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TERRITORIALIZAÇÃO-ATENÇÃO BÁSICA DE SAÚDE INTRODUÇÃO Diante da importância da territorialização na atenção básica de saúde, o fundamentanda na ESF é a Atenção Básica territorializada, construída sobre uma base territorial espacialmente delimitada. O território, para efeito do processo de produção de saúde da comunidade, deve ser considerado um espaço vivo capaz de produzir saúde. Portanto, um espaço que deve passar por um diagnóstico epidemiológico para identificar os fatores e condições pertinentes aos processos de saúde e doença de determinada região. Ademais ele deve ser entendido como espaço dinâmico em constante metamorfose nos mais variados aspectos: história, demografia, cultura e epidemiologia e, consequentemente, sujeito a constante variabilidade de riscos e vulnerabilidades, características que reverberam na administração, política, tecnologia e sociedade dentro de suas fronteiras físicas e intangíveis. TERRITORIALIZAÇÃO Fonte: Google imagens No que se refere ao trabalho da ESF, o enfrentamento das determinações sociais em Saúde deve abranger recursos existentes no próprio território; para tanto, a equipe e o médico generalista precisam compreender a comunidade, o modo como ela vive, as dificuldades e os recursos que podem ser usados para produção de saúde. A partir dessa inserção no território é que se pode produzir modos de aprender, intervenções que consideram o saber sobre as pessoas e a clínica ampliada no território, fundamentais na ESF, fortalecendo a relação entre ensino- serviço-comunidade. Dessa maneira, por meio de diagnósticos interdisciplinares e participativos, com mapeamento das áreas de abrangência da Saúde da Família, fornecendo informações aos gestores públicos sobre as condições referentes a qualidade de vida da população, para a elaboração do plano de estratégia de saúde da família. Tal conduta visa conhecer a realidade a partir da demarcação territorial da área de abrangência da Estratégia da Saúde da Família-ESF, com a construção de mapas, e diagnósticos dos problemas, necessidades e situações de saúde que permitam a identificação dos diversos elementos presentes no contexto social. O processo de territorialização pode ser entendido como um movimento historicamente determinado pela expansão do modo de produção capitalista e seus aspectos culturais. Dessa forma, caracteriza-se como um dos produtos socioespaciais das contradições sociais sob a tríade economia, política e cultura (EPC), que determina as diferentes territorialidades no tempo e no espaço - as desterritorialidades e as re territorialidades. Por isso, a perda ou a constituição dos territórios nasce no interior da própria territorialização e do próprio território. Ou seja, os territórios encontram-se em permanente movimento de construção, desconstrução e re construção (Saquet, 2003). Juntamente à municipalização, veio o processo de regionalização, que propôs a estruturação dos Distritos Sanitários como unidades organizacionais mínimas do sistema de saúde. O distrito sanitário deveria ter uma base territorial definida geograficamente, com uma rede de serviços de saúde com perfil tecnológico adequado às características epidemiológicas da sua população. Desse modo, o distrito poderia coincidir com o território do município, ser parte dele ou, ainda, constituir-se como um consórcio de municípios. Nessa última modalidade, deveria ser escolhido, dentre os municípios consorciados, aquele com maior capacidade tecnológica e resolutiva para ser a sede do distrito sanitário. Teoricamente, o Distrito Sanitário deveria ser capaz de resolver todos os problemas e atender a todas as necessidades em saúde da população de seu território, nos três níveis de atenção à saúde:
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