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Sistema de Triagem de Manchester (STM) é uma metodologia científica que confere classificação de risco para os pacientes que buscam atendimento em uma unidade de pronto atendimento. O Sistema de Classificação de Risco (SCR) dispõe de 52 entradas, que se entende por fluxos ou algoritmos para a classificação da gravidade, a avaliação está codificada em cores. Os fluxogramas estão agrupados de forma a identificar sinais, sintomas ou síndromes que habitualmente motivam a ida do paciente a um Pronto Atendimento. Assim, os profissionais da classificação de risco devem ser capazes de reconhecer os sinais e sintomas sentinelas de gravidade e providenciar a referência imediata para que as primeiras intervenções propedêuticas e terapêuticas possam ser iniciadas. A dor torácica é uma das causas mais frequentes nas portas de urgência. A dor torácica pode significar doença cardíaca como infarto, angina, dissecção de aorta e pericardite, ou outras dores de origem não cardíaca como, por exemplo, no refluxo gastroesofágico, dor muscular, dor pleurítica de diversas etiologias, ou até mesmo em crises de ansiedade. Entretanto o Sistema Manchester de Classificação de Risco nomeou a dor torácica de possível causa cardíaca como “Dor Precordial ou Cardíaca” e a define como dor no meio do peito, geralmente em aperto ou peso, que pode irradiar para o braço esquerdo ou pescoço, podendo ainda, se associar a sudorese, náuseas, sensação de lipotimia e/ou dor epigástrica. Considerando essa característica de dor, a classificação de risco para este sinal/sintoma é de Muito Urgente – Laranja, atendimento médico em até 10 minutos. Exemplos de fluxogramas e discriminadores de alerta, do Sistema Manchester de Classificação de Risco: Fluxograma Discriminadores Desmaio Respiração Inadequada; Choque; Dispneia Aguda; Saturação de O2 muito baixa; Novo Pulso Anormal; Alteração do Nível de Consciência, Dor precordial ou cardíaca. Dispneia em Adulto Respiração Inadequada; Choque; Saturação de Oxigênio Muito Baixa; Exaustão; Novo Pulso Anormal; Alteração do Nível de Consciência; Dor precordial ou cardíaca; Dor epigástrica. Dor Abdominal em Adulto Respiração Inadequada; Choque; Dor epigástrica; Dor irradiada para o dorso. Dor Lombar Respiração Inadequada; Choque; Dor abdominal. Dor Torácica Respiração Inadequada; Choque; Dispneia aguda; Saturação de O2 muito baixa; Novo pulso anormal; Dor precordial ou cardíaca; Dor intensa; História cardíaca importante. Mal-Estar em Adulto Respiração Inadequada; Choque; Saturação de O2 muito baixa; Novo pulso anormal; Alteração do Nível de Consciência; Dor epigástrica. Palpitações Respiração inadequada; Choque; Dispneia aguda; Novo pulso anormal; Alteração do nível de consciência; Dor precordial ou cardíaca; Palpitação atual; História cardíaca importante. O Protocolo de Manchester consiste em uma triagem de classificação de risco, na qual a gravidade dos casos é determinada por cores. Os profissionais de saúde responsáveis devem realizar uma avaliação sobre o quadro clínico em que o paciente se encontra para colocar nele uma pulseira com a cor correspondente à gravidade do caso. Nesta etapa não se deve buscar um diagnóstico, somente a identificação do risco daquele quadro. Essa triagem é feita por um profissional de nível superior, Médico ou Enfermeiro, que possua boa comunicação, capacitação e conhecimento clínico. · Nível 1: emergente, vermelho, imediato; · Nível 2: muito urgente, laranja: 10 minutos; · Nível 3: urgente, amarelo: 60 minutos; · Nível 4: pouco urgente – verde: 120 minutos; · Nível 5: não urgente – azul: 240 minutos. Na classificação de risco em crianças e idosos, o STM apresenta alguns fluxogramas no caso de “bebe chorando”, “dor abdominal na criança “entre outros, em pacientes idosos deve se ter atenção a dificuldade inerente a idade, locomoção, ansiedade, e tendência a desenvolver rapidamente áreas de pressão e diminuição da acuidade visual e auditiva. A maior parte dos pacientes que buscam atendimento sentem algum tipo de dor, por isso a importância da avaliação e classificação em um nível de prioridade adequado. Alguns pontos chaves, como cultura, a demonstração verbal e as expressões de dor, as alterações comportamentais e o tipo de lesão ou trauma deve ser considerado. Considera-se, os passos e técnicas para avaliação da dor, bem como a régua de avaliação da dor para adultos e adaptação para criança. As escalas podem ser numéricas, o paciente quantifica a dor de 0 a 10, descritiva verbais, paciente classifica sua dor “nenhuma” a “intensa”, e visuais analógicas-compreende uma linha onde o início indica “sem dor” e o fim “a maior dor”. A triagem feita através do uso do STM é um processo dinâmico, e pode ser necessária uma reavaliação da prioridade clínica durante o tempo de espera do paciente pelo atendimento médico dependendo da gravidade pré-estabelecida pela utilização dos fluxogramas. A grande vantagem desta Triagem é separar os casos verdadeiramente urgentes dos não urgentes e garantir o atendimento prioritário dos casos mais graves. Os pacientes deixam de ser atendidos pela ordem de chegada ao setor de urgência e passam a ser em função da gravidade da situação. É um grande passo para a sistematização da assistência. O fato de os doentes estarem ordenados por prioridades é vantajoso para os profissionais, que passam a ter uma imagem clara do número de doentes que se encontram no setor e da sua gravidade, permitindo gerir as tarefas a atuar de forma mais correta e responsável.
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