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1 May Freitas (Saúde da Mulher) REPERCUSSÕES PATOLÓGICAS DO CLIMATÉRIO APARELHO OSTEOARTICULAR NO CLIMATÉRIO A prevalência das doenças do sistema musculoesquelético na população, de modo geral, atinge cerca de 15%. As mulheres são as que mais apresentam sintomas envolvendo este sistema e na pós-menopausa, queixas como artralgia, dores difusas no corpo e dores musculares ou dores musculoesqueléticas são bastante comuns. A maioria dos estudos feitos sobre esse tema não comprova que a instalação da menopausa seja a responsável por tais sintomas. OSTEOARTRITE CONCEITO A osteoartrite pode ser definida como uma síndrome clínica que representa a via final comum das alterações bioquímicas, metabólicas e fisiológicas que ocorrem de forma simultânea, na cartilagem hialina e no osso subcondral, comprometendo a articulação como um todo, isto é, a cápsula articular, a membrana sinovial, os ligamentos e a musculatura periarticular. ➢ Compreende um grupo de doenças clinicamente heterogêneas com a mesma característica patológica. EPIDEMIOLOGIA Atinge aproximadamente um quinto da população mundial e é uma das causas mais frequentes de dor no sistema musculoesquelético e de incapacidade laborativa após os 50 anos no Brasil e no mundo. A osteoartrite na mulher e homem é semelhante até os 50 anos; após essa idade, torna-se mais prevalente na mulher. Os estudos observacionais apontam para maior acometimento da osteoartrite na mulher na perimenopausa e pós-menopausa, simplesmente pela maior prevalência com o aumento da idade. A osteoartrite de joelho, das interfalangianas e da base do primeiro dedo, são ainda mais frequentes nas mulheres. - FISIOPATOLOGIA É ocasionada por um desequilíbrio entre a formação e a destruição de seus principais elementos, associada a uma variedade de condições como: sobrecarga mecânica, alterações bioquímicas da cartilagem e da membrana sinovial, além dos fatores genéticos. Existem receptores de estrógeno nos condrócitos articulares. Somados aos efeitos diretos do estrógeno, podem afetar a homeostasia da cartilagem articular pela modulação da expressão e produção de vários fatores de crescimento, citocinas inflamatórias e matriz de metaloproteinases. As articulações e músculos são alterados com o envelhecimento e a menopausa. A cartilagem diminui em tamanho, o líquido sinovial diminui, a matriz não colagenosa diminui nos meniscos e alterações fibróticas são vistas na sinóvia. A fraqueza mecânica ocorre nos tendões, a força e a massa muscular se reduzem, o disco intervertebral degenera e o núcleo pulposo perde a forma de gel, reduzindo sua capacidade de absorver impacto → diminuição do espaço articular devido à perda cartilaginosa e à formação osteofitária. FATORES DE RISCO O fator precipitante para o aparecimento da osteoartrite na mulher em torno de 50 anos não é conhecido e não se comprovou associação com as alterações hormonais decorrentes da menopausa. O envelhecimento, o aumento do peso corporal e o sedentarismo contribuem para que cresça o número e o impacto das manifestações musculoesqueléticas, como a osteoartrite, na menopausa. 2 May Freitas (Saúde da Mulher) Existem relatos de que a terapia hormonal na mulher pós-menopáusica pode reduzir a progressão radiográfica e prevenir o aparecimento da osteoartrite. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E DIAGNÓSTICO Os sinais clínicos incluem a presença de crepitações articulares, aumento de volume articular e deformidades articulares, associados ou não ao sintoma de dor articular. O diagnóstico de osteoartrite deverá ser feito nos pacientes com dor que manifestam alterações ao exame físico e radiológico. TRATAMENTO O tratamento na osteoartrite tem como objetivo a redução da dor, a minimização das incapacidades, a melhora da qualidade de vida e a educação do paciente sobre o seu papel no tratamento. ➢ Plano educativo deve ser iniciado com a informação e o esclarecimento sobre a doença salientando que a osteoartrite não é sinônimo de envelhecimento e que está relacionada com a capacidade funcional, e que a intervenção terapêutica trará considerável melhora de qualidade de vida. ➢ A perda de gordura corporal excedente deve ser estimulada nos casos de osteoartrite de joelhos. ➢ A prática de atividades esportivas deve ser estimulada, porém, sob orientação de um profissional habilitado incluindo o fortalecimento muscular, como por exemplo, do músculo quadríceps nas artrites do joelho. ➢ Em todos os casos de osteoartrite o estímulo para melhorar o condicionamento físico e o alongamento, deve ser recomendado como parte da cinesioterapia. ➢ Para o tratamento da osteoartrite sugere-se como analgésicos o uso de paracetamol ou dipirona (D) seguido de antiinflamatórios tópicos para alívio da dor, após as medidas não farmacológicas. ➢ E nos casos com quadro inflamatório evidente podem ser indicados inicialmente os inibidores seletivos da COX-2 ou os AINHs não seletivos associados o inibidor de bomba de prótons ou famotidina em altas doses, considerando-se os fatores de risco para eventos adversos de cada opção. 3 May Freitas (Saúde da Mulher) FIBROMIALGIA CONCEITO A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, caracterizada por dor generalizada, que pode estar associada à fadiga e alterações na qualidade do sono. EPIDEMIOLOGIA A prevalência da fibromialgia no sexo feminino fica entre 73% e 88% e seu aparecimento frequentemente está relacionado com a menopausa. Autores avaliando 100 pacientes encontraram a média de idade de 48 anos para o início da fibromialgia. FISIOPATOLOGIA A causa e a patogênese da fibromialgia ainda permanecem obscuras. Existem, entretanto, evidências de alteração no processamento do estímulo doloroso e da presença de alterações bioquímicas associadas à percepção da dor. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS A fibromialgia, além do sintoma fundamental de dor difusa, está associada a sintomas característicos de rigidez articular fugaz, de fadiga e de sono não restaurador. Em 25% dos casos estão associados outros sintomas como, cefaléia, síndrome do cólon irritável, edema subjetivo, parestesia atípica e distúrbios psicológicos. DIAGNÓSTICO Diante da mulher com dor difusa é necessário inicialmente estabelecer se o diagnóstico é de fibromialgia, avaliar a presença de doenças associadas e, então, programar a terapêutica farmacológica e não farmacológica. O diagnóstico de fibromialgia é clínico e compreende a presença de dor difusa (acima e abaixo da cintura, do lado esquerdo e direito do corpo, envolvendo o esqueleto axial) e de 11 pontos dolorosos pré-definidos à palpação. Os exames laboratoriais englobam aqueles para a avaliação necessária de qualquer mulher no climatério, para a avaliação do estado geral de saúde e para o estabelecimento de diagnósticos diferenciais ou de doenças associadas. Em várias situações suspeita-se de hipotireoidismo, deficiência de vitamina D, reumatismo palindrômico, hepatites e síndrome de Sjogren entre outros. Ressalta-se que o diagnóstico de fibromialgia não é um diagnóstico de exclusão. TRATAMENTO O objetivo do tratamento da fibromialgia envolve a redução da dor além da melhora do sono, fadiga e dos outros sintomas associados. A melhora do condicionamento físico aeróbico, o controle dos distúrbios psicológicos e a recuperação social e profissional das mulheres com o diagnóstico de fibromialgia devem ser alvo de qualquer terapêutica instituída. (1) Fornecer aos pacientes informações básicas sobre fibromialgia e suas opções de tratamento, educando-os sobre controle da dor e programas de autocontrole, como parte inicial do tratamento; (2) Encorajar e apoiar os pacientes com fibromialgia a realizarem exercícios aeróbicos moderados a intensos duas a três vezes por semana;Encorajar os pacientes com fibromialgia a realizar exercícios musculoesqueléticos pelo menos duas vezes por semana. 4 May Freitas(Saúde da Mulher) (3) Quanto ao tratamento farmacológico recomenda-se o uso de: Amitriptilina, que reduz a dor e frequentemente melhora a capacidade funcional, inibidores da recaptação da serotonina, como a Fluoxetina, isoladamente ou em combinação com antidepressivos. ARTRITE REUMATÓIDE CONCEITO Doença autoimune de etiologia desconhecida, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, que leva à deformidade e à destruição das articulações por erosão do osso e cartilagem. - EPIDEMIOLOGIA Afeta mulheres duas vezes mais que os homens, e sua incidência aumenta com a idade. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Em geral, a artrite reumatóide acomete grandes e pequenas articulações em associação com manifestações sistêmicas como rigidez matinal, fadiga e perda de peso. Quando envolve outros órgãos, a morbidade e a gravidade da doença são maiores, podendo diminuir a expectativa de vida em cinco a dez anos. Tipicamente, as mulheres apresentam mais associação com a síndrome de Sjogren e os homens desenvolvem mais nódulos pulmonares. A idade da menarca, a paridade e a instalação da menopausa não se correlacionam com o diagnóstico de artrite reumatóide. Não há evidência importante do efeito da terapia estrogênica na evolução ou curso da artrite reumatóide em mulheres na pósmenopausa. SÍNDROME DE SJOGREN É uma doença autoimune das glândulas exócrinas com prevalência de 3 a 4% na população adulta. Afeta principalmente as glândulas salivares e lacrimais, ocasionando a xerostomia e xeroftalmia em decorrência do dano e destruição das células acinares, hiperplasia do ducto epitelial e infiltração linfocitária. Acomete preferencialmente as mulheres (9 por 1) e tem início entre os 40 e 50 anos. A terapia hormonal isolada ou combinada aumenta a xeroftalmia por ação direta nas glândulas lacrimais e de Melbonius. Existem receptores nessas glândulas tanto para estrógeno quanto para progesterona. Comprovou-se que a terapia hormonal altera a fração lipídica polar da glândula de Melbonius. 5 May Freitas (Saúde da Mulher) LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO CONCEITO O lúpus eritematoso sistêmico é uma doença inflamatória crônica, multisistêmica, de causa desconhecida e de natureza autoimune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos. Evolui com manifestações clínicas polimórficas, com períodos de exacerbações e remissões. EPIDEMIOLOGIA É uma doença rara com prevalência variando de 14 a 50/100.000 habitantes, em estudos norte- americanos. A incidência e a prevalência do LES são maiores na fase reprodutiva da mulher (9 mulheres/1 homem). Quando acomete as crianças e os idosos, a proporção muda para 2 mulheres/1 homem. FISIOPATOLOGIA De etiologia não totalmente esclarecida, o desenvolvimento da doença está ligado à predisposição genética e a fatores ambientais, como luz ultravioleta e alguns medicamentos. PROGNÓSTICO Há redução da atividade do lúpus após a menopausa natural, com evidência de redução do número de consultas necessárias ao se comparar os quatro anos antes da menopausa com os quatro posteriores. Quando o lúpus tem seu início tardiamente, costuma ainda ter evolução mais insidiosa, com menor envolvimento sistêmico de órgãos nobres. Entretanto, há relatos de maior impacto negativo sobre a morbidade e a mortalidade.. O envolvimento renal é mais comum na mulher ainda na pré-menopausa e os eventos vasculares são mais frequentes no climatério, sendo a idade fator mais importante que o status menopausal. Segundo o consenso brasileiro de LES, a terapia hormonal no climatério pode ser utilizada em pacientes com doença inativa, sem passado de doença grave e na ausência de anticorpos antifosfolípides, trombose prévia, tabagismo e hipertensão arterial. OUTRAS DOENÇAS A polimiosite tem o segundo pico de incidência dos 45 aos 65 anos de idade e afeta mais mulheres do que homens. A esclerose sistêmica aumenta a incidência com a idade e atinge pico entre a terceira e a quinta década de vida, com frequência três vezes maior na população feminina. A arterite temporal e a polimialgia, também é mais comum em mulheres e aumentam a incidência após os 60 anos de idade. 6 May Freitas (Saúde da Mulher) OSTEOPENIA E OSTEOPOROSE CONCEITO A osteoporose é definida como diença sistênmica progressiva que leva a uma desordem esquelética caracterizada por força e resistência óssea comprometidas, predispondo a maior risco de fraturas. A resistência óssea reflete a integração de dois aspectos principais: a densidade mineral e a qualidade óssea. EPIDEMIOLOGIA A osteoporose é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a “Epidemia Silenciosa do Século”, atualmente um problema de saúde pública no mundo inteiro devido ao aumento na expectativa de vida das populações. Afeta indivíduos de maior idade, de ambos os sexos, principalmente mulheres após a menopausa, que também apresentam mais fraturas. No Brasil, somente uma a cada três pessoas com osteoporose é diagnosticada e destas somente uma em cada cinco recebe algum tipo de tratamento, com uma taxa anual de aproximadamente 100.000 fraturas de quadril. Cerca de 10 milhões de brasileiros (as) sofrem com a osteoporose e 24 milhões de pessoas terão fraturas a cada ano, sendo que 200.000 indivíduos morrerão como consequência direta de suas fraturas. FISIOPATOLOGIA Uma formação óssea adequada nas duas primeiras décadas de vida é fundamental para se evitar a osteoporose, sendo que o pico da massa óssea é atingido logo após o término do crescimento linear. A genética contribui com cerca de 70% para o pico de massa óssea, enquanto o restante fica por conta da ingestão de cálcio, exposição ao sol, prática de atividades físicas durante toda vida, especialmente durante a puberdade -aproximadamente 60% da massa óssea são formados durante o desenvolvimento puberal. Após a menarca, a taxa de aumento de massa óssea é desacelerada, no entanto uma formação mínima permanece em média até os 35 anos de idade. A massa óssea de uma mulher é resultado do pico de massa óssea e a subsequente perda óssea progressiva, que ocorre após esse período. ➢ Entre cinco e dez anos após a menopausa há uma perda óssea duas a quatro vezes maiores do que a que ocorre na fase da pré-menopausa. Após esse período, a taxa de perda óssea diminui e se estabiliza. A osteoporose se desenvolve como decorrência de uma desordem de remodelação óssea. O esqueleto adulto é composto de 80% de osso cortical (compacto) e 20% trabecular (esponjoso). O colo femural tem 75% de osso cortical e a coluna lombar tem 66% de osso trabecular. O osso trabecular apresenta um metabolismo maior que o cortical. Estima-se que ao longo da vida, a mulher possa perder 35% do osso cortical e 50% do osso trabecular. Remodelação óssea: É um processo contínuo de formação e reabsorção óssea (com sinergismo das funções dos osteoblastos e osteoclastos), relacionado à homeostasia de cálcio e fósforo. O ciclo completa-se geralmente em 8-12 semanas. Na osteoporose ocorre um desequilíbrio no processo de remodelação predominando a reabsorção sobre a formação e, conseqüentemente, diminuição da massa óssea. Na formação óssea vários são os fatores que inflfluenciam, sendo os nutricionais e os hormonais os de maior importância. → Nutricionais: As vitaminas D, A e C, além do Cálcio, Magnésio, Boro, Manganês e vitamina K são imprescindíveis para a formação de massa óssea. As deficiências de sais minerais, vitaminas essenciais e proteínas na alimentação acarretam distúrbios na função osteoblástica. → Hormonais: 7 May Freitas (Saúde da Mulher) Paratormônio (PTH): quando ocorre a diminuição da taxa de Cálcio no plasma, as paratireóides são estimuladas a liberar o seu hormônio (paratormônio), que vai atuar sobre as células do tecido ósseo, aumentando o número de osteoclastos, promovendo absorção da matriz óssea calcificada. Os ossos tornam- se descalcificadose sujeitos a fraturas (osteíte fibrosa) e mostram cavidades de reabsorção de tecidos fibrosos não calcificados. Hormônios Tireoidianos: a calcitonina ou tireocalcitonina, atuam opondo-se ao paratormônio. A calcitonina atua inibindo a reabsorção óssea, diminuindo o cálcio sangüíneo. Admite-se que a calcitonina e o paratormônio agem juntos para impedir ou neutralizar qualquer alteração significativa da regulação homeostática da concentração de cálcio no plasma. Hormônio do Crescimento: nos processos de remodelação óssea, atua com aumento das atividades de reabsorção e neoformação óssea, nas zonas endo e periostais. Hormônios sexuais: os hormônios sexuais, tanto o masculino (testosterona) como os femininos (estrogênios), de algum modo desempenham um papel importante na determinação da velocidade de maturação do tecido ósseo. Em uso experimental, os estrogênios têm demonstrado que induzem um aumento da osteogênese, aparentemente devido a uma inibição na função de reabsorção do PTH (paratormônio). Corticóides Adrenais: Corticóides em pequenas doses causam uma inibição na osteoformação e, indiretamente, uma aparente elevação da reabsorção óssea. ETIOLOGIA A instalação da Osteoporose resulta de anos de perda óssea. Pode ser classificada em primária, quando não apresenta causa bem definida, e secundária, nos casos em que é identificada sua etiologia, conforme exposto no quadro abaixo: 8 May Freitas (Saúde da Mulher) FATORES DE RISCO Os fatores de risco para osteoporose e fraturas ósseas podem ser divididos em maiores e menores, conforme tabela abaixo: DIAGNÓSTICO A osteoporose, por ser uma doença assintomática, geralmente é diagnosticada tardiamente, muitas vezes já em decorrência do acontecimento de uma fratura. A identificação de mulheres na pós-menopausa com fatores de risco para fratura facilita a intervenção precoce, auxiliando na manutenção ou aumento de massa óssea e, consequentemente, na redução do risco de fratura. A identificação dos fatores de risco é o objetivo primário na avaliação clínica da osteoporose pós-menopausa e crucial na prevenção da baixa densidade mineral óssea. Além disso, devem ser afastadas outras causas secundárias da osteoporose (como o hiperparatireoidismo). HISTÓRIA CLÍNICA É fundamental na história clínica a pesquisa minuciosa dos fatores de risco para a osteoporose e para fraturas. Deve-se considerar a avaliação de mulheres após a menopausa que apresentam um ou mais fatores de risco citados anteriormente (QUADRO ACIMA) e após os 65 anos independentemente da presença de fatores de risco. A osteoporose é uma doença assintomática, e geralmente o primeiro sinal é a fratura, sendo as de vértebras, fêmur e antebraço as mais freqüentes. EXAME FÍSICO Os seguintes itens são de fundamental importância na avaliação das mulheres com risco para osteoporose: • estatura; • peso corporal; • cifose dorsal (moderada a acentuada); • abdômen protuso; • outras deformidades esqueléticas; 9 May Freitas (Saúde da Mulher) • sinais físicos de doenças associadas à osteoporose, como por exemplo, exoftalmia (hipertireoidismo), deformidades e edema articular (artrite reumatóide), fáscies cushingóide, etc. AVALIAÇÃO LABORATORIAL Deve ser dirigida principalmente à exclusão das doenças que causam perda óssea e para avaliar os distúrbios do metabolismo mineral que também contribuem para isso. → Hemograma completo, dosagem de TSH, VHS, dosagens de cálcio e fósforo, ureia e creatinina plasmática, fosfatase alcalina total (com a finalidade de avaliar a presença de defeitos na mineralização ou osteomalácia, especialmente nos idosos) e análise urinária (EAS). AVALIAÇÃO LABORATORIAL ESPECÍFICA Para avaliação laboratorial específica, outros exames podem ser solicitados pelo/a especialista, de acordo com a necessidade de cada caso e da disponibilidade. Entre eles estão: → Calciúria de 24 horas, para avaliar perda de cálcio; → Cortisol urinário e /ou teste de supressão com 1mg de dexametasona à noite para investigar Síndrome de Cushing; → PTH, se houver suspeita de hiperparatireoidismo. → Os marcadores de formação e de reabsorção óssea, que são a fosfatase alcalina óssea, a osteocalcina e o pró-colágeno tipo I C-Terminal Peptídeo (PICP), assim como os marcadores de reabsorção óssea, como a hidroxiprolina, desoxipiridolina, piridinolina e o Ntx. A piridinolina e desoxipiridinolina são dosadas na urina; como estão presentes nas ligações do colágeno, são indicadoras do catabolismo ósseo e não sofrem influência da dieta. AVALIAÇÃO POR IMAGEM No diagnóstico por imagem são utilizadas radiografias e a densitometria óssea. O exame radiográfico pode mostrar diminuição da densidade óssea, porém só são detectadas alterações quando a perda óssea for superior a 30%, sendo baixa sua sensibilidade diagnóstica. É indicada para a avaliação das fraturas. A densitometria mineral óssea (DMO) é exame de referência para o diagnóstico da osteoporose realizada pela avaliação da coluna lombar, do colo do fêmur, e antebraço, segundo os critérios da OMS. Deverá ser realizada em mulheres consideradas de alto risco para osteoporose e de apresentar fratura (Quadro Acima). Interpretação Clínica da Densitometria Mineral Óssea Os resultados são apresentados por meio de: 1. Valores absolutos • Densidade mineral óssea (DMO): • Os valores absolutos são importantes, pois são os utilizados para monitorizar as mudanças da DMO ao longo do tempo; 2. T-Score Calculada em desvios-padrões (DP), tomando como referência a DMO média do pico da massa óssea em adultos jovens. Os critérios diagnósticos propostos pela OMS baseados neste parâmetro são: • até -1,0 DP ⇒ normal • de -1,1 a -2,5DP ⇒ osteopenia • abaixo de -2,5DP ⇒ osteoporose • abaixo de -2,5DP na presença de fratura ⇒ osteoporose estabelecida. 3. Z-Score 10 May Freitas (Saúde da Mulher) Calculado em desvios-padrões (DP) tomando como referência a DMO média esperada para indivíduos da mesma idade, etnia e sexo. Resultados exibindo Z-Score – 2,0 DP ou abaixo podem sugerir causas secundárias de osteoporose, sugerindo a necessidade de investigar outras doenças associadas. TRATAMENTO Ref: Radominskia (2017) NÃO FARMACOLÓGICO ♥ Atividade Física → Exercícios físicos resistidos, supervisionados, principalmente que envolvam fortalecimento de quadríceps e exercícios com suporte do próprio peso devem ser recomendados para pacientes na pós-menopausa com diagnóstico de osteoporose ou osteopenia, uma vez que se encontram associados com reducão do número de quedas. Ensaios clínicos randomizados têm confirmado que a implantacão de programa de atividade física contribui, de maneira significante, para melhor flexibilidade, equilíbrio, ganho de forca muscular e melhoria da qualidade de vida, reduz o risco de quedas, embora ainda não existam evidências substanciais para a reducão de fraturas com a implantacão da atividade física. ♥ Ingestão de Cálcio → Em mulheres com mais de 50 anos, é recomendado e seguro o consumo de até 1.200 mg de cálcio ao dia, preferencialmente por meio da dieta, especialmente com o consumo de leite e derivados. Quando há impossibilidade de fazê-lo por meio de fontes nutricionais, é recomendável a administração de suplementos de cálcio, com avaliacão de riscos e benefícios. Apesar de o uso complementar do cálcio e da vitamina D ser fundamental para a mineralizacão óssea adequada, não se recomenda o tratamento da osteoporose em pacientes na pós-menopausa exclusivamente com cálcio associado ou não com a vitamina D. ♥ Vitamina D → Em pacientes com osteoporose pós-menopausa, recomenda--se avaliar as concentrações plasmáticas da 25(OH)D antes de se iniciar o tratamento. Em pacientes deficientes de vitamina D, a reposição deve ser iniciada com 50.000 UI por semana durante oito semanas e, então, reavaliar. Como dose de manutenção, recomendam-sedoses diárias de 1000-2000 UI e valores séricos acima de 30 ng/mL para a prevencão do hiperparatireoidismo secundário, melhoria da massa óssea, reducão do risco de quedas. Tratamentos com altas doses de vitamina D não estão indicados. FARMACOLÓGICO ♥ Recomendação → Pacientes com história de fratura de fragilidade prévia devem ser considerados para tratamento farmacológico sem a necessidade de uma avaliacão adicional com a medida da DMO, embora essa possa ser apropriada, particularmente em mulheres pós-menopáusicas mais jovens, e com finalidade de monitoramento do tratamento. Pacientes com T-score igual ou menor do que -2,5 DP na coluna lombar, colo femoral, fêmur total ou radio 33% devem ser considerados para terapia farmacológica. ♥ A Terapia de Reposição Hormonal → A TH pode ser considerada para o tratamento da osteoporose pós- menopáusica, especialmente nas mulheres com sintomas climatéricos, antes dos 60 anos ou com menos de 10 anos de pós-menopausa. A descontinuac¸ão da TH resulta em perda de massa óssea e aumento das taxas de fraturas e as pacientes devem ser reavaliadas para outra opcão terapêutica. As pacientes com indicacão de TH devem ser avaliadas cuidadosamente, de forma individualizada, e a sua prescricão só deve ser feita quando o benefício suplantar o risco. ♥ Outros Fármacos → ➢ Evidência para a recomendacão do uso de bisfosfonatos (alendronato, risedronato, ibandronato e ácido zoledrônico) em mulheres na pós-menopausa para reduzir risco de fraturas vertebrais e não vertebrais: A eficácia dos bisfosfonatos na reducão de fraturas vertebrais, não vertebrais e de quadril em pacientes com osteoporose tem sido demonstrada em ensaios clínicos randomizados de modo a ser considerada classe terapêutica de primeira 11 May Freitas (Saúde da Mulher) linha para o tratamento da osteoporose na pós-menopausa. Os pacientes em uso de bisfosfonatos devem estar plenos de cálcio e vitamina D. Reavaliac¸ão da continuac¸ão do uso de bisfosfonatos após cinco anos tem sido proposta e levado em conta os riscos e benefícios para cada paciente. ➢ Evidências do uso do denosumabe no tratamento da osteoporose pós-menopausa: O denosumabe está indicado no tratamento de mulheres com osteoporose na pós-menopausa. Os estudos pivotais mostraram reducão significativa de fraturas vertebrais, não vertebrais e de quadril. ➢ Uso do raloxifeno em mulheres com osteoporose pós-menopausa: O raloxifeno na dose de 60 mg/dia está aprovado para a prevencão e o tratamento da osteoporose da coluna vertebral em mulheres na pós-menopausa, sem sintomas climatéricos, promove reducão significante de fraturas vertebrais. Também está indicado na reducão do risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa com osteoporose. Não está recomendado para a reducão de fraturas não vertebrais e de quadril. ➢ Eficácia e segurança da Teriparatida: A teriparatida está recomendada para o tratamento da osteoporose pós-menopausa em mulheres com alto risco de fraturas, com fraturas prévias ou que tenham falhado ou sido intolerantes a outras formas de tratamento para a osteoporose. Não está indicado para períodos de tratamento superiores a dois anos. 12 May Freitas (Saúde da Mulher) APARELHO CARDIOVASCULAR NO CLIMATÉRIO INTRODUÇÃO A incidência de doenças cardiovasculares (DCV) aumenta dramaticamente com o envelhecimento populacional, especialmente nas mulheres. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o infarto e o AVC (Acidente Vascular Cerebral) são as principais causas de morte em mulheres com mais de 50 anos no Brasil (esse dado é de 2010, mas não mudou muita coisa). Apesar do risco de câncer de mama ser a principal preocupação das mulheres, sabemos que a maior incidência de morte nas mulheres se refere às doenças cardiovasculares, um índice de 53% comparado aos 4% do câncer de mama. O grande aumento na expectativa de vida observado nas últimas décadas torna as mulheres mais vulneráveis às DCV, principalmente no período da pós-menopausa pela deficiência estrogênica. Por outro lado, existe na atualidade uma grande preocupação a respeito dos efeitos da terapêutica de reposição hormonal (TRH) em mulheres na transição menopáusica ou na pós-menopausa sobre o risco das DCV. FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR Alguns fatores de risco modificáveis que merecem especial atenção na prevenção de DAC nas mulheres após a menopausa. TABAGISMO O risco de morte por DCV aumenta em 31% entre as mulheres expostas ao tabaco no trabalho ou no lar, sendo este considerado o principal fator de risco modificável de morbi-mortalidade cardiovascular. O Nurses’ Health Study demonstrou que o risco de morte por DAC dobrou em tabagistas de 1 a 4 cigarros/dias e foi 5,5 vezes maior em mulheres que fumavam 25 cigarros/dia, em relação às não fumantes. DISLIPIDEMIA Diversos estudos demonstram risco elevado de DCV em mulheres com idade inferior a 65 anos e colesterol total e fração LDL elevados. Entretanto, níveis baixos de HDL colesterol passam a ser fator de risco independente de DAC, para mulheres, quando inferiores a aproximadamente 50mg/dL, e com níveis de triglicérides elevados, especialmente na faixa etária de 50-69 anos e em pacientes diabéticas. Níveis de triglicérides ≥150 mg/dl e HDL ≤50 mg/dl são componentes da dislipidemia que caracteriza a síndrome metabólica, apresentando maior impacto na incidência de DCV em mulheres do que em homens, especialmente aquelas na fase de menopausa. SEDENTARISMO O risco de DAC relacionado ao sedentarismo é de 1,5 a 2,4, risco comparado a HAS, dislipidemia e tabagismo. Atividade física aeróbica de moderada intensidade quando realizada de forma regular, no mínimo 30 minutos ao dia pelo menos 3 vezes na semana pode atingir impacto na redução do risco de evento cardiovascular na ordem de 30 a 40%. SOBREPESO, OBESIDADE E SÍNDROME METABÓLICA. Sua presença aumenta o risco de diabetes mellitus e DCV, bem como o de mortalidade cardiovascular e por todas as causas. No climatério, há aumento de peso relacionado à redução do metabolismo basal, à redução da atividade física regular e ao aumento na ingesta de alimentos calóricos e a depressão. Reduções de cerca de 5 a 10% de peso corporal já estão associados a redução de risco 13 May Freitas (Saúde da Mulher) cardiovascular, especialmente por afetar favoravelmente os níveis de colesterol, pressão arterial, glicemia, entre outros. DIABETES MELLITUS O diabetes mellitus confere um risco três a sete vezes maiores de DAC para mulheres quando comparadas às não diabéticas, diferentemente dos homens em que o risco é somente duas a três vezes maiores. Confere ainda, um risco de 1,8 a seis vezes maiores para acidente vascular encefálico e doença vascular periférica. Não só o quadro estabelecido de diabetes mellitus, mas também a intolerância à glicose, resistência insulínica e hiperinsulinemia, aumentam a ocorrência de DCV, sendo o nível sérico de insulina identificado como um fator de risco independente para DAC. A presença de DCV, ajustada para a idade, em mulheres com diabetes, é duas vezes maior do que para mulheres sem diabetes, a taxa de hospitalização quatro vezes maior, e a taxa de morte cardíaca, três a sete vezes maiores. HIPERTENSÃO ARTERIAL A HA contribui para cerca de 35% de todos os eventos cardiovasculares e cerca de 45% dos casos de infarto não-diagnosticados, em mulheres, elevando o risco de DAC em quatro vezes quando comparada a mulheres normotensas. A presença da associação de fatores de risco à HA, muitas vezes na síndrome metabólica, como a dislipidemia, resistência insulínica, intolerância à glicose e a obesidade abdominal, aumentam o potencial aterogênico e tem sido considerada como um dos mecanismos mais importantes da DCV em mulheres. Assim, o tratamento anti-hipertensivo farmacológico, concomitante às modificações nos hábitos de vida aqui relacionadas, tem sido demonstradocomo uma intervenção significativa para a prevenção de eventos coronarianos em mulheres hipertensas. FISIOPATOLOGIA Ref: Rotinas em GO Doenças cardiovasculares tornaram-se a principal causa de morte de mulheres na atualidade. O principal fator determinante para esses eventos é a aterosclerose de grandes vasos, cujos fatores de risco envolvem história familiar de doença cardiovascular, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes, dislipidemia e obesidade. Durante a menacme, as mulheres apresentam baixa incidência de eventos isquêmicos quando comparadas aos homens. Essa diferença de prevalência é atribuída ao fator protetor do estrogênio para eventos endoteliais, já que há estímulo para produção de óxido nítrico e prostaglandinas causando efeito vasodilatador e antitrobótico e há estímulo para a inibição da oxidação de lipoproteína de baixa densidade (LDL, do inglês low density lipoprotein) e proteção do endotélio diante de molécula oxidada. O resultado é a menor formação de placas ateroscleróticas e consequentemente, menor prevalência de doença coronariana. Com a passagem para o período pós-menopáusico, a produção de estrogênio diminui e o perfil hormonal das mulheres passa a ser androgênico. Como consequência, ocorre aumento da concentração de colesterol total e queda dos níveis de lipoproteína de alta densidade (HDL), o principal preditor para eventos isquêmicos cardíacos. O risco global para doença cardiovascular é, nesse período, duas vezes maior do que na menacme, e, então, mulheres e homens passam a ter os mesmos riscos para doenças isquêmicas como o infarto do miocárdio. A redução do HDL faz parte da conhecida síndrome metabólica. Há alguma interferência genética na incidência dessa síndrome, porém fatores como obesidade e sedentarismo são fundamentais para seu desenvolvimento. O período pós-menopáusico é facilitador, já que, devido às alterações nos perfis hormonais, há acúmulo de gordura central e desequilíbrio no perfil lipídico. A transição menopáusica por si 14 May Freitas (Saúde da Mulher) só é fator de risco para a síndrome, independentemente de idade, hábitos de vida e composição corporal. E, conforme o esperado, o risco para doença cardiovascular está substancialmente aumentado nos portadores de síndrome metabólica CONTROLE DAS DCV OBJETIVOS PRIMÁRIOS Mulheres sem DCV ➢ Baixo risco: < 2 fatores de risco • Manter os valores do LDL < 160mg/dl (sendo que o desejado é < 130mg/dl) ➢ Alto risco: ≥ 2 fatores de risco • Manter os valores do LDL < 130mg/dl ➢ Mulheres com DCV • Manter os valores do LDL < 100mg/dl OBJETIVOS SECUNDÁRIOS • Manter os valores do HDL >35mg/dl • Manter os valores dos triglicerídeos < 200mg/dl AH!! Os níveis considerados ótimos para as mulheres são de triglicérides 150mg/dl e HDL ≥ 45mg/dl RECOMENDAÇÕES ➢ Para todas as mulheres (1) Investigar os hábitos alimentares como parte da avaliação de rotina. (2) Promover modificações do estilo de vida: dieta saudável, controle do peso corporal atividade física adequada e regular, abandono do tabagismo. (3) Descartar causas secundárias de dislipidemia (hipotireoidismo, etc.). (4) Medir colesterol total (CT) e HDL e valorizar outros fatores de risco não lipídicos. ➢ Mulheres com DCV (1) Medir perfil lipídico total (os valores podem levar entre quatro a seis semanas para estabilizar depois de um evento cardiovascular ou de um procedimento de revascularização). (2) Promover uma dieta com menos de 30% de gordura, menos de 7% de gordura saturada. (3) Agregar terapia farmacológica à dieta se: • LDL ≥ 220mg/dl em mulheres na pré-menopausa sem fatores de risco • LDL ≥ 190mg/dl em mulheres na pós-menopausa com < 2 fatores de risco • LDL ≥ 160mg/dl em mulheres com ≥ 2 fatores de risco • LDL ≥ 100mg/dl em todas as mulheres com DCV AH!! A escolha do medicamento deverá basear-se também nos níveis de triglicérides. Opções de Fármacos: ➢ Ácido acetil salicílico (AAS) - Deve ser indicado na dose de 75 a 325 mg/dia em todas pacientes de alto risco (Classe I, nível A). Se houver intolerância ao AAS, clopidogrel 75 mg/dia pode ser utilizado (classe I, Nível B). Pode ser indicado em mulheres > 65 anos se os riscos de sangramento digestivo forem menores que o risco de acidente vascular cerebral (classe IIa, nível B). ➢ Βeta-bloqueadores devem ser usados por tempo indefinido em todos os casos de infarto de miocárdio, síndrome coronária aguda ou disfunção ventricular, salvo contra-indicações (classe I, Nível A) ➢ Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) e bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) – Os IECA devem ser usados em mulheres após infarto do miocárdio e 15 May Freitas (Saúde da Mulher) naquelas com disfunção ventricular ou diabete melito (classe I, nível A). Os BRA podem ser outra opção (classe I, nível B). ➢ Bloqueadores da aldosterona – Devem ser usados em pacientes com disfunção ventricular (FE < 40%) em uso de medicação adequada para insuficiência cardíaca e sem contraindicação para seu uso (Classe I, nível B). 16 May Freitas (Saúde da Mulher) REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. FEBRASGO. Comissões Nacionais Especializadas Ginecologia e Obstetrícia. Manual de Orientação em Climatério / Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, 2010. RADOMINSKIA, S. C.; et al. Diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Revista Brasileira de Reumatologia. v. 5, n. 7, 2017. WENDER, M. C. O. et al. Climatério. In: PASSOS, E. P.; RAMOS, J. G.; COSTA-MARTINS, S. H. Rotinas em ginecologia, 7ª ed., Porto Alegre: ARTMED, 2017. p. 762-793.