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Hiago Manoel Araujo Medicina-P3 EPILEPSIA -CRISE: mudança súbita do estado basal -Geralmente é a queixa principal do paciente -Pode estar associada a diversas manifestações (crise de dor, crise epilética, crise nervosa) -Convulsão é uma das manifestações da crise epilética (crise motora) -DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO: Crise epilética -Déficit neurológico súbito e transitório -Crise epilética pode se manifestar como uma convulsão ou de outra forma -Toda convulsão é uma crise epilética (o contrário não é válido) -Perda de consciência (crise epilética ≠ síncope) -Pode ser referida como desmaio pelo paciente -Sintomas motores (convulsão) -Sintomas visuais ou aditivos -Sintomas sensitivos -ANAMNESE -Geralmente, QP é de “crise” -Analisar que crise é essa (de dor, nervosismo, psiquiátrica, neurológica) -HMA: Referir sintomas pródromos (que antecedem, como é o início da crise), relatar o que acontece durante a crise e pós-ictal (o que procede) -Informações vão indicar tipo de crise -Sintomas pré e pós diferenciarão crise epilética de uma síncope -Perda de consciência por crise epilética ou por síncope são indicativos patológicos diferentes -Descrever frequência, duração e caracterizar crise -Testemunhas que presenciam a crise são pontos importantes para descrever a situação -Semiologia e busca por antecedentes trará informações acerca da possibilidade de recorrência -Crise pode ser perceptiva- sem perda de consciência -Crise com perda de consciência- acometimento elétrico dos dois hemisférios cerebrais -FATORES PRECIPITANTES: Fatores desencadeantes -FATORES DE MELHORA: o que auxilia na melhora -DIAGNÓSTICO TOPOGRÁFICO: SNC (Encéfalo) Sinapses neuronais (atuação de NTs) -Descarga elétrica (hiperexcitabilidade neuronal) Excesso de glutamato na fenda sináptica e diminuição de gaba -A depender do lobo cerebral que aconteça, os sintomas irão variar (visual, motor, sensitivo) -CARACTERIZAÇÃO DA CRISE: *INÍCIO -FOCAL: Com manifestação específica dentro da função de uma região do cérebro (lobo occipital- crise por alteração da visão) -Pode ser perceptiva ou disperceptiva (sempre iniciará perceptiva) -GENERALIZADO: Com manifestações diversas que podem ser característica de acometimento de diversos lobos -Sempre disperceptiva (acomete os dois hemisférios) -DESCONHECIDO: Quando não se tem a relação entre as manifestações e as possíveis regiões acometidas *TIPOS -MOTORA ou NÃO MOTORA -PERCEPTIVA ou DISPERCEPTIVA -Não classificada: De difícil identificação por falta de informações vindas do paciente -EXAME FÍSICO -Foco no EXAME NEUROLÓGICO -Marcha -Estado mental -Avaliação de pares cranianos -Exame de força motora -Sensibilidade tátil e dolorosa -Sensibilidade profunda -Reflexos profundos e superficiais -Coordenação -Alterações neurológicas ocorrem durante a crise tendem a regularizar depois (lembrar de “súbito e transitório”) -Permanência de alterações é indicativo de lesão estrutural (pode confundir-se com AVC) -DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO: Epilepsia -Crises epiléticas recorrentes -Analisar semiologia do paciente (pode estar em fase inicial 1ª crise) -Requisito para diagnóstico: 2+ crises não provocadas (sem insulto agudo) com intervalos superior a 24h ou exames complementares -Diagnóstico clínico sem exames complementares -Crise reflexa (rara)- sempre ocorre quando o paciente se submete a uma situação específica -Diferenciar de uma CRISE EPILÉTICA SINTOMÁTICA AGUDA -Provocada por alteração aguda sistêmica ou neurológica (insulto agudo recente- dentro de 1 semana) -Geralmente, secundária a algo (abstinência, neuroinfecção, trauma, hipoglicemia) -Sem episódios prévios -EXAMES COMPLEMENTARES -Eletroencefalograma -Normal entre as crises -Se normal, não exclui suspeita -Se alterado, auxilia na suspeita -Tomografia (em emergência – acessível) -Ressonância (ambulatorial) -Descrever sempre dúvida diagnóstica e motivo de solicitação para auxiliar na realização do exame com maior acurácia -TRATAMENTO *NÃO MEDICAMENTOSO -Evitar fatores precipitantes -Mapa de crises (solicitar ao paciente- o que acontece e quando acontece) -Orientação familiar e inclusão social -Quando presenciar crise: -Manter a calma -Pode deixar indivíduo onde está -Lateralizar o paciente (evitar broncoaspiração) -Afastar objetos em volta para evitar choques -Proteger a cabeça (usar roupa, travesseiro, mochila...) -Não segurar o paciente -Deixar a crise finalizar sozinha -Em primeira crise, ligar para emergência (SAMU) -Quando recorrente, acompanhantes já habituados com a situação – sabem o que fazer (não há necessidade de emergência) *MEDICAMENTOSO -Carbamazepina, Fenitoína, Fenobarbital, Valproato de sódio (mais usados) -Age, a maioria, em canais de sódio -“STATUS EPILEPTICUS” -Crises demoradas (5min ou mais) -Várias crises seguidas sem recobrar a consciência -Entrada em “status epilepticus” – necessidade de emergência neurológica -Paciente entrando em coma (necessidade de intubação) -Uso de DIAZEPAM (droga inibitória que atuará nos receptores gabaérgicos) -Pacientes em pós crise que chegam à emergência, geralmente, não é feita droga antiepiléptica como medida profilática para novas crises -Apenas hidratação -Quadro de risco de recorrência de crise -De acordo com anamnese e exame físico -Risco médio e alto Já iniciar tratamento para epilepsia -Quando referenciar ao neurologista: -Uso de medicamentos não estão resolvendo
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