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NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 1 1 AULA 03 – EPILEPSIAS – DR. RENATO ENDLER EPIDEMIOLOGIA • 50 milhões de pessoas com epilepsia; • 1,5 casos a 30 casos por mil habitantes; DEFINIÇÕES CONVULSÃO: evento epiléptico transitório, um sintoma de alteração da função cerebral; geralmente você vê, presencia (paciente cai no chão). É um tipo de crise epiléptica. No entanto, nem todo paciente que apresenta convulsão tem epilepsia (exemplos: crises febris, hipo/hipernatremia, hipo/hiperglicemia, drogas, encefalite, TCE – num futuro podem desenvolve uma epilepsia). CRISE EPILÉPTICA: consequência de uma disfunção fisiológica (não vê a olho nu) temporária do cérebro, causada por uma descarga elétrica hipersíncrona anormal autolimitada de neurônios corticais. Há tipos diferentes de crises. Detectados por EEG. Ocorrência transitória de sinais ou sintomas decorrentes de atividade neuronal síncrona ou excessiva no cérebro. Nem toda crise epiléptica é uma convulsão (exemplo: crise de ausência). *Tanto a convulsão, quanto a crise epiléptica são transitórias, autolimitadas. **Não necessariamente um paciente que tem convulsão ou crise epiléptica tem epilepsia. EPILEPSIA: ocorrência de crises epilépticas recorrentes. Pelo menos duas crises não provocadas ocorrendo em um intervalo superior a 20h. Uma crise não provocada e uma probabilidade de crises subsequentes semelhantes ao risco geral de recorrência após duas crises não provocadas (ou sea, 60%). Diagnóstico de uma síndrome epiléptica (crises recorrentes no EEG). Transtorno crônico, em que a característica INDISPENSÁVEL, é a recorrência de convulsões que são tipicamente NÃO provocadas (não há estímulo para que ocorra) e geralmente imprevisíveis. Síndromes de crises epilépticas recorrentes, desde que NÃO ocorram com condições tóxica, metabólicas ou febris. Transtorno crônico. CAUSAS DE CONVULSÃO Tumor, causas vasculares – AVEi/AVEh, mal-formação arteriovenosa (emaranhados), trauma, quadros infecciosos, quadros congênitos, causas metabólicas, alterações eletrolíticas, bioquímicas, anóxia, uso de drogas lícitas ou ilícitas, retirada de álcool e de drogas anticonvulsionantes. Causas desconhecidas. CLASSIFICAÇÃO A primeira tarefa do clínico é determinar se um evento tem as características de uma crise epiléptica e não de um dos muitos imitadores. Afastar primeiro as causas orgânicas para depois pensar em causas psiquiátricas. • ILEA – International League Against Epilepsy – 1981. • Essencial para elaborar plano de tratamento e investigação. • Sintomas clínicos + EEG Crise parcial simples – perceptivas: aquela que o paciente percebe. Crise parcial complexa – disperceptivas: paciente não percebe. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 2 2 Como uma crise em que eu não vejo, não tem convulsão pode ser generalizada? R: Porque faz um EEG e percebe que o comprometimento é bilateral, ambos os hemisférios cerebrais. Início desconhecido: é importante na consulta a presença de um observador, para descobrir o início da crise. Entretanto, nem sempre é possível determinar. A crise generalizada é caracterizada por achados clínicos e eletroencefalográficos que sugerem o comprometimento de ambos hemisférios cerebrais ao mesmo tempo. • Convulsiva: tônico-clônica; • Não convulsiva: ausência (paciente sem convulsão, porém alteração no EEG – sempre generalizada); CRISES PARCIAIS (FOCAIS) A. PARCIAIS SIMPLES (SEM ALTERAÇÃO DE CONSCIÊNCIA) a. Com sintomas motores (Jackonianas, versivas e posturais); b. Com sintomas sensoriais (visuais, somatossensitivas, auditivas, vertiginosos, gustativos e olfatórios); c. Com sintomas os[iquicos (disfasia, demência, alucinações, alterações afetivas); d. Com sintomas autônomos (sensação epigástrica, palidez, rubor facial) B. PARCIAIS COMPLEXAS (ALTERAÇÃO DA CONSCIÊNCIA) a. Início parcial simples seguido de alteração de consciência; b. Com alteração da consciência desde o início; c. Com automatismos; C. PARCIAIS EVOLUINDO PARA CRISES SECUNDARIAMENTE GENERALIZADAS CRISES GENERALIZADAS DE ORGIGEM NÃO FOCAL (CONVULSIVAS OU não CONVULSIVAS) A. CRISES DE AUSÊNCIA a. Apenas com alteração de consciência; b. Com um ou mais dos seguintes: componentes atônicos, tônicos, automatismos, autônomos; B. CRISES MIOCLÔNICAS a. Abalos mioclônicos (singulares ou múltiplos); C. CRISES TÔNICO-CLÔNICAS D. CRISES TÔNICAS E. CRISES ATÔNICAS CRISES EPILÉPTICAS NÃO CLASSIFICADAS NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 3 3 CRISES FOCAIS (PERCEPTIVAS) • SEM perda da consciência; • Foco epileptogênico – alteração em um hemisfério cerebral; • Esses pacientes podem ter manifestações subjetivas (AURA – sintoma que antecede a crise convulsiva. É bem próxima da crise. Diferente de PRÓDOMO pode anteceder até em uma semana); o Sensação epigástrica ascendente; o Medo; o Sensação de irrealidade/distanciamento; o Deja vù (já visto); o Jamais vù – sabe que aconteceu antes, mas apresenta estranheza na situação (medo); o Alucinações olfativas – disosmia, crise uncinada – do uncus. CRISES FOCAIS COMPLEXAS (DISPERCEPTIVAS) • Consciência ALTERADA; • Disseminação bilateral da descarga convulsiva; • Automatismos – movimentos motores involuntários que podem ocorrer previamente ou, em sua maioria, em conjunto com a crise convulsiva – estalar lábios, deglutição repetida, perseveração desajeitada em uma tarefa. Há a perda de consciência; • Período pós-crítico = confuso, desorientado; • 70-80% origem no lobo temporal. CRISES GENERALIZADAS • PERDA DE CONSCIÊNCIA; • Extensão tônica bilateral (fase tônica); • Grito epiléptico; • Abalos musculares sincrônicos; • Confusão, • Acomete ambos os hemisférios ao mesmo tempo; • Geralmente tem pródomos epilépticos – ansiedade/irritabilidade, diminuição da concentração, cefaleia (uma semana, dias antes). *Diferença entre parcial complexa X crises generalizadas: CFC – alteração em um foco, em um hemisfério, geralmente o temporal. CG – alteração em ambos hemisférios cerebrais ao mesmo tempo. CRISES DE AUSÊNCIA – PEQUENO MAL • Olhar fixo imóvel; • Interrupção de atividade; • Perda de consciência; • Sem período pós-crítico; • Crises que geralmente são identificadas na fase escolar; *Crises de ausência atípica: automatismos no início e fim não muito definido. CRISES MIOCLÔNICAS • Abalos musculares breves – sustos. • Tem perda de consciência. *Abalo mioclônico benigno do sono: como se estivesse no sono, dormindo, sonhando que está numa montanha-russa caindo e de repente, dá um pulo. É como se fosse um susto. Nada preocupante. CRISES ATÔNICAS (ASTÁSICAS) • “Ataques de quedas”; • Perda súbita do tônus muscular; • Fragmentária – vir aos poucos; • Generalizada – em um momento só; • Tem perda de consciência. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 4 4 SÍNDROMES EPILÉPTICAS Para fazer o diagnóstico, é necessário um EEG. • Localização: focais; o Depende da localização do foco epileptogênico; ▪ Epilepsia frontal, parietal, occiptal. • Generalizadas; o Ambos hemisférios ao mesmo tempo; o Causas: idiopática, criptogênica, sintomática. *Crise de ausência X Epilepsia de ausência – alterações EEG que vão nos corroborar para o diagnóstico. *Epilepsias generalizadas x Crises convulsivas generalizadas: EG – crises convulsivas e alterações EEG. SÍNDROME DE WEST Também conhecida como espasmos neonatais. • Causas: o Sintomática: digenesia cerebral, esclerose tuberosa (má formação genética com comprometimento dos giros. Imagem ao lado – regiões mais brancas – hiperdensas), etc; o Idiopática: 15%; • Cllínica: espasmos flexores ou extensores que envolvem cabeça, tronco e membros; • Crianças < 6 meses; • EEG: pontas multifocais – HIPSIARRITMIA; • Tratamento: Corticotropina/ Prednisona / Topiramato / Vigabatrina; • 66% deficiência intelectual grave. Caso clínico: paciente masculino, 32 anos, vem acompanhado de familiar que diz que o paciente teve uma convulsão. Segundo a familiar, o paciente “caiu no chão, esticou-se todo e depois urinou na calça”. Antes ele estava “estranho” e o paciente percebeu movimento na perna direita antes da queda. Após acordar, permaneceu confuso por uns quinze minutos. “Esticou-se” parece uma fase tônica. Percebeu movimento involuntário. Crise focal perceptiva (percebeu que movimentou a perna), que depois evoluiu para uma crise generalizada (caiu no chão, esticou-se e urinou). Permanecer confuso confirma a generalização. Assim, seria uma crise parcial com generalização secundária. Não é possível afirmar que o paciente tem diagnóstico de epilepsia. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 5 5 EPILEPSIA DE AUSÊNCIA (PEQUENO MAL) • Crianças, 4-12 anos; • EEG: pontas-ondas bilaterais (generalizado) 3Hz; • 30 a 50% evoluem para CCTCG o Na fase adulta, no futuro, pode evoluir para crise tônico-clônico generalizada.; • Tratamento: Etossuximida / Valproato. *3 ponta-onda em um segundo – 3Hz. **Na epilepsia, há alteração no EEG. Na crise de ausência, como não estou fazendo exame, não posso afirmar que é uma epilepsia? R: Na crise, tem a alteração, mas não está vendo. Quando o paciente tem uma crise de ausência, não posso dizer que tem epilepsia de ausência, mas provavelmente ele tem essa alteração. Quando realiza o exame, vem a confirmação da epilepsia de ausência. Imagem: paciente parado e de repente, com crise de ausência. Interrompe sua atividade, fica com olhar vago. Alteração EEG generalizada, ponta-onda 3Hz. SÍNDROME DE LENNOX-GASTAUT • Casos bem graves; • Retardo mental + crises não controladas (difíceis, sem característica bem definida) + EEG (não é bem definido também, sem padrão típico, clínico- específico); • Causas: asfixia perinatal, lesões cranioencefálicas graves, infecções do SNC; • < 4 anos; • 80% irão ter crises na idade adulta; • Não existe nenhum tratamento eficaz; • Tratamento: Valproato / Lamotrigina; EPILEPSIA MIOCLÔNICA JUVENIL • Mioclonia são os sustos; • 8-20 anos de idade; • História familiar; • Inteligência normal; • Abalos mioclônicos/CCTCG (crise convulsiva tônica clônica generalizada) matinais; • EEG: pontas 4-6Hz (polipontas); • Tratamento: Valproato. Lamotrigina pode piorar mioclonias. Imagem: paciente levando susto. Alteração geralmente no cromossomo 6. No EEG, polipontas – de quatro a seis por segundo. Crise de ausência X Epilepsia de ausência: Crise – paciente tem a crise, mas não tem a alteração vista no EEG. Na epilepsia tem a confirmação com o exame. Se tem crise e visto no EEG, assume-se que são duas crises e, então, é caracterizada como epilepsia. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 6 6 EPILEPSIA FOCAL BENIGNA DA INFÂNCIA (EPILEPSIA ROLÂNDICA) • EEG: pontas centromediotemporais; • 15% dos transtornos convulsivos pediátricos; • Prognóstico bom (geralmente em alguma fase da vida melhora sozinho); • 4-13 anos; • Crises noturnas (sono promove generalização secundária). Pode ser focal e depois haver essa generalização; • Consciência preservada; EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL • É bastante importante porque é um tipo de crise parcial complexa (disperceptiva); • Mais comum em adultos; • Compromete o lobo temporal / hipocampo / giro parahipocampal; • Início no final da infância / início da adolescência. Comum em adultos jovens; • Auras e automatismo são comuns; • Olhar fixo imóvel / perda da consciência / automatismos; • EEG: alentecimento temporal. Ondas lentas somente no lobo temporal. • Tratamento cirúrgico: amigdohipocampectomia seletiva (casos refratários); Imagem: No círculo verde – região um pouco mais branca, mais hiperintensa, é o hipocampo. É a região epileptogênica. É focal, está localizado no lobo temporal. Imagem: Na letra B e C, bem branco. Área epileptogênica. Esclerose mesial temporal. Alteração no lobo temporal, no hipocampo. EPILEPSIA DO LOBO FRONTAL • Crises breves; • Ocorrem à noite; • Manifestações motoras bizarras; • Não tem padrão específico; • EEG com alterações apenas no lobo frontal. Pode ser alentecimento, descargas epilépticas, depende do tipo de crise. EPILEPSIA PARCIAL CONTÍNUA • Síndrome de Rasmussen; • Crianças com 10 anos de idade; • Encefalite focal crônica; • RM: atrofia cortical unilateral; • Tratamento cirúrgico: hemisferectomia funcional – “desligar” o cérebro, tira a função. Paciente apresentando sequela, perdendo força de um lado. Imagem: Letra B, flechinha. Paciente mais atrofiado do lado esquerdo que do direito. É essa atrofia unilateral que faz ter as crises convulsivas. Crises recorrentes: 20, 30 crises por dia. Prognóstico é muito ruim. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 7 7 AS CRISES EPILÉPTICAS VARIAM COM A IDADE • Neonatal: congênita; • 3 meses – 5 anos: convulsões febris; • 5 – 12 anos: genéticas; • Adultos jovens: TCE, infecções, neoplasias. • Idosos: AVCh, tóxicas, metabólicas, neoplasias, TCE; DIAGNÓSTICO Importância de ter um observador ao lado na anamnese, coletar com cuidado, descrever todo o relatado. Além de EEG/VEEG, RM/TC, é necessário fazer exames laboratoriais para afastar causas tóxicas e metabólicas (não é incomum paciente chegar em crise e ser hiperglicemia ou algo do gênero). Idoso principalmente tem que verificar se não é uma infecção urinária. Geralmente não tem febre. Então, faz uma parcial de urina. RM da mais possibilidade diagnóstica que a TC. Se estiver suspeitando de um quadro infeccioso como encefalite, vale a pena fazer líquor também. TRATAMENTO Imagem: medicamentos que existem desde 1860. O primeiro foi o brometo. Lacosamida foi o último medicamento que chegou no Brasil (2015/2016). Breveracetam era para ter sido lançado ano passado, mas devido a pandemia ainda não foi. Quais as mudanças entre os medicamentos? Principalmente o mecanismo de ação e os efeitos colaterais. Muitas vezes os medicamentos da primeira geração têm efeitos colaterais muito mais graves que os de terceira geração. O que não quer dizer que seja ruim. Por exemplo o fenobarbital – gadernal tem um mecanismo de ação bom, tem meia vida longa (pode ser feito uma vez ao dia só). Qual é mais utilizado? Depende onde trabalha. • SUS: convencionais, devido a facilidade que os pacientes tem de pegar no posto de saúde. Há alguns novos que podem ser retirados na regional de saúde (como a lamotrigina, topiramato, vigabatrina e levetiracetam). NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 8 8 QUANDO INICIAR O TRATAMENTO? • Tratamento por longos períodos – hoje, definido como cinco anos, dependendo de cada caso; • Necessidade de avaliar risco x benefício, especialmente por conta dos efeitos colaterais; • Risco após a primeira crise – não necessariamente tem que realizar tratamento, é necessária avaliação de fatores (ex: realização de atividade de risco ou não – observar). A partir da segunda vez é necessário tratar. o Alteração do EEG; o Alteração no exame de imagem; o Exame neurológico anormal; • Risco após a segunda crise: %; • Monoterapia inicialmente; • Epilepsia refratária: corresponde a 30% dos casos -> Tratamento cirúrgico *Epilepsia refratária: Pacientes que em politerapia, em dose máxima, não tiveram controle das crises. Possibilidade de tratamento cirúrgico. QUAIS OS CRITÉRIOS QUE INDICAM A ESCOLHA DE UM DETERMINADO FÁRMACO? • Tipo de crise; • Se tem comorbidades – qual medicamentos que usa (alguns são indutores enzimáticos – aceleram metabolismo de outros medicamentos); • Efeitos adversos; • Custo; NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII9 9 ANTICONCEPCIONAIS • Durante a crise, é necessário saber qual medicamento o paciente está tomando. • Os indutores enzimáticos como a carbamazepina, fenitoína e fenobarbital (principalmente) são os piores. O topiramato e oxcarbamazepina não são tão indutores enzimáticos. • Paciente que está usando então uma dose alta dos medicamentos indutores deve cuidar, pois ele pode diminuir o efeito do anticoncepcional. • Interferem naqueles anticoncepcionais à base de estrogênio; • A fração biologicamente ativa do hormônio esteroide é diminuída. GRAVIDEZ E MEDICAMENTOS A frequência de crises pode aumentar durante a gravidez por quatro motivos: 1. Alteração dos hormônios sexuais; 2. Alteração do metabolismo de drogas anti- epiléticas (DAEs); 3. Alteração do horário do sono – privação do sono pode ser uma causa; 4. Adesão de medicações – paciente com medo de fazer uso. Incidência de malformações congênitas: • 4-6% a uma exposição a DAE em gestantes; • 2-4% para a população geral. FATORES QUE DESENCADEAM CRISE EM PACIENTES EM TRATAMENTOS • Uso errado da DAE (ou dose baixa); • Privação do sono; • Uso de álcool; • Estresse psicológico e físico (infecção, pneumonia); ESTADO DE MAL EPILÉPTICO Status epilepticus (estado de mal convulsivo): Crise que persiste por um período de tempo suficiente ou se repete com frequência suficiente que a recuperação entre os ataques não ocorre. *Emergência médica. - Politerapia é um fator de risco. - Alterar medicação na gravidez aumenta risco de crises; - Conduta: monoterapia, na dose mais baixa efetiva; - Valproato: aumenta o risco de mal-formação. NEUROLOGIA Ju Japa – TXVII 10 10 Paciente deve ser monitorado, ficar com EEG, eletrocardiograma, muitas vezes deve ser intubado, acesso venoso. Paciente crítico. SEQUÊNCIA DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS: 1. Cuidar com as vias aéreas (ABC primário); 2. Diazepam (Valium). Sem diluição – cortar crise. De preferência o médico deve aplicar. Se for muito rápido pode ocasionar parada; 3. Idantalização. Fenitoína. 4. Fenobarbital (Gardenal). Deve ser feito em UTI, pois aumenta muito a chance de ocasionar depressão respiratória – intubação. Midazolam ou Propofol. 5. Pentobarbital. Quando o paciente estiver em coma barbitúrico, estará sedado, o ideal seria um EEG contínuo na UTI para monitorar a existência de crise epiléptica. • Todo paciente admitido no PS deve ser avaliado com o ABC primário do ADSL; • Investigação é necessária com a realização de exames séricos (glicemia, screening metabólico e infeccioso); • Exames de imagem e líquor (depende); • A primeira opção é o Diazepam; • Considerar encaminhar À UTI quando for iniciar o Fenobarbital, devido ao risco de depressão respiratória. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Síncope; • Episódios isquêmicos transitórios; • Distúrbios do movimento (tiques, discinesias); • Amnésia global transitória; • Alterações psiquiátricas; • Distúrbios do sono (narcolepsia – paciente pode ter ataques de quedas, que podem ser confundidos como crises atônicas, terror noturno); • Quadros confusionais agudos. REVISÃO 1. Diferenciar crises complexas, simples e generalizadas; 2. Causas de epilepsia; 3. Epilepsia de ausência – padrão de EEG e tratamento; 4. Síndrome de West – padrão de EEG e tratamento. 5. Epilepsia mioclônica juvenil – padrão de EEG; 6. Epilepsia do lobo temporal; 7. Atendimento do paciente; 8. Tratamento, quais os medicamentos; 9. Status epilepticus – rotina de atendimento; 10. Tratamento cirúrgico.
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