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Hiperemia, congestão e edema – 25.08.2021 Ø Distúrbios da circulação: hiperemia, edema, isquemia, trombose, embolia, enfarto. Ø Princípios gerais da circulação: § Sangue § Sistema vascular: coração + artérias + veias + capilares Ø Congestão passiva // Hiperemia ativa: aumento da quantidade de sangue no interior dos vasos de um órgão ou território orgânico. Pode ser classificada em ativa x passiva, aguda x crônica Ø Hiperemia ativa: aumento do fluxo sanguíneo de vasos arteriais para o leite capilar, devido à estimulação simpática e/ou ação de substâncias vasoativas, resultando em enrubescimento e aumento da temperatura da região à ERITEMA § Fisiológica: modificações circulatórias adaptativas à maior exigência funcional (aumento do suprimento de oxigênio e nutrientes à maior demanda de trabalho) Observada em músculos esqueléticos, mucosa gastrointestinal e uterina, exposição solar branda § Patológica: decorre de processos mórbidos, como inflamações agudas, traumatismos, reações de hipersensibilidade, agressão por irradiação e injúria térmica Ø Hiperemia passiva // Congestão passiva: aumento da massa sanguínea no interior do vaso por dificuldade de drenagem, com redução da oxigenação deste sangue à CIANOSE § Associada a processos patológicos § Localizada: causada por fatores que dificultam o retorno venoso. Ex: trombose e ação da gravidade sobre o sangue por insuficiência das válvulas venosas ou por posição ortostática prolongada § Generalizada: geralmente consequente à insuficiência cardíaca. Os ventrículos reduzem o bobeamento, o que aumenta o volume de sangue arterial residual ventricular e dificulta o esvaziamento dos átrios na diástole. Ocorre então um aumento da pressão hidrostática nos átrios, que se reflete de modo retrógado nas veias que ali desembocam Ø Principais consequências da hiperemia passiva: § Edema § Hemorragia § Degenerações § Necrose § Trombose Ø Congestão passiva e edema: CONGESTÃO à aumento da massa sanguínea no vaso à aumento da pressão hidrostática intravascular à extravasamento de líquidos para o interstício à EDEMA *Exceção: edema cerebral é resultante de acúmulo intersticial e intracelular Ø Edema: acúmulo anormal/excessivo de líquidos no interstício ou em cavidades pré-formadas § Localizado: ü Depressíveis: q Edema duro x mole q Sinal de cacifo ü Cavidades pré-formadas – Derrames q Hidrocéfalo q Hidropericárdio q Hidroperitônio ou ASCITE q Hidrotórax § Generalizado à ANASARCA § Transudato: água > proteínas e células § Exsudato: proteínas e células > água Ø Microcirculação homeostasia x edema: PH: pressão hidrostática (sangue) é maior no interior do vaso do que no interstício arterial, o que facilita a filtração líquida para o interstício PO: pressão oncótica é maior no interior do vaso do que no interstício venoso = captação dos nutrientes no meio intersticial a partir do extravasamento de água PH: pressão hidrostática (sangue) é menor no interior do vaso do que no interstício venoso = retorno da água que extravasou para o meio intravascular Obstrução na passagem de sangue: Etiopatogenia do edema: = aumento da pressão hidrostática e aumento da permeabilidade vascular = acúmulo de água e proteínas no meio intersticial = redução da pressão oncótica = alterações da drenagem linfática = EDEMA + retenção renal hidrossalina = diminuição da PH e da PO, logo, não há um retorno da água para o meio intravascular * Capilar linfático é responsável pela captura das proteínas e sua devolução para o tecido sanguíneo § O aumento da pressão hidrostática depende da vasodilatação arteriolar ou da deficiência de refluxo venoso § A redução da pressão oncótica é provocada pela deficiência de proteínas no sangue, o que promove a saída de líquido para o interstício. O sistema linfático não é capaz de drenar todo o volume, formando, deste modo, um edema. § A permeabilidade vascular depende da integridade do endotélio, e seu aumento permite a passagem de macromoléculas e líquidos do plasma, o que provoca a queda da pressão oncótica e, consequentemente, formação do edema. § As alterações da drenagem linfática retem as proteínas no interstício, o que aumenta a pressão oncótica intersticial e favorece o surgimento de edema § A retenção hidrossalina é o principal regulador do volume do líquido intersticial Ø Fisiopatologia do edema: § Aumento da pressão hidrostática: ü Comprometimento do retorno venoso: insuficiência cardíaca e ascite ü Obstrução ou compressão venosa: trombose e inatividade do MI ü Dilatação arteriolar: calor e desregulação neuro-humoral § Pressão oncótica plasmática reduzida (hipoproteinemia): ü Síndrome nefrótica ü Cirrose hepática: ascite ü Desnutrição: Sínd. de Kwarshiorkor § Obstrução linfática: ü Inflamatória: elefantíase ü Neoplásica ü Pós-cirúrgica § Retenção de sódio e água ü Ingestão excessiva de sódio associada a insuficiência renal ü Aumento da reabsorção tubular de sódio § Inflamação ü Aguda ü Crônica ü Angiogênes Questões 01. São componentes da microcirculação, exceto: a) capilares – arteríolas – vênulas coletoras b) arteríolas – capilares - metarteríolas c) metarteríolas – capilares – vênulas coletoras d) vênulas coletoras – metarteríolas – esfíncteres pré-capilares e) artérias – capilares – vênulas coletoras 02. A pressão oncótica caracteriza-se por: a) É formada por proteínas plasmáticas b) É responsável pela pressão de reabsorção c) A albumina é a principal responsável pela pressão oncótica intravascular d) Todas estão corretas e) Todas estão erradas 03. Com relação à congestão passiva crônica (hiperemia passiva), podemos afirmar, exceto: a) representa um aumento da massa sanguínea, devido a deficiência no retorno venoso; b) microscopicamente observa-se vasos dilatados e cheios de sangue c) edema e trombose podem ocorrer como consequência da hiperemia passiva d) acomete principalmente o setor arterial e) no pulmão ocorre como complicação de processos patológicos crônicos 04. Das combinações abaixo, qual completa a seguinte frase: “O fluido do edema NÃO INFLAMATÓRIO, chama- se (1), caracteriza-se por apresentar (2), e, portanto, densidade abaixo (3)”. ( ) exsudato – baixa concentração de proteínas – abaixo de 1012 ( ) transudato – alta concentração de proteínas – abaixo de 1020 ( ) transudato – baixa concentração de proteínas – abaixo de 1012 ( ) exsudato – alta concentração de proteínas – acima de 1020 05. São fatores que condicionam o edema linfático, exceto: a) obstrução linfática b) hiperproteinemia c) hipoproteinemia d) Aumento da pressão capilar e) aumento da permeabilidade capilar 06. Edema não ocorre como resultado de: a) Obstrução linfática b) Hiperproteinemia c) Aumento da pressão capilar d) Hipoproteinemia e) Aumento da permeabilidade capilar 07. Um paciente apresentou doença renal com perda maciça de albumina (proteinúria) vindo apresentar anasarca. Neste caso o mecanismo básico do edema foi por: a) diminuição da permeabilidade vascular b) aumento da pressão hidrostática intravasc. c) diminuição da pressão oncótica intravascular d) bloqueio da drenagem linfática e) aumento da pressão coloidosmótica intravasc. f) diminuição da pressão hidrostática intravasc. 08. São fatores responsáveis pela modificação do diâmetro dos vasos da microcirculação, exceto: a) adrenalina – histamina – postaglandina b) noradrenalina – serotonina – bradicinina c) ions de hidrogênio – oxigênio – dióxido de carbono d) reflexo axônico – receptores alfa – receptores beta e) ácido ascórbico – riboflavina - adrenalina 09. Fisiopatologia do edema na insuficiência cardíaca congestiva 10. Que parâmetros estão alterados na hemodinâmica no edema da fome? 11. Caracterize o edema na insuficiência cardíaca:
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