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Fisiologia Cardiovascular

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Fisiologia Cardiovascular 
Sistema Circulatório: 
• o coração bombeia o sangue através de um sistema fechado de vasos; este 
circuito unidirecional leva o sangue por uma rota específica e assegura a 
distribuição de gases, nutrientes, moléculas sinalizadoras e resíduos; um sistema 
composto por um coração, vasos sanguíneos e sangue é conhecido como um 
sistema circulatório; 
DEFINIÇÃO: sistema circulatório é uma série de tubos (vasos sanguíneos) 
cheios de líquido (sangue), conectados a uma bomba (o coração); a pressão 
gerada no coração impulsiona o sangue continuamente pelo sistema; o sangue 
captura o oxigênio nos pulmões e os nutrientes no intestino e, então, entrega 
essas substâncias para as células corporais enquanto, simultaneamente, 
remove resíduos celulares e calor para serem excretados; 
FUNÇÃO: ✔ transportar materiais para/de todas as partes do corpo – 
nutrientes, água e gases, materiais que se movem de célula a célula e resíduos 
eliminados pelas células; 
 ✔ comunicação célula a célula; 
 ✔ defesa do corpo contra invasores; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: o oxigênio entra no corpo na superfície de troca dos pulmões; nutrientes 
e água são absorvidos através do epitélio intestinal; uma vez no sangue, todos 
esses materiais são distribuídos pelo sistema circulatório; um fornecimento 
contínuo de oxigênio às células é particularmente importante, uma vez que 
muitas células, quando privadas de oxigênio, sofrem danos irreparáveis em um 
curto período de tempo, por exemplo, cerca de 5 a 10 segundos depois que o 
fluxo sanguíneo cerebral for interrompido, a pessoa perde a consciência; se a 
chegada do oxigênio parar por 5 a 10 minutos, ocorrerá dano cerebral 
permanente; os neurônios encefálicos possuem uma taxa elevada de consumo 
de oxigênio e não podem suprir suas necessidades metabólicas de ATP 
utilizando vias anaeróbias, as quais têm baixa produção de ATP/glicose; devido 
à sensibilidade do encéfalo à hipóxia, controles homeostáticos fazem todo o 
possível para manter o fluxo sanguíneo cerebral, mesmo que isso signifique 
privar outras células de oxigênio; a comunicação célula a célula é uma função 
fundamental do sistema circulatório, por exemplo, os hormônios secretados 
pelas glândulas endócrinas são transportados no sangue até suas células-alvo; 
nutrientes, como a glicose hepática ou ácidos graxos do tecido adiposo, também 
são transportados pelo sangue para as células metabolicamente ativas, por fim, 
a equipe de defesa, que é constituída de leucócitos e anticorpos, patrulha a 
circulação para interceptar invasores; o sistema circulatório também recolhe os 
resíduos metabólicos e o dióxido de carbono liberados pelas células e os 
transporta para os pulmões e rins, onde serão excretados; alguns produtos 
residuais são transportados até o fígado para serem processados antes que 
sejam excretados na urina e nas fezes; o calor também circula pelo sangue, 
movendo-se do centro do corpo para a superfície, onde é dissipado; 
COMPOSIÇÃO: ① coração; 
 ② vasos sanguíneos (artérias – levam o sangue do coração 
para o corpo e veias – trazem o sangue até o coração); 
 ③ plasma sanguíneo; 
 ④ células; 
Circulação 
 
 
 
 
 
Circulação Pulmonar: o sangue flui para dentro do ventrículo direito 
do coração, de onde ele é bombeado via artérias pulmonares para os pulmões, 
onde é oxigenado, indicando conteúdo de oxigênio mais alto após o sangue 
deixar os pulmões (hematose); a partir dos pulmões, o sangue vai para o lado 
esquerdo do coração através das veias pulmonares; os vasos sanguíneos que 
vão do ventrículo direito para os pulmões e os que voltam para o átrio esquerdo 
são denominados circulação pulmonar – pequena circulação; 
Circulação Sistêmica: o sangue proveniente dos pulmões entra no 
coração no átrio esquerdo e passa para o ventrículo esquerdo; o sangue é 
bombeado para fora do ventrículo esquerdo e entra em uma grande artéria 
conhecida como aorta; a aorta ramifica-se em uma série de artérias menores 
que, por sua vez, ramificam-se em artérias ainda menores até chegarem, por fim, 
em uma rede de capilares; a cor muda do vermelho para o azul quando o sangue 
passa pelos capilares, indicando que o oxigênio saiu do sangue e se difundiu 
para os tecidos após deixar os capilares, o sangue flui para o lado venoso 
da circulação, movendo-se de pequenas veias para veias cada vez 
maiores; as veias da parte superior do corpo se juntam e formam a veia cava 
superior; as veias da parte inferior se juntam e formam a veia cava inferior; as 
duas veias cavas desembocam no átrio direito; os vasos sanguíneos que levam 
o sangue do lado esquerdo do coração para os tecidos e de volta para o lado 
direito do coração são denominados circulação sistêmica; 
Coração: o coração está dividido por uma parede central, ou septo, em 
metades esquerda e direita; cada metade funciona como uma bomba 
independente que consiste em um átrio e um ventrículo; os átrios recebem o 
sangue que retorna ao coração dos vasos sanguíneos, e os ventrículos 
bombeiam o sangue para dentro dos vasos sanguíneos; o lado direito do coração 
recebe sangue a partir dos tecidos e o envia para os pulmões, onde será 
oxigenado; o lado esquerdo do coração recebe o sangue recém-oxigenado 
dos pulmões e o bombeia para os tecidos de todo o corpo; à medida que o 
sangue é transportado pelo sistema circulatório, um sistema de valvas no 
coração e nas veias assegura que o sangue flua em apenas um sentido; as 
valvas impedem que o sangue inverta o sentido do seu fluxo; 
Aorta: ramificações da aorta após ela deixar o ventrículo esquerdo: o primeiro 
ramo representa as artérias coronárias, que nutrem o próprio músculo cardíaco; 
o sangue dessas duas artérias flui para os capilares e, então, para as veias 
coronárias, as quais desaguam diretamente no seio coronariano, dentro do átrio 
direito; os ramos ascendentes da aorta vão para os braços, a cabeça e o 
encéfalo; a aorta abdominal supre de sangue o tronco, as pernas e os órgãos 
internos, como o fígado (artéria hepática), o trato digestório e os rins (artéria 
renal); 
Sistema Porta: suprimento sanguíneo para o trato digestório e para o 
fígado: ambas as regiões recebem sangue bem-oxigenado através de 
suas próprias artérias, mas, além disso, o sangue deixa o trato digestório e vai 
diretamente para o fígado pela veia porta do fígado; o fígado é um órgão 
importante de processamento de nutrientes e tem um papel principal na 
destoxificação (eliminação) de substâncias estranhas; a maioria dos nutrientes 
absorvidos no intestino é levada diretamente ao fígado, permitindo que este 
órgão processe o material antes de ele ser liberado na circulação geral; os dois 
leitos capilares do trato digestório e do fígado, unidos pela veia porta 
do fígado, são um exemplo de sistema porta (hepático); um segundo sistema 
porta existe nos rins, onde dois leitos capilares são conectados em série; um 
terceiro sistema porta, é o sistema porta hipotálamo-hipofisário, que conecta o 
hipotálamo e a adeno-hipófise; 
Pressão, Volume, Fluxo e Resistência 
Por que o sangue flui pelo sistema circulatorio? 
Resposta: Para que o oxigenio e os nutrientes possam chegar a todas as partes do 
corpo! Porem, alem disso, temos: 
Quais os mecanismos ou forcas que geram o fluxo sanguineo? 
Resposta: Os liquidos e os gases fluem por gradientes de pressao 
(ΔP) de regioes de alta pressao para regioes de baixa pressao! 
➜ o coração gera alta pressão quando se contrai; o sangue flui para fora do 
coração (a região de pressão mais alta) para o circuito fechado de vasos 
sanguíneos (uma região de menor pressão); conforme o sangue se move 
pelo sistema, a pressão diminui, devido ao atrito entre o sangue e a parede dos 
vasos sanguíneos; consequentemente, a pressão cai de forma contínua com o 
movimentodo sangue para longe do coração; a pressão mais alta nos vasos do 
sistema circulatório é encontrada na aorta e nas artérias sistêmicas, as quais 
recebem sangue do ventrículo esquerdo; a pressão mais baixa ocorre nas veias 
cavas, imediatamente antes de desembocarem no átrio direito; 
 
 
 
 
 
 
Pressão: é a força exercida pelo líquido no seu recipiente; no coração e nos 
vasos sanguíneos, a pressão é normalmente mensurada em milímetros de 
mercúrio (mmHg), em que um milímetro de mercúrio equivale à pressão 
hidrostática exercida por uma coluna de mercúrio com 1 mm de altura sobre uma 
área de 1 cm2; se o fluido não está se movendo, a pressão que ele exerce 
é chamada de pressão hidrostática, e a força é exercida igualmente em todas as 
direções; por exemplo, uma coluna de líquido em um tubo exerce pressão 
hidrostática na base e nos lados do tubo; em um sistema no qual o líquido está 
em movimento, a pressão cai com a distância à medida que a energia é perdida 
devido ao atrito; 
➜ se as paredes de um recipiente cheio de líquido se contraem, a pressão 
exercida sobre o líquido no recipiente aumenta; exemplo: encher um balão com 
água e o apertar com a mão; à medida que você aperta, a pressão mais alta no 
líquido faz as partes do balão tornarem-se salientes; se a pressão for elevada o 
suficiente, a tensão nas paredes do balão faz ele se romper; o volume de água 
dentro do balão não se alterou, mas a pressão no líquido aumentou; 
➜ no coração humano, a contração dos ventrículos cheios de sangue é similar a 
apertar um balão com água: a pressão gerada pela contração do músculo 
ventricular é transferida para o sangue; o sangue sob alta pressão flui para fora 
do ventrículo, para os vasos sanguíneos, deslocando o sangue sob baixa 
pressão que já está nos vasos; a pressão criada dentro dos ventrículos é 
denominada pressão propulsora, pois é a força que impulsiona o sangue pelos 
vasos sanguíneos; quando as paredes de um recipiente preenchido com líquido 
se expandem, a pressão exercida sobre o líquido diminui; por isso, quando o 
coração relaxa e se expande, a pressão dentro das câmaras cheias de líquido 
cai; variações na pressão também podem ocorrer nos vasos 
sanguíneos; se os vasos sanguíneos dilatarem, a pressão dentro do sistema 
circulatório cai; se os vasos sanguíneos contraírem, a pressão sanguínea no 
sistema aumenta; as mudanças no volume dos vasos sanguíneos e no coração 
são os principais fatores que influenciam a pressão sanguínea no sistema 
circulatório; 
IMPORTANTE: O fluxo pelo tubo é diretamente proporcional (α) 
ao gradiente de pressão (∆P) - P1 - P2; Essa relação significa que 
quanto maior o gradiente de pressão, maior é o fluxo de líquido! 
 
 
 
 
 
Resistência: a tendência de o sistema circulatório se opor ao fluxo sanguíneo 
é denominada resistência ao fluxo; um aumento na resistência de um vaso 
sanguíneo resulta em redução do fluxo por ele; 
➜ o fluxo é inversamente proporcional à resistência; se a resistência aumenta, o 
fluxo diminui; se a resistência diminui, o fluxo aumenta; 
➜ a resistência é influenciada por três componentes: o raio do tubo (r), o 
comprimento do tubo (L) e a viscosidade (“espessura”) do líquido (η, a letra 
grega); a Lei de Poiseuille diz que: a resistência oferecida por um tubo ao fluxo 
do líquido aumenta quando o comprimento do tubo aumenta, a resistência 
aumenta à medida que aumenta a viscosidade do líquido, mas a resistência 
diminui quando o raio do tubo aumenta; 
 
 
Dica: lembrar do exemplo do milkshake: não precisa sugar tão 
forte se o canudo é curto (a resistência oferecida pelo canudo 
aumenta quando seu comprimento aumenta); beber água de 
canudinho é mais fácil que beber um milkshake espesso (a 
resistência aumenta com a viscosidade); além disso, tomar o 
milkshake com um canudo mais grosso é muito mais fácil do que com 
um canudinho fino (a resistência aumenta quando o raio diminui)! 
Qual a importancia do comprimento do tubo, a viscosidade do liquido e o raio do 
tubo para o fluxo sanguineo em um individuo normal? 
R: O comprimento da circulacao sistemica e determinado pela anatomia do sistema 
e e essencialmente constante. 
A viscosidade do sangue e determinada pela razao entre os eritrocitos e o plasma, 
bem como pela quantidade de proteinas plasmaticas. Em geral, a viscosidade e 
constante, e pequenas mudancas no comprimento ou na viscosidade causam poucos 
efeitos na resistencia. Isso faz as mudancas no raio dos vasos sanguineos serem 
a principal variavel que afeta a resistencia na circulacao sistemica! 
Dica 2: lembrar novamente do exemplo do milkshake: como a 
modificação no raio do tubo afeta a resistência: Se assumirmos que 
o comprimento do canudo e a viscosidade do milkshake não mudam, 
este sistema é semelhante ao sistema circulatório – onde o raio do 
tubo tem o maior efeito sobre a resistência. Se considerarmos 
somente a resistência (R) e o raio (r) na equação: a relação 
entre resistência e raio pode ser expressa como: 
 
Se o raio do canudo fino é 1, sua resistência é proporcional 
a 1/14, ou 1. Se o canudo grosso tem um raio igual a 2, a resistência 
que ele oferece é ½4, ou 1/16, da oferecida pelo canudo fino 
Como o fluxo é inversamente proporcional à resistência, o fluxo 
aumenta 16 vezes quando o raio duplica. Como pode ver a partir 
deste exemplo, uma pequena mudança no raio do tubo tem um 
grande efeito sobre o fluxo de um líquido pelo tubo. Do mesmo 
modo, uma pequena mudança no raio de um vaso sanguíneo terá um 
grande efeito na resistência desse vaso ao fluxo sanguíneo! 
Vasoconstrição: diminuição no diâmetro de um vaso sanguíneo e diminuição no 
fluxo sanguíneo 
Vasodilatação: aumento no diâmetro de um vaso sanguíneo e aumento no fluxo 
sanguíneo 
Resumão: o fluxo sanguíneo no sistema circulatório é 
diretamente proporcional ao gradiente de pressão no sistema e 
inversamente proporcional à resistência do sistema ao fluxo. Se o 
gradiente de pressão permanece constante, então o fluxo varia 
inversamente à resistência!!!!!! 
Taxa de Fluxo: é o volume sanguíneo que passa em um dado ponto do 
sistema por unidade de tempo; na circulação, o fluxo é expresso em litros por 
minuto (L/min) ou em mililitros por minuto (mL/min); por exemplo, o fluxo 
sanguíneo através da aorta de um homem que pesa 70 kg em repouso é de cerca 
de 5 L/min; 
Velocidade de Fluxo: é a distância que um dado volume sanguíneo percorre 
em um dado período de tempo; a velocidade de fluxo é uma medida de o quão 
rápido o sangue flui ao passar por um ponto; 
Área de Secção Transversal do Tubo (A): é a relação entre a velocidade 
de fluxo (v) e a taxa de fluxo (Q); 
A equação diz que a velocidade de fluxo por um tubo é igual à taxa de fluxo 
dividida pela área de secção transversal do tubo; em um tubo com diâmetro fixo 
(e, portanto, uma área de secção transversal fixa), a velocidade de fluxo é 
diretamente relacionada à taxa de fluxo; em um tubo com diâmetro variável, se 
a taxa de fluxo é constante, a velocidade de fluxo varia inversamente ao 
diâmetro; em outras palavras, a velocidade é maior em partes mais estreitas 
e mais lenta em partes mais largas; 
➜ o coração gera pressão quando se contrai e bombeia o sangue para o lado 
arterial da circulação; as artérias atuam como um reservatório de pressão 
durante a fase de relaxamento do coração, mantendo a pressão arterial média 
(PAM), que é a força impulsora do fluxo sanguíneo; a pressão arterial média é 
influenciada por dois parâmetros: o débito cardíaco (volume sanguíneo que o 
coração bombeia por minuto) e a resistência periférica (resistência dos vasos 
sanguíneos ao fluxo sanguíneo por eles); 
 
 
 
Fases do Ciclo Cardíaco 
① SÍSTOLE: é o período de contração do músculo cardíaco 
② DIÁSTOLE: é o período de relaxamento do músculo cardíaco 
Lembrar: o sangue flui de uma área de maior pressão para uma de 
menor pressão, e quea contração aumenta a pressão, ao passo que 
o relaxamento a diminui! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre o gráfico: a figura acima representa as alterações na pressão e no volume 
que ocorrem no ventrículo esquerdo, o qual envia o sangue para a circulação 
sistêmica; o lado esquerdo do coração gera pressões mais elevadas do que o 
lado direito, o qual envia o sangue para a circulação pulmonar, que é mais curta; 
o ciclo inicia no ponto A; o ventrículo completou a sua contração e contém uma 
quantidade mínima de sangue, que ele manterá durante todo o ciclo; o ventrículo 
está relaxado e a pressão no seu interior também está em seu menor valor; o 
sangue está fluindo das veias pulmonares para o átrio; quando a pressão no átrio 
ultrapassa a pressão do ventrículo, a valva mitral (AV esquerda), localizada entre 
o átrio e o ventrículo, abre-se, (figura acima, ponto A); agora, o sangue flui 
do átrio para o ventrículo, aumentando seu volume (do ponto A para o ponto A’); 
à medida que o sangue entra, o ventrículo que está relaxando se expande para 
acomodar o sangue que está entrando; consequentemente, o volume do 
ventrículo aumenta, porém a pressão do ventrículo aumenta muito pouco; a 
última etapa do enchimento ventricular é concluída pela contração atrial (do 
ponto A’ para o ponto B); o ventrículo agora contém o volume máximo de sangue 
que ele manterá durante este ciclo cardíaco (ponto B); como o enchimento 
máximo do ventrículo ocorre no final do relaxamento ventricular (diástole), este 
volume recebe o nome de volume diastólico final (VDF); em um homem 
com 70 kg em repouso, o volume diastólico final é de aproximadamente 135 mL; 
entretanto, o VDF varia sob diferentes condições; por exemplo, durante períodos 
de frequência cardíaca muito alta, quando o ventrículo não tem tempo para se 
encher completamente entre os batimentos, o VDF pode ser menor que 135 mL; 
quando a contração ventricular inicia, a valva mitral (AV) se fecha; com as valvas 
AV e as válvulas semilunares fechadas, o sangue no interior do ventrículo não 
tem para onde ir; entretanto, o ventrículo continua a se contrair, fazendo a 
pressão aumentar rapidamente durante a contração ventricular isovolumétrica (B 
➜ C na figura acima); quando a pressão no ventrículo ultrapassa a pressão na 
aorta, a valva da aorta se abre (ponto C); a pressão continua a se elevar 
enquanto o ventrículo se contrai ainda mais, porém o volume ventricular diminui 
conforme o sangue é ejetado para a aorta (C n D); o coração não se esvazia 
completamente de sangue a cada contração ventricular; o volume sanguíneo 
deixado no ventrículo ao final da contração é chamado de volume sistólico final 
(VSF); o VSF (ponto D) é a menor quantidade de sangue que o ventrículo contém 
durante um ciclo cardíaco; o valor médio para o VSF em uma pessoa em repouso 
é de 65 mL, quase metade dos 135 mL (VDF) que estavam no ventrículo no início 
da contração, ainda estão lá no final dela; ao final de cada contração ventricular, 
o ventrículo começa a relaxar e a pressão diminui; quando a pressão no 
ventrículo cai a valores inferiores aos da pressão na aorta, a válvula semilunar 
se fecha, e o ventrículo mais uma vez se torna uma câmara isolada; o restante 
do relaxamento ocorre sem alteração no volume sanguíneo e, portanto, essa fase 
é chamada de relaxamento isovolumétrico (figura acima, D ➜ A); quando 
finalmente a pressão ventricular cai a níveis inferiores aos da pressão atrial, 
a valva AV esquerda (mitral) abre-se e o ciclo inicia novamente; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEMBRAR: o fluxo sanguíneo através do coração é regido pelo mesmo princípio 
que rege o fluxo de todos os líquidos e gases: o fluxo vai de áreas de maior 
pressão para áreas de menor pressão; quando o coração contrai, a pressão 
aumenta e o sangue flui para as áreas de menor pressão!!!!!!! 
Qual a finalidade de o sangue permanecer nos ventriculos ao final de cada 
contracao? 
R: A finalidade e que o VSF de 65 mL proporciona uma margem de seguranca, uma 
reserva. Com uma contracao mais eficaz, o coracao pode diminuir seu VSF, 
enviando mais sangue para os tecidos. Como muitos orgaos do corpo, o coracao 
geralmente nao trabalha "a todo vapor"! 
Volume Sistólico: é a quantidade de sangue (volume) bombeado por um 
ventrículo durante uma contração; é medido em mililitros por batimento e pode 
ser calculado da seguinte forma: 
 
Débito Cardíaco: é o volume sanguíneo ejetado pelo ventrículo 
esquerdo em um determinado período de tempo; o débito cardíaco (DC) pode ser 
calculado multiplicando-se a frequência cardíaca (batimentos por minuto) pelo 
volume sistólico (mL por batimento, ou por contração): 
 
Uma vez que todo o sangue que deixa o coração flui através dos tecidos, o débito 
cardíaco é um indicador do fluxo sanguíneo total do corpo; entretanto, o débito 
cardíaco não nos informa como o sangue é distribuído aos vários tecidos; esse 
aspecto do fluxo sanguíneo é regulado nos tecidos; 
Sistema Nervoso Autônomo e Frequência Cardíaca: a 
frequência cardíaca é iniciada pelas células autoexcitáveis do nó SA, porém, ela 
é modulada por estímulos neurais e hormonais; as porções simpática e 
parassimpática do sistema nervoso autônomo influenciam a frequência cardíaca 
através de um controle antagônico; a atividade parassimpática diminui a 
frequência cardíaca, ao passo que a atividade simpática a aumenta; 
 
CONTROLE PARASSIMPÁTICO: o neurotransmissor parassimpático 
acetilcolina (ACh) diminui a frequência cardíaca; a acetilcolina ativa os 
receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K+ e Ca2+ nas 
células marca-passo; a permeabilidade ao K+ aumenta, hiperpolarizando a 
célula, de modo que o potencial marca-passo inicia em um valor mais negativo; 
ao mesmo tempo, a permeabilidade ao Ca2+ diminui nas células marca-passo; a 
diminuição da permeabilidade ao Ca2+ retarda a taxa em que o potencial marca-
passo despolariza; a combinação dos dois efeitos faz a célula levar mais tempo 
para alcançar o limiar, atrasando o início do potencial de ação no marca-passo e 
diminuindo a frequência cardíaca; 
CONTROLE SIMPÁTICO: a estimulação simpática nas células marca-passo 
acelera a frequência cardíaca; as catecolaminas noradrenalina (dos neurônios 
simpáticos) e adrenalina (da medula da glândula suprarrenal) aumentam o fluxo 
iônico através dos canais If e de Ca2+; a entrada mais rápida de cátions acelera 
a taxa de despolarização, fazendo a célula atingir o limiar mais rapidamente e, 
assim, aumentando a taxa de disparo do potencial de ação; quando o marca-
passo dispara potenciais de ação mais rapidamente, a frequência cardíaca 
aumenta; as catecolaminas exercem seus efeitos ligando-se e ativando 
receptores β1-adrenégicos nas células autoexcitáveis; os receptores β1 utilizam 
o sistema de segundo mensageiro AMPc para alterar as propriedades de 
transporte dos canais iônicos; no caso dos canais If, que são canais dependentes 
de nucleotídeos cíclicos, o próprio AMPc é o mensageiro; quando o AMPc se liga 
para abrir os canais If, eles permanecem abertos por mais tempo; a 
permeabilidade aumentada ao Na+ e ao Ca2+ durante as fases do potencial 
marca-passo acelera a despolarização e a frequência cardíaca; 
CONTROLE TÔNICO: o controle tônico da frequência cardíaca é dominado 
pela porção parassimpática; esse controle pode ser demonstrado 
experimentalmente bloqueando-se todos os sinais autonômicos de entrada para 
o coração; quando todos os sinais simpáticos e parassimpáticos para o coração 
são bloqueados, a frequência de despolarização espontânea do nó SA é de 90 
a 100 vezes por minuto; para alcançar uma frequência cardíaca em repouso de 
70 batimentos por minuto, a atividade parassimpática tônica deve diminuir a 
frequência intrínseca de 90 bpm; 
➜ um aumento da frequência cardíaca pode ser alcançado de duas formas; o 
modo mais simples de aumentar a frequênciacardíaca é diminuir a atividade 
parassimpática; quando a influência parassimpática é retirada das células 
autoexcitáveis, elas assumem sua frequência intrínseca de despolarização e a 
frequência cardíaca aumenta para 90 a 100 bpm; um estímulo simpático é 
necessário para aumentar a frequência cardíaca acima da taxa intrínseca; a 
noradrenalina (ou adrenalina) nos receptores β1 acelera a taxa de despolarização 
das células autoexcitáveis e aumenta a frequência cardíaca; ambas as 
subdivisões autonômicas também alteram a velocidade de condução no nó AV; 
a acetilcolina desacelera a condução dos potenciais de ação através do nó AV, 
aumentando, assim, o retardo elétrico nessa estrutura; em contrapartida, as 
catecolaminas, adrenalina e noradrenalina, aceleram a condução dos potenciais 
de ação através do nó AV e do sistema de condução; 
Fatores que influenciam o Volume Sistólico: o débito sistólico, o 
volume sanguíneo bombeado por cada ventrículo em cada contração, está 
diretamente relacionado à força gerada pelo músculo cardíaco durante uma 
contração; em geral, quando a força de contração aumenta, o volume sistólico 
aumenta; no coração isolado, a força de contração ventricular é afetada por dois 
parâmetros: o comprimento da fibra muscular no início da contração e a 
contratilidade do coração; o volume sanguíneo no ventrículo no início da 
contração (o volume diastólico final) determina o comprimento do músculo; 
contratilidade é a capacidade intrínseca de uma fibra muscular cardíaca de se 
contrair em qualquer comprimento da fibra e é uma função da interação do Ca2+ 
com os filamentos contráteis; 
Relação comprimento-tensão e a lei de Frank Starling 
do coração: nos músculos estriados, a força gerada por uma fibra muscular 
é diretamente relacionada com o comprimento do sarcômero; quanto mais 
alongada estiver a fibra muscular e o sarcômero no início da contração, maior 
será a tensão desenvolvida, até um limite máximo;

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