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LG_Aula03_FundamentosDesign

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ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DA UFRJ 
 
Linguagem Gráfica 
 
Andréia Resende 
 
andreia.resende@eco.ufrj.br 
 
Design 
Os anos de experimentação entre a abertura 
do Instituto de Artes Contemporâneas do Masp, 
em 1951, e a inauguração da Escola Superior de 
Desenho Industrial [Esdi], em 1963, marcam uma 
mudança fundamental de paradigma. Surgiu nessa 
época não o design propriamente dito – ou seja, 
as atividades projetuais relacionadas à produção 
e ao consumo em escala industrial –, mas antes 
a consciência do design como conceito, 
profissão e ideologia. 
CARDOSO, Rafael (org.). O design brasileiro 
antes do design: aspectos da história gráfica, 
1870-1960. São Paulo: Cosac Naify, 2005, p. 7. 
Ver MGB: http://www.jotacarlos.org/revista/index.html 
Revista Para Todos: a menina dos olhos de J. Carlos 
O design da folia 
 
Elementos Gráficos 
interagem numa composição 
 
Layout 
 
segundo determinados princípios de organização formal 
Princípios da Gestalt 
ESCOLA DE COMUNICAÇÃO DA UFRJ Linguagem Gráfica Andréia Resende 
Referências bibliográficas 
DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras Editora, 2008. 
LUPTON, Ellen e PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos do design. São Paulo: Cosac Naify, 2008. 
SAMARA, Timothy. Elementos do design: guia de estilo gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2010. 
 
 
 
 
 
 
LAYOUT 
 
Os elementos gráficos/visuais interagem entre si, 
em um espaço determinado. 
O layout é a forma como organizamos os elementos 
nesse espaço, seja ele impresso ou virtual. 
É, portanto, uma composição visual, que obedece a 
princípios estéticos e funcionais. 
1950 
Análise dos elementos gráficos dispostos na capa da revista: 
1919 1924 
1929 1930 
1940 1945 
1965 2003 
Imagens gráficas representam ideias. 
 
Elementos gráficos dispostos de uma determinada 
maneira e contextualizados produzem sentidos. 
 
Alterações de contexto ou layout podem interferir no 
significado de uma imagem e, portanto, na comunicação. 
 
Processos de significação e produção de sentido por meio 
de representações gráficas → intencionalidades + contexto 
Comunicação 
[audio]visual imagem texto 
som 
Referência à obra de Salvador Dalí em alusão à ideia de um consumo “surreal” de energia 
Slogan: “Absurdly low consumption” / The Polo BlueMotion / Volkswagen / Agência DDB Germany 
Referência à obra de René Magritte em alusão à ideia de um consumo “surreal” de energia 
Slogan: “Absurdly low consumption” / The Polo BlueMotion / Volkswagen / Agência DDB Germany 
Cadbury Eyebrow Dancing Commercial 
http://www.youtube.com/watch?v=j6N0Wk-RPqQ 
Keith Haring 
Pierre Mendell 
Shigeo Fukuda Seymour Chwast 
Woody Pirtle Thomas Geismar Pierre Mendell 
Savas Cekic 
Simonluca Definis 
Fonte: logorevue 
Elzbeta Chojna 
Shigeo Fukuda WEB POSTER EXHIBITION Fabio Gioia 
Fonte: logorevue 
Anna Szczepańska 
Fonte: logorevue 
Justyna Kendzia 
Fonte: logorevue 
Elzbieta Chojna Filip Szafrański 
Vavetsi Rozina Onish Aminelahi 
Fonte: logorevue 
J. Górska, J. Skakun 
Fonte: logorevue 
Donatello Ceddia 
Leo Lin Onish Aminelahi 
Fonte: logorevue 
Tomasz Kipka F. Szabó Sándor 
Fonte: logorevue 
Infográficos 
M.S. Corley 
Harry Potter - redesign das capas 
no estilo Penguin Books 
Grande parte do que sabemos sobre a 
interação e o efeito da percepção humana 
sobre o significado visual provém das 
pesquisas e dos experimentos da Gestalt. 
Como percebemos FORMAS? 
 
Por que percebemos algumas 
formas como FIGURA e 
outras como FUNDO? 
Princípios da Gestalt 
 
Combinação de vários elementos para formar um todo, 
como acontece na criação de um layout. 
O cérebro tende a agrupar as várias unidades de um 
campo visual para formar um todo. 
É impossível modificar qualquer unidade do sistema sem 
que, com isso, se modifique também o todo. 
 
 
 
 
estímulos sensoriais  forma  sensação 
 
Há várias maneiras de se organizar 
esses estímulos. Fazemos isso 
elegendo (percebendo) uma forma 
em detrimento da outra. 
Princípios da Gestalt 
 
 
• Proximidade e Alinhamento: elementos próximos se 
distinguem como um grupo. 
• Semelhança ou Similaridade: elementos com 
propriedades semelhantes são agrupados. 
• Continuidade: contornos contínuos, sem quebra. 
 
 
 
Yayoi Kusama 
Princípios da Gestalt 
 
• Fechamento: tendência para 
perceber formas fechadas, 
dependendo do contexto. 
• Figura-fundo: através do contraste, 
a percepção da figura alterna-se 
entre o branco e o preto (fig.1). 
Os elementos menores tendem 
a ser percebidos como figura (fig.2). 
 
 
 
 
fig.1 
fig.2 
Exemplos de Fechamento: 
Segundo Luli Radfahrer: 
EMERGÊNCIA: O rosto aparece por inteiro, depois identificamos suas partes. Ao contrário de um texto escrito, 
não se vê pedaços de uma imagem que, aos poucos, compôem um todo. 
REIFICAÇÃO: O rosto é construído pelos traços que se formam nos espaços entre as linhas e letras (repare a 
franja). Eis um excelente exemplo da importância dos espaços em branco (vazios) no desenho de uma página. 
Eles dão suporte para os outros elementos. 
PERCEPÇÃO MULTI-ESTÁVEL: Em uma composição bem-feita, a visão não “pára” em um lugar. Perceba como 
você olha para o rosto, o nome, o fundo. ISSO é interatividade, muito mais interessante que um pop-up ou 
qualquer outra chatice publicitária. 
INVARIÂNCIA: As letras são reconhecidas e podem ser lidas, pouco importa seu tamanho, distorção ou escala. 
FECHAMENTO: Tendemos a “completar” a figura, ligando as áreas similares para fechar espaços próximos. É fácil 
ver as bochechas, a língua (escrita “soul”, genial) etc. É o mesmo princípio que nos permite compreender formas 
feitas de linhas pontilhadas. 
SIMILARIDADE: Agrupamos elementos parecidos, instintivamente. Perceba que, por mais que você tente evitar, 
o rosto se destaca do fundo, mesmo sendo da mesma cor. 
PROXIMIDADE: Elementos próximos são considerados partes de um mesmo grupo. 
SIMETRIA: Imagens simétricas são vistas como parte de um mesmo grupo, pouco importa sua distância. É o que 
forma o fundo – e o separa do rosto. 
CONTINUIDADE: Compreendemos qualquer padrão como contínuo, mesmo que ele se interrompa. É o que nos 
faz ver a “pele” do sr. Brown como algo contínuo, mesmo com todos os “buracos” das letras. 
DESTINO COMUM: Elementos em uma mesma direção são vistos como se estivessem em movimento e formam 
uma unidade, como se percebe na “explosão” que acontece no fundo do cartaz. 
O sistema (ou objeto, acontecimento, etc.) 
como um todo é formado por partes 
interatuantes, que podem ser isoladas e 
vistas como inteiramente independentes, 
e depois reunidas no todo. 
Aaron Siskind 
Aaron Siskind 
Os limites estão em toda parte. 
... 
O enquadramento cria as condições para 
compreender uma imagem ou objeto. 
... 
A margem pode separar uma imagem 
de seu fundo, mas também pode servir de 
transição entre o interior e o exterior, 
entre a figura e o fundo. 
 
LUPTON, Ellen e PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos fundamentos 
do design. São Paulo: Cosac Naify, 2008, p. 101. 
Istvan Banyai 
Numa imagem bidimensional, 
podemos utilizar diversas 
técnicas para "enganar o olho", 
produzindo a ilusão da textura, 
da dimensão e do movimento. 
Victor Vasarely 
http://www.optical-illusion-pictures.com/art.html 
Julian Beever 
John Pugh 
Vídeos: Best optical illusions in the world 
O olho explora continuamente o 
meio ambiente em busca de seus inúmeros 
métodos de absorção das informações visuais. 
... 
Também se move em resposta ao processo 
inconsciente de medição e equilíbrio através 
do “eixo sentido” e das preferências 
esquerda-direita e alto-baixo.Vídeos: Best optical illusions in the world 
Vídeos: Best optical illusions in the world 
M.C.Escher 
Numa composição visual, os elementos 
gráficos estão diretamente relacionados 
ao espaço no qual estão inseridos. 
... 
Há uma interdependência entre 
tamanho, posição, objetivo e significado. 
Curiosidades: 
Op-Art.co.uk 
Gestalt Psychology Presentation 
Princípios de Gestalt em vídeo 
Optical Illusions - Michael Bach 
 
 
Aplicações:

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