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Licenciatura em Pedagogia Tema Influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas Discente Supervisor Jerónimo Cesaltina Jotte dr a . Olga Majamanda Maputo, Agosto de 2021 Jerónimo Cesaltina Jotte Influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas Maputo, Agosto de 2021 Relatório apresentado ao ISET em cumprimento de Módulo de História i Declaração de honra Eu, Jerónimo Cesaltina Jotte, Declaro por minha honra que o presente trabalho, foi feito por mim, não foi extraído de nenhum diploma mas sim do meu esforço de pesquisa por mim feita, usando fontes de consulta pela internet e livros. As referências nele contido foram devidamente referenciadas. ii AGRADECIMENTO Dirijo meu profundo agradecimento a minha tutora, dr a . Olga Majamanda, pela tutoria do trabalho, a todo o corpo docente de OWU ensino a distância por ter debatido e acompanhado passo a passo os meus estudos, ADPP Moçambique por ter me dado a oportunidade de continuar com os meus estudos, a toda a Família que de várias formas contribuíram para o sucesso deste trabalho. iii LISTA DE ABREVEATURAS ADPP Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo BM Banco Mundial EUA Estados Unidos de América FMI Fundo Monetário Internacional IFI Instituições Financeiras Internacionais IPEA Instituto de Pesquisa Económica Aplicada ISET Instituto Superior de Educação e Tecnologia ONU Organização das Nações Unidas ODMs Objectivos de Desenvolvimento do Milénio ONGs Organizações Não-governamentais PAE Programa de Ajustamento Económico PME’s Pequenas Medias Empresas PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento iv ÍNDICE I. INTRODUÇÃO ...............................................................................................................1 1.1. Tema .............................................................................................................................2 1.2. Problematização ........................................................................................................2 1.3. Justificativa ...............................................................................................................3 1.4. Pergunta de pesquisa .................................................................................................3 1.5. Objectivos da pesquisa ..............................................................................................3 1.5.1. Geral ......................................................................................................................3 1.5.2. Específicos .............................................................................................................4 1.6. Hipóteses ...................................................................................................................4 II. REVISÃO DA LITERATURA.........................................................................................5 2.1. Principais conceitos ...................................................................................................5 2.2. Independência ...........................................................................................................5 2.3. Neoliberalismo ..........................................................................................................5 2.4. Subdesenvolvimento ..................................................................................................6 2.5. Enquadramento Teórico .............................................................................................7 2.5.1. Principais características do Neoliberalismo ...........................................................7 2.5.2. Suas teorias económicas .........................................................................................8 2.5.3. Consequências do neoliberalismo ...........................................................................9 2.5.3.1. Direito a educação inexistente ............................................................................9 3.1. Método de pesquisa ................................................................................................. 13 3.2. Tipos de pesquisa .................................................................................................... 13 IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 14 4.1. Referencias Bibliográficas ....................................................................................... 15 1 I. INTRODUÇÃO O presente trabalho intitulado Influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas, é resultado de um relatório final de especialização da disciplina de história em cumprimento do módulo para o curso de pedagogia no Instituto Superior de Educação e Tecnologia – One World - ISET/OW. Neste trabalho trazemos abordagens dos 50 anos de independência africana que foram marcadas por várias características politicas e económicas que posteriormente sofreu influenciada pelo neoliberalismo que serve de reforço à polípticas capitalistas que servem de veiculo para a proliferação dos financiamentos esmagadores das grandes instituições financeiras como o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta análise se faz em torno da perpetração do subdesenvolvimento ocasionado pelas imposições políticas e económicas da ordem chamada neoliberalismo, que nada mais faz que afundar os países africanos em um fosso de dívidas criando mais desemprego, mais pobreza no seio da população, serviços públicos precários para principalmente a população desfavorecida através de privatização dos serviços essenciais que deviam ser do domínio público. O objectivo central é de perceber-se até que ponto as políticas do neoliberalismo influenciaram no subdesenvolvimento das nações africanas 50 anos após suas independências. Estruturalmente o presente trabalho é composto por quatro (4) capítulos: Capítulo I: onde está presente a introdução, a problematização, delimitação do tema, justificativa, objectivos e hipóteses. No capítulo II. Revisão da literatura onde encontramos abordagens de estudos bibliográficos e o marco teórico. No capítulo III: apresentam-se os procedimentos metodológicos, as técnicas e instrumentos de Colheitas de dados. IV apresentam-se as conclusões e as referências bibliográficas. 2 1.1.Tema Influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas. 1.2.Problematização A África, o berço da humanidade, é um continente marcado por um passado tão doloroso que se torna efectivo no contexto da colonização. Contudo, nos anos 60, muitos países africanos alcançam suas independências, e se segue o período de reconstrução da identidade dos povos. De lá até então, os países africanos vêm adoptando modelos económicos variados, como por exemplo o modelo socialista que com a sua queda precedeu o neoliberalismo que é o modelo que vigora até agora, sustentado pelo capitalismo. Onde com grande destaque o Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) preconizam programas de reajustamento estrutural, esse modelo prega a privatização e liberalização da economia, o que alterou profundamente as relações laborais e o papel do estado enquantoagente de desenvolvimento. Por mais que tenham passado 50 anos da independência das nações africanas, em muitos países do continente ainda assistem-se várias questões económicas desde as dívidas externas que cada vez parecem eternas, os conflitos políticos internos, étnicos e culturais que se somam como factores do subdesenvolvimento económico do continente. Mas isso não passa da ponta do iceberg, isto é, o modelo económico vigorante (neoliberalismo) sucinta classes sociais criando consequentemente desigualdades sociais. Hountondji (2008) diz que as sociedades africanas devem eles próprios apropriar-se activa, lucida e responsavelmente do conhecimento sobre eles capitalizados durante séculos. O desenvolvimento em África devia ser tradicionalmente autónomo, confiante em si própria, de investigação e conhecimento que responda a problemas e questões suscitados directa e indirectamente por africanos. Mas acontece que os países africanos ainda debatem-se com fraca industrialização o que torna os seus recursos alvos das potências industriais, o que quer dizer, não têm outra escolha senão entrar no sistema económico neoliberal. 3 1.3.Justificativa A escolha deste tema deve-se ao facto de Moçambique ser um dos países africanos que aderiu ao modelo económico neoliberal qua também se debate com o problema de dívidas externas que consequentemente vai perpetuando as desigualdades sociais. Do ponto de vista científico falar do neoliberalismo no contexto de desenvolvimento dos países africanos, desperta o espírito crítico científico e enriquecimento do acervo bibliográfico para melhor entendimento do funcionamento dos sistemas económicos. Do ponto de vista político, o tema serve de reflexão quanto as realidades locais contra as imposições de políticas externas quem em algum momento não se aplicam. O que leva o governo a ser a causa das consequências económicas que o povo vive e sucessivamente levando-o a criar buracos e tentando tapar sem nenhum avanço em termos de desenvolvimento económico. Do ponto de vista social o tema serve também de reflexão sobre as desigualdades sociais no mundo que acabam criando conflitos internos o que acaba fazendo com que os países africanos adiram o mercado armamentista e consequentemente deixando o país cada vez mergulhado nas dívidas sacrificando assim as necessidades básicas do povo. 1.4.Pergunta de pesquisa Até que ponto as políticas do neoliberalismo influenciaram no subdesenvolvimento das nações africanas 50 anos após suas independências? 1.5.Objectivos da pesquisa 1.5.1. Geral Analisar até que ponto as políticas neoliberais influenciam na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Áfricas 4 1.5.2. Específicos Descrever o funcionamento das políticas neoliberais; Demonstrar o funcionamento da economia Africana após independências; Relacionar as políticas neoliberais e a dependência económica das nações Africanas. 1.6.Hipóteses As políticas neoliberais influenciam negativamente o funcionamento da economia africana permitindo assim o seu subdesenvolvimento 50 anos após independências; A dependência económica dos países africanos influencia no subdesenvolvimento dos mesmos 50 anos após independências; As políticas neoliberais não influenciam no subdesenvolvimento dos países africanos 50 anos após independências. 5 II. REVISÃO DA LITERATURA 2.1.Principais conceitos Esta secção é reservada para os conceitos das palavras-chave que fazem parte do tronco principal do trabalho, assim sendo a seguir pode-se contemplar: Palavras-chave: Neoliberalismo; Subdesenvolvimento em África, Independências africanas. 2.2.Independência Independência, s. f. oposto a dependência. A liberdade de sujeição, de fazer o que se quer sem autoridade, ou consentimento de outrem; sem respeitos, & de viver a seu arbítrio. Fisicamente, o estado das coisas que não tem conexão entre si (Silva, 1823, vol. 2, p. 88). Esta definição vai ao encontro dos sinónimos do que os africanos forma sujeitos durante anos, onde não tinha nem o direito de exercer o seu poder administrativo do seu próprio território. Para Neve (2010:12) a independência é um direito que tem todo o povo ou nação para governar- se por suas próprias leis e costumes, sem sujeitar-se às de outra”. Portanto, a independência deve resumir a ausência de opressão onde o povo local decide sob quais medidas quer viver e quer administrar-se. Com tudo, podemos definir a independência como um direito que todo povo tem de administrar- se sob suas próprias leis e costumes em prol do alcance dos seus próprios objectivos de acordo com as suas realidades. 2.3.Neoliberalismo Primeiro importa referir que Neoliberalismo é uma doutrina económica e política que surgiu no século XX com base em teorias formuladas por teóricos, como o economista ucraniano Ludwig von Mises e o economista austríaco Friedrich Hayek. A teoria neoliberal surge para opor-se à teoria keynesiana de bem-estar social e propõe uma nova leitura da parte econômica do liberalismo clássico, tendo como base uma visão econômica conservadora que pretende diminuir ao máximo a participação do Estado na economia. Segundo a abordagem estrutural marxista, cit.in Andrade (2019:221) o neoliberalismo é definido como estratégia política que visa reforçar uma hegemonia de classe e expandi-la globalmente, https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/liberalismo-x-keynesianismo.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/liberalismo.htm 6 marcando o novo estágio do capitalismo que surgiu na esteira da crise estrutural da década de 1970. Como se pode entender o Marx define o neoliberalismo olhando muito mais a questão de classes sociais, defendendo que o neoliberalismo dá reforço a existência de classes sociais. E reforça que nasceu como reforço ao capitalismo que teve a sua oportunidade de crescimento na queda do bloco socialista que desencadeou uma grande crise na europa. O neoliberalismo se caracteriza por uma ordem social em que uma nova disciplina é imposta ao trabalho e novos critérios gerenciais são estabelecidos, servindo-se de instrumentos como o livre comércio e a livre mobilidade de capital (Duménil & Lévy, 2014: 11 e 43). Esta definição vai de acordo com a característica do capitalismo como a circulação livre do capital e de mercadoria. No entanto de acordo com os dispostos acima podemos definir o neoliberalismo como sendo um modelo de política económica que preconizar a mínima intervenção do Estado na economia permitindo a circulação livre do capital e de mercadoria como também uma forma de garantir a liberdade económica dos cidadãos. 2.4.Subdesenvolvimento Segundo Bastos & Britto (2010) apontam que llguns artigos usam de forma intercambiável a expressão “país atrasado” [backward country] e “país subdesenvolvido”. E ainda referem que Myint distingue subdesenvolvimento dos recursos e atraso das populações. Para Costa, (2009) é a incapacidade de atingir objectivos correspondentes a necessidades efectivas das populações. Kuznets relaciona o conceito de subdesenvolvimento ao “fracasso em proporcionar níveis de vida aceitáveis a uma grande proporção da população de um país, resultando em miséria e privações materiais” Bastos & Britto (2010). Estes dois convergem ao afirmar que se trata de incapacidade ou fracasso de proporcionar melhores resultados a população. O subdesenvolvimento caracteriza-se por dois círculos viciosos. Por um lado, nos países atrasados a baixa renda se deve à baixa produtividade, determinada pela escassez de capital. Esta, por sua vez, explica-se pela baixa capacidade de investir, derivada da baixa poupança, 7 decorrente do baixo nível de renda, ou seja, da limitada dimensão mercado Bastos & Britto (2010). De acordo com esses distintosconceitos podemos dizer em suma que o subdesenvolvimento é mesmo a incapacidade de um estado atingir os objectivos que correspondem os anseios da população ou mesmo. 2.5.Enquadramento Teórico Esta secção destina a demostrar as teorias subjacente o tema e as principais abordagens sobre as causas do subdesenvolvimento da África. 2.5.1. Principais características do Neoliberalismo Paralelamente, Harvey (2008: 172-178) chama atenção para os mecanismos de “acumulação por expropriação”, ou seja, o carácter contínuo de formas de acumulação que Marx acreditou estarem presentes apenas no início do capitalismo, caracterizadas pelo furto, pela rapinagem e pelo uso da violência, até mesmo por parte do Estado. Em que as suas características se resumem em 4 aspectos saber: 2.5.1.1.Privatização e mercadização. Trata-se da transferência de activos do domínio público e popular aos domínios privados e de privilégio de classe, abrindo-os à acumulação capitalista, como nos casos da utilidade pública (água, telecomunicações e transporte), dos benefícios sociais (habitação social, educação, assistência à saúde e pensões), das instituições públicas (universidades, laboratórios de pesquisa e presídios), das formas culturais (turismo e música), dos bens comuns ambientais globais (terra, ar e água), dos direitos de propriedade intelectual (patente de materiais genéticos e biopirataria) e dos direitos de propriedade comum (direitos à aposentadoria estatal, ao bem-estar social e a um sistema nacional de saúde). 2.5.1.2.Financialização Característica marcada pelo estilo especulativo e predatório, ou por operações fraudulentas e pela dilapidação e transferência de recursos via inflação, fusões e aquisições, endividamentos de 8 famílias e do Estado, comissões sobre transacções supérfluas, contabilidade criativa e ataques especulativos realizados por fundos de derivativos e grandes instituições financeiras. 2.5.1.3.Administração e manipulação de crises Crises orquestradas, administradas e controladas pelo complexo formado pelo Tesouro dos Estados Unidos, por Wall Street e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que lançam a rede da dívida como forma de transferir a riqueza dos países pobres para os países ricos. 2.5.1.4.Redistribuições via Estado Uma vez neoliberalizado, o Estado contribui para reverter o fluxo redistributivo em direcção das classes altas, realizando privatizações, códigos tributários regressivos, subsídios e isenções fiscais a pessoas jurídicas e direccionamento de verbas públicas para beneficiar grandes corporações. 2.5.2. Suas teorias económicas As teorias económicas tidas como neoliberais, geralmente são associadas ao termo da economia neoclássica, que forma influenciadas e interagem com as escolas de pensamento: (i) Liberalismo económico que é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, rejeitando intervencionismo estatal, o que significa que o maior número possível de decisões económicas são tomadas pelas empresas e indivíduos e não pelo Estado ou por organizações colectivas, (ii) Economia clássica - seus conceitos giram em torno da noção básica de que os mercados tendem a encontrar um equilíbrio económico a longo prazo, ajustando-se a determinadas mudanças no cenário económico. Um dos maiores teóricos é o Adam Smith; (iii) Escola Keynisiana que é a teoria económica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keyns que teve uma enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado e; (iv) Monetarismo teoria que se desenvolveu principalmente no Departamento de Economia da Universidade de Chicago, pelos economistas que viriam a integrar o https://pt.wikipedia.org/wiki/Individualismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Smith https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes 9 movimento conhecido como Escola de Chicago, liderados por George Stigler e Milton Friedman, que defende a teoria de economia monetária que enfatiza o papel da política monetária para a estabilidade macroeconómica de uma economia de mercado através de instrumentos como alteração na oferta de moeda e de outros meios de pagamento. 2.5.3. Consequências do neoliberalismo O FMI, a ONU e o Banco Mundial são as instituições financeiras internacionais que mantêm a política de cooperação financeira global para que haja integração entre as nações. Porem há um grande problema em relação a compressão da economia dos países em desenvolvimento pela economia dos países desenvolvidos, pois depara-se uma relação desigual, em que um tem muito mais força que o outro e, por isso, acaba garantindo seus benefícios em detrimento do mais fraco. Tornando os países menos desenvolvidos cada vez mais pobres. 2.5.3.1.Direito a educação inexistente Não só os problemas reflectem na parte da economia do pais, mas também podemos contemplar nos sistemas educativos de países africanos em desenvolvimento têm adoptado, gradativamente, acções neoliberais e seguido concepções teóricas de mesmo cunho para nortear os seus currículos. Exemplo disso são as privatizações ou terceirizações de sistemas públicos de ensino e as parcerias entre as iniciativas públicas e privada para a gestão da educação. Essas parcerias evidenciam uma recusa dos governos a assumirem por completo o compromisso com a educação pública. Nesse sentido, surgiram ONGs, que atuam como parceiras da educação oferecendo produtos e serviços para que essa possa ser alavancada. Uma crítica que pode ser feita à entrada do neoliberalismo na educação diz respeito à formação: uma educação neoliberal visa formar pessoas aptas a entrarem no competitivo mundo capitalista, enquanto uma educação libertadora, voltada para a cidadania e para a intelectualidade, necessita muito mais que ensinar estratégias, técnicas e valores neoliberais, como a meritocracia. Aliás, se pensarmos na realidade social de nosso país (que ainda é extremamente desigual), a meritocracia sequer pode ser cogitada, pois a realidade social de um estudante de uma escola https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Chicago_(economia) https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stigler https://pt.wikipedia.org/wiki/George_Stigler https://pt.wikipedia.org/wiki/Milton_Friedman https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_monet%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica_monet%C3%A1ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Moeda https://pt.wikipedia.org/wiki/Meio_de_pagamento https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/capitalismo.htm 10 rural, de família de baixa renda e que, na maioria das vezes, vive em uma zona de conflitos como por exemplo no norte do pais, é muito mais difícil de ser vivida do que a realidade de um estudante da classe média que possui boas condições de moradia e estuda em uma escola particular. 2.5.3.2. Limitação do crescimento das PME’s Nacionais Um dos grandes ferrolhos para o crescimento das Pequenas e Médias empresas nacionais é a questão do Câmbio de mercado, Investimento estrangeiro directo operação trocas de mercado no mundo realizando importações e exportações de produto. Isso pode ser, em alguns casos, fatal para a economia local e para os pequenos e médios empresários proporcionado: Corrida para o fundo: as nações em desenvolvimento são forçadas a uma corrida para o fundo do poço em termos de trabalho e regulamentos, a fim de atrair investidores estrangeiros que buscam mão-de-obra barata e regulamentação inexistente ou indiferente para maximizar seu potencial de lucro. Tal corrida pode resultar em graves danos ambientais ao país estrangeiro, a destruição de recursos naturais e práticas trabalhistas abusivas que não são aceitáveis no mundo desenvolvido; Eliminação do desenvolvimento local : O investimento estrangeiro também pode esmagara competição local, resultando em problemas de desenvolvimento económico de longo prazo o que se assiste nos dias actuais; Meios de produção maximizados: as multinacionais detêm meios de produção maximizadas que faz com que o seu produto custe menos em detrimento das PME’s locais chegando até a afunda-las. Podemos contemplar as outras consequências principais como: Desigualdade social; Desemprego; Economia instável; Salários baixos; Fluxo de capital invertido; https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/exportacao-importacao.htm 11 Dependência do capital internacional (principalmente nos países mais pobres e menos desenvolvidos). 2.5.4. Economia africana pós independência e o neoliberalismo A economia africana após independência foi marcada por várias características políticas económicas que depois viera a aderir as principais instituições criadas na Conferência de Bretton Woods de Julho de 1944 que tiveram importante papel na condução das economias de países africanos nos anos oitenta. Essa relação se deu principalmente a partir dos Programas de Ajuste Estrutural (PAEs), termo cunhado em 1979 pelo director do BM, Robert McNamara (CLAPHAM, 1996, p. 169). Os PAEs apresentavam a característica de exigir dos Estados receptores uma série de medidas, ditadas pelo BM e pelo FMI, com clara influência da ortodoxia económica – as chamadas “condicionalidades”. O FMI, porém, ao impor suas condicionalidades, exigia menores prazos de execução e, se comparadas às do BM, eram mais fiscalizáveis (AKONOR, 2006, p. 13). Condições para a execução de empréstimos, contudo, não eram uma exclusividade do BM, tampouco foram uma novidade apresentada pela crise da dívida externa. Em décadas anteriores, quando a ajuda externa a países periféricos se centrava em empréstimos bilaterais e interestatais, era frequente o atrelamento da exportação de determinados produtos primários, ou mesmo a concessão para a exploração de recursos naturais, à concessão de empréstimos. A singularidade dos PAEs residia no tipo de medidas impostas pelas Instituições Financeiras Internacionais (IFIs) aos países receptores, reflexo da subordinação de facto à política externa americana e ao modelo neoliberal defendido por Washington. Nas palavras de Hobsbawm (1995, p. 578, Tradução nossa), [...] desde os anos setenta, o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, apoiados politicamente pelos EUA, buscaram uma política que sistematicamente favorecia a ortodoxia do livre-mercado, da empresa privada e do livre comércio global, o que servia à economia estadunidense do final do Século XX na mesma maneira que à britânica em meados do século anterior, mas não necessariamente ao mundo. 12 As providências demandadas ecoavam as políticas económicas de Reagan e Thatcher e que, a partir de 1989, seriam atendidas pelo termo “Consenso de Washington”, cunhado por John Williamson (KLEIN, 2007, p. 164). Como podemos ver logo após as independências africanas deu-se o grande marco da história no que concerne a grande crise económica que veio a dar os países africanos a ideia de receber apoios dos capitalistas, o que até então fez com que vivam com dívidas externas. O neoliberalismo mostra-se que os retornos exigidos mantêm os países africanos numa situação de dependência que perpetua a precariedade económica. Um exemplo concreto deu-se em Moçambique quanto a liberalização do comércio de caju, que não só acabou destruindo a indústria como também acabou encerando 10 mil postos de emprego, JOSÉ (2005). 1 As políticas neoliberais travam o crescimento económico da África Subsaariana e fazem com que ele fique aquém do necessário para a região atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), afirma um estudo do Centro Internacional de Pobreza, uma instituição de pesquisa do PNUD, resultado de uma parceira com o IPEA (Instituto de Pesquisa Económica Aplicada). A pesquisa “As Implicações Macroeconómicas das Estratégias para os ODMs na África Subsaariana”, conclui que a estratégia de manter deficits fiscais reduzidos, adoptar metas de inflação abaixo de 5% e deixar o câmbio flutuar seguindo regras de mercado prejudica o desenvolvimento nos países africanos. Para o professor John Weeks e o economista Terry McKinley, autores do texto, a região desperdiça um momento favorável de aquecimento da economia mundial, que poderia impulsionar mais melhorias na vida da população 1 http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio- na-africa-aponta-estudo/ http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-na-africa-aponta-estudo/ http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-na-africa-aponta-estudo/ 13 III. METODOLOGIA Gil (2007, p.162) defende que Metodologias “são procedimentos a ser seguido na realização de uma pesquisa”. Nesse contexto engloba todos os procedimentos técnicos usados numa investigação científica. Para esta pesquisa serão utilizados os seguintes métodos. 3.1.Método de pesquisa Para este trabalho, foi usado como método de abordagem - o método hipotético-Dedutivo, pois, através deste método conseguiu-se explicar as dificuldades expressas no problema levantado para esta pesquisa, com base nas hipótese pré-formuladas para o desenvolvimento do estudo, neste caso sobre a influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas. 3.2.Tipos de pesquisa Neste trabalho foi usada quanto a abordagem a pesquisa qualitativa. Para Chizzottzy (1999, p.79) a pesquisa qualitativa permite uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito uma interdependência viva entre o mundo o sujeito e o objecto e a subjectividade do suspeito. Quanto aos objectivos é uma pesquisa exploratória, com intuito de proporcionar maior familiaridade com o problema em estudo, de modo a responder com clareza as hipóteses. Para tal foi feito um levantamento bibliográfico, com vista a analisar exemplos de estudos feitos sobre influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas. Quanto aos procedimentos técnicos foi uma pesquisa bibliográfica – uma vez que os dados foram analisados e as conclusões do estudo, são baseados na revisão da literatura, ou seja, livros e manuais existentes que abordam sobre o tema em estudo, neste caso, influência do neoliberalismo na perpetração do subdesenvolvimento 50 anos após independência das nações Africanas. 14 IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dados os conteúdos desta pesquisa conclui-se que (i) o neoliberalismo privilegia empresas e Estados hegemónicos, pois ao explorar os países pobres, sugam-se seus recursos naturais e só favorece a uma minoria elitista da população dos países explorados, concentrando ainda mais o capital. Desta maneira, tudo nos leva a concluir que a globalização comercial e o capitalismo desenfreado são alguns dos factores que contribuem para a desigualdade no mundo, principalmente em países frágeis a este sistema; (ii) uma das consequências das políticas neoliberais são uma é o aumento do déficit nas contas nacionais porque o estado simplesmente faz gastos excessivos e a necessidade de uma política de racionalização de gastos no futuro, com cortes, aumentos de tarifas e de impostos. O que justamente o que vivemos hoje. As políticas neoliberais permitiram que os salários dos trabalhadores fossem reduzidos ao mínimo, realidade que faz com que a população não consiga ao mínimo cobrir a cesta básica, o que consequentemente desencadeia a prática da corrupção desde a base até o topo do governo. Esta realidade faz com que haja má qualidades dos serviçosna função pública perpetuando assim a pobreza. Acompanhada com a política de pouca intervenção do governo na economia e privatização dos serviços, o que actualmente assistimos, o governo pouco intervém no aprimoramento dos serviços de atendimento ao público, colocando a população mais pobre sem acesso dos serviços de saúde de qualidade e limitando assim a idade média de vida do africano. Nesse caso mesmo que tenham passado 50 anos de independência, os países africanos ainda não alcançaram a sua independência económica, isto é, por conta das políticas neoliberais os países africanos vivem endividando-se e os líderes africanos viciaram-se das esmolas e pouco fazem para sair desse ferrolho. O que assistimos são líderes corruptos, a roubarem do seu próprio povo colocando os países em fossos de dividas, eis a razão que muitos líderes africanos depois dos seus mandatos sempre têm um julgamento que os espera. 15 4.1.Referencias Bibliográficas AKONOR, Kwame. (2006). Africa and IMF Conditionality. The Uneveness of Compliance, 19832000. New York: Routledge. ANDRADE, D. P. (2019) O que é o neoliberalismo? A renovação do debate nas ciências sociais. Revista Sociedade e Estado – Volume 34, Número 1. BASTOS, C. P. & BRITTO, G. (2010). Introdução à Economia do Subdesenvolvimento. CHIZZOTTZY (1999) a dinâmica da pesquisa qualitativa. CLAPHAM, Christopher. (1996). Africa and the International System: The Politics of State Survival. Cambridge: Cambridge University Press. COSTA, A. M. C. S. (2009). Do subdesenvolvimento, vulgatas rupturas e reconsiderações em torno de um conceito. Antologia e roteiro critico. Centro de estudos africanos da universidade do porto. Colecção Ebooks. Edição 1. DUMÉNIL, G.; LÉVY, D. (2014). A crise do neoliberalismo. São Paulo: Boitempo. GIL,A.C. (2007). Como Elaborar Projecto de Pesquisa.3ª Ed. São Pulo: Atlas. HARVEY, D. (2008). O neoliberalismo. História e implicações. São Paulo: Loyola. HOBSBAWM, Eric. (1995). The Age of Extremes: The Short Twentieth Century, 1914-1991. London: Abacus. HOUNTONDJI P.J. (1968). Histoire d’un mythe, Présence Africaine, n°91. JOSÉ, A. C. (2005). Neoliberalismo e crise de trabalho em Moçambique. O caso da indústria de caju. O cabo dos trabalhos revista electrónica dos programas de metrado e doutoramento do CES/FEUC/FLUC, No. 1 2006. Disponível em: http://cabodostrabalhos.ces.uc.pt/n1/ensaio.php Acesso 25/08/2021. KLEIN, Naomi. (2007). The Shock Doctrine: The Rise of Disaster Capitalism. New York: Metropolitan Books. http://cabodostrabalhos.ces.uc.pt/n1/ensaio.php%20Acesso%2025/08/2021 http://cabodostrabalhos.ces.uc.pt/n1/ensaio.php%20Acesso%2025/08/2021 16 NEVES, L. M. B. P. (2010). Independência: contextos e conceitos. História Unisinos Vol. 14 Nº 1. PNUD. (2008). Políticas neoliberais freiam Objectivos de Desenvolvimento do Milénio na África, aponta estudo. Brasil. Disponível em: http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais- freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-na-africa-aponta-estudo/ Acesso 24/08/2021 http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-na-africa-aponta-estudo/ http://cebes.org.br/publicacao/politicas-neoliberais-freiam-objetivos-de-desenvolvimento-do-milenio-na-africa-aponta-estudo/
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