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RECLAMAÇÃO TRABALHISTA - FINALIZADA

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ALUNO: JORGE LUIS BARROS DE SOUZA
EXCELENTÍSSMO (a) SENHOR (a) DOUTOR (a) JUIZ (a) DA XXª VARA DO TRABALHO DE XXXXXXX/XX
ADAMASTOR, brasileiro (a), ESTADO CIVIL, MECÂNICO TORNEIRO, inscrito ao CPF sob nº. XXX.XXX.XXX-XX, e no RG nº. XXXXXXXXXX, domiciliado e residente à Rua XXXXXXXXXXXXXXX, nº. XXX, Bairro XXXXXXX, na cidade de XXXXXXXXXXXX–XX, vem perante Vossa Excelência, por seus procuradores, ut instrumento de mandato anexo, propor a presente
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
em face de FERROS E COMPANHIA Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com sede à XXXXXXXX, nº XXX, bairro XXXXX, CEP XX.XXX-XX, na cidade de XXXXXXXX–XX, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I – DA SÍNTESE DO CONTRATO DE TRABALHO
Adamastor foi contratado pela empresa Ferros e Companhia Ltda no ano de 2018, exercendo inicialmente a função de mecânico torneiro. No ano de 2019 ele foi promovido a gerente, passando a receber salário mensal de R$ 6.000,00. A empresa, no ano de 2020, contratou Carlos, com salário mensal de R$ 8.000,00, para exercer a função de “gerente-geral”, mas desde a sua contratação Carlos sempre exerceu as mesmas atividades de Adamastor. Carlos e Adamastor desenvolviam o trabalho com a mesma produtividade e a mesma perfeição técnica, laborando no mesmo estabelecimento, Desde o início do contrato, Adamastor sempre trabalhou de domingo a domingo, cumprindo jornada de oito horas, com interval de 1h, jamais recebendo pagamento de horas extras. No final do ano de 2020, a empresa foi alvo de um violento assalto, no horário do estabelecimento, quando Adamastor foi gravemente ferido pelos meliantes, resulatndo em perda total da capacidade auditiva do ouvido direito, fato que o deixou por um mês em benefício previdenciário. Retornando ao trabalho, mediante alta do INSS, foi demitido sem justa causa, recebendo as verbas rescisórias, estando atualmente desempregado.
Ocorre que muitos de seus direitos não eram observados pelo reclamado, razão pela qual propõe a presente reclamação trabalhista.
II – DO DIREITO
1. DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
O reclamante foi admitido a serviço da reclamada no ano de 2018, na função de mecânico torneiro, percebendo remuneração mensal no valor de R$ 6.000,00. No ano de 2019, o autor passou a exercer a função de gerente, Ocorre que o exercício da nova atividade requer mais habilidade técnica e, além disso, remuneração compatível com sua nova função.
O reclamante exerce a mesma função que seu colega Carlos, com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica. O reclamado, no entanto, nega-se a efetivá-lo na atividade que exerce de fato.
O autor, nos termos do art. 461 da CLT, faz jus à equiparação salarial, a partir do ano de 2020, pois se encontra configurada a igualdade de trabalho, caracterizada pelas seguintes identidades: a) funcional; b) produtiva; c) qualitativa; d) de empregador; e) de local do trabalho; f) de tempo de serviço.
2. DO DESCANSO SEMANAL REMUNERADO
Durante todo o pacto laboral, o Reclamante trabalhava todos os domingos do mês.
Contudo, a Reclamada não realizava o pagamento do DSR nos termos do art. 67 da CLT.
E ainda, tendo em vista que a Reclamante não recebeu sequer de forma simples pelo trabalho prestado, necessário se faz o pagamento em dobro destes dias, com reflexo em férias e 13º salário, conforme dispõe a Súmula 147 do TST.
3. DAS HORAS EXTRAS
A reclamada admitiu o reclamante no ano de 2018 na função de mecânico torneiro, contudo, no ano de 2019, o reclamante fora promovido ao cargo de gerente, percebendo o valor mensal de R$ 6.000,00. Porém, no ano de 2020, o reclamante foi demitido sem justa causa.,
A jornada normal de trabalho era desempenhada, de domingo a domingo, durante oito horas diárias, com intervalo intrajornada de 1h, e 4 (horas) horas extras aos sábados, durante todo o período em que laborou para a reclamada.
Portanto, a reclamada deve fazer incidir as parcelas correspondentes às horas extras nos seguintes itens rescisórios: aviso prévio, férias proporcionais, 13º salário proporcional e FGTS.
4. INDENIZAÇÃO ACIDENTE DE TRABALHO
No final do ano de 2020, a empresa foi alvo de um violento assalto, no horário do expediente, situação em que o reclamante foi gravemente ferido pelos criminosos, resultando em perda total da capacidade auditiva do ouvido direito, permancendo afastado de suas funções laborais durante um mês, e recebendo benefício previdenciário.
O acidente típico de trabalho está definido no artigo 19 da Lei 8.213/91.
De acordo com o que foi exposto em capítulo anterior, estão presentes e comprovados tanto o dano quanto a ocorrência do acidente, cabendo agora demonstrar a responsabilidade da Reclamada pelos prejuízos de ordem moral e financeira suportados pelo Reclamante.
Como se pode notar da descrição dos fatos que ocasionaram o acidente, fica claro que o trabalho do Reclamante era exposto a situação de risco para si e para terceiros, enquadrando-se perfeitamente na hipótese do parágrafo único do art. 927 do Código Civil.
Para a configuração do acidente típico, sob a ótica da responsabilidade objetiva, combinam doutrina e jurisprudência no sentido de ser necessária a presença de apenas dois requisitos elementares:
1. ocorrência do dano;
2. nexo causal entre o dano e a prestação de serviço;
E como se pode observar da descrição do acidente, realizada acima, ambos os requisitos estão presentes in casu, uma vez que o dano inequívoco (vide documentos em anexo) originou-se no exercício do trabalho do Reclamante.
O Código Civil Brasileiro estabelece, em seu art. 186, que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Mais adiante, o artigo 927 do mesmo diploma legal complementa o escopo, prevendo a obrigação de reparação do dano.
Os danos restam plenamente demonstrados pelos documentos juntados nesta oportunidade, sendo indiscutível o nexo causal, já que o Reclamante encontrava-se trabalhando para a Reclamada na ocasião do acidente.
5. DA DEMISSÃO NO PERÍODO DE ESTABILIDADE
A estabilidade provisória decorrente da doença ocupacional ou do trabalho é uma garantia que assegura a manutenção do contrato de trabalho, independentemente da vontade do empregador. 
O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa. A estabilidade para esse caso começa a partir do término do auxílio-doença concedido ao empregado que sofreu acidente de trabalho. 
De acordo com a Lei 8.213/91, em seu artigo 118, garante ao segurando que sofreu acidente de trabalho a manutenção do contrato de trabalho por doze meses, senão vejamos: 
“ Artigo 118. O segurando que sofreu acidente de trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio doença acidentário, independente de percepção de auxílio-acidente. ”
6. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Nos termos do artigo 5º, LXXIV da Carta Magna, àqueles que comprovarem a insuficiência de recursos terá assistência jurídica integral e gratuita.
Neste sentido dispõe o artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil, bem como dispõe o artigo 99 § 4º do mesmo Diploma Legal que “a assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça”.
Pode-se observar, também pelo todo já dito no decorrer da presente peça, que o Reclamante não possui emprego atualmente, o que deixa indubitável a impossibilidade de arcar com as despesas processuais aqui demandadas.
7. DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que a Reclamante é hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu patrono em defesa dos seus interesses.
Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda,como medida apta a custear o trabalho advocatício.
III- DOS PEDIDOS
Ex positis, requer a Vossa Excelência a condenação do Reclamado:
a) complementação salarial (da função de mecânico torneiro para a de gerente no período compreendido entre 2019 a 2020 );
b) reflexos deste valor sobre férias, 13º salário e FGTS;
c) DSR no valor estimado de (R$ XXX,XX)
d) ao pagamento de horas extras, equivalente a 4 horas semanais durante todo período contratual (R$ XXX,XX), com reflexos em adicional de insalubridade (R$ XXX,XX), saldo de salário (R$ XXX,XX), DRS (R$ XXX,XX), férias acrescidas de 1/3 constitucional (R$ XXX,XX), 13º salários (R$ XXX,XX), FGTS (R$ XXX,XX) e multa de 40%(R$ XXX,XX) 
e) A condenação da reclamada à imediata reintegração do reclamante bem como pagamento dos salários e demais verbas pelo periodo afastado..
f) a responsabilidade solidária das reclamadas pelo pagamento das verbas pleiteadas nesta demanda, ou subsidiariamente se assim entender o Juízo;
g) incidência de juros e correção monetária até a data do efetivo pagamento;
h) a notificação da Reclamada para apresentar defesa, se quiser, sob pena de revelia e confissão;
i) a concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita, por tratar-se o Reclamante de pessoa pobre nos termos da lei, não possuindo condições financeiras de arcar com os custos da presente ação sem prejuízo de sua subsistência e de sua família;
j) a condenação da Reclamada ao pagamento de custas judiciais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor bruto da condenação;
k) a produção de todas as provas em direito admitidas, como documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial.
Atribui à causa, aproximadamente, o valor de R$ XX.XXX,XX.
Termos em que pede e espera deferimento.
XXXXXX/XX, XX de abril de 2021.
XXXXXXX XXXXXXX
OAB/XX nº. XX.XXX

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