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Densitometria Óssea - 2019_compressed

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Prévia do material em texto

Técnico
Em Radiologia
Densitometria Óssea
Módulo 3
Densitometria
Óssea
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer 
métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da 
propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão 
ser dirigidos à Reitoria.
Ficha catalográFica
catalogação na Publicação
biblioteca centro universitário ateneu
BARROS, Lucileide Gomes de Araújo. Densitometria Óssea. / Lucileide Gomes de 
Araújo Barros. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2018. 
68 p.
ISBN: 
1. Classificação dos ossos. 2. Osteopenia e osteoporose. 3. Densitômetro. 4. Exame. 
I. Centro Universitário Ateneu.
Direção geral:
Prof. Me. Cláudio ferreira Bastos
Direção geral aDministrativa:
Prof. dr. rafael raBelo Bastos
Direção De relações institucionais:
Prof. dr. Cláudio raBelo Bastos
Direção acaDêmica:
Prof. dr. Valdir alVes de Godoy
coorDenação PeDagógica:
Profa. esP. Maria aliCe duarte G. soares 
coorDenação neaD:
Profa. Me. luCiana r. raMos duarte
suPervisão De ProDução:
franCisCo Cleuson do nasCiMento alVes
exPeDiente
Ficha técnica
autoria: 
luCileide GoMes de araújo Barros 
Design instrucional:
eManoela de araújo
Projeto gráFico e Diagramação:
franCisCo erBínio alVes rodriGues 
caPa:
franCisCo erBínio alVes rodriGues
tratamento De imagens:
franCisCo erBínio alVes rodriGues
revisão ortográFica: 
eManoela de araújo 
Seja bem-vind
o!Seja bem-vind
o!
Caro estudante, é com grande alegria que apresento o material di-
dático da disciplina de Densitometria Óssea. Ao ler e estudar por este ma-
terial, você terá condições, como profissional, de analisar situações do dia a 
dia e tomar atitudes embasadas no conhecimento adquirido aqui.
Este livro está dividido em quatro capítulos de acordo com a ementa 
da disciplina. Nos dois primeiros, falaremos sobre a anatomia e o funciona-
mento do esqueleto, também veremos como se dá o processo de produção 
e remodelação óssea, estudaremos ainda sobre os processos patológicos 
de osteoporose e osteopenia, suas definições, sinais e sintomas, grupos 
de risco e fatores desencadeantes. Nos seguintes, serão apresentados os 
equipamentos e os materiais utilizados para o diagnóstico da osteoporo-
se, assim como os posicionamentos e sítios de interesse para o exame de 
Densitometria Óssea.
Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto, ao contrário, você de-
verá procurar outras fontes além deste livro para aprofundar seu conheci-
mento e estar sempre atualizado sobre os temas estudados aqui. 
A partir da leitura, você estará apto a corresponder às exigências 
solicitadas nos trabalhos acadêmicos.
Bons estudos!
SumárioSumário
ANATOMIA E FISIOLOGIA ÓSSEA
1.	 Composição	dos	ossos	e	classificação ....................................... 10
1.1. Tipos de tecido ..................................................................... 10
1.2.	Classificação	dos	ossos ....................................................... 11
2. Processo de remodelação óssea ................................................ 18
2.1. Células ósseas ..................................................................... 18
OSTEOPENIA E OSTEOPOROSE
1. Osteopenia e osteoporose: conceitos ......................................... 26
1.1. Osteopenia ........................................................................... 26
1.2. Osteoporose ......................................................................... 26
2. CARACTERÍSTICAS .................................................................... 27
2.1. Osteopenia ........................................................................... 27
2.2. Osteoporose ......................................................................... 28
 2.2.1. Tipos de osteoporose ................................................. 31
 2.2.2. Fatores de risco da osteoporose ................................ 33
 2.2.3. Prognóstico e epidemiologia da osteoporose ............. 36
EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS UTILIZADOS 
EM DENSITOMETRIA ÓSSEA
1. Equipamentos de Densitometria Óssea ...................................... 42
1.1. Composição e funcionamento .............................................. 42
1.2. Princípios básicos de um Densitômetro ............................... 45
1.3. Cuidados com o Densitômetro ............................................. 46
1.4. Controle de qualidade do Densitômetro ............................... 47
2. Acessórios de Densitometria Óssea ............................................ 48
REALIZANDO O EXAME
1. Densitometria Óssea ................................................................... 54
1.1. Características da realização do exame ............................... 55
2. Realização do exame .................................................................. 58
2.1. Protocolos de posicionamento .............................................. 58
2.2. Proteção radiológica ............................................................. 63
Referências ...................................................................................... 66
895%
35%
55%
75%
FRATURA BRAÇO
FRATURA PERNA
FRATURA JOELHO
FRATURA PÉ
SAMPLE TITLE
30%
30%
45%
15%
35%
45% 5% 24%
62% 11% 73%
13%
73%
34%
12%
65%
86%
12%
64%
73% 34% 12%65%
9
Capítulo 01
anatomia e Fisiologia óssea
• Conhecer a composição óssea;
• Compreender o processo de produção e reabsorção óssea nas diferentes fases da 
vida do indivíduo;
• Caracterizar o osso de acordo com o seu formato.
10
1. comPosição Dos ossos e classiFicação
Em um indivíduo adulto, o esqueleto humano é formado por 206 ossos que 
diferem tanto com relação ao tamanho quanto ao seu formato, sendo que, na infân-
cia, esse número pode ultrapassar os 350. No decorrer da infância e adolescência, 
esses ossos vão se unindo para formar um total de 206 na fase adulta. É importante 
ressaltar que algumas pessoas podem apresentar alguns pequenos ossos a mais, 
chamados de ossos extranumerários.
O osso é um órgão vivo altamente vascularizado que passa por transforma-
ções ao longo da vida do indivíduo e que precisa de nutrientes e exercícios físicos 
para que se desenvolvam de forma saudável.
1.1. Tipos de tecido
O osso maduro é composto por dois tipos de tecido: o tecido compacto e 
o tecido poroso ou esponjoso. Os dois tecidos formam o osso, sendo que o tecido 
esponjoso é mais interno e caracterizado por uma menor quantidade de massa óssea 
e por um maior espaço vazio; já o tecido compacto se caracteriza por uma maior 
quantidade de massa óssea, o que o torna mais denso, além disso, ele reveste o 
tecido esponjoso.
Os ossos, como todas as estruturas do corpo humano, possuem funções 
específicas dentro do organismo, as quais serão elencadas a seguir:
• Suporte: os ossos formam o esqueleto, uma estrutura rígida que sustenta o 
corpo, portanto, são eles que dão forma e sustentam o corpo;
• Movimento: os músculos são estruturas responsáveis pelo movimento, no 
entanto, os ossos funcionam como alavancas que impulsionam os movimentos 
do corpo no todo ou em partes;
• Proteção: os ossos são responsáveis pela proteção das partes moles do 
corpo ou de órgão vitais;
• Depósito de minerais: os ossos funcionam como um reservatório de mine-
rais; entre eles, podemos destacar o cálcio e fosfato;
11
• Formação de células sanguíneas: o osso contém medula óssea no seu 
interior, ou seja, produz células sanguíneas, portanto, ele pode ser categori-
zado como um órgão hematopoiético;
• Energia metabólica: os osteoblastos, que são células produtoras de massa 
óssea,	 secretam	um	hormônio	que	 influencia	na	 regulação	do	açúcar	 no	
sangue, fornecendo energia metabólica ao organismo. 
1.2. Classificação dos ossos
Demonstrada a composição e as funções dos ossos, é importante destacar 
que eles são classificados em seis grupos de acordo como seu formato, são eles:
• Longos:	são	ossos	expandidos	em	duas	direções,	compostos	por	uma	diáfise,	
duas	epífises	de	crescimento	e	uma	medula	óssea	no	interior;
 Exemplo: fêmur. 
• Curtos: são ossos que apresentam três dimensões similares - comprimento, 
espessura e largura;
 Exemplo: carpos.
• Planos: apresentam uma largura mais acentuada e possuem uma superfície 
que	serve	para	a	fixação	de	músculos;
 Exemplo: escápula.
• Irregulares: são ossos de forma singular, pois não se parecem com nenhum 
formato conhecido;
 Exemplo: vértebras.
• Pneumáticos: esses ossos possuem cavidades que são revestidas por 
mucosas, contendo ar no seu interior;
 Exemplo: ossos do crânio como o frontal.
• Sesamoides: são ossos supranumerários que se desenvolvem ao longo do 
esqueleto.
 Exemplo: patela.
12
Em relação aos ossos do carpo, como podemos ver na figura a seguir, são 
8. Tais ossos são distribuídos em duas fileiras: uma proximal e uma distal. Na fileira 
proximal, temos o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. Enquanto que na 
segunda fileira, temos o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato, eles fazem a 
ligação entre os ossos do antebraço (rádio e ulna) e os metacarpos que se ligam as 
falanges, esse conjunto de ossos forma o que conhecemos como mão.
Figura 01: Fêmur e os ossos do carpo.
Fonte: <https://bit.ly/2NUfKll> e <https://bit.ly/2vkycvM>.
De acordo com as numerações da imagem anterior, como já vimos, os ossos 
do carpo são denominados de:
I. Trapézio;
II. Trapezoide;
III. Capitato ou Grande Osso;
IV. Hamato ou Uncinado;
V. Pisiforme;
VI. Piramidal;
VII. Semilunar;
VIII. Escafoide.
https://bit.ly/2NUfKll
https://bit.ly/2vkycvM
13
O fêmur é o maior osso do corpo humano e também o mais volumoso, assim 
como o mais resistente. Ele está localizado na região da coxa e é um dos principais 
sítios de interesse para a Densitometria Óssea. Além disso, é constituído de uma 
diáfise, duas epífises de crescimento, trocanter maior, trocanter menor, cabeça do 
fêmur, colo do fêmur e côndilos. A escápula, também conhecida como omoplata, é 
o maior osso plano do corpo humano, presente na parte posterior e superior do tórax, 
que juntamente à clavícula, forma a cintura escapular, permitindo a inserção de 
cada membro superior ao tronco, sendo um local de inserção de músculos, tais como 
o músculo peitoral menor, o músculo subescapular e o músculo bíceps braquial. Tal 
osso faz parte, pois, da articulação do ombro.
Figura 02: A escápula forma a cintura escapular juntamente à clavícula.
Escápula
Fonte: <https://bit.ly/2SBp8hc>.
Na imagem a seguir, temos a coluna vertebral de um ser humano. Ela é 
dividida em segmentos: coluna cervical formada por sete vértebras, coluna torácica 
formada por doze vértebras, coluna lombar formada por cinco vértebras. Terminando 
a coluna lombar, encontramos o sacro, que é constituído de cinco vértebras fundidas. 
E ao final da coluna, temos o cóccix com quatro vértebras fundidas.
14
Figura 03: Coluna vertebral, formada pela região cervical, torácica e lombar.
Fonte: <https://bit.ly/2BKywuw>.
Todas essas vértebras são ligadas por articulações, formando um todo que 
é a coluna vertebral. As vértebras são formadas por um corpo, pedículos ósseos, 
lâminas, forames, processo transverso e processo espinhoso. No interior da coluna, 
encontramos o canal medular. Todas as vértebras do corpo são consideradas ossos 
irregulares devido possuírem um formato peculiar, que não se assemelha a nenhuma 
outra forma conhecida.
A patela faz parte da articulação do joelho. Ela possui um formato triangular e 
fica na frente do joelho, protegendo a articulação. É o maior osso sesamoide do corpo 
humano e é formado pelas seguintes partes: base da patela, ápice da patela, face 
articular lateral e face articular medial, que faz a ligação com dois ossos importantes, 
o fêmur e a tíbia, formando a articulação fêmoro-tíbio-patelar.
15
Figura 04: Articulação do joelho contendo fêmur, tíbia e patela.
Fonte: <https://bit.ly/2wmAScR>.
O fêmur, osso da coxa, é o mais comprido do corpo humano. Numa pessoa de 
1,80 metro, ele tem cerca de 50 centímetros. É também o osso mais forte do corpo 
humano. Apesar de ser oco, suporta mais peso do que o concreto.
 Fonte: <https://bit.ly/2R6z28K>.
A estrutura craniana é composta por 22 ossos, sendo que apenas 8 fazem 
parte do crânio propriamente dito; desses 8, 4 são ímpares (frontal, occipital, esfe-
noide e etmoide) e dois são pares (temporais e parietais). O crânio propriamente dito 
se divide em calota craniana e base do crânio; a calota craniana é formada pelos 
ossos: parietais, occipital e frontal. Já a base do crânio é formada pelos ossos: tem-
porais, esfenoide e etmoide. 
16
A outra parte da estrutura craniana é denominada de face, que é formada por 
14 ossos, sendo 6 pares e 2 ímpares. O conjunto desses ossos forma o crânio do 
ser humano.
Ossos do crânio propriamente dito:
• Frontal (1);
• Parietais (2);
• Temporais (2);
• Esfenoide (1);
• Etmoide (1);
• Occipital (1).
Ossos que compõe a face: 
• Maxilares (2);
• Zigomáticos (2);
• Palatinos (2);
• Lacrimais (2);
• Nasais (2);
• Conchas nasais inferiores (2);
• Mandíbula (1);
• Vômer (1).
17
Figura 05: Estrutura craniana em visão frontal e 
lateral, mostrando os ossos do crânio e os ossos da face.
Fonte: <https://bit.ly/2Qp29oj>.
18
Alguns ossos do corpo humano não se encaixam em nenhuma das classifi-
cações apresentadas anteriormente devido não possuírem todas as características 
necessárias para tal. Por exemplo, para ser considerado um osso longo, é necessário 
que ele possua uma diáfise, duas epífises de crescimento e uma medula óssea em 
seu interior. A costela é um osso alongado, mas não possui todas as características 
necessárias para ser considerada um osso longo. Exemplo de ossos que não se en-
caixam em nenhuma das classificações citadas anteriormente são: esterno, costela 
e osso hioide.
2. Processo De remoDelação óssea
Os ossos são estruturas vivas que passam por processos de formação e ab-
sorção durante todo o período de vida do indivíduo. Para que ocorra esse processo, 
são necessárias células altamente especializadas. Que veremos adiante.
2.1. Células ósseas
Quatro tipos de células participam do processo de remodelação óssea, são 
elas: células osteogênicas, osteócitos, osteoblastos e osteoclastos. As células oste-
ogênicas são células tronco que se diferenciam devido se transformar em osteoblas-
tos, que são células produtoras de tecido ósseo. Quando essas células param de 
produzir tecido ósseo, elas passam a ser denominadas de osteócitos. A função dos 
osteócitos é a de manter a matriz óssea saudável, sendo a sua presença fundamental.
Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção da matriz óssea. Cada 
uma dessas células, por intermédio de suas funções, é responsável pelo processo de 
remodelação óssea, que consiste na formação e na reabsorção da matriz óssea. Esse 
processo ocorre de forma contínua e equilibrada em indivíduos saudáveis.
19
Segundo Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014), os osteoclastos são derivados de 
uma linhagem de células brancas do sangue; são células multinucleadas que quebram 
o osso pela secreção de ácido clorídrico e de enzimas de lisossomos que digerem os 
componentes orgânicos.
A produção de massa óssea ocorre de maneira mais gradual durante a in-
fância, tornando-se acelerada na adolescência e atingindo o pico de massa óssea 
na fase adulta, tendo novamente uma produção mais gradual. Com uma absorção 
óssea mais acentuada, a aquisição de massa óssea por parte do indivíduo depende 
de vários fatores, dentre eles: alimentação, prática de atividade física, entre outros.
O hormônio produzido pelos osteoblastos é a osteocalcina, este estimula a 
secreção pancreática, que reduz os níveis de açúcar no sangue (insulina), a osteocal-
cina também influencia as células de gordura, fazendo com que elas possam estocar 
menos gordura e secretar um hormônio que aumentema sensibilidade à insulina. 
Esses resultados trazem implicações clínicas no tratamento de distúrbios metabólicos 
relacionados à regulação de açúcar no sangue, tal como o diabetes tipo 2. (MARIEB; 
WILHELM; MALLATT, 2014, p. 134).
Na prática, o que acontece é que durante a infância e a adolescência há uma 
produção maior de massa óssea e uma absorção menor desta, na fase jovem e adul-
ta, essa relação de produção e absorção são quase que equivalentes, entretanto, 
com o passar dos anos e com a proximidade da velhice, essa relação passar a ser 
de maior absorção e menor produção de massa óssea, o que torna o indivíduo mais 
suscetível ao enfraquecimento dos ossos, por conta da perda mineral óssea. Daí a 
importância de o indivíduo ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos 
desde a infância e juventude, pois a prevenção pode atenuar os sintomas da perda de 
massa óssea que ocorre na velhice.
20
Figura 06: Um estilo de vida saudável pode prevenir ou atenuar 
os sintomas de doenças que acometem os ossos.
Fonte: <https://bit.ly/2ObwyUV>.
Para saber mais sobre o processo de remodelação óssea e os fatores que o 
envolvem, recomendo a leitura do artigo A influência da deficiência estrogênica no 
processo de remodelação e reparação óssea, de Susana Ungaro Amadei; Vanessa 
Ávila Sarmento Silveira; Andresa Costa Pereira; Yasmin Rodarte Carvalho; Rosilene 
Fernandes da Rocha. Disponível no seguinte link: <https://bit.ly/2PEe0yC>.
1.	 Como	se	classificam	os	ossos?	Defina-os.
21
2.	 Quais	os	tipos	de	tecido	que	formam	os	ossos?	Defina-os.
3. Cite as células ósseas, elencando a função de cada uma.
4.	 Descreva	o	processo	de	remodelação	óssea.
22
No decorrer deste capítulo, foram apresentados alguns aspectos impor-
tantes sobre os ossos. Foi possível conhecer que os ossos são compostos por 
dois tipos de tecido, o compacto e o poroso ou esponjoso, e que eles passam por 
várias transformações durante a vida do indivíduo atingindo, na fase adulta, a 
quantidade de 206 ossos. 
Também foram apresentadas as funções dos ossos, que são de conformação 
e sustentação do esqueleto e proteção dos órgãos vitais do ser humano. Além disso, 
funcionam como um sistema de alavancas que juntamente aos músculos propiciam 
os movimentos do corpo no todo ou em partes, sendo ainda o local de produção de 
células sanguíneas e armazenamento de minerais, possuindo um papel importante 
no metabolismo.
Ainda neste capítulo, foi possível apresentar a classificação dos ossos, que 
podem ser divididos em: longos, curtos, planos, irregulares, sesamoides e pneumáti-
cos, assim como de todo o processo de remodelação óssea, do qual fazem parte três 
tipos de células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Cada uma dessas células 
tem uma função específica em tal processo, atuando de formas diferentes em cada 
fase da vida do indivíduo, em um dado momento atuam mais e em outros menos. 
Também foi destacado a importância de se construir uma boa massa óssea 
durante a infância, adolescência e fase adulta, para que o indivíduo não venha a ter 
grandes problemas por conta da perda de massa óssea, algo que é natural no enve-
lhecimento, mas que pode ser atenuado. Dessa forma, ficou claro que os ossos não 
só são importantes para a parte estrutural do corpo humano, como também na parte 
metabólica e energética, visto que passam por diferentes transformações em cada 
etapa da vida de um indivíduo.
23
95%
35%
55%
75%
FRATURA BRAÇO
FRATURA PERNA
FRATURA JOELHO
FRATURA PÉ
SAMPLE TITLE
30%
30%
45%
15%
35%
45% 5% 24%
62% 11% 73%
13%
73%
34%
12%
65%
86%
12%
64%
73% 34% 12%65%
25
osteoPenia e osteoPorose
• Conhecer os conceitos de osteopenia e osteoporose;
• Conhecer as características da osteopenia e osteoporose;
• Conhecer os fatores de risco que predispõem o surgimento da osteoporose.
Capítulo 02
26
1. osteoPenia e osteoPorose: conceitos
Dentre as patologias que acometem os ossos e que podem ser prevenidas e/
ou amenizadas através do acompanhamento médico e práticas saudáveis, como a 
ingestão recomendada de cálcio e vitamina D e a prática regular de exercícios físicos, 
encontra-se a osteopenia e a osteoporose, patologias caracterizadas pela perda 
gradual de massa mineral óssea causada por vários fatores, sendo mais comum em 
mulheres e em idosos, sendo conhecida como uma doença da senilidade, mas que 
pode acometer outros grupos pelos mais variados motivos, por exemplo:
– Pessoas sedentárias;
–	 Pessoas	que	tem	pouca	exposição	solar	e,	consequentemente,	deficiência	
de vitamina D;
– Pessoas com dieta pobre em cálcio;
– Fumantes;
– Mulheres de raça branca e asiática.
1.1. Osteopenia
A osteopenia é uma patologia caracterizada pela perda mineral óssea, que, 
se não for tratada, pode evoluir para a osteoporose, por isso ela é considerada como 
precursora da osteoporose. Podemos dizer que um indivíduo está com osteopenia 
quando este apresenta uma perda mineral óssea entre 10% e 25% da quantidade de 
massa óssea considerada normal. É importante ressaltar que os padrões de normali-
dade variam de acordo com a idade do paciente.
1.2. Osteoporose
A osteoporose é uma doença osteometabólica, que está associada à perda 
progressiva de tecido ósseo, desencadeada por vários fatores, entre eles, a velhice. 
Por isso é importante lembrar que a perda de massa óssea faz parte do processo 
natural de envelhecimento do indivíduo.
27
2. características
As características das duas patologias são semelhantes, o que diferencia uma 
da outra é a quantidade de massa mineral óssea perdida e o grau de deterioração 
da microarquitetura dos ossos, sendo importante levar em conta a idade do pacien-
te e os padrões estabelecidos para o diagnóstico de ambas (SILVA, 2018).
2.1. Osteopenia
A osteopenia é uma patologia silenciosa que se caracteriza pela perda de 
massa óssea, o que torna os ossos mais frágeis. Ela não é considerada uma en-
fermidade grave, porém necessita de atenção e tratamento, com o intuito de evitar 
complicações futuras. A osteopenia raramente ou quase nunca apresenta sintomas, 
a condição geralmente só é descoberta por meio da realização de uma Densitometria 
Óssea, exame que pode ser realizado muitas vezes apenas como check-up. O maior 
risco da osteopenia é o fato de que ela pode evoluir para a osteoporose, patologia 
considerada mais grave e com riscos de fraturas igualmente graves.
As pessoas diagnosticadas com osteopenia devem procurar logo iniciar um 
tratamento e fazer o acompanhamento constante da patologia. É necessário evitar 
uma maior perda de massa óssea, objetivando que a osteoporose não venha a se 
desenvolver. Portanto, é necessário manter uma dieta rica em cálcio e em vitamina D, 
além de praticar exercícios físicos de forma regular e evitar cigarro e álcool. Algumas 
dicas que são bastante importantes para manter a saúde dos ossos.
Um dos fatores que auxilia a absorção do cálcio pelo organismo e, portanto, a 
manutenção	da	saúde	óssea,	é	a	presença,	em	nível	adequado,	de	vitamina	D.	Esse	
pré-hormônio é obtido, sobretudo, por meio da exposição solar, e quando esta é insu-
ficiente, por intermédio de suplementação alimentar.
28
2.2. Osteoporose
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) apud Pereira (2017), a 
osteoporose é definida como uma doença caracterizada por baixa massa óssea e 
deterioração da microarquitetura do tecido ósseo.
Segundo a Associação Nacional de Entidades de Apoio a Pacientes com 
Osteoporose – FENAPCO (2013) apud Andrade (2016), a osteoporose também é 
denominada de a “epidemia silenciosa”, visto que a perda de tecido ósseo geralmente 
é assintomática, além disso, na maioria dos casos, ela só é diagnosticada depois que 
o paciente sofre a primeira fratura, ou seja, quando a doença já se encontra em está-
gio avançado. Os locais de maior ocorrência de fraturas são: punho, coluna e quadril, 
mas também pode ocorrer no ombro.
Os pacientes com osteoporose apresentam grandes riscos de fraturas adicio-
nais. As fraturas noquadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um ris-
co aumentado de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Já as fraturas 
das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode 
ser difícil de ser controlada, além de ocasionar deformidades. 
O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de 
fraturas no futuro. Assim como a osteopenia, a osteoporose raramente apresenta 
sinais ou sintomas, sendo também descoberta, na maioria das vezes, quando ocorre 
uma fratura no paciente, que geralmente é espontânea, uma vez que a perda de 
massa óssea vai tornando os ossos finos e frágeis, fazendo com que o indivíduo fique 
mais suscetível a fraturas.
Osteoporose tem cura?
Alimentação equilibrada e hábitos saudáveis ajudam a fortalecer os ossos
Osteoporose	tem	cura?
No momento, a doença ainda não tem cura. O principal objetivo do trata-
mento é a prevenção das fraturas, agindo para retardar a perda ou para aumentar 
a massa óssea.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_de_Sa%C3%BAde
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose_venosa
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embolismo_pulmonar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Embolismo_pulmonar
29
O tratamento deve incluir um estilo de vida saudável e, quando necessário, o 
emprego de medicamentos.
No primeiro caso, algumas medidas podem ser adotadas para um estilo de 
vida mais saudável:
•	 Ingerir	alimentos	ricos	em	cálcio	(leite	e	seus	derivados)	e	vitamina	D	(ovo,	
salmão, atum). Os dois componentes são essenciais para a saúde óssea;
• Praticar atividades físicas de leve impacto, como nadar, andar, dançar. 
Elas estimulam a formação óssea e previne a reabsorção;
• Tomar sol de manhã ou no final da tarde durante 10 ou 15 minutos, sem 
protetor	solar?	Os	raios	ultravioletas	da	luz	solar	promovem	a	síntese	da	
vitamina	D3;
• Controlar o consumo de cafeína (aumenta a excreção de cálcio);
• Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas (inibe a multiplicação dos os-
teoblastos, células produtoras do osso);
• Um fumante pode perder 1% de massa óssea por ano, portanto, fuja desse 
vício (inibe a multiplicação dos osteoblastos).
No caso de necessidade de terapia medicamentosa, após uma avaliação mi-
nuciosa do paciente, o médico pode contar com várias alternativas. Além da suple-
mentação	de	cálcio	e	vitamina	D,	há	vários	medicamentos	disponíveis	atualmente,	
entre eles: bisfosfonatos, terapia de reposição hormonal, calcitonina, raloxifeno, ra-
nelato de estrôncio, denosumabe, teriparatida, ácido zoledrônico que, de fato, são 
eficazes na redução do número de fraturas.
Fonte: Para ler o assunto na íntegra, acesse: <https://bit.ly/2yBuCzY>.
30
Figura 01: Indivíduo saudável de um lado e indivíduo com 
cifose acentuada do outro, em decorrência da osteoporose.
Fonte: <https://bit.ly/2p1A2iw>.
A figura 01 apresenta a correlação de um indivíduo saudável e um indivíduo 
com osteoporose, enfermidade que afeta as vértebras. É possível ver as distorções 
de arquitetura e a porosidade do osso com osteoporose, assim como a diminuição da 
estatura e o encurvamento da coluna de tal indivíduo.
Figura 02: Presença de vértebra saudável (imagem esquerda) e de vértebra 
com osteoporose (imagem direita), ressaltando a perda de massa óssea.
Vértebra normal
Vértebra com perda
de massa óssea
 Fonte: <https://bit.ly/2x8Cyay>.
31
A figura 02 também apresenta a diferença no arranjo entre vértebras sau-
dáveis e vértebras com osteoporose. Mostra, pois, que a perda de massa óssea 
amplia uma curvatura maior na coluna, causando uma cifose acentuada e uma dimi-
nuição na espessura de tais vértebras, dessa forma o indivíduo perde em estatura e 
tem seu corpo mais projetado para frente (como mostrado na figura 01).
Nessas condições, os pacientes tendem a sentir muitas dores na coluna e 
possuem um risco aumentado de fraturas nesta região. É importante ressaltar que a 
coluna lombar é uma das regiões de interesse para a realização do exame de Den-
sitometria Óssea, haja vista ser um local de fácil detecção de perda de massa mineral 
óssea, além de ser uma das regiões mais afetadas pela osteoporose.
2.2.1. Tipos de osteoporose
A osteoporose pode ser classificada de três formas. Assim, de acordo com as 
suas características, podem ser: osteoporose primária, osteoporose secundária e 
osteoporose idiopática (BOLSTER, 2018).
• Osteoporose primária
Esse é o tipo de osteoporose mais comum, sendo a mais prevalente de uma 
forma geral, ou seja, tanto em homens, quanto em mulheres.
Os baixos níveis de estrogênio estão associados à osteoporose em homens 
e mulheres, por isso que as mulheres presentes na pós-menopausa e os homens 
acima dos 50 anos são os mais acometidos pela doença, pois há uma queda desse 
hormônio no organismo, sendo que as mulheres são as mais afetadas, uma vez que 
a queda referente a esse hormônio na pós-menopausa é bastante acentuada nelas. 
A deficiência de estrogênio aumenta a degradação óssea, resultando em 
rápida perda óssea. Nos homens, baixos níveis de hormônios sexuais masculinos 
também contribuem para a osteoporose. A perda óssea é ainda maior se os níveis de 
ingestão de cálcio ou de vitamina D forem baixos. Os baixos níveis de vitamina D re-
sultam em deficiência de cálcio e aumento da atividade das glândulas paratireoides 
(secretoras do hormônio da paratireoide), que também podem estimular a decompo-
sição dos ossos. Por razões desconhecidas, a produção de ossos também diminui.
32
Um certo número de outros fatores aumenta o risco de perda de massa óssea 
e desenvolvimento de osteoporose em mulheres. Esses fatores de risco provavel-
mente também são importantes em homens. Pessoas que tiveram uma fratura em 
que a osteoporose funcionou como um fator preponderante possuem um risco muito 
maior de sofrer mais dessas fraturas.
• Osteoporose secundária
A osteoporose secundária pode ser causada por doença renal crônica e 
distúrbios hormonais. A utilização crônica de alguns medicamentos também pode 
causar osteoporose secundária, por exemplo, corticosteroides, hormônios da tireoide, 
certos medicamentos de quimioterapia e anticonvulsivantes. 
• Osteoporose idiopática
A osteoporose idiopática é um tipo de osteoporose que raramente ocorre, e, 
quando ocorre, é mais comum em mulheres na pré-menopausa, em homens com 
menos de 50 anos e em crianças e adolescentes que possuem níveis normais de 
hormônios e de vitamina D, portanto, não há nenhuma razão óbvia que explique o 
porquê de tais pessoas apresentarem ossos fracos. Ainda não se sabe exatamente 
o motivo para a ocorrência desse tipo de osteoporose, já que os acometidos por ela 
não fazem parte de grupos de risco.
Assim como a osteopenia, a osteoporose é assintomática, ou seja, rara-
mente apresenta sinais ou sintomas. Por isso é importante que haja uma preven-
ção	da	doença,	com	ingestão	de	alimentos	riscos	em	vitamina	D	e	cálcio,	prática	de	
exercícios físicos e consultas periódicas ao médico. 
Ao descobrir a enfermidade, o tratamento deve ser seguido à risca pelo pa-
ciente, visto que pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro.
33
2.2.2. Fatores de risco da osteoporose
A osteoporose acomete com maior frequência o sexo feminino e, de um modo 
geral, as pessoas caucasianas. Se ela for detectada com antecedência, algumas me-
didas podem ser tomadas com o intuito de evitar fraturas, consideradas as piores 
consequências da doença, que pode levar o indivíduo acometido a períodos longos 
de repouso, podendo causar deficiências circulatórias devido à ausência de movimen-
tos prolongados.
Segundo Andrade (2016, p. 12), os fatores de risco que colaboram para o 
desenvolvimento da osteoporose são: 
• Menopausa; 
• Menopausa precoce não tratada; 
• Amenorreia; 
• História materna de fratura de colo de fêmur e ou osteoporose (MURAYAMA, 
2007); 
• Envelhecimento; 
• Hereditariedade; 
• Dieta pobre em cálcio; 
• Excesso de álcool e fumo; 
• Imobilização prolongada; 
• Uso prolongadode certos medicamentos (COMISSÃO DE DOENÇAS 
OSTEOMETABÓLICAS E OSTEOPOROSE, 2011);
• Indivíduos brancos, baixos e magros; 
• População asiática; 
•	 Deficiência	hormonal;	
• Falta de exercícios físicos; 
34
• Alguns tipos de tumores; 
• Certas patologias reumatológicas, endócrinas e hepáticas (VARELLA, 2012);
• Pouca exposição solar; 
• Alto consumo de cafeína permanentemente; 
• Hipogonadismo primário ou secundário; 
• Perda de peso após 25 anos ou baixo índice de massa corporal (MURAYAMA, 
2007). 
É importante ressaltar que, durante a menopausa, os níveis de estrogênio 
caem drasticamente e o ossos passam a absorver menos cálcio. Por isso, quanto 
mais cedo a mulher começar a fazer o tratamento para a menopausa, menor será 
a sua perda de massa óssea e, consequentemente, menor será a sua chance de 
desenvolver osteoporose.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) apud Brasil (2014), os cri-
térios para diagnóstico da osteopenia e da osteoporose são os do quadro a seguir:
Quadro 01: Critérios observados para o diagnóstico da 
osteopenia e da osteoporose para a OMS.
Normal
Valor para densidade óssea até 1 desvio-padrão* abaixo da média do adulto jovem de mesmo 
sexo e raça.
Osteopenia
Valor para densidade óssea entre 1 a 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de 
mesmo sexo e raça.
Osteoporose
Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem 
de mesmo sexo e raça.
Osteoporose 
Severa
Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de 
mesmo sexo e raça na presença de uma ou mais fraturas decorrentes de fragilidade óssea. (*) 1 
desvio-padrão é igual a 10%.
Fonte: OMS apud BRASIL (2014).
35
Como vimos, a osteoporose é mais comum em mulheres que estão na meno-
pausa. Portanto, é extremamente importante que elas, na fase da menopausa, façam 
o	exame	de	Densitometria	Óssea.	Principalmente	se	tiverem	um	histórico	familiar	pro-
pício	ao	surgimento	da	doença.	Devendo	ser	feito,	nesses	casos,	a	cada	dois	anos.
O diagnóstico da osteopenia e da osteoporose pode ser realizado por exa-
mes como a Densitometria Óssea, que veremos mais detalhadamente nos capítulos 
seguintes. É oportuno lembrar que o exame fornece os dados que os médicos es-
pecialistas precisam para realizar os cálculos necessários à determinação do diag-
nóstico do paciente. O diagnóstico é obtido não apenas levando em conta os dados 
fornecidos pelo equipamento, mas também os analisando de acordo com a idade e o 
sexo do paciente.
SINTOMAS DA OSTEOPOROSE
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem 
feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as 
primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, 
provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a 
dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente 
imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, 
inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou 
para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável 
com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. 
36
A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem 
tratamento, a dor diminui lentamente e desaparece após duas a seis semanas, de-
pendendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, 
pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta pode apa-
recer tardiamente.
Também ocorrendo com frequência, a dor pode ser de longa duração e locali-
zada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformi-
dades vertebrais e anormalidades posturais e consequentes complicações degenera-
tivas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos.
Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes 
com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, frequen-
temente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença, 
as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros às custas das com-
pressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais.
Fonte: Para ler o assunto na íntegra, acesse: <https://bit.ly/2OfQO8y>.
2.2.3. Prognóstico e epidemiologia da osteoporose
A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de apro-
ximadamente 20%. Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar 
a uma cifose severa (corcunda), cuja pressão resultante nos órgãos internos pode 
incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.
Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade 
devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre “com” a doença ao 
invés de morrer “da” doença.
Segundo estimativa da Fundação Internacional de Osteoporose (International 
Osteoporosis Foundation - IOF) essa enfermidade tem acentuada incidência sobre os 
brasileiros (em número que supera os 10 milhões), e cerca de 2000 pessoas morrem 
anualmente em consequência de complicações relativas a fraturas que decorrem de 
tal doença.
Mundialmente, estima-se que 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima 
da idade dos 50 têm osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas que ocorrem 
anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadris e punhos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cifose
http://pt.wikipedia.org/wiki/Incid%C3%AAncia
37
Para saber mais sobre os dados epidemiológicos da osteoporose e conse-
quentes fraturas por conta da patologia no Brasil, recomendo a leitura do artigo O im-
pacto da osteoporose no Brasil: dados regionais das fraturas em homens e mulheres 
adultos – The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS), de Marcelo M Pinheiro, Roza-
na M Ciconelli, Natielen de O Jacques, Patrícia S Genaro, Lígia A Martini, Marcos B 
Ferraz. Disponível no seguinte link: <https://bit.ly/2o4OJ3X>. 
1.	 Defina	osteoporose.
2.	 Quais	os	fatores	que	colaboram	para	o	surgimento	da	osteoporose?
3. Cite as recomendações para manter a saúde dos ossos.
38
4.	 Quais	os	locais	de	maior	ocorrência	de	fraturas	em	casos	de	osteoporose?
Nesta unidade, foram apresentadas as definições de osteopenia e osteoporo-
se,	assim	como	a	ocorrência	de	sinais	e	sintomas	de	ambas.	Dessa	forma,	foi	possí-
vel perceber que as duas patologias são consideradas silenciosas e que raramente 
apresentam sinais ou sintomas. Também foi possível aprender que com o diagnóstico 
da osteopenia, devido ser a precursora da osteoporose, buscando os devidos cuida-
dos e tratamentos, há como evitar que tal doença venha a evoluir para a osteoporose, 
considerada mais grave e com risco eminente de fraturas.
Também foram apresentados os locais do corpo humano onde ocorrem o 
maior número de fraturas em casos de osteoporose, além dos riscos decorrentes de 
tais fraturas. Em seguida, apresentamos algumas recomendações necessárias para 
evitar a perda de massa óssea que são relacionadas aos hábitos de vida do indivíduo, 
como alimentação saudável, prática de exercícios físicos e idas regulares ao médico. 
Abordarmos, pois, os fatores que influenciam o surgimento da osteoporose e quais 
as medidas necessárias para prevenir e evitar o surgimento dessa patologia. Por fim, 
também foi apresentado os critérios necessários aos diagnósticos e os parâmetros 
de normalidade.
39
95%
35%
55%
75%
FRATURA BRAÇO
FRATURA PERNA
FRATURA JOELHO
FRATURA PÉ
SAMPLE TITLE
30%
30%
45%
15%
35%
45% 5% 24%
62% 11% 73%
13%
73%
34%
12%
65%
86%
12%
64%
73% 34% 12%65%
41
equiPamentos e acessórios utilizaDos em Densitometria óssea
•	 Conhecer	a	composição	do	equipamento	de	Densitometria	Óssea;
• Compreender o funcionamento do densitômetros;
•Conhecer	os	princípios	básicos	da	Densitometria	Óssea.
Capítulo 03
42
1. equiPamentos De Densitometria óssea
O equipamento de Densitometria Óssea é um equipamento emissor de 
radiação X que funciona como um scanner e que tem como objetivo primordial medir 
a quantidade de massa mineral óssea de um indivíduo, levando em consideração 
alguns fatores, tais como idade e sexo, para estabelecer um diagnóstico seguro e 
confiável. A radiação emitida por esse tipo de equipamento trata-se de uma radiação 
de baixa energia, não sendo necessária, durante a realização do exame, a utilização 
de equipamentos de proteção individual por parte do profissional.
1.1. Composição e funcionamento
Abordaremos agora os itens que compõem um sistema de Densitometria Ós-
sea. Tal sistema consiste em uma mesa de exames com um braço escaneador, onde 
fica localizado o tubo emissor de radiação X, e um computador que recebe os dados 
adquiridos na mesa de exames, decodificando-os e transformando-os em uma ima-
gem passível de interpretação pelos médicos especialistas.
A composição dos equipamentos de Densitometria Óssea são:
• Hardware
Mesa escaneadora, que consiste em uma mesa com um braço escaneador, 
composto por:
• Suprimento de força;
• Circuitos eletrônicos;
• Mecanismos motorizados;
• Fonte de raios X.
O braço escaneador constitui um detector e um braço – suporte que serve 
como um cabo condutor entre o detector e a mesa.
O braço escaneador também inclui um painel de controle equipado com dois inter-
ruptores de posicionamento que permitem a movimentação do braço examinador e detec-
tor. O interruptor BACK/FRONT (para trás/frente) permite a movimentação do detector no 
sentido longitudinal da mesa. E o interruptor LEFT/RIGHT (para esquerda/direita).
43
• Computador 
Este armazena e analisa os dados. Possui também controles de comunicação 
entre ele e a mesa, monitor e impressora.
• Monitor
O monitor tem uma apresentação visual das telas do Software Lunar acerca 
das imagens e dos dados escaneados.
Teclado 
O teclado permite a comunicação com o computador. Ele é usado para digitar 
os comandos e realizar as funções do computador.
Impressora 
A impressora permite a criação de uma cópia no papel da imagem escaneada 
junto à análise dos resultados.
Software 
É o programa que utilizamos para analisar a coluna, fêmur e corpo inteiro. Este 
contém várias telas que levam você a diferentes programas operacionais.
Figura 01: Equipamento de Densitometria Óssea, 
mostrando o braço escaneador em sua posição inicial.
Fonte: <https://bit.ly/2wmha1a>.
44
A imagem anterior mostra a mesa e o braço escaneador. Note que a mesa 
tem uma linha demarcando o seu centro. Observe ainda o posicionador triangular 
utilizado para posicionar o paciente quando este vai realizar o exame de fêmur e um 
apoio de cabeça para dar um maior conforto a ele. No momento da realização do 
exame, o braço escaneador é levado até a região de interesse do exame para que 
este faça a varredura da região.
A	Densitometria	Óssea	 foi	desenvolvida	pelos	americanos	John	Cameron	e	
James	Sorenson	em	1963,	demorando	cerca	de	26	anos	para	chegar	ao	Brasil,	em	
1989,	quando	surgiu	o	primeiro	Densitômetro	no	país.	O	aparelho	emite	doses	baixas	
de radiação ionizante que interage com os tecidos moles (músculo, tecido e gorduras) 
e com o tecido ósseo, obtendo o valor da densidade mineral óssea e do conteúdo 
mineral ósseo por meio de cálculos. 
Figura 02: Equipamento de Densitometria Óssea, 
mostrando o braço escaneador em posição lateralizada.
Fonte: <https://bit.ly/2w9YwKB>.
45
Nessa outra imagem, temos outro equipamento de Densitometria Óssea. Note 
que o braço escaneador encontra-se em uma posição lateralizada para que o pa-
ciente possa se deitar na mesa sem o risco de se chocar com o próprio braço. O 
designer é muito semelhante ao equipamento apresentado anteriormente, através da 
imagem é possível ver os comandos no braço escaneador, que pode ser movido para 
frente e para trás e para esquerda e direita. Por intermédio desses comandos, esses 
movimentos permitem o alinhamento do braço de acordo com a região de interesse 
do exame.
No braço escaneador, também encontramos os botões de liga e desliga, além 
do botão de parada de emergência, caso aconteça algum incidente durante a realiza-
ção do exame, e este necessite ser interrompido imediatamente.
1.2. Princípios básicos de um Densitômetro
A densitometria mede a quantidade de radiação absorvida pelo corpo ou 
segmento desejado ao calcular a diferença entre a radiação emitida pela fonte de 
radiação e a que sensibiliza o detector de fótons do equipamento. A diferença na 
atenuação entre o osso e o tecido mole é maior no feixe de baixa energia, por esse 
motivo a radiação produzida pelos equipamentos de Densitometria Óssea é de baixa 
energia, pois assim pode haver essa diferença de atenuação entre os tecidos moles e 
o tecido ósseo, para que o segundo possa predominar sobre o primeiro.
Há um processo de atenuação do feixe de radiação ao atravessar um material. 
Nas energias usadas em equipamentos de Densitometria Óssea, como vimos, a ra-
diação interage com o tecido ósseo e o tecido mole do paciente, principalmente por 
dois processos: efeito fotoelétrico e espalhamento Compton.
A partir desse princípio de atenuação dos tecidos, um contorno de atenuação 
é então formado, permitindo a quantificação do mineral e da massa de tecidos moles 
(massa magra e massa gorda), formando então a imagem.
O equipamento de Densitometria Óssea pode apresentar um feixe único ou 
um leque de feixes. No caso do feixe único ou PENCIL BEAM, os movimentos são 
lineares de um lado para outro. E no caso do leque de feixes ou FAN BEAM, o movi-
mento é único de varredura sobre o paciente, com menor tempo. O princípio de dupla 
emissão de raios-X baseia-se no fato de que as características de atenuação diferem 
no osso e nos tecidos moles em função da energia dos feixes de raios–X.
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/atenuacao-de-raios-x
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/efeito-fotoeletrico
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/efeito-fotoeletrico
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/espalhamento-compton
http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/espalhamento-compton
As doses de radiação utilizadas nos exames de Densitometria Óssea são de ape-
nas 1 a 3 mSv, dependendo do local da aquisição.
Apesar	de	os	níveis	de	radiação	praticados	na	Densitometria	Óssea	serem	consi-
derados baixos, é importante ressaltar que as normas de segurança estabelecidas pelos 
órgãos de radioproteção devem ser seguidas, a fim de garantir a segurança e a proteção 
dos pacientes e dos profissionais expostos.
1.3. Cuidados com o Densitômetro
Como qualquer outro equipamento radiológico, o Densitômetro necessita de alguns 
cuidados especiais para que possa funcionar dentro dos parâmetros estabelecidos pelo 
fabricante, além de evitar a ocorrência de erros. Como os dispostos a seguir:
• O controle da temperatura do equipamento não pode exceder os limites de 18 a 
25 graus (sem oscilação maior que 2 graus durante as 24h);
• A umidade da sala deve variar entre 20 a 80%, sem variação nas 24h;
• Deve-se evitar quaisquer tipos de poeira, fumo, névoa ou outras substâncias 
estranhas que podem ser prejudiciais ao aparelho;
• Deve-se evitar que corpos estranhos possam eventualmente cair dentro do aparelho;
• Materiais solventes devem ser evitados na limpeza do equipamento;
• A disposição dos cabos com proteção deve ser feita de modo a evitarqualquer 
tipo	de	acidente,	de	maneira	que	não	fiquem	expostos;	
• A corrente elétrica que alimenta o equipamento deve manter-se estável;
• Deve ser realizado periodicamente um backup para fazer o armazenamento dos 
dados do sistema.
• O controle de qualidade deve ser realizado periodicamente de acordo com as 
normas estabelecidas no serviço. A realização deste é importante para detectar 
alterações precoces;
47
• Deve-se evitar produtos líquidos próximos ao computador, no intuito de não 
deixar cair líquido nele;
• Não se deve utilizar de força para manusear o braço escaneador, pois o 
movimento dele é realizado através de comandos do computador e/ou por 
meio dos botões do próprio aparelho, que possibilitam os movimentos;
• Não se deve realizar qualquer tipo de refeição dentro da sala de exame.
1.4. controle De qualiDaDe Do Densitômetro
A validade para determinar a quantidade da massa óssea depende da preci-
são de algumas medidas.
Os dois fatores básicos que afetam a precisão são:
• A performance e a instabilidade dos equipamentos e instrumentos utilizados 
para a realização dos exames;
• A habilidade e o conhecimento dos operadores que adquirem e analisam o 
exame de Densitometria Óssea.
A habilidade dos operadores e a instabilidade dos equipamentos preci-
sam ser cuidadosamente monitoradas e controladas para que se consiga informações 
confiáveis.
O controle de qualidade implantado pelos fabricantes para monitorar o pro-
cesso e manter uma excelente qualidade deve ser seguido rigorosamente pelos pro-
fissionais que manuseiam os equipamentos e pelos responsáveis dos serviços de 
Densitometria Óssea.
Para que se possa manter a qualidade e a eficiência dos equipamentos, é 
necessária a realização de alguns testes de qualidade, tais como:
• Testes de calibração realizados pelos fabricantes antes que o equipamento 
seja enviado ao cliente;
• Testes especiais após o reparo ou a calibração dos equipamentos;
• Testes de controle diário, que devem ser realizados obrigatoriamente todos 
os dias pelo técnico em radiologia, antes do início dos atendimentos.
48
Para	saber	mais	sobre	os	equipamentos	utilizados	na	realização	da	Densito-
metria	Óssea	e	sobre	o	seu	funcionamento,	recomendo	a	leitura	do	artigo	Análise	da	
distribuição dos equipamentos de densitometria óssea no Brasil: importância da ges-
tão	eficiente	de	tecnologias	em	saúde,	de	Ezequiel	Núbio	Lucas	Pereira.	Disponível	
no seguinte link: <https://bit.ly/2Lnciyj>.
2. acessórios De Densitometria óssea
Para que o paciente possa reproduzir o posicionamento adequado, são ne-
cessários alguns acessórios que auxiliam no posicionamento, sendo específicos para 
cada região do corpo. Os acessórios utilizados para realização do exame de Densi-
tometria Óssea são:
• Posicionador de coluna: utilizado na realização do exame da coluna lombar. Ele 
tem	como	finalidade	aproximar	a	coluna	na	mesa	diminuindo	o	grau	de	lordose	
do paciente e oferecendo maior conforto durante a realização do exame;
• Posicionador de fêmur: utilizado em exames em que a região de interesse 
é o colo do fêmur. Ele tem formato triangular e serve para imobilizar o pé 
ipsilateral da perna estudada depois de rotacionada, evitando que ela volte 
a sua posição natural;
• Posicionador de antebraço: utilizado para realização de exames no ante-
braço. Trata-se de um acessório plano que deixa o antebraço imobilizado;
• Posicionador de corpo inteiro: utilizado quando o exame é realizado no 
corpo inteiro do paciente. É um modo pouco comum de fazer o exame.
Tais acessórios têm como objetivo proporcionar um maior conforto ao pacien-
te, fornecer os parâmetros necessários para auxiliar o diagnóstico dos exames e ga-
rantir a reprodutibilidade da região examinada.
49
Para que se seja feita a realização do exame, é necessário obter alguns dados 
do paciente, tais como altura e peso, sendo preciso, portanto, ter dentro da sala de 
exame uma balança e uma escala de medição. Além dos acessórios citados anterior-
mente, também são fundamentais os seguintes acessórios na sala de exames:
• Bloco de calibração: acessório utilizado para fazer a manutenção preventiva;
• Phantom: acessório também utilizado para fazer a manutenção preventiva;
• Capas para colchonetes: utilizadas para proteger os colchonetes de sujeiras 
e possíveis substâncias líquidas, também utilizadas devido à fácil limpeza e 
desinfecção, evitando, assim, possíveis contaminações entre os pacientes;
• Adesivos de painel: itens utilizados geralmente na porta da sala de exames 
no sentido de orientar sobre a existência de radiação ionizante naquele local 
para que as medidas de proteção sejam seguidas.
1.	 Cite	os	componentes	do	hardware	de	um	Densitômetro.
2.	 Quais	os	cuidados	que	se	deve	tomar	com	o	Densitômetro?
50
3.	 Quais	os	fatores	básicos	que	pode	afetar	o	funcionamento	de	um	Densitômetro?
4.	 Descreva	como	deve	ser	o	controle	de	qualidade	do	equipamento.
Neste	capítulo,	foram	apresentados	o	equipamento	de	Densitometria	Óssea	e	
seus componentes. Como vimos, ele consiste em um aparelho que emite radiação X 
e que funciona como um scanner, contendo um braço escaneador e um computador 
com um sistema específico para a realização do exame, assim como princípios de 
funcionamento que ajudam a obter a imagem. Também foi ressaltado como deve ser 
o controle de qualidade do aparelho.
Além disso, foram listados os acessórios utilizados na sala de exame tanto 
para a realização da calibração do equipamento e obtenção de dados do paciente, 
assim como os acessórios utilizados para realização do exame de acordo com cada 
região a ser estudada, sendo os principais: os posicionadores de coluna, fêmur, an-
tebraço e corpo inteiro.
51
95%
35%
55%
75%
FRATURA BRAÇO
FRATURA PERNA
FRATURA JOELHO
FRATURA PÉ
SAMPLE TITLE
30%
30%
45%
15%
35%
45% 5% 24%
62% 11% 73%
13%
73%
34%
12%
65%
86%
12%
64%
73% 34% 12%65%
53
realizanDo o exame
•	 Conhecer	as	características	da	Densitometria	Óssea;
• Conhecer as regiões de interesse para o diagnóstico da osteopenia e da osteoporose;
•	 Compreender	como	a	Densitometria	Óssea	é	realizada.
.
Capítulo 04
54
1. Densitometria óssea
A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, apri-
morado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea. Os aparelhos hoje uti-
lizados conseguem aliam precisão e rapidez na execução dos exames. Além disso, 
a exposição à radiação é baixa tanto para o paciente como para o próprio técnico. 
As regiões de maior interesse na obtenção das imagens em Densitometria Ós-
sea para fornecer o diagnóstico de osteopenia e osteoporose são o fêmur, a coluna 
lombar e o antebraço, sendo possível também realizar o exame de corpo inteiro.
Sabe-se que hoje a Densitometria Óssea é o único método para um diagnóstico 
seguro da avaliação da massa mineral óssea e consequentemente da predição do 
índice de fratura óssea. É recomendado que se repita anualmente o exame para que 
o médico possa controlar o acompanhamento evolutivo da osteoporose, lembrando 
que a doença pode ser controlada com base nos resultados obtidos com tal exame.
Como vimos ao longo dos capítulos, a Densitometria Óssea é um exame de 
radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. O resultado 
é comparado com padrões para idade e sexo. Ele é utilizado com a finalidade de 
diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças que apresentam 
densidade e quantidade de minerais baixas, fazendo com que os riscos de fraturas 
sejam altos. 
Assim, os objetivos do exame de Densitometria Óssea são: avaliar o grau 
da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. 
Ele dura aproximadamente 15 minutos, e o paciente não necessita de preparo espe-
cial, tampouco precisa ficar em jejum. 
Antes da realização do exame, o técnico em radiologia deve realizar alguns 
procedimentos, tais como:
• Conferir o peso e a altura do paciente dentro da sala;
• Fazer anamnese do paciente de acordocom questionário estabelecido 
no serviço;
• Informa-se com o paciente sobre procedimentos realizados recentemente e 
sobre	medicamentos	que	o	paciente	faz	uso	(se	fizer);
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jejum
55
• Orientar o paciente de como será a realização do exame, por exemplo, sobre 
o tempo de duração e sobre a necessidade do paciente de se manter imóvel 
durante a realização deste;
• Caso seja necessário, realizar a palpação no paciente para localizar um 
ponto de referência. O paciente deve ser sempre informado sobre como será 
realizado o procedimento e sobre a importância dele;
• Pacientes do sexo feminino com idade considerada como fértil devem sempre 
ser indagadas sobre uma possível gravidez.
Ainda segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (Interna-
tional Osteoporosis Foundation - IOF), a osteoporose atinge cerca de 200 milhões 
de pessoas em todo mundo, sendo 10 milhões somente no Brasil. Apesar desses 
números alarmantes, a patologia ainda é pouco conhecida do grande público, o que 
dificulta a sua prevenção e o tratamento.
1.1. Características da realização do exame
O exame de Densitometria Óssea é um exame eletivo, realizado por meio de 
prescrição médica, não sendo exigido nenhum cuidado especial após a sua realiza-
ção. Além disso, como vimos, ele utiliza radiação de baixa energia, mas que apesar 
disso, exige que se mantenha todo os cuidados de radioproteção que devem ser 
feitos com quaisquer exames em que se utiliza radiação ionizante.
• Quem deve fazer o exame
O exame é principalmente indicado para mulheres em fase de pré-menopau-
sa, menopausa, pós-menopausa e em regime de reposição com hormônios estró-
genos, bem como para indivíduos que se encontram em uso crônico de hormônios 
tireoidianos, corticosteroides e medicamentos anticonvulsivantes.
56
Em relação às crianças, o exame é indicado caso haja a necessidade de 
acompanhamento do desenvolvimento ósseo destas, na hipótese de doenças osteo-
metabólicas ou ocasionalmente no caso de regimes dietéticos para emagrecimento.
• Que preparo é necessário
As pacientes em idade reprodutiva devem sempre ser indagadas sobre a pos-
sibilidade de estarem grávidas, visto que elas não devem ser expostas a radiações 
ionizantes, salvo se forem formalmente autorizadas pelo médico. Antes da realização 
do exame, não é necessário nenhum preparo especial, seja em relação a alimentos, 
seja em relação a medicamentos ingeridos, exceto no caso de medicamentos que 
contenham cálcio em sua fórmula. Tais medicamentos devem ser evitados por pelo 
menos 24 horas antes do exame de Densitometria Óssea.
Os pacientes que realizaram exames de Medicina Nuclear devem previamente 
aguardar no mínimo 72 horas para realizar o exame. Já pacientes que realizaram 
exames contrastados, devem aguardar pelo menos 5 dias para realizar o exame. 
No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, 
botões, broches, etc.).
• Como é feito o exame
Atualmente, a técnica padrão para determinar a densidade óssea é chamada 
de Densitometria por Dual-Energy	X-Ray	Absorptiometry (DEXA). A Densitometria 
por DEXA é simples e indolor, levando de dois a quatro minutos para ser realizada. O 
equipamento mede a quantidade de massa mineral óssea, detectando a extensão 
pela qual os ossos absorvem fótons, que são gerados por níveis baixos de raios X 
(Fótons são partículas atômicas sem carga).
As medidas da densidade mineral óssea são geralmente reportadas na 
concentração média de cálcio, nas áreas escaneadas pelo aparelho. A Densidade 
Óssea é mais comumente mais medida no quadril do que na coluna ou punho, no 
entanto, a grande maioria dos exames é realizado em dois sítios de referência, que 
são o colo do fêmur e a coluna lombar.
57
A Densitometria Óssea da coluna também pode ser medida, observa-se, en-
tretanto, que esse tipo de exame, quando realizado em idosos, pode apresentar re-
sultados enganosos, pois pode apresentar valores maiores que os reais devido à 
compressão das vértebras por alterações secundárias e/ou quadros de artrite. 
Sendo assim, as medidas de densidade podem se apresentar como normais ou 
elevadas, fazendo com que os pacientes fiquem sob risco de fratura.
• Existe algum cuidado após o exame
De um modo geral, as atividades podem ser retomadas imediatamente após a 
realização do exame, não exigindo do paciente nenhum cuidado especial depois dele.
 • Metodologia e critérios diagnósticos
A técnica que mede a quantidade de massa mineral óssea baseia-se na ate-
nuação, pelo corpo do paciente, de um feixe de radiação gerado por uma fonte de 
raio X com dois níveis de energia. Esse feixe atravessa o indivíduo no sentido póste-
ro-anterior e é captado por um detector.
 O programa calcula a densidade de cada amostra a partir da radiação que 
alcança o detector em cada pico de energia. 
O tecido mole (gordura, água, músculos, órgãos viscerais) atenua a energia 
de forma diferente do tecido ósseo, permitindo a construção de uma imagem da área 
de interesse. 
• Quem então deve fazer um exame de densitometria óssea? 
De acordo com a National Osteoporosis Foundation (NOF), que reúne um 
grande número de pesquisadores de diversas especialidades envolvidas com a oste-
oporose, as indicações formais para o estudo da massa óssea são as seguintes:
– Todos os indivíduos com mais de 65 anos;
–	 Indivíduos	com	deficiência	de	hormônios	sexuais;
– Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando usar terapia de reposição 
hormonal, servindo, pois, para auxiliar em tal decisão;
– Pacientes com alterações radiológicas sugestivas de osteopenia ou que 
apresentem fraturas osteoporóticas;
58
– Pacientes em uso de corticoterapia crônica;
– Pacientes com hiperparatiroidismo primário;
–	 Pacientes	em	tratamento	da	osteoporose,	para	controle	da	eficácia	terapêutica.
2. realização Do exame
Com o paciente em sala, deve-se identificá-lo, conferindo por intermédio de 
documento, nome e data de nascimento. É importante ressaltar que se deve sempre 
perguntar ao paciente se ele já fez o exame anteriormente. Caso já tenha feito, solicite 
o exame anterior a fim de que ele possa ser utilizado para fazer comparações com o 
exame a ser realizado.
Deve-se conferir o peso e a altura do paciente dentro da sala; e antes de iniciar 
a realização do exame, após conferidos esses dados, o técnico em radiologia deve 
dar início ao processo de anamnese, não esquecendo de anotar nenhum dado impor-
tante fornecido pelo paciente. Esses dados serão utilizados como apoio pelo médico 
que irá dar o diagnóstico.
Após terminada a anamnese, o paciente deve ser orientado para que tire os 
sapatos e/ou qualquer tipo de metal que possa interferir no exame, tais como: fivelas, 
botões, sutiãs com aro metálico, roupas com zíperes, colchetes, entre outros.
2.1. Protocolos de posicionamento
Os protocolos de posicionamento foram estabelecidos no sentido de padro-
nizar a realização dos exames e evitar, ao máximo possível, a ocorrência de erros. 
Esses protocolos também levam em consideração o conforto do paciente e uma me-
lhor reprodutibilidade da região estudada; é um passo a passo de como o exame deve 
ser realizado e quais os acessórios devem ser utilizados em cada região estudada.
A seguir serão descritos mais detalhadamente os protocolos das regiões de 
maior interesse para realização do exame de Densitometria Óssea: fêmur, coluna 
lombar, antebraço e corpo inteiro. É importante ressaltar que as regiões primeiramen-
te acometidas com fraturas decorrentes da osteoporose e que são melhores de 
visualizar a perda de massa óssea são a coluna lombar e o colo do fêmur.
59
• Coluna lombar
Para a realização do exame de coluna lombar, o paciente deve ser posiciona-
do na mesa de exames em decúbito dorsal. A linha central da mesa deve sempre 
ficar localizada na linha média do paciente. A cabeça dele deve estar abaixo da linha 
horizontal na cabeceirada mesa, do mesmo lado em que se encontra o braço esca-
neador. Os braços devem ser posicionados ao longo do corpo com as palmas das 
mãos voltadas para baixo.
No exame feito nessa região, as pernas do paciente devem ficar elevadas e 
apoiadas sobre o posicionador de coluna, com o intuito de facilitar o apoio da coluna 
lombar na mesa, ajudando na separação das vértebras. O paciente deve ficar alinha-
do na mesa e o laser infravermelho deve ser posicionado na área de interesse, o pa-
ciente deve ser orientado a permanecer imóvel durante toda a aquisição da imagem.
Após posicionar o paciente, deve-se identificá-lo no computador e iniciar o 
exame, o técnico deve ficar atento à tela do computador durante toda a realização do 
exame, a fim de evitar erros durante o escaneamento.
Alguns parâmetros devem ser avaliados na realização do exame na coluna:
– A coluna do paciente deve estar centralizada e sem rotações e inclinações;
– As cristas ilíacas devem aparecer um pouco e devem estar alinhadas;
– Na visualização do exame, deve aparecer o último par de costelas e a parte 
de T12;
– Deve haver ausência de ar;
– Deve haver ausência de artefatos: metais e/ou próteses de silicone nas mamas 
e/ou glúteos.
A região utilizada para estudo na coluna lombar é a L1-L4. Após terminada 
a análise da coluna, retira-se o posicionador de coluna e prepara-se o paciente para 
iniciar o exame na região do colo do fêmur.
60
• Fêmur
Para a realização do exame do colo do fêmur, o paciente deve permane-
cer deitado. Deve ser colocado o posicionador de joelho triangular. O fêmur de 
interesse deve ser rotacionado internamente para que se possa sentir o trocanter 
maior. É importante ressaltar que o técnico que irá executar o posicionamento e con-
sequentemente a palpação deve informar ao paciente o que e como irá fazer, além 
da necessidade do procedimento. Após realizada a rotação interna do fêmur e iden-
tificado o trocanter maior, o pé do paciente deve ficar imobilizado na parte inclinada 
do posicionador triangular, e a perna contralateral deve ficar alinhada em sua posição 
natural. A luz infravermelha do laser deve ficar aproximadamente 7,5cm abaixo do 
trocanter maior e centralizada na perna do paciente. 
O fêmur de escolha é o direito. Caso o paciente tenha alguma limitação ou 
ausência de tal membro, deve-se realizar no fêmur esquerdo, e caso o paciente não 
possa realizar o exame em nenhuma das pernas, o exame deve ser realizado no 
antebraço dele.
Deve-se ainda informar ao paciente a necessidade de permanecer imóvel du-
rante a realização do exame. O técnico deve ficar o tempo todo atento às imagens da 
tela do computador, objetivando dados precisos.
Terminado o exame, deve-se retirar o apoio dos pés e aguardar o retorno do 
braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala de exame.
Alguns parâmetros devem ser avaliados na realização do exame no fêmur:
– Rotação da perna suficiente para uma análise adequada: a rotação da 
perna se faz necessária para colocar o colo do fêmur em evidência durante 
a varredura;
– Alinhamento do fêmur: é necessário para evitar distorções na imagem 
adquirida;
– Centralização do laser: é importante para se determinar o início da região 
a ser escaneada;
– Ausência de metal: trata-se de fator importante para evitar a presença de 
artefatos na imagem.
61
• Antebraço
Para realização do exame no antebraço, o paciente deve ficar sentado ao 
lado da mesa de exame com a coluna ereta. O braço de escolha deve ser o que o 
paciente menos usa, ou seja, se ele é destro, deve-se escolher o braço esquerdo (o 
braço que ele não escreve). Também se deve medir o comprimento do antebraço an-
tes da realização do exame. Feito isto, pode-se iniciar o posicionamento do membro, 
colocando o posicionador do antebraço na mesa e o braço sobre ele.
O paciente deve ser orientado a permanecer com o pulso relaxado e com a mão 
fechada. Esse movimento deve permitir que o antebraço fique alinhado. O laser deve ser 
colocado no centro do pulso, alinhado com o processo do cúbito estiloide, a 1cm abaixo 
do processo estiloide da ulna. Após a verificação de posicionamento, deve-se prender o 
membro com velcro, mantendo a posição, depois é só iniciar o exame.
Sempre é imprescindível informar ao paciente a necessidade de ele perma-
necer imóvel durante a realização do exame para que os dados sejam obtidos com 
confiabilidade. 
Terminado o exame, deve-se retirar o posicionador do antebraço e aguardar 
o retorno do braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala 
de exame.
• Corpo inteiro
Para realizar o exame de corpo inteiro, o paciente deve ser posicionado na 
mesa em decúbito dorsal (deitada de barriga para cima), de modo que ele fique no 
centro da mesa, isto é, deve-se verificar se a linha central da mesa divide o paciente 
ao meio.
A cabeça deve estar do mesmo lado em que se localiza o braço escaneador, 
logo abaixo da linha horizontal marcada no colchão da mesa de exame (distância de 
mais ou menos 1,5cm da cabeça linha). Os braços devem ficar ao longo do corpo, 
estendidos, e com as mãos voltadas para baixo, repousando sobre a mesa.
Deve-se prender os pés e as pernas com o auxílio de velcros, de modo que o 
velcro menor fique na altura dos pés e o maior na altura dos joelhos, a fim de evitar movi-
mentos durante o exame devido à necessidade de o técnico observar cuidadosamente as 
imagens com a finalidade de evitar equívocos em relação aos resultados obtidos.
62
Terminado o exame, deve-se retirar os velcros e sempre aguardar o retorno do 
braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala de exame.
Em todos os exames realizados na Densitometria Óssea, independente na 
região examinada, o técnico que os está realizando, como já mencionamos anterior-
mente, deve sempre ficar atento à tela do computador para verificar se a imagem está 
adequada, se o escaneamento iniciou no ponto em que deveria, se o posicionamento 
e a imagem estão adequados ao que se preconiza. Assim, caso algum parâmetro 
esteja em desacordo com o que se espera, o exame deve ser parado, e o ajuste deve 
ser feito, reiniciando-o depois de os ajustes serem realizados.
Na Densitometria Óssea, o posicionamento adequado do paciente é primor-
dial, assim como a ausência de movimentação durante a realização do exame. Por-
tanto, o técnico deve estar atento a esses fatores e a outros que podem afetar a 
qualidade do exame.
Como todo procedimento, existem algumas contraindicações que impossibi-
litam a realização do exame de Densitometria Óssea:
– Impossibilidade de manter o paciente em decúbito dorsal (deitado de costas 
para a mesa);
– Paciente com espessura excessiva na região de exame (DPX-IQ 30cm);
– Altura acima do permitido pelo programa para o corpo inteiro (DPX-IQ 1,96cm);
– Pacientes adultos com menos de 25kg ou mais de 120kg podem causar 
resultados menos exatos;
– Uso de contraste prévio e recente;
– Gestante.
Como	 já	mencionado,	nos	exames	de	Densitometria	Óssea,	os	sítios	de	 in-
teresse mais importantes são a coluna lombar, o fêmur e o antebraço. Sendo mais 
comumente utilizado quase que sempre a coluna lombar e o fêmur para quase todos 
os pacientes com indicação para fazer o exame.
63
2.2. Proteção radiológica
Apesar da Densitometria Óssea se utilizar de radiações de baixas energias, 
não podemos esquecer que quando se trata de radiação, não existe uma dose se-
gura para determinados efeitos. Assim, com o objetivo de evitar a ocorrência desses 
efeitos, algumas medidas de proteção devem ser adotadas em todos os serviços de 
Densitometria Óssea. Lembrando que a proteção com relação às radiações ocorre 
por meio de três parâmetros: distância, tempo e blindagem.
Como qualquer quantidade de dose de radiação ionizante pode causar um 
dano biológico, a proteção radiológica tem como objetivo diminuir ao máximo o con-
tato dos profissionais e dos pacientes com tal dose. Por isso é necessário atentar 
para os três princípios fundamentais de proteçãoradiológica: minimizar o tempo de 
exposição, aumentar a distância entre a fonte emissora de radiação e os indivíduos 
expostos e utilizar blindagem correta (vestimentas, portas das salas de exame apro-
priadas, etc.).
Com relação ao exame de Densitometria Óssea, as medidas de controle en-
volvidas são:
• Controle de qualidade: a aferição dos equipamentos dentro do preconiza-
do é de fundamental importância não só para o aceite de aparelhos novos, 
caso o utilizado não esteja dentro dos parâmetros, mas também para poder 
apresentar	dados	confiáveis	aos	pacientes;
• Cuidados com o aparelho: deve-se assegurar de que a quilovoltagem 
do aparelho e a leitura do miliamperímetro estão corretas, que o controle 
automático	do	tempo	de	exposição	funciona	adequadamente,	que	os	filtros	
estão sendo utilizado de forma adequada, separando o feixe polienergético 
dos raios-X em feixe de alta e baixa energia e adequando a colimação do 
feixe de raios-X para a redução da radiação espalhada;
64
• Distância: deve-se observar uma distância adequada entre o equipamento 
e o computador de aquisição das imagens. O adequado posicionamento do 
paciente antes de iniciar o procedimento implica na redução da exposição à 
radiação por tornar desnecessário reposicionamentos posteriores após várias 
tentativas de aquisição de imagens e abortamentos destas.
Para saber mais sobre a importância da realização do exame de Densitometria 
Óssea, recomendo o artigo A	 Importância	 do	Exame	 de	Densitometria	Óssea por 
Simone Aparecida Fernandes de Andrade. Disponível no seguinte link: <https://bit.
ly/2OYVlwb>.
1.	 Para	quem	é	indicado	a	realização	do	exame	de	Densitometria	Óssea?
2.	 Como	é	realizado	o	exame	de	Densitometria	Óssea?
65
3.	 Qual	o	objetivo	do	exame	de	Densitometria	Óssea?
4.	 Quais	os	preparos	devem	ser	observados	quando	da	realização	do	exame?	Fale	
um	pouco	sobre	eles?
Neste	capítulo,	exploramos	a	realização	do	exame	de	Densitometria	Óssea,	
por exemplo, quais os procedimentos que o técnico em radiologia deve adotar antes 
da realização do exame, as características do exame, quem deve realizá-lo e os cui-
dados que devem ser tomados durante a sua realização.
No	decorrer	do	capítulo,	foi	possível	conhecer	os	sítios	de	realização	da	Den-
sitometria	Óssea	e	como	deve	ser	a	realização	o	exame	a	partir	da	observação	de	
parâmetros estabelecidos pelas comunidades médicas. Também abordamos as van-
tagens desse método de diagnóstico, que se tornou o melhor modo de diagnosticar a 
osteopenia e a osteoporose com precisão, segurança e rapidez.
O objetivo do exame, que consiste em medir a quantidade de massa óssea 
do paciente, é alcançado a partir dos dados obtidos com a máquina, sendo possível 
fornecer um diagnóstico para as patologias que estudamos ao longo do livro e que 
causam a perda de massa óssea. 
66
REFERÊNCIAS
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cesso de remodelação e reparação óssea. Jornal Bras. Patol. Med. Lab., v. 42, 
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 224, de 26 
de março de 2014. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteopo-
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67
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Densitometria Óssea no Brasil: importância da gestão eficiente de tecnologias em 
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Rua Antônio Gadelha, Nº 621
Messejana, Fortaleza – CE
CEP: 60871-170, Brasil 
Telefone (85) 3474.5151
w
w
w
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TE
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