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Lesões potencialmente malignas (resumo)

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P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução: 
• Lesão potencialmente maligna: Tecido benigno, mas 
alterado, que apresenta um risco maior do que o normal 
de transformação maligna. 
• Lesões: Leucoplasia, Eritroplasia e Queilite actínica. 
 
Leucoplasia: 
A leucoplasia (leuko = branca; plakia = patch) representa “uma 
mancha branca ou placa que não pode ser caracterizada clínica ou 
patologicamente como qualquer outra doença”. 
• Esse termo é estritamente clínico e não implica uma 
alteração histopatológica específica do tecido. 
• A definição de leucoplasia é incomum e torna o 
diagnóstico dependente não apenas da aparência clínica, 
mas também na exclusão de outras doenças que se 
manifestam como placas brancas na mucosa oral. 
• A manifestação clínica ocorre devido ao espessamento 
na camada superficial de queratina que exibe uma 
coloração branca quando úmida, ou por acantose, que 
mascara a vascularização normal (vermelhidão) do tecido 
conjuntivo. 
• Embora a leucoplasia não constitua um diagnóstico 
histopatológico específico, considera-se uma lesão 
potencialmente malígna, cuja frequência de 
transformação maligna é maior do que a mucosa normal. 
 
 
 
 
• Leucoplasia é, de longe, a lesão potencialmente maligna 
oral mais comum, representando 85% dessas lesões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Além disso, mais de um terço dos carcinomas orais 
apresentam leucoplasia em estreita proximidade. 
• Existe uma forte predileção pelo sexo masculino (70%), 
exceto em populações em que as mulheres usam os 
produtos do tabaco com maior frequência que os 
homens. 
• Indivíduos maiores de 40 anos. 
• Regiões mais acometidas: vermelhão do lábio, mucosa 
jugal, gengiva, assoalho de boca e língua (língua, lábio e 
assoalho apresentam um maior grau de alteração). 
• Língua, vermelhão do lábio e assoalho: displasia / Ca. 
• Prevalência na população: 1,5 a 4,3%. 
• Evolução para CCE (Carcinoma de Células Escamosas / 
Carcinoma Epidermóide Oral – ocorre no epitélio de 
revestimento da cavidade oral): 4%. 
• Prevalência entre as lesões cancerizáveis: 85%. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Diagnóstico em Odontologia 
Esse diagnóstico é de exclusão, deve-se descartar todas as 
outras lesões parecidas e depois confirmar a leucoplasia. 
Sempre é realizado após a execução do exame clínico. 
A biópsia nesse caso não serve para identificar a leucoplasia 
em si e sim para avaliar o grau de alteração do tecido (é 
obrigatório). A partir da biópsia pode-se constatar: 
• Hiperceratose: quando não há nenhuma alteração de 
displasia no tecido. 
• Displasia: quando há displasia no tecido. Esta pode ser 
leve, moderada ou severa. 
• Câncer/ Carcinoma: quando todas as células já estão 
bastante alteradas. 
Para excluir o possível diagnóstico de Leucoedema, lembrar 
que: 
• O leucoedema é bilateral, desaparece ao realizar 
extensão, possui coloração branco acinzentada e 
está associada com a cor da pele. 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
A causa da leucoplasia permanece desconhecida, embora existam 
várias hipóteses. 
• Hipóteses: 
1. Hábito de furmar; 
2. Radiação ultravioleta; 
3. Infecção por alguns microorganismos 
(treponema pallidum, HPV); 
4. Álcool. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Líquen plano: é bilateral e a apresenta estrias de 
Wickham. 
 
 
 
 
 
 
• Morsicatio: ocorre por conta de um trauma (ex: mordida). 
 
 
 
 
 
 
• Estomatite nicotínica: ocorre no palato (que não é uma 
área comum para a leucoplasia) e apresenta pontinhos 
(que são as glândulas salivares inflamadas). 
 
 
 
 
 
 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Lesões únicas podem ter aparência clínica variada e 
tendem a mudar ao longo do tempo. 
• A leucoplasia leve ou delgada aparece como uma placa 
branca ou acinzentada, plana ou ligeiramente elevada, 
podendo ser translúcida, fissurada ou enrugada. É 
geralmente macia com bordas bem delimitadas, mas às 
vezes pode gradualmente se mesclar com a mucosa 
normal. Leucoplasias finas podem desaparecer ou 
continuar inalteradas e raramente exibem displasia na 
biopsia. 
• Para os tabagistas que não reduzem o hábito, dois terços 
das lesões tendem a aumentar em tamanho e progredir 
para uma fase chamada de leucoplasia homogênea ou 
espessa, caracterizada por placas brancas espessas e 
bem delimitadas com fissuras profundas. 
 
 
 
 
 
 
 
• A maioria permanece indefinidamente nessa fase. No 
entanto, um terço delas regride ou desaparece. Algumas 
lesões desenvolvem aumento de irregularidades de 
superfície e são chamadas de leucoplasia granular ou 
nodular. Lesões com projeções afiadas, rombas ou 
verruciformes são denominadas leucoplasia verrucosa ou 
verruciforme. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leucoplasia Granular 
 
 
 
 
• Uma forma especial de leucoplasia de alto risco, 
leucoplasia verrucosa proliferativa (LVP) é caracterizada 
pelo desenvolvimento lento de múltiplas placas 
queratóticas com projeções rugosas de superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
Leucoplasia Verrucosa Proliferativa (LVP) 
• No entanto, algumas lesões, podem apresentar manchas 
vermelhas dispersas, denominadas eritroplasias. . Essas 
áreas representam locais nos quais as células epiteliais 
são imaturas ou atróficas impossibilitando a produção de 
queratina. Esta lesão com a mistura de áreas brancas e 
vermelhas denominada eritroleucoplasia ou leucoplasia 
mosqueada, frequentemente exibe displasia epitelial no 
exame histopatológico. 
 
 
 
 
 
 
 
Eritroleucoplasia 
• A avaliação clínica cuidadosa com biopsia convencional é 
o padrão-ouro para avaliação da leucoplasia. 
• Realizar uma biópsia incisional (retirar pedaços da lesão) 
para avaliar o grau de displasia epitelial - Exame 
anatomopatológico (não remover a lesão inteira!). 
• O tratamento só pode ser definido a partir da 
identificação do grau de displasia. 
 
 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
: 
• Hiperceratose: camada espessa de ceratina (quanto 
mais espessa estiver, mais branca ela será). 
• Acantose: hiperplasia do epitélio. 
• Presença ou não de displasia – determina se o 
tratamento será mais agressivo ou não. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hiperqueratose. 
 
• Displasia epitelial, ou carcinoma, é encontrada em cerca 
de 5% a 25% das leucoplasias orais. Alterações 
displásicas começam nas porções basais e parabasais do 
epitélio. Quanto mais displásico o epitélio, maior a chance 
das atipias epiteliais se estenderem em toda a espessura 
do epitélio. As alterações histopatológicas das células 
epiteliais displásicas são semelhantes às do carcinoma 
epidermoide. 
• O grau de displasia epitelial se relaciona à sua “gravidade” 
ou intensidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Displasia Epitelial Leve 
 
 
 
 
 
 
Displasia Epitelial Moderada 
 
 
 
 
 
 
 
Displasia Epitelial Intensa 
Ausência de atipia Ausência de alterações 
estruturais e atipia citológica. 
Displasia epitelial leve Alterações limitadas às 
camadas basal e parabasal. 
Displasia epitelial moderada Mostra envolvimento da 
camada basal até a porção 
média da camada espinhosa. 
Displasia epitelial intensa Mostra alterações a partir da 
camada basal até um nível 
acima do ponto médio do 
epitélio. 
Carcinoma in situ Uma displasia que envolve a 
espessura total do epitélio 
(estende-se da camada basal 
até a superfície). 
Remover mais de um fragmento em lugares diferentes para 
realização da biópsia. Pois determinados locais podem 
expressar alterações diferentes. Será considerado o 
fragmento que apresentar a alteração de maior grau. 
Displasia = atipia -> alteração pré-maligna das células. 
No carcinoma in situ, as células epiteliais rompem a camada 
basal e começam a proliferar no tecido conjuntivo. 
Inspiração do quadro: – Critérios de graduação histológica dedisplasia epitelial para leucoplasias de boca (Adaptado de WHO, 
2005) 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carcinoma in situ 
Para interpretação das imagens: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Devido à leucoplasia representar apenas um termo clínico, uma 
biopsia é necessária para obter um diagnóstico histopatológico e 
orientar o tratamento adequado. 
• Conduta: 
▪ Depois de realizar o diagnóstico, se a alteração 
for mínima – deve-se acompanhar a lesão e 
orientar. 
- Remoção dos fatores etiológicos (EX: hábito 
de fumar); 
- Tamanho da lesão (se for pequena pode ser 
removida); 
- Dependendo da vontade do paciente. 
▪ Se a lesão for maior – manter 
acompanhamento (dependendo da vontade do 
paciente). 
▪ Excisão (remoção completa) – nos casos de 
displasia moderada/grave. 
- Cirúrgica; 
- Criocirurgia; 
 
 
- Eletrocautério; 
- Laser. 
 
 
 
 A conduta vai depender dos seguintes fatores: 
 
 
 
 
 
 
 
• Mesmo após a remoção, as taxas globais de recorrência 
relatadas variam de 10% a 35%, e o desenvolvimento 
das leucoplasias adicionais é comum. Portanto, após a 
remoção, o acompanhamento a longa duração é de suma 
importância 
• Embora a leucoplasia sem displasia frequentemente não 
seja removida, uma avaliação clínica a cada seis meses é 
recomendada, pois há a possibilidade de progressão da 
doença. 
 
 
 
Essas lesões podem evoluir de várias formas (Pode ocorrer de 
forma diferente para cada paciente): 
• Estabilização 
• Progressão 
• Regressão 
• Desaparecimento (raro) 
 
 
 
 
 
Camada basal – base do 
epitélio, próximo ao tecido 
conjuntivo. 
Camada intermediária 
Camada superior 
Camada superficial 
De
 b
aix
o 
pa
ra
 c
im
a 
D.E. Moderada 
D.E. Severa 
Carcinoma in situ 
D.E. Leve 
Conduta 
Carac. clínicas Histopatologia 
Fatores etiológicos 
Vontade do paciente 
Acompanhar o paciente durante muito tempo. Para manter 
o acompanhamento da situação da lesão (se progrediu ou 
regrediu). 
Utilizar a técnica cirúrgica mais adequada para o caso! 
Transformação maligna geralmente ocorre de dois a quatro 
anos após o início da leucoplasia, mas pode ocorrer dentro de 
meses ou décadas. 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Eritroplasia: 
Semelhante à leucoplasia, eritroplasia é definida como uma mancha 
ou placa vermelha que não pode ser clínica ou patologicamente 
diagnosticada como qualquer outra condição. 
Eritro=vermelha 
Plakia = placa 
• A eritroplasia também pode ocorrer conjuntamente com 
a leucoplasia e tem sido encontrada concomitantemente 
com um grande número de carcinomas epidermoides 
microinvasivos. 
• Embora a eritroplasia seja mais rara que a leucoplasia, 
possui maior potencial para apresentar alterações 
displásicas no momento da biopsia ou para desenvolver 
um carcinoma mais tarde. 
• Pico de prevalência de 65 a 74 anos tem sido relatado, 
gênero masculino. 
• Regiões mais acometidas: assoalho de boca, língua e 
palato mole. 
• Lesões múltiplas podem estar presentes – envolvimento 
multifocal. 
• Prevalência estimada na população: 1:2/500 adultos. 
• A lesão aparece como uma mancha ou placa bem 
delimitada, eritematosa de consistência macia e textura 
aveludada. Normalmente é assintomática e pode ser 
associada a uma leucoplasia adjacente (eritroleucoplasia). 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eritroplasia 
• A biopsia é necessária para distinguir eritroplasia de 
outras condições com uma aparência clínica semelhante, 
tais como mucosite não específica, candidíase, psoríase 
ou lesões vasculares. 
 
 
 
 
 
1. Mucosite inespecífica – são bastante dolorosas. Comum 
em pacientes que estão sendo submetidos à 
quimioterapia e radioterapia. 
2. Candidose – observada em pacientes que usam próteses. 
Na dúvida, prescrever antifúngico e observar a lesão. 
3. Lesões traumáticas – são dolorosas. 
4. Lesões auto-imunes – observar o paciente como um 
todo e procurar por lesões extrabucais. 
 
• Conduta: realização de biópsia incisional 
• Segundo uma grande investigação clínico-patológica, 90% 
das lesões eritroplásicas apresentam ao exame 
histopatológico displasia epitelial intensa, carcinoma in 
situ, ou carcinoma epidermoide superficialmente invasivo. 
• O epitélio deixa de produzir queratina e muitas vezes é 
atrófico, permitindo assim que a microcirculação 
subjacente apareça, produzindo uma aparência 
vermelha. O tecido conjuntivo subjacente demonstra com 
frequência inflamação crônica. 
• Tal como acontece com a leucoplasia, o tratamento da 
eritroplasia é guiado pelo diagnóstico histopatológico. 
• Displasia moderada ou intensa justifica excisão completa 
ou ablação. 
Sem displasia 
Displasia leve 
Acompanhamento + 
prevenção 
Displasia moderada 
Displasia severa 
Carcinoma in situ 
Excisão + acompanhamento + 
prevenção 
Carcinoma de células 
escamosas 
Excisão ampla + radioterapia + 
acompanhamento + 
prevenção 
 
• Manter acompanhamento de longa duração. 
 
Leucoeritroplasia/Eritroleucoplasia – lesão misturada (áreas 
brancas e vermelhas (imagem mostrada anteriormente). 
 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
Queilite actínica: 
A queilite actínica é uma condição potencialmente maligna do 
vermelhão do lábio inferior (exclusivamente), resultante da 
exposição crônica à luz UV. 
As ocupações ao ar livre estão associadas a esta condição, levando 
a expressões populares, tais como lábio de marinheiro ou agricultor. 
Além disso, há um aumento de suscetibilidade entre pacientes com 
determinados distúrbios genéticos (p.ex., o xeroderma pigmentoso, 
albinismo e porfiria cutânea tardia). Além disso, cofatores, tais 
como tabagismo e imunossupressão, podem aumentar a 
probabilidade de evolução para o carcinoma epidermoide. 
• A queilite actínica raramente ocorre em pessoas com 
idade inferior a 45 anos. 
• Há uma forte predileção pelo gênero masculino 
(proporção relatada homem-mulher 10:1). 
• A lesão se desenvolve tão lentamente que os pacientes 
muitas vezes são inconscientes de uma mudança. 
• Atrofia da borda do vermelhão do lábio (caracterizada 
por áreas lisas, manchadas e pálidas). 
• Superfície lisa e áreas de manchas brancas. 
• Apagamento do limite vermelhão – pele (margem 
indefinida entre o vermelhão e a pele). 
• Ressecamento. 
• Fissuras do vermelhão do lábio inferior. 
• Áreas ásperas e escamosas. 
Essas áreas podem se espessar formando lesões leucoplásicas, 
especialmente quando se estendem perto da linha úmida da mucosa 
labial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eventualmente, a ulceração crônica pode se desenvolver (uni ou 
multifocal que pode permanecer por meses). Tais ulcerações 
podem durar meses e sugerir progressão para carcinoma 
epidermoide. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carcinoma Epidermoide Desenvolvendo-se em uma Queilite Actínica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bentley 2003 
 P4 – ODONTOLOGIA UNINASSAU RN - @respirando_odonto 
 
• Áreas endurecidas, espessas, ulceradas ou leucoplásicas 
-> fazer biópsia incisional -> Laudo histopatológico – grau 
de displasia epitelial. Serve para guiar a conduta 
terapêutica e excluir o carcinoma. 
• Também é um diagnóstico clínico! 
• Na fase inicial pode-se apenas acompanhar e não 
necessariamente fazer uma biópsia. Mas quando há 
áreas de leucoplasia, eritroplasia e úlceras -> necessário 
fazer a biópsia. 
• O epitélio pode exibir diferentes graus de displasia. 
• Epitélio atrófico. 
• Hiperceratose 
• O tecido conjuntivo invariavelmente demonstra uma faixa 
acelular amorfa, basofílica, conhecida como elastose 
solar, uma alteração do colágeno e fibras elásticas 
induzida pela luz UV (as fibras ficam roxas) -.> confirma 
diagnóstico clínico de Queilite actínica. 
• Infiltrado inflamatório crônico e vasos sanguíneos 
dilatados podem também estar presentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sem displasia 
Displasia leve 
Acompanhamento + 
prevenção 
Displasia moderada 
Displasia severa 
Carcinomain situ 
Excisão + acompanhamento + 
prevenção 
Carcinoma de células 
escamosas 
Excisão ampla + radioterapia + 
acompanhamento + 
prevenção 
 
• Manter acompanhamento de longa duração. 
 
 
 
• Muitas das alterações associadas à queilite actínica são 
irreversíveis, mesmo assim os pacientes devem ser 
encorajados a reduzir a exposição ao sol, usar chapéu de 
abas largas e protetor solar para evitar mais danos. 
• Em casos clinicamente graves, sem transformação 
maligna evidente, a vermelhectomia pode ser realizada. 
A mucosa do vermelhão é removida sendo uma porção 
da mucosa labial intraoral tracionada para a frente ou a 
ferida cicatriza por segunda intenção. 
• A queilite actínica mais do que duplica o risco de o 
paciente desenvolver um carcinoma epidermoide de lábio. 
Entretanto, várias décadas são necesssárias para que a 
queilite actínica se transforme em carcinoma 
epidermoide. 
Referências: 
NEVILLE, Brad W. et al. Patologia oral e maxilofacial. 
4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. 912 p. 
Aula teórica de Diagnóstico em Odontologia. Faculdade 
Maurício de Nassau, odontologia, 2020.

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