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Infecções de Vias Aéreas Superiores

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Infecções de Vias Aéreas Superiores 
 
INTRODUÇÃO 
Incidência de doenças respiratórias 
vem aumentando nos últimos anos: 
urbanização da população infantil; 
piora da qualidade do ar inalado; 
tabagismo; mudança no estilo de 
vida. 
IRAs são o principal motivo de 
atendimento nos serviços de UBS e de 
urgência e emergência na pediatria. 
A divisão entre as vias aéreas 
superiores e inferiores se da na 
carina( limite da bifurcação da 
traqueia). 
Fatores de risco para a criança 
desenvolver IRAs, com elevação da 
gravidade e mortalidade: 
• Prematuridade 
• Baixo peso ao nascer 
• Baixo nível socioeconômico 
• Desmame precoce 
• Desnutrição energético-
proteica 
• Baixa cobertura vacinal 
• Aglomeração de pessoas 
(creches, escolas) 
• Tabagismo domiciliar/familiar 
• Numero elevado de crianças 
menores de 5 anos 
• Dificuldade de acesso ao 
sistema de saúde (principal 
fator). 
Fatores de risco para a aquisição de 
IVAs: 
• Idade entre 6-24 meses 
• Sexo masculino 
• Baixo peso 
• Atopia 
• Deficiência imunológica 
• Anomalias craniofaciais e do 
palato 
• Aglomeração de pessoas 
• Irmãos mais velhos( que 
frequentam escolas) 
• Fumo passivo 
• Uso de chupeta 
• Aleitamento artificial 
RINOFARINGITE AGUDA( 
RESFRIADO COMUM) 
Mais comum IVAs 
Epidemiologia 
• Acomete com mais frequencia 
a faixa etária pediátrica 
• As crianças soa os principais 
reservatórios 
• Disseminação no ambiente 
escolar, creches 
• Crianças pequenas→ 6-8 
episodios por ano 
• Adultos→ 2 a 3 episodios por 
ano 
• Crianças do grupo de risco de 
IVAs→ 9/10 episodios por ano 
• Incidência declina após os 3 
anos 
• Sazonalidade: rinovírus(inicio 
do outono/fim da primavera); 
influenza e VSR (inverno); 
parainfluenza (fim do outono); 
cocksackievírus ( resfriado do 
verão) 
Etiologia 
 
• O principal causador é o 
rinovírus (mais de 50% dos 
casos). 
 Mais de 100 sorotipos( 
não há imunidade 
cruzada entre eles) 
• Agentes ocasionais→ 
coronavírus; vírus sincicial 
respiratório (VSR); 
metapneumovirus 
• Agentes incomuns→ influenza; 
parainfluenza; adenovírus; 
enterovírus ( cocksackievírus e 
echovírus) 
Transmissão 
• rinovírus e VSR—> contato 
direto 
 Influenza —> via inalaríeis , 
por meio de partículas de 
aerossol 
Patogênese 
• ocorre invasão do epitélio 
nasofaríngeo, dos seios 
paranasais e do trato 
respiratório superior , com 
lesão celular subsequente. 
• A estimulação colinergica 
provoca a aumento da 
produção de muco, levando 
ao surgimento de coriza e 
tosse. 
• Secundariamente a invasão 
do epitélio , ocorre liberação 
de mediadores inflamatórios 
nas secreções nasais, 
aumento da permeabilidade 
vascular, edema de mucosa e 
congestão nasal. 
Manifestações clínicas 
• incubação : 1 - 3 dias 
• Contágio : algumas horas 
antes de dois dias apois início 
dos sintomas 
• Pico sintomático : 2º ao 4º dia 
• Início do quadro: sensação de 
garganta arranhando, de 
duração máxima de 3 dias, 
evolui com espirros, obstrução 
nasal e rinorreia. Coriza e 
obstrução nasal sempre estão 
presentes. 
• Coriza abundante , sendo 
mais clara nos 3 primeiros 
dias, mas pode se tornar 
purulenta nos últimos dias 
devido a descamação 
epitelial e presença de 
polimorfonucleares. 
• Obstrução nasal piora de 
noite e prejudica a alimentão 
dos lactentes , que são 
respiradores nasais 
preferenciais 
• O influenza , VSR e adenovírus 
podem causar febre e mialgia 
• Tosse presente em 30%, 
principalmente durante o sono 
, devido ao gotejamento pós -
nasal que faz com que as 
secreções pinguem nas vias 
aéreas posteriores e 
provoquem tosse. 
• Duração média do resfriado 
comum: 1 semana, apenas 
10% dura por duas semanas. 
• Pode ter febre alta 
• Em lactentes pode haver 
período prodrômico com 
anorexia, inquietação , 
amolecimento das vezes e 
vômitos 
• Na rinoscopiananterior se vê 
edema e hiperemia dos 
cornetos e discreta hiperemia 
da orofaringe 
• A OTITE MÉDIA AGUDA é a 
principal complicação 
bacteriana dos resfriados 
comuns ( 30%). As crianças 
acometidas geralmente 
apresent uma mudança na 
gravidade da doença e 
passam a ter febre alta , 
irritabilidade e dor de ouvido 
• Complicações menos comuns: 
sinusite , pneumonia , piora de 
asma brônquica 
Diagnóstico 
• Essencialmente clínico 
• Doença viral tem curso de 1 a 
2 semanas. Sintomas 
persistentes ou recorrentes 
podem sugerir complicações 
bacterianas ou alergia. 
• Avaliar história de contato, 
epidemia na comunidade 
• Identificação do vírus é 
desnecessária 
• Diagnóstico diferencial : rinite 
alérgica ( predomínio de 
espirros, prurido nasal , 
deflagrados por alergenos 
ambientais); corpo estranho 
no nariz( secreção nasal 
unilateral e fétida ); sinusite 
(febre, cefaleia , edema 
periorbitario, rinorreia 
persistente ou tosse com mais 
de 14 dias); coqueluche ( tosse 
proeminente e persistente ); 
sífilis congênita ( rinorreia 
serossanguinolenta persistente 
com início entre 1 e 3 meses 
de vida) 
Tratamento 
• melhora dos sintomas e 
medidas de suporte 
• Antitérmicos e analgésicos : 
usar com cautela , sendo 
recomendado em 
temperatura axilar acima de 
38 graus ( tratamento 
agressivo de fevereiro pode 
aumentar tempo de excreção 
viral em caso de quadros por 
rinovírus e VSR). Drogas : 
paracetamol (1 gota /kg/dose 
de 6/6h) ; dipirona ( 1 
gota/2kg/ dose 6/6h) e 
ibuprofeno( 10 mg/kg/dose). 
AAS não é recomendado por 
causa de sua associação com 
síndrome de Reye nas infeções 
por influenza . 
• Hidratação : oferta abundante 
de líquidos e alimentação 
respeitando aceitação da 
criança 
• Soluções salinas isotônicas 
nas narinas, vaporizadores e 
boa hidratação são bons para 
fluidificar as secreções . Evitar 
fumaça de cigarro. 
• Orientar os pais com relação 
aos sinais de gravidade , 
retornando para reavaliação 
em 48h 
• Ministério da saúde não 
recomenda uso de anti-
histamínico e 
descongestionantes nasais de 
administração tópica e/ou 
oral em crianças menores de 
2 anos. 
• Antivirais: oseltamivir e 
zanamivir devem ser usados 
nos quadros de influenza , e 
deve ser iniciado 
preferencialmente nas 
primeiras 48h 
• Prevenção : lavagem 
frequente das mãos 
Imunização 
• não há vacina contra o 
rinovírus 
• Vacina anti-influenza: 
anualmente em crianças 6 
meses -4 anos e 11 meses. Ou 
crianças de qualquer idade 
com fatores de risco . Idosos 
com idade igual ou superior a 
69 anos também devem ser 
vacinado anulamente. 
FARINGOAMIGDALITES VIRAIS E 
BACTERIANAS 
• processos inflamatórios 
acometendo faringe , 
amígdalas , tecidos 
subjacentes. 
• Caracterizada por eritema, 
presença ou não de exsudato 
amigdaliano , ulcerações e 
vesículas . 
Etiologia 
• Causa mais comum em todas 
as faixas etárias são os vírus 
(75%) 
• Crianças menores de 3 anos 
raramente apresentam 
doença bacteriana. Após essa 
idade, a incidência de eleva 
entre os 4-7 anos de vida e 
volta a cair , permanecendo 
estável entre adultos jovens 
• Vírus : adenovírus, 
coronavirus, enterovirus, 
rinovírus , VSR, Epstein-Barr 
Virus (EBV), herpes-simplex 
vírus (HSV). 
• Bactérias : Streptococcus 
pyogenes. Acomete 
principalmente a faixa etária 
de 5-15 anos(15-20%). 10 a 
30% das crianças em idade 
escolar é carreadora de 
estreptococo do grupo A na 
orofaringe de forma 
assintomatica. Causa escar-
latina que é uma síndrome 
clínica que congrega 
faringoamigdalute exsudativa, 
enxantema com aspecto de 
lixa, devido à ação dr toxinas 
A,B e C produzidas pelo S. 
pyogenes. A 
faringoamigdalite 
estreptocicica tem como 
complicação a logo prazo a 
febre reumática. outras 
complicações : GNDA pos -
estreptococica, complicações 
supurarias ( abscesso 
retrofaringeo e abscesso 
periamigdaliano). Mais 
raramente em adultos e 
adolescentes:Streptococus do 
grupo c; Mycoplasma 
pneumoniae e 
Arcanobacterium 
haemolyticum. Adolescentes 
sexualmente ativos, investigar 
faringite gonocócica 
(Neisseria gonorrhoeae). 
Considerar o diagnóstico de 
difteria em faringites agudas 
com prresenca de membranas 
acinzentadas nas amigdalas e 
pilares, úvula. 
 Transmissão : 
pacientes sintomáticos 
transmitem a bactéria 
por secreção nasal e 
saliva(perdigotos) . 
contato próximo é o 
grande fator de risco 
para transmissão ( 
predomínio no período 
pré-escolar, reigoes de 
baixo nível 
socioeconômico , 
aglomeração ) 
Clínica 
• Infecções virais: 
 Associada ao resfriado 
comum: a faringite não 
costuma estar 
associada a dor intensa 
e odinofagia. Dor de 
garganta moderada/ 
garganta arranhando. 
Presença de corrimento 
nasal, tosse, mal-estar, 
anorexia, febre. 
Faringe eritematosa e 
edemaciada. 
Eventualmente, pode 
ter exsudato no palato 
e nos folículos linfoides 
amigdalinaos, 
indistinguíveis dos 
encotrados por 
estreptococos. 
Linfonodos cervicais 
podem estar 
aumentados, e as vezes 
dolorosso 
(poliadenopatia). Fase 
critica dura 24h e noa 
dura mais que 5 dias. 
 
 Adenovírus: mais 
intensa. Sintomas de 
mialgia, cefaleia, 
calafrios, febre de mais 
de 38,3 gruas, que 
persiste por 5 a 6 dias. 
Dor de garganta 
importante, exsudatos 
amigdalianos e eritema 
daa orofaringe. 
Presença de 
conjuntivite, do tipo 
folicular ( ate 50%) → 
febre faringoonjuntival. 
 Coxsackie A: incomum. 
Herpangina → 
pequenas vesículas, 
localizadas no palato 
mole, úvula, pilares 
amigdalianos 
anteriores. As lesões 
geralmente se rompem 
e forma m ulceras 
esbranquiçadas. Febre 
alta, dor de garganta, 
disfagia. Alguns casos, 
pode haver dor 
abdominal e anorexia. 
A infecção pode evoluir 
com miocardite a 
coxsackie A-16 pode 
causar a síndrome 
mao-pe-boca , com 
faringotonsilite 
ulcerosa, lesões 
papulovesicosas nas 
maos e pes. 
 
 Epstein- barr: dor de 
garganta; amigdalite 
exsudativa. Mononu-
cleose infecciosa. Febre , 
linfadenopatia cervical, 
esplenomegalia. O uso 
indevido de ampicilina 
leva a enxatema típico. A 
pesquisa do anticorpo 
heterofilo confirma o 
diagnostico em crianças . 
Sinais e sintomas agudos 
podem permanecer por 
ate 15 dias, lguns podem 
referir fadiga no período 
convalescente que pode 
durar meses. 
• Faringite estreptocócica: 
 Queixas pouco 
especificas, como 
cefaleia, dor abdominal, 
mal estar, náuseas, 
vômitos e febre de ate 40 
graus. Horas após, a 
criança relata dor de 
garganta com 
intensidade variável. 
 O exsudato pode ser na 
forma de uma 
membrana amarelo-
acinzentada limitada ao 
tecido linfoide. Edema de 
úvula pode ocorrer. 
 Linfadenpatia cervical 
anterior ou 
submandibuar (única) é 
precoce, e doloroso. 
 Achado de maior 
consistência para o 
diagnostico : 
vermelhidão das 
amigdalas e pilares 
amigdalianos, 
acompanhada ou não 
de exsudato, associada a 
petéquias em palato 
mole. 
 Outros fatos sugestivos: 
idade entre 5 e 15 anos, 
ausência de outras 
manifestações do trato 
superior. Incomum na 
idade menor de 3 anos. 
O pico de incidência é 
entre 4 e 7 anaos. 
 Complicação: formação 
de abscessos 
peritonsilares e na 
parede lateral da 
faringe. Outras: 
glomerulonefrite e febre 
reumática. 
 Costuma evoluir com 
mlehora espontânea 
após 4-5 dias, mesmo 
se, o uso de ATB. Porem 
ela não é considerada 
benigna, pelas 
complicações de febre 
reumática , GNDA, 
complicações 
supurativas da garganta 
e grande 
transmissibilidade 
quando não é tratada. 
 
 
Diagnóstico 
• Swab de orofaringe, cultura 
em agar sangue apresenta 
alta especificidade para o 
estreptococos. Porem tem 
falsos positivos( crianças 
carreadoras) e falsos 
negativos ( técnica incorreta) 
• Testes rápidos tem alta 
especificidade, mas baixa 
sensibilidade. 
• Sorologias virais não 
costumam ser solicitadas, a 
não ser em suspeita de 
mononucleose. 
• Diagnóstico diferencial: 
herpangina, mononucleose 
infecciosa, febre 
faringoconjuntival. Difiteria( 
membrana única e localiza-se 
também em áreas fora de 
amigdala). 
Tratamento: 
• A maioria das faringites 
agudas é causada por vírus e 
não precisa de terapia 
especifica, exceto pelo HSV 
em pacientes 
imunossuprimidos (aciclovir). 
• Antibioticoterapia deve ser 
feita na faringite 
estreptocócica. Mesmo nos 
primeiros 9 dias do inicio dos 
sintomas, os antibióticos 
podem previnit a febre 
reumática, mas não protegem 
glomerulonefrite difusa aguda 
pós estreptococia. Outras 
complicações que podem ser 
evitadas com o uso do ATB 
são as supurativas. 
• Antibiótico mais usado: 
penicilina. A penicilina 
benzatina é feita em dose 
única , IM de 600.mmm UI em 
crianças com peso menor que 
27kg e 1.200.000 UI em 
crianças com mais de 27kg. A 
amoxicilina (50mg/kg/dia de 
8/8h, por 10 dias), ampicilina 
e penicilina V, por VO, 10 dias 
também podem ser prescritas. 
• Eritromicina (30 a 
40mg/kg/dia por 10 dias) ou 
azitromicina (5 dias) podem 
ser usadas em crianças 
alérgicas a penicilina. 
• Solução salina e acetaminofen 
são uteis para controlar dor e 
febre. 
• Crianças com faringotonsilite 
de repetição ( >7 episodios no 
ultimo ano e > 5 episodios / 
ano nos últimos dois anos) 
podem ser indicadas para a 
realização de 
tonsilectomia/adenoidectomia
. 
Complicações da faringite 
estreptocócica 
• Agudas: 
 Abscessos 
peritonsilares→ 
incomum, porem é 
mais frequente que o 
retrofaringeo. 
Predomina em crianças 
maiores ou 
adolescentes. Ocorre 
rotura da capsula 
anterior da amigdala 
infectada, lancando 
bactérias no espaço 
periamigdaliano, 
preenchido 
normalmente por 
tecido frouxo. Quadro 
clinico: intensofocação 
da dor de garganta, 
intensa disfagia, 
trismo. O exame da 
orofaringe mostra 
abaulamento 
inflamatório unilateral 
rehacando a amigdala 
e úvula para o lado 
oposto. Conduta: 
internar + ATB 
venoso+ drenagem. 
 
 
 Abscessos 
retrofaringeos→ é rara. 
Predomina em crianças 
entre 3 e 4 anos, 
geralmente sexo 
masculino, pois nessa 
faixa, esse espaço é 
rico em tecido linfoide e 
recebe toda a 
drenagem da cavidade 
oral , faringe e fossas 
nasais. Com isso, a 
faringoamigdalite 
bacteriana pode se 
estender a essa região, 
levand a formação de 
abscesso. Sintomas: 
febre, irritabilidade, 
dificuldade de engolir, 
rigidez cervical, por 
contratura da 
musculatura 
paravertebral. Voz 
abafada, estridor e 
dificuldade respiratória 
. etiologia costuma ser 
polimicrobiana: S. 
pyogenes+ 
anaeróbios da boca + 
estafilococos. 
Abaulamento local. O 
raio x mostra aymento 
do espaço 
retrofaringeo (maior 
que o diâmetro de um 
corpo vertebral). Tc 
cervical é 
confirmatória. Risco de 
vida: pode obstruir vias 
aéreas; drenar 
espontaneamente e 
provocar grave 
pneumonia aspirativa; 
ou mediastinite. 
Conduta: internar, 
inicia antibiótico 
venoso( amoxicilina-
clavulanato) e 
drenagem de urgência 
quando o tto não for 
eficaz ou quando 
houver obstrução de 
VA. 
 
 
 
 Ulcerações 
amigdalianas( crianças 
debilitadas) 
 Síndrome do choque 
toxico estreptocócico 
• Tardias 
 Glomerulonefrite 
difusa aguda pós-
estreptococica 
 Febre reumática 
 PANDAS( desordem 
neuropsiquiátrica 
autoimune pediátrica) 
OTITE MÉDIA AGUDA 
Epidemiologia 
• Uma das doenças mais 
frequentes nas crianças. 
• 80% das crianças abaixo de 3 
anos terão pelo menos um 
episodio. 50% terão mais de 
um episodio. 
• Incidência declina após os 
dois anos. 
Fatores de risco: 
• Idade (menores de 2 anos, 
devido a imaturidade da tuba 
auditiva que é mais 
horizontalizada e curta; 
hipertrofia das tonsilas 
próximas ao ostio) 
•Sexo masculino 
• Raça branca (controverso) 
• Perfil socioeconômico baixo 
• Aleitamento artificial 
• Tabagismo passivo 
• Exposição a outras crianças : 
irmãos, permanência em 
creches e escola 
• Anomalias congênitas . 
Etiologia : 
• S. pneumoniae (30-50%); H. 
influenza não tipavel (25-
30%); M. catarrhalis(10-15%). 
Isso vem se midificando 
devido a vacina 
antipneumocócica. 
• Em lactentes jovens 
hospitalizados e neonatos: 
outras pode causar→ s. 
pyogenes; s. aureus e gram-
negativas 
Patogênese : 
• Maioria são complicações de 
infecções de IVAs. 
• Relacionada a obstrução da 
tuba auditiva ( ela exerce as 
seguintes funções ao ouvido 
médio : ventilação, proteção e 
limpeza). As principais causas 
de obstrução são: 
IVAs(principal); hipertrofia de 
adenoide e tumor. 
• Com a resposta inflamatória, 
há um comprometimento do 
transporte mucociliar, levando 
a efusão liquida na cavidade 
timpânica, propiciando a 
infecção bacteriana 
Quadro clínico: 
• Sintomas variam de acordo 
com a idade. Em maiores de 2 
anos há queixa de otalgia, 
associada a febre, astenia, 
inpetencia e hipoacusia 
flutuante. Em crianças 
menores dde 2 anos ( faixa 
etária mais prevalente) 
apresentam sinais indiretos de 
otalgia, como mmao ate o 
ouvido, irritabilidade, choro 
intenso, dificuldade para 
dormir, sintomas 
gastrointestinais . atentar se 
há episodio prévio de 
rinofaringite viral, ante-
cedendo as manifestações, 
pois a OMA é uma das suas 
principais complicações. 
• Otorreia , fluida ou purulenta, 
pode ocorrer em um terco. 
Otoscopia 
• Normal 
 Membrana timpânica 
transparente 
 Brilhante 
 Côncava 
 Móvel (otoscopia 
pneumática) 
 
 
• Na OMA 
 Hiperemiada 
 Opaca 
 Abaulada 
 Pode ter otorreia 
 
Tratamento 
• Medidas gerais 
 Analgesia com 
paracetamol, dipirona 
ou ibuprofeno 
• Antibioticoterapia 
 
 
 
 
 
 
 Indicações de inicio 
obrigatório: presença 
de otorreia; presença 
de sinais de gravidade; 
OMA bilateral em <2 
anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prevenção 
• OMA recorrente: 3 ou + 
episódios nos últimos seis 
meses ou 4 oi + episódios no 
ultimo ano. 
• OMA recorrente é uma das 
causas predominantes e 
prevenivel de surdez 
• Medidas de pevencao: 
 orientar pais quanto a 
fatores de riscos; 
 imunizações: 
antipneumocócia-10 
valente (2 m, 4m e 
reforço aos 12m); anti-
influenza ( 6meses- 5 
anos; uma dose anual) 
 antibioticoprofilaxia 
com amoxixcilina (meia 
dose) nos meses frios 
 cirurgia de 
timpanostomia 
 adenoidectomia 
Complicações 
• perfuração timpânica 
• otite media secretora 
• otite media crônica (+ de 3 
meses) 
• mastoidite 
• infecção do SNC 
RINOSSINUSITE AGUDA 
Resulta da infecção de um ou mais 
seios paranasais , causada por 
agentes virais ou bacterianos 
Ao nascer, apenas os seios etimoidais 
são pneumatizados. Os seios 
maxilares são pneumatizados aos 4 
anos. Aos 5 anos ocorre a 
pneumatização dos seios esfenoidais. 
Dos 7-8 anos ate o fim da 
adolescência ocorre a 
pneumatizacao dos seuis frontais. 
Etiologia 
• a maioria é de etiologia viral 
(rinovírus, adenovírus, VSR, 
parainfluenza), consequencia 
direta das rinofaringites virais 
(6%). 
• Nas sinusites bacterianas 
agudas, os principais agentes 
são: S. pneumoniae, 
Haemophilus influenzae não 
tipavel, S. aureus e M. 
catarrhalis. 
• Na obstrução ostial 
prolongada , que leva a 
sinusite crônica → S. aureus e 
diversas anaeróbias . Em 
imunodeficientes e diabéticos 
podem ocorrer por fungos, 
como Aspergillus sp. e 
Nocardia sp. 
Classificação : 
• Sinusite aguda: ate 4 semanas 
• Subaguda: de 4 a 12 semanas 
• Crônica : mais de 12 semanas 
• Recorrente: + de 4 episodios 
agudos ao não. 
Patogênese : 
• A partir da rinossinusite vira, 
inciam edema e inflamação 
local, causando o bloqueio 
da drenagem dos seios da 
face, acumulando líquidos e 
secreções → favorece a 
proliferação de bactérias, 
levando a sinusite bacteriana 
Fatores de risco para sinusite 
• Resfriado comum(principal) 
• Rinite alérgica (segunda 
causa) 
• Exposição a fumaca de 
cigarro 
• Anormalidades estruturais 
• Disfunção ciliar 
• Refluxo gastroesofagico 
• Tubos e sondas 
nasotraqueais 
• Imunossupressão 
Diagnóstico 
• Clínico, dispensando imagens 
, na maioria das vezes 
• Sintomas nasais persistentes ( 
coriza, obstrução, congestão), 
acompanhados de tosse, que 
costumam pioram a noite. 
IVAS acima de 10 a 14 dias, 
descarga nasal purulenta por 
mais de 3-4 dias consecutivos. 
• Em crianças maiores pode 
haver queixa de cefaleia, dor 
em peso, e dor a palpação 
e/ou percussão dos seios 
nasais. 
• Sinal da vela (gota pós-nasal) 
• A cultura de aspirado de seio 
da face é recomendada em 
casos refratários e em 
imunossuprimidos. 
• Rx pode mostrar velamento 
assimétrico dos seios ou 
edema de mucosa. Esse 
exame não deve ser solicitado! 
• TC é mais fiel ara fins 
diagnósticos, mas apresenta 
limitações devido ao 
desenvolvimento dos seios nas 
crianças. Descarta seu uso 
rotineiro. 
Tratamento 
• Virais : tratamento de suporte 
• Bacteriana: amoxicilina 45-
50mg/kg/dia ,e em alérgicos 
usar cefuroxima, cefpodoxina, 
cefixima ou levofloxacina 
(maiores). Usa-se amoxicilina 
+ clavulannato de 80-
90mg/kg/dia para menores 
de 2 anos que frequentam 
creche, para quem usou 
antibiótico prévio nos últimos 
três meses ou se suspeirar de 
pneumococo com resistência 
intermediaria (ex: ausência de 
resposta clinica após 72h de 
uso da amoxicilina na dose de 
45mg/kg/dia). 
• Sinusite frontal deve ser 
abordada com 
antimicrobiano parenteral (ex: 
ceftriaxone EV) nos primeiros 
dias devido ao risco de 
complicações intracranianas. 
Após esse controle de 
infecção, o tto pode ser 
continuado por ATB por VO. 
• Na sinusite subaguda e 
crônica, devido a alta 
incidência de 
microorganismos produtores 
de beta lactamase, não se usa 
amoxicilina so. O 
recomendado é : 
amoxicilina+ clavulanato por 
pelo menos 4 semanas. 
• Instilação nasal de solução 
fisiológica objetiva manter a 
mucosa hidratada e remover o 
muco em excesso que 
prejudica a função ciliar. 
• Não deve-se usar anti-
histaminicos, a não ser em 
casos de rinite alérgica 
associada. Spray nasal de 
corticoide reduz edema de 
mucosa em pacientes atópicos 
e naqueles com sinusite 
crônica. 
Complicações 
• Celulite periorbitária: infecção 
se alastra do seio etmoidal 
para o tecido subcutâneo 
periorbitário. Edema e sinais 
flogisticos na região palpebral 
e peripalpebral, febre e queda 
do estado geral. Conduta: 
internação hospitalar e ATB 
venosos (cefuroxima venosa, 
ceftriaxona, amoxicilina+ 
clavulanato). 
• Celulite orbitária: grave. Se 
não for tratada precocemnt, 
leva a perda visual e /ou 
infecção no SNC. Paciente 
apresenta os sinais flogisticos 
da periorbitaria e proptose e 
oftalmoplegia. Conduta: 
internação imediata+ ATB 
venosa. A drenagem do seio 
etmoidal pode ser indicada 
 
 
 
• Infecção no SNC: meningite, 
abscesso, trombose do sei 
cavernoso. 
OBSTRUÇÃO AGUDA 
INFLAMATÓRIA DAS VIAS AEREAS 
SUPERIORES 
Crupe 
• Vírus parainfluenzae tipos 1, 2 
e 3 (75% dos casos) 
• Forma mais comum de 
obstrução aguda de VAs 
• Outros: influenza, adenovírus 
e VSR 
• A laringotraqueite bacteriana 
é uma complicação da 
laringotraqueite viral, causada 
mais comumento pelo S. 
aureus, seguindo-se de M. 
catarrhallis e H. influenzae 
não tipavel. 
• Maioria dos pacientes com 
crupe viral tem entre 3 meses 
e 5 anos de idade, porem as 
causadas pelo H. influenza e 
C. diphthrtiae são mais 
comuns dos 2 aos 5 anos. 
• Manifestações: IVA d evarios 
dias antes da tosse com 
características crupais 
(ladrante). Se manifestar. No 
inicio , há apenas tosse 
metálica com estridorinspiratório leve. A medida 
que a obstrução aumenta, o 
estridor se torna continuo e é 
acompanhado por piora da 
tosse, rouquidão, batimento 
das asas do narize retrações 
supra, sub e intercostais. 
Temperatura pode estar um 
pouco elevada. Sintomas 
pioram a noite, e as 
manifestações regridem 
gradualmente ao longo dos 
dias. Doença autolimitada. 
Duração media de 3-5 dias. 
• Idade de predomínio : 3 
meses a 5 anos, sendo o pico 
aos 2 anos. Afeta 
predominantemente, sexo 
masculino. 
• Diagnóstico: criança com 
historia recente de resfriado , 
evoluindo dias depois com 
tríade rouquidão + tosse 
metálica+ estridor. No rx de 
pescoço observa-se o sinal da 
torre ( estreitamento da via 
aérea infra-glotica devido ao 
edema inflamatório) 
 
• Crupe espasmodica: acomete 
criancas mais novas, entre 1 
mês e 3 anos, e achados de 
infecção estao ausentes. 
Quadro de inicio subito, 
geralmente a noite, precedido 
de coriza leve a moderada e 
rouquidao. Crianca acorda a 
noite ansiosa com tosse 
metalica, inspiracao ruidosa e 
dificuldade respiratoria. 
Normalmente não há febre , e 
a dispineia pode ser agravada 
com a agitacao. Intensidade 
dos sintomas diminui dentro 
de várias horas, com 
importanyte melhora no outro 
dia. 
• Tratamento: nebulização com 
adrenalina, dexametasona 
oral ou Im dose única 
 
 
Epiglotite 
• H influenzae tipo B (causa 
habitual na era pré-vacina). S. 
pyogenes, S. pneumoniae, e 
S. aureus são mais 
comumente encontrados. 
• Manifestações clínicas: com a 
vacina, a epiglotite tem 
diminuído de incidência . é a 
forma mais grave de 
obstrução inflamatória aguda 
das VAs. Instalacao aguda, 
com insuficiência respiratória 
precoce. Acomete criancas 
entre 2 e 5 anos. Curso 
fulminante, com febre alta, 
dor de garganta, sialorreia, 
dispneia, obstrução 
respiratória rapidamente 
progressiva e prostração. Em 
horas pode obstruir 
completamente. A criança 
costuma acordar a noite com 
febre alta, afonia, sialorreia e 
dificuldade respiratória 
moderada a intensa com 
estridor. Costuma assumir a 
posição de tripé. Pescoço 
hhiperestendido, língua 
protusa, boca aberta. Podem 
evoluir rapidamente pro 
choque , com palidez, cianose 
e RNC. 
• Diagnóstico padrão ouro: 
visualização da epiglote 
vermelho-cereja, grande e 
dematosa, por laringoscopia. 
Evitar supina e abaixador de 
língua (laringoespasmo). 
• Conduta: UTI+ IOT ou 
traqueostomia. Em geral a 
intubação dura de dois a três 
dias . deve-se usar 
antibioticoterapia parenteral 
com ceftriaxona, cefotaxima, 
ampicilina-sulbactam oi 
amoxicilina-clavulanato. Essa 
terapia com ATB deve durar 
de 7 a 10 dias. 
• A profilaxia com rifampicina 
(20mg/kg/dia max 
600mg/dia 1x dia VO 4 dias) 
é indicada pra os contactantes 
de uma epiglotite causada por 
hemófilos quando: todos os 
contactantes intradomiciliares, 
incluindo crianças abaixo de 
quatro anos sem vacinação 
completa, menores de um ano 
sem vacinação completa e 
imunocomprometidos.

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