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Exame Físico Geral

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O exame físico geral inclui: avaliação do estado geral, avaliação do estado de hidratação, antropometria, avaliação do estado nutricional, desenvolvimento físico/biotipo ou tipo morfológico, fácies, atitude e decúbito preferido no leito, mucosas, marcha.
Avaliação do estado geral
É uma avaliação subjetiva com base no conjunto de dados exibidos pelo paciente e interpretados de acordo com a experiência de cada um. Para descrever a impressão obtida, usa-se a seguinte nomenclatura: bom estado geral (BEG); regular estado geral (REG); ou ruim estado geral (MEG).
Avaliação do estado de hidratação
O estado de hidratação do paciente é avaliado tendo-se em conta os seguintes parâmetros: 
1. Alteração abrupta do peso; 
2. Alterações da pele quanto à umidade, à elasticidade e ao turgor; 
3. Alterações das mucosas quanto à umidade; 
4. Alterações oculares;
5. Estado geral; 
6. Fontanelas (no caso de crianças).
Estado de hidratação normal: a pele possui boa elasticidade e com leve grau de umidade, as mucosas são úmidas, não há alterações oculares nem perda abrupta de peso. 
No caso de crianças, as fontanelas são planas e normotensas e o peso mantém curva ascendente; a criança se apresenta alegre e comunicativa.
Desidratação: caracteriza-se por sede, diminuição abrupta do peso, pele seca (com elasticidade e turgor diminuídos), mucosas secas, olhos afundados (enoftalmia) e hipotônicos, estado geral comprometido, excitação psíquica ou abatimento, oligúria e fontanelas deprimidas, no caso de crianças.
Avaliação do estado nutricional
É um processo dinâmico, feito por meio de comparações entre os dados obtidos no paciente e os padrões de referência, sendo importante a reavaliação periódica do estado nutricional no curso da doença.
Para avaliação de sobrepeso e obesidade, o IMC é um indicador prático, de baixo custo e com boa validade diagnóstica. Cumpre salientar que o IMC não distingue massa gordurosa de massa magra; assim, um paciente musculoso pode ser classificado com “excesso de peso”. Deve-se ainda estar atento ao biótipo do paciente, um IMC entre 17 e 18,5 não necessariamente é indicativo de desnutrição.
Para identificação de desnutrição, faz-se necessária a presença de dois ou mais dos seguintes elementos: ingestão insuficiente de energia; perda de peso; perda de gordura subcutânea; perda de massa muscular; acúmulo de líquido localizado ou generalizado, que, em algumas ocasiões, pode mascarar a perda de peso; e capa cidade funcional diminuída, medida pela força do aperto de mão, com uso de dinamômetro.
Desenvolvimento físico
Uma determinação exata requer um estudo antropométrico rigoroso. Contudo, na prática, é suficiente uma avaliação simplificada, levando-se em conta a idade e o sexo. Para isso, tomam-se como elementos básicos a altura e a estrutura somática.
Em primeiro lugar, compara-se a altura encontrada com as medidas constantes das tabelas de valores normais. Para avaliação da estrutura somática, não se dispõe de tabelas. É feita pela inspeção global, acrescida de informações a respeito do desenvolvimento osteomuscular.
Os achados podem ser enquadrados nas seguintes alternativas:
1. Desenvolvimento normal; 
2. Hiperdesenvolvimento;
3. Hipodesenvolvimento; 
4. Hábito grácil: constituição corporal frágil e delgada, caracterizada por ossatura fina, musculatura pouco desenvolvida, juntamente com uma altura e um peso abaixo dos níveis normais, é uma condição constitucional, sem significado patológico;
5. Infantilismo: persistência anormal das características infantis na idade adulta.
Biotipo ou tipo morfológico
É o conjunto de características morfológicas apresentadas pelo indivíduo.
A determinação do biótipo encontra sua principal utilidade para a correta interpretação das variações anatômicas que acompanham cada tipo morfológico, pois há uma relação entre a forma exterior do corpo e a posição das vísceras. Pode ser classificado da seguinte maneira:
· Brevilíneo: Pescoço curto e grosso; Tórax alargado e volumoso; Membros curtos em relação ao tronco; Ângulo de Charpy (costal) maior que 90°; Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso; Tendência para baixa estatura.
· Mediolíneo: Equilíbrio entre os membros e o tronco; Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo; Ângulo de Charpy (costal) em torno de 90°.
· Longilíneo: Pescoço longo e delgado; Tórax afilado e chato; Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco; Ângulo de Charpy (costal) menor que 90°; Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido; Tendência para estatura elevada.
Índice de massa corporal (IMC)
Amplamente utilizado como indicador do estado nutricional, por ser obtido de forma rápida e de fácil in terpretação. É expresso pela fórmula: IMC = peso atual (kg)/altura2 (m).
O IMC pode ser classificado como:
· Magro ou baixo peso: < 18,5; 
· Normal ou eutrófico: 18,5-24,9; 
· Sobrepeso ou pré-obeso: 24,9-29,9;
· Obesidade grau I: 30-34,9; 
· Obesidade grau II: 35-39,9; 
· Obesidade grau III ou maligna: > 40.
Atitude e decúbito preferido no leito
Define-se atitude como a posição adotada pelo paciente no leito ou fora dele, por comodidade, hábito ou com o objetivo de conseguir alívio para algum padecimento. Algumas posições são conscientemente procuradas pelo paciente (voluntárias), enquanto outras independem de sua vontade ou são resultantes de estímulos cerebrais (involuntárias). Só têm valor diagnóstico as atitudes involuntárias ou as que proporcionam alívio para algum sintoma. Se isso não for observado, pode-se dizer que o paciente não tem uma atitude específica ou que ela é indiferente.
As atitudes voluntárias compreendem a ortopneica, a genupeitoral, a posição de cócoras, a parkinsoniana e os diferentes decúbitos.
As atitudes involuntárias incluem a atitude passiva, o ortótono, o opistótono, o emprostótono, o pleurostótono e a posição em gatilho e torcicolo e mão pêndula da paralisia radial.
Exame das mucosas
As mucosas facilmente examináveis a olho nu e sem auxílio de qualquer aparelho são as mucosas conjuntivais (olhos) e as mucosas labiobucal, lingual e gengival. O método de exame é a inspeção, coadjuvado por manobras singelas que exponham as mucosas à visão do examinador. 
Os seguintes parâmetros devem ser analisados:
· Coloração: a coloração normal é róseo-avermelhada e a nomenclatura habitual é: mucosas coradas.
A diminuição ou a perda da cor designa-se como mucosas descoradas ou palidez das mucosas. É um achado semiológico de grande valor prático, pois indica a existência de anemia. Procura-se fazer também uma avaliação quantitativa usando-se a escala de uma a quatro cruzes.
Mucosas hipercoradas significam acentuação da coloração normal e traduzem aumento das hemácias naquela área, como ocorre nas inflamações (conjuntivites, glossites, gengivites) e nas policitemias.
A cianose consiste na coloração azulada das mucosas.
Na icterícia as mucosas tornam-se amarelas ou amarelo-esverdeadas.
· Umidade: em condições normais as mucosas são úmidas, traduzindo bom estado de hidratação. 
As mucosas secas perdem o brilho, os lábios e a língua ficam pardacentos, e todas essas mucosas adquirem aspecto ressequido.
· Presença de lesões.

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