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[05 10 2020] Imunidade Adptativa Celular

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Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
05.10.2020, segunda-feira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• A imunidade adaptativa é a imunidade mais específica que a imunidade inata, 
possuindo uma resposta heterogênea para um patógeno de cada espécie; 
• Ela é mais lenta do que a imunidade inata, porém confere uma resposta mais rápida 
a partir da segunda contaminação, ou seja, para que ela seja iniciada ela requer 
contato prévio com um agente infeccioso; 
• Ela pode ser divida em imunidade adaptativa celular e imunidade adaptativa humoral. 
 
 
 
 
 
 
• As células que compõem a resposta imune adaptativa celular podem ser classificadas 
em dois tipos: 
o Células apresentadoras de antígenos (APCs) → Células especializadas localizadas 
nos tecidos que capturam os antígenos, os transportam para os tecidos linfoides 
periféricos e os apresentam aos linfócitos, fazendo a ponte entre a imunidade 
inata e a imunidade adaptativa celular; 
 
 
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IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR 
Imunologia 
 
Células da resposta imune adaptativa celular 
IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR 
 
Macrófago 
 
Célula dendrítica 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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o Células efetoras da imunidade inata → São células que regulam os processos 
imunes combatem antígenos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Os antígenos proteicos de microrganismos que entram no corpo são capturados pelas 
APCs (principalmente as células dendríticas, que se encontram em todas as barreiras 
epiteliais do corpo); 
• Essas células detectam os PAMPs produzidos através dos seus PRRs, e então capturam 
os microrganismos e os fagocita, ao mesmo tempo produzem as citocinas inflamatórias, 
tal como a IL-1 e o TNF-α; 
 
Linfócito TCD4 
Quando ativados, se diferenciam 
nas células T auxiliares (Th), 
possuem como função a 
produção de citocinas que 
promovem a ativação de outras 
células imunes e da resposta 
inflamatória. 
Linfócito Treg 
É uma célula responsável 
por regular a atividade dos 
outros linfócitos que fazem 
parte da imunidade adaptativa 
celular, fazendo a supressão 
dessas células quando 
necessário. 
Linfócito TCD8 
Quando ativados, se 
diferenciam nas células T 
citotóxicas (CTL), possuem 
uma função semelhante às 
células NK, induzindo apoptose 
em células infectadas por vírus 
ou células tumorais. 
Captura de antígenos 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Nas células dendríticas, a ativação dos seus TLR, as faz perderem a sua adesividade 
pelos epitélios; 
• Elas começam a expressar o receptor de quimiocinas CCR7, que é específico para 
quimiocinas produzidas pelo endotélio linfático e pelas células estromais nas zonas de 
células T dos linfonodos; 
 
 
 
 
 
• O MHC (major histocompatibility complex) é um lócus genético, cujos produtos 
proteicos funcionam como moléculas apresentadoras de peptídeos do sistema 
imunológico; 
• Esse lócus fornece instruções para a produção de 2 tipos de MHC: 
o MHC Classe I → É expresso na superfície de todas as células nucleadas saudáveis, 
e faz com que essas células possam apresentar antígenos derivados de 
microrganismos no citoplasma para as células TCD8; 
o MHC Classe II → É expresso apenas na superfície das APCs e apresenta antígenos 
dos microrganismos fagocitados por essas células para as células TCD4. 
 
 
Complexo principal de histocompatibilidade (mhc) 
• Essas quimiocinas 
direcionam as 
células 
dendríticas para 
sair do epitélio e 
migrar através 
dos vasos 
linfáticos para os 
linfonodos de 
drenagem 
daquele epitélio; 
• Ao chegar no 
vaso linfático, os 
antígenos 
originados da 
fagocitose dos 
microrganismos 
são expressos 
no MHC de 
classe II e 
detectados pelas 
células TCD4 
virgens, 
resultando na sua 
ativação. 
 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• As proteínas extracelulares de patógenos internalizadas por APCs especializadas 
(células dendríticas e macrófagos) são processadas em endossamos e lisossomos 
tardios e apresentadas pelas moléculas de MHC de classe II aos linfócitos TCD4; 
• Já as proteínas citosólicas de qualquer célula nucleada são transformadas em estruturas 
proteolíticas chamadas proteassomas e apresentadas pelas moléculas de MHC de 
classe I aos linfócitos TCD8; 
 
 
• O processamento das proteínas de microrganismos extracelulares para a via do MHC 
classe II ocorre nas seguintes etapas: 
1. Internalização e digestão dos antígenos; 
2. Ligação dos antígenos ao complexo MHC II; 
3. Transporte do complexo antígeno-MHC II para a superfície celular. 
 
 
 
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apresentação de antígenos 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Já o processamento das proteínas de microrganismos intracelulares para a via do MHC 
classe I ocorre nas seguintes etapas: 
1. Proteólise de proteínas citosólicas mediada por ubiqutinização; 
2. Ligação dos antígenos proteolíticos ao MHC 1; 
3. Transporte de complexos peptídeo-MHC na superfície da célula. 
 
 
 
 
 
• Como os vírus e tumores acometem muitos tipos variados de células, não só as células 
dendríticas, para que ocorra a apresentação desses antígenos para os linfócitos TCD8 
imaturos; 
• Um subconjunto de células dendríticas clássicas têm a capacidade de ingerir células 
hospedeiras infectadas, células tumorais mortas, microrganismos e antígenos 
microbianos e tumorais e transportar os antígenos ingeridos para o citosol, onde eles 
são processados pelo proteassoma; 
apresentação cruzada 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Os peptídeos antigênicos que são gerados em seguida entram no RE e se ligam a 
moléculas de classe I, que apresentam os antígenos para o reconhecimento por 
linfócitos TCD8; 
• As células TCD8 então imaturas reconhecem o antígeno e se diferencial em linfonodos 
capazes de responder aos antígenos intracelulares de células infectadas. 
 
 
 
 
 
 
 
reconhecimento de antígenos 
• Os linfócitos T apresentam receptores antigênicos 
denominados TCR (T-cell Receptor), que se ligam aos 
complexos de MHC reconhecendo antígenos; 
• Cada TCR reconhece apenas um de três resíduos 
do peptídeo associado ao MHC; 
• Adicionalmente, a ativação de célula T requer 
participação de molécula correceptor CD4 ou CD8, 
que reconhece porções não polimórficas das 
moléculas de MHC e também transmite sinais; 
• A ligação do TCR ao MHC, e do CD4 e CD8 entre 
a APC e o linfócito T cria uma cascata de sinalização 
intracelular que promove expressão de certos genes 
do linfócito T; 
• A expressão desses genes ativa as células e faz cm 
que elas se diferenciem na sua forma efetora. 
Carlos EduardoCampos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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• Após serem ativados, os linfócitos T sofrem expansão clonal: 
o Uma parte dos linfócitos T migram para o sítio de inflamação para combater os 
antígenos; 
o Outra parte permanece no linfonodo como células de memória, sendo assim, 
quando o antígeno for encontrado por uma segunda vez, elas já estarão 
preparadas para combatê-lo. 
 
 
• As células TCD4 se diferenciam nas células T auxiliares (Th) e as células TCD8 se 
diferenciam nas células T citotóxicas (CTL); 
 
• Dependendo do antígeno, essas células Th adquirem a capacidade de produzir 
diferentes grupos de citocinas: 
o Células Th1: 
▪ Secreção de IFN-γ e IL-12; 
▪ Ação sobre macrófagos, células NK, TCD8 e sobre os Linfócitos B (IgG); 
▪ Células Th1 agem através de ligante-CD40 e IFN-γ e aumentam a habilidade 
de macrófagos em matar microrganismos fagocitados. 
o Células Th2: 
▪ Secreção de IL-4, IL-5, e IL-13; 
▪ As células Th2 são induzidas em infecções causadas por vermes parasitas e 
promovem a destruição desses parasitas mediada por IgE, mastócitos e 
eosinófilos; 
▪ É uma célula presente também na resposta a alérgenos. 
o Células Th17: 
▪ Secreção de IL-17 e IL-22.; 
▪ As células Th17 se desenvolvem em infecções envolvendo bactérias e fungos 
e induzem reações inflamatórias que destroem bactérias extracelulares e 
fungos, e podem contribuir para várias doenças inflamatórias. 
Ativação de linfócitos t e mecanismos efetores 
Carlos Eduardo Campos Mendes T5 MED 9 de Julho São Bernardo do Campo 
 
 
 
 
 
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o Granzimas → Degradam proteínas de membrana e ativam caspases que iniciam 
a apoptose 
• As células Treg inibem ou suprimem a diferenciação e função de outras subpopulações 
de células TCD4, isto é, células Th1, Th2 e Th17. 
o Elas também suprimem a ativação e proliferação de outros tipos celulares incluindo 
células dendríticas e linfócitos B. 
Resumo 
• Os CTL realizam o reconhecimento 
de antígenos expressos na 
membrana de células infectadas e 
induz a destruição de células 
infectadas por vírus e células 
tumorais através da liberação de 
perforinas e granzimas; 
o Perforinas → Formam canais na 
MP para a entrada das 
granzimas; 
 
• A resposta imune adaptativa é mais específica e heterogênea que a resposta inata, 
porém ela necessita de contato prévio com o antígeno; 
• As células da imunidade adaptativa podem ser divididas em: 
o Células apresentadoras de antígeno (APCs) → Macrófagos e células dendríticas; 
o Células efetoras → Linfócitos TCD4 (T auxiliar/Th); Linfócitos TCD8 (T 
citotóxica/CTL) e Linfócitos T regulatórios (Treg). 
• As APCs detectam os PAMP e DAMP através de seus PRR, migram através do vaso 
linfático para o linfonodo mais próximo e apresentam antígenos para as células efetoras 
através do MHC: 
o MHC classe I → Reconhece antígenos intracelulares e é encontrado em todas as 
cél. nucleadas; 
o MHC classe II → Reconhece antígenos extracelulares e é encontrado nas APCs; 
• Os linfócitos T reconhecem os antígenos a partir da ligação entre seu TCR e o MHC, 
além disso outros receptores de membrana dessas células, como os receptores CD4 
e CD8, também se ligam a receptores das APCs; 
• Os linfócitos TCD4 reconhecem os MHC de classe II, e se diferenciam em células Th 
diferentes, dependendo do antígeno, expressando citocinas diferentes: 
o Th1 → Secreta IFN-γ e IL-12, ativando macrófagos, células NK, células TCD8 e 
linfócitos B; 
o Th2 → Secreta IL-4, IL-5, e IL-13 e ativa mastócitos e eosinófilos; 
o Th17 → Secreta IL-17 e IL-22 e ativa neutrófilos e outros fagócitos. 
• Os CTL reconhecem MHC de classe I, e secretam perforinas e granzimas, induzindo 
a apoptose das células infectadas por vírus ou células tumorais; 
• As células Treg inibem ou suprimem a diferenciação e proliferação dos outros linfócitos.

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