabricação; d) custo de transformação; 
e) custo de produção. 
 
9. Está correta a seguinte afirmativa: 
a) os custos variáveis unitários diminuem quando aumenta a produção; 
b) os custos fixos unitários diminuem na mesma proporção da redução da produção; 
c) os custos fixos totais decrescem na mesma proporção em que o volume produzido diminui; 
d) os custos fixos unitários variam em proporção inversa às variações do volume produzido; 
e) os custos variáveis unitários crescem na mesma proporção em que o volume produzido aumenta. 
AS QUESTÕES DE NÚMEROS 10, 11 E 12 DEVEM SER RESOLVIDAS COM BASE NESTES GASTOS DA 
EMPRESA INDUSTRIAL BETA: 
• Encargos com Depreciação de Móveis e Utensílios ............ R$ 80.000,00 
• Mão-de-obra Indireta ............................................................... R$ 160.000,00 
• Matéria-prima consumida ........................................................ R$ 540.000,00 
• Outros gastos gerais de fabricação........................................ R$ 120.000,00 
• Comissões sobre vendas.............................................................. R$ 300.000,00 
• Encargos comDepreciação de Máquinas da Produção...... R$ 140.000,00 
• Aluguel do Escritório de Vendas................................................. R$ 60.000,00 
• Salários dos Vendedores ............................................................ R$ 20.000,00 
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• ICMs sobre Vendas ..................................................................... R$ 600.000,00 
• Mão-de-obra Direta .................................................................... R$ 220.000,00 
• Material de Embalagem utilizado na Produção ..................... R$ 40.000,00 
 
10. Os custos diretos no período totalizaram (em R$): 
a) 540.000,00; b) 800.000,00; c) 760.000,00; d) 940.000,00; e) 960.000,00. 
 
11. O valor dos custos indiretos foi (em R$): 
a) 280.000,00; b) 420.000,00; c) 460.000,00; d) 500.000,00; e) 540.000,00. 
 
12. As despesas fixas e variáveis no período foram, respectivamente (em R$): 
a) 100.000,00 e 960.000,00; 
b) 140.000,00 e 920.000,00; 
c) 160.000,00 e 940.000,00; 
d) 160.000,00 e 900.000,00; 
e) 300.000,00 e 900.000,00. 
UTILIZE OS DADOS A SEGUIR PARA RESPONDER AS QUESTÕES DE Nº 13 A 16. 
A empresa Gama S/A apresenta os seguintes custos para a fabricação de seu produto X 
• Custo variável unitário: R$ 50,00 
• Custo fixos associados à produção de X: R$ 40.000,00 
• O preço de venda de X é de R$ 90,00 por unidade. 
 
13. O custo total de produção de X (CT) pode ser representado pela função (Q significa a quantidade produzida e 
vendida): 
a) CT = 50 + 40.000,00 Q; b) CT = 50 Q; c) CT = 40.000,00 + 50 Q; d) CT = 40.000,00; 
e) CT = 40.000,00 + 90 Q. 
 
14. O custo fixo unitário e o custo variável unitário de se produzir a milésima unidade de X são, respectivamente, 
em R$: 
a) 40.000,00 e 50,00; b) 40.000,00 e 50.000,00; c) 40,00 e 90,00; d) 40,00 e 50,00; e) 90,00 e 40.000,00. 
 
15. O custo total de produção correspondente à fabricação de 800 unidades de X é, em R$: 
a) 104.000,00; b) 90.000,00; c) 64.000,00; d) 80.000,00; e) 40.000,00. 
16. Caso a companhia produza e venda 1.200 unidades de X, ela terá: 
a) uma receita total de vendas de R$ 100.000,00; 
b) um custo total de produção de R$ 108.000,00; 
c) um lucro de R$ 8.000,00; 
d) um prejuízo de R$ 8.000,00; 
e) nem lucro, nem prejuízo. 
 
17. No Custeio por Absorção, apropria-se aos produtos apenas os custos: 
a) Indiretos. b) Fixos. c) Diretos. d) De produção. e)Variáveis 
 
18. Para fins fiscais, os estoques são avaliados em função do custo: 
a) De mercado. b) De reposição. c) Histórico. d) Corrente e) ajustado. 
 
19. Uma empresa industrial, em maio de 19X0, comprou matéria-prima para pagamento em 90 dias. 
Armazenou-a em seu almoxarifado, de onde retirou metade da quantidade adquirida, em junho de 19X0, 
e a outra metade, no mês seguinte, utilizando-a na sua produção, imediatamente após cada requisição. 
Essa matéria-prima deverá ser assim computada no custo de produção: 
a) em maio de 19X0, pelo seu valor total; 
b) em junho de 19X0, pelo seu valor total; 
c) em julho de 19X0, pelo seu valor total; 
d) metade em junho e metade em julho de 19X0; 
e) em agosto de 19X0, pelo seu valor total. 
 
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20. (MPAS) Estando uma empresa operando abaixo do seu limite de capacidade, quanto mais se fabrica um 
determinado produto, mais o seu custo unitário total diminuiu. Isto ocorre exclusivamente em relação ao custo: 
a) fixo. b) variável. c) direto. d) primário. e) de reposição. 
21 -(Eletronorte) Observe os dados de uma indústria relativos a um período de produção: 
Estoque inicial de produtos em processo R$ 15.200.00 
Estoque inicial de produtos prontos R$ 14.500.00 
Produção acabada no período R$ 40.100.00 
Custos dos Produtos Vendidos R$ 38.900.00 
Custos de Fabricação do período R$ 37.000.00 
Os estoques finais de produtos em processo e de produtos prontos apontaram os seguintes valores, 
respectivamente: 
a) R$ 12.100,00 e 15.700,00; b) R$ 15.700,00 e 12.100,00; c) R$ 30.000,00 e 11.100,00; 
d) R$ 12.200,00 e 15.700,00; e) R$ 14.100,00 e 16.800,00. 
22 -(Eletronorte) Dentre as alternativas abaixo assinale a INCORRETA: 
a) material direto pode ser conceituado como matérias-primas, embalagens e outros materiais que não são 
identificados com a unidade produzida; 
b) mão-de-obra direta é aquela paga a empregados que trabalham diretamente no produto, cujo tempo pode ser 
identificado com a unidade produzida; 
c) os custos indiretos não podem ser economicamente identificados com as unidades produzidas; 
d) com exemplo de custo indireto tem-se o imposto municipal sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
e) o custo variável por unidade tende a permanecer constante dentro de certo nível de produção e de tempo. 
23 -(Eletrobrás) É contabilizado como custo fixo: 
a) consumo de energia; b) materiais; c) matéria-prima; d) mão-de-obra; e) aluguel da fábrica; 
24 -(MPE-RJ) Com relação aos custos de produção, é correto afirmar que: 
a) os custos variáveis se alteram na exata proporção de aumento ou diminuição das vendas; 
b) os custos fixos passam a ter relação direta com o volume da produção a partir de determinada variação, 
passando a ser denominados custos variáveis; 
c) os salários pagos aos operários lotados na fábrica são considerados custos de produção, assim como os 
encargos trabalhistas e previdenciários decorrentes; 
d) os gastos com combustíveis e energia elétrica não contribuem para a formação do custo de um produto; 
e) a apropriação dos custos indiretos ao custo de um produto se dá a partir da relevância das vendas do produto no 
faturamento da empresa. 
 
25. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
a) O aluguel da fábrica é custo indireto. b) As embalagens representam custo indireto. c) O seguro da fábrica é 
custo indireto. d) A manutenção da fábrica é custo indireto. e) A matéria-prima utilizada na produção é custo 
indireto. 
 
26. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
a) A depreciação dos equipamentos de produção é um custo fixo. 
b) O aluguel da fábrica é um custo fixo. 
c) A mão-de-obra indireta é um custo fixo. 
d) Os materiais indiretos utilizados na produção são custos fixos. 
e) O seguro da fábrica é custo fixo. 
 
27. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
a) Os custos fixos por unidade não variam. 
b) Um aumento na quantidade produzida não altera o custo fixo unitário. 
c) Uma redução da quantidade produzida provoca o aumento do custo fixo unitário. 
d) Os custos fixos são custos diretos. 
e) Um aumento da quantidade produzida reduz o custo fixo por unidade. 
 
28. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
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Contabilidade de Custos 
Profº Francisco Lorentz 
 
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a) Os CV totais de produção aumentam proporcionalmente à quantidade produzida, em razão direta. 
b) Os custos variáveis unitários não se alteram, qualquer que seja o volume de produção. 
c) Os custos fixos totais mantêm-se estáveis, qualquer que seja a quantidade produzida. 
d) Os custos fixos unitários variam na razão inversa da quantidade produzida. 
e) Os custos industriais unitários (custos variáveis unitários + custos fixos unitários), pela diluição dos custos 
fixos unitários, tendem a ser aproximar-se dos custos variáveis unitários, à medida que o volume de produção 
aumenta. 
 
29. Indique se as alternativas estão certas ou erradas. 
a) Os custos semi-fixos se mantêm quase fixos, mas reagem, timidamente, ao ritmo da produção. 
b) Os custos semivariáveis sofrem alteração significativa quanto há variação na quantidade produzida, mas não 
variam de forma proporcional ao volume de produção. 
c) Numa fábrica em que parte da energia elétrica seja consumida quando a indústria não

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