Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Técnico Em Radiologia Densitometria Óssea Módulo 3 Densitometria Óssea Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, total ou parcialmente, por quaisquer métodos ou processos, sejam eles eletrônicos, mecânicos, de cópia fotostática ou outros, sem a autorização escrita do possuidor da propriedade literária. Os pedidos para tal autorização, especificando a extensão do que se deseja reproduzir e o seu objetivo, deverão ser dirigidos à Reitoria. Ficha catalográFica catalogação na Publicação biblioteca centro universitário ateneu BARROS, Lucileide Gomes de Araújo. Densitometria Óssea. / Lucileide Gomes de Araújo Barros. - Fortaleza: Centro Universitário Ateneu, 2018. 68 p. ISBN: 1. Classificação dos ossos. 2. Osteopenia e osteoporose. 3. Densitômetro. 4. Exame. I. Centro Universitário Ateneu. Direção geral: Prof. Me. Cláudio ferreira Bastos Direção geral aDministrativa: Prof. dr. rafael raBelo Bastos Direção De relações institucionais: Prof. dr. Cláudio raBelo Bastos Direção acaDêmica: Prof. dr. Valdir alVes de Godoy coorDenação PeDagógica: Profa. esP. Maria aliCe duarte G. soares coorDenação neaD: Profa. Me. luCiana r. raMos duarte suPervisão De ProDução: franCisCo Cleuson do nasCiMento alVes exPeDiente Ficha técnica autoria: luCileide GoMes de araújo Barros Design instrucional: eManoela de araújo Projeto gráFico e Diagramação: franCisCo erBínio alVes rodriGues caPa: franCisCo erBínio alVes rodriGues tratamento De imagens: franCisCo erBínio alVes rodriGues revisão ortográFica: eManoela de araújo Seja bem-vind o!Seja bem-vind o! Caro estudante, é com grande alegria que apresento o material di- dático da disciplina de Densitometria Óssea. Ao ler e estudar por este ma- terial, você terá condições, como profissional, de analisar situações do dia a dia e tomar atitudes embasadas no conhecimento adquirido aqui. Este livro está dividido em quatro capítulos de acordo com a ementa da disciplina. Nos dois primeiros, falaremos sobre a anatomia e o funciona- mento do esqueleto, também veremos como se dá o processo de produção e remodelação óssea, estudaremos ainda sobre os processos patológicos de osteoporose e osteopenia, suas definições, sinais e sintomas, grupos de risco e fatores desencadeantes. Nos seguintes, serão apresentados os equipamentos e os materiais utilizados para o diagnóstico da osteoporo- se, assim como os posicionamentos e sítios de interesse para o exame de Densitometria Óssea. Não é nosso objetivo esgotar todo o assunto, ao contrário, você de- verá procurar outras fontes além deste livro para aprofundar seu conheci- mento e estar sempre atualizado sobre os temas estudados aqui. A partir da leitura, você estará apto a corresponder às exigências solicitadas nos trabalhos acadêmicos. Bons estudos! SumárioSumário ANATOMIA E FISIOLOGIA ÓSSEA 1. Composição dos ossos e classificação ....................................... 10 1.1. Tipos de tecido ..................................................................... 10 1.2. Classificação dos ossos ....................................................... 11 2. Processo de remodelação óssea ................................................ 18 2.1. Células ósseas ..................................................................... 18 OSTEOPENIA E OSTEOPOROSE 1. Osteopenia e osteoporose: conceitos ......................................... 26 1.1. Osteopenia ........................................................................... 26 1.2. Osteoporose ......................................................................... 26 2. CARACTERÍSTICAS .................................................................... 27 2.1. Osteopenia ........................................................................... 27 2.2. Osteoporose ......................................................................... 28 2.2.1. Tipos de osteoporose ................................................. 31 2.2.2. Fatores de risco da osteoporose ................................ 33 2.2.3. Prognóstico e epidemiologia da osteoporose ............. 36 EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS UTILIZADOS EM DENSITOMETRIA ÓSSEA 1. Equipamentos de Densitometria Óssea ...................................... 42 1.1. Composição e funcionamento .............................................. 42 1.2. Princípios básicos de um Densitômetro ............................... 45 1.3. Cuidados com o Densitômetro ............................................. 46 1.4. Controle de qualidade do Densitômetro ............................... 47 2. Acessórios de Densitometria Óssea ............................................ 48 REALIZANDO O EXAME 1. Densitometria Óssea ................................................................... 54 1.1. Características da realização do exame ............................... 55 2. Realização do exame .................................................................. 58 2.1. Protocolos de posicionamento .............................................. 58 2.2. Proteção radiológica ............................................................. 63 Referências ...................................................................................... 66 895% 35% 55% 75% FRATURA BRAÇO FRATURA PERNA FRATURA JOELHO FRATURA PÉ SAMPLE TITLE 30% 30% 45% 15% 35% 45% 5% 24% 62% 11% 73% 13% 73% 34% 12% 65% 86% 12% 64% 73% 34% 12%65% 9 Capítulo 01 anatomia e Fisiologia óssea • Conhecer a composição óssea; • Compreender o processo de produção e reabsorção óssea nas diferentes fases da vida do indivíduo; • Caracterizar o osso de acordo com o seu formato. 10 1. comPosição Dos ossos e classiFicação Em um indivíduo adulto, o esqueleto humano é formado por 206 ossos que diferem tanto com relação ao tamanho quanto ao seu formato, sendo que, na infân- cia, esse número pode ultrapassar os 350. No decorrer da infância e adolescência, esses ossos vão se unindo para formar um total de 206 na fase adulta. É importante ressaltar que algumas pessoas podem apresentar alguns pequenos ossos a mais, chamados de ossos extranumerários. O osso é um órgão vivo altamente vascularizado que passa por transforma- ções ao longo da vida do indivíduo e que precisa de nutrientes e exercícios físicos para que se desenvolvam de forma saudável. 1.1. Tipos de tecido O osso maduro é composto por dois tipos de tecido: o tecido compacto e o tecido poroso ou esponjoso. Os dois tecidos formam o osso, sendo que o tecido esponjoso é mais interno e caracterizado por uma menor quantidade de massa óssea e por um maior espaço vazio; já o tecido compacto se caracteriza por uma maior quantidade de massa óssea, o que o torna mais denso, além disso, ele reveste o tecido esponjoso. Os ossos, como todas as estruturas do corpo humano, possuem funções específicas dentro do organismo, as quais serão elencadas a seguir: • Suporte: os ossos formam o esqueleto, uma estrutura rígida que sustenta o corpo, portanto, são eles que dão forma e sustentam o corpo; • Movimento: os músculos são estruturas responsáveis pelo movimento, no entanto, os ossos funcionam como alavancas que impulsionam os movimentos do corpo no todo ou em partes; • Proteção: os ossos são responsáveis pela proteção das partes moles do corpo ou de órgão vitais; • Depósito de minerais: os ossos funcionam como um reservatório de mine- rais; entre eles, podemos destacar o cálcio e fosfato; 11 • Formação de células sanguíneas: o osso contém medula óssea no seu interior, ou seja, produz células sanguíneas, portanto, ele pode ser categori- zado como um órgão hematopoiético; • Energia metabólica: os osteoblastos, que são células produtoras de massa óssea, secretam um hormônio que influencia na regulação do açúcar no sangue, fornecendo energia metabólica ao organismo. 1.2. Classificação dos ossos Demonstrada a composição e as funções dos ossos, é importante destacar que eles são classificados em seis grupos de acordo como seu formato, são eles: • Longos: são ossos expandidos em duas direções, compostos por uma diáfise, duas epífises de crescimento e uma medula óssea no interior; Exemplo: fêmur. • Curtos: são ossos que apresentam três dimensões similares - comprimento, espessura e largura; Exemplo: carpos. • Planos: apresentam uma largura mais acentuada e possuem uma superfície que serve para a fixação de músculos; Exemplo: escápula. • Irregulares: são ossos de forma singular, pois não se parecem com nenhum formato conhecido; Exemplo: vértebras. • Pneumáticos: esses ossos possuem cavidades que são revestidas por mucosas, contendo ar no seu interior; Exemplo: ossos do crânio como o frontal. • Sesamoides: são ossos supranumerários que se desenvolvem ao longo do esqueleto. Exemplo: patela. 12 Em relação aos ossos do carpo, como podemos ver na figura a seguir, são 8. Tais ossos são distribuídos em duas fileiras: uma proximal e uma distal. Na fileira proximal, temos o escafoide, o semilunar, o piramidal e o pisiforme. Enquanto que na segunda fileira, temos o trapézio, o trapezoide, o capitato e o hamato, eles fazem a ligação entre os ossos do antebraço (rádio e ulna) e os metacarpos que se ligam as falanges, esse conjunto de ossos forma o que conhecemos como mão. Figura 01: Fêmur e os ossos do carpo. Fonte: <https://bit.ly/2NUfKll> e <https://bit.ly/2vkycvM>. De acordo com as numerações da imagem anterior, como já vimos, os ossos do carpo são denominados de: I. Trapézio; II. Trapezoide; III. Capitato ou Grande Osso; IV. Hamato ou Uncinado; V. Pisiforme; VI. Piramidal; VII. Semilunar; VIII. Escafoide. https://bit.ly/2NUfKll https://bit.ly/2vkycvM 13 O fêmur é o maior osso do corpo humano e também o mais volumoso, assim como o mais resistente. Ele está localizado na região da coxa e é um dos principais sítios de interesse para a Densitometria Óssea. Além disso, é constituído de uma diáfise, duas epífises de crescimento, trocanter maior, trocanter menor, cabeça do fêmur, colo do fêmur e côndilos. A escápula, também conhecida como omoplata, é o maior osso plano do corpo humano, presente na parte posterior e superior do tórax, que juntamente à clavícula, forma a cintura escapular, permitindo a inserção de cada membro superior ao tronco, sendo um local de inserção de músculos, tais como o músculo peitoral menor, o músculo subescapular e o músculo bíceps braquial. Tal osso faz parte, pois, da articulação do ombro. Figura 02: A escápula forma a cintura escapular juntamente à clavícula. Escápula Fonte: <https://bit.ly/2SBp8hc>. Na imagem a seguir, temos a coluna vertebral de um ser humano. Ela é dividida em segmentos: coluna cervical formada por sete vértebras, coluna torácica formada por doze vértebras, coluna lombar formada por cinco vértebras. Terminando a coluna lombar, encontramos o sacro, que é constituído de cinco vértebras fundidas. E ao final da coluna, temos o cóccix com quatro vértebras fundidas. 14 Figura 03: Coluna vertebral, formada pela região cervical, torácica e lombar. Fonte: <https://bit.ly/2BKywuw>. Todas essas vértebras são ligadas por articulações, formando um todo que é a coluna vertebral. As vértebras são formadas por um corpo, pedículos ósseos, lâminas, forames, processo transverso e processo espinhoso. No interior da coluna, encontramos o canal medular. Todas as vértebras do corpo são consideradas ossos irregulares devido possuírem um formato peculiar, que não se assemelha a nenhuma outra forma conhecida. A patela faz parte da articulação do joelho. Ela possui um formato triangular e fica na frente do joelho, protegendo a articulação. É o maior osso sesamoide do corpo humano e é formado pelas seguintes partes: base da patela, ápice da patela, face articular lateral e face articular medial, que faz a ligação com dois ossos importantes, o fêmur e a tíbia, formando a articulação fêmoro-tíbio-patelar. 15 Figura 04: Articulação do joelho contendo fêmur, tíbia e patela. Fonte: <https://bit.ly/2wmAScR>. O fêmur, osso da coxa, é o mais comprido do corpo humano. Numa pessoa de 1,80 metro, ele tem cerca de 50 centímetros. É também o osso mais forte do corpo humano. Apesar de ser oco, suporta mais peso do que o concreto. Fonte: <https://bit.ly/2R6z28K>. A estrutura craniana é composta por 22 ossos, sendo que apenas 8 fazem parte do crânio propriamente dito; desses 8, 4 são ímpares (frontal, occipital, esfe- noide e etmoide) e dois são pares (temporais e parietais). O crânio propriamente dito se divide em calota craniana e base do crânio; a calota craniana é formada pelos ossos: parietais, occipital e frontal. Já a base do crânio é formada pelos ossos: tem- porais, esfenoide e etmoide. 16 A outra parte da estrutura craniana é denominada de face, que é formada por 14 ossos, sendo 6 pares e 2 ímpares. O conjunto desses ossos forma o crânio do ser humano. Ossos do crânio propriamente dito: • Frontal (1); • Parietais (2); • Temporais (2); • Esfenoide (1); • Etmoide (1); • Occipital (1). Ossos que compõe a face: • Maxilares (2); • Zigomáticos (2); • Palatinos (2); • Lacrimais (2); • Nasais (2); • Conchas nasais inferiores (2); • Mandíbula (1); • Vômer (1). 17 Figura 05: Estrutura craniana em visão frontal e lateral, mostrando os ossos do crânio e os ossos da face. Fonte: <https://bit.ly/2Qp29oj>. 18 Alguns ossos do corpo humano não se encaixam em nenhuma das classifi- cações apresentadas anteriormente devido não possuírem todas as características necessárias para tal. Por exemplo, para ser considerado um osso longo, é necessário que ele possua uma diáfise, duas epífises de crescimento e uma medula óssea em seu interior. A costela é um osso alongado, mas não possui todas as características necessárias para ser considerada um osso longo. Exemplo de ossos que não se en- caixam em nenhuma das classificações citadas anteriormente são: esterno, costela e osso hioide. 2. Processo De remoDelação óssea Os ossos são estruturas vivas que passam por processos de formação e ab- sorção durante todo o período de vida do indivíduo. Para que ocorra esse processo, são necessárias células altamente especializadas. Que veremos adiante. 2.1. Células ósseas Quatro tipos de células participam do processo de remodelação óssea, são elas: células osteogênicas, osteócitos, osteoblastos e osteoclastos. As células oste- ogênicas são células tronco que se diferenciam devido se transformar em osteoblas- tos, que são células produtoras de tecido ósseo. Quando essas células param de produzir tecido ósseo, elas passam a ser denominadas de osteócitos. A função dos osteócitos é a de manter a matriz óssea saudável, sendo a sua presença fundamental. Os osteoclastos são células responsáveis pela reabsorção da matriz óssea. Cada uma dessas células, por intermédio de suas funções, é responsável pelo processo de remodelação óssea, que consiste na formação e na reabsorção da matriz óssea. Esse processo ocorre de forma contínua e equilibrada em indivíduos saudáveis. 19 Segundo Marieb, Wilhelm e Mallatt (2014), os osteoclastos são derivados de uma linhagem de células brancas do sangue; são células multinucleadas que quebram o osso pela secreção de ácido clorídrico e de enzimas de lisossomos que digerem os componentes orgânicos. A produção de massa óssea ocorre de maneira mais gradual durante a in- fância, tornando-se acelerada na adolescência e atingindo o pico de massa óssea na fase adulta, tendo novamente uma produção mais gradual. Com uma absorção óssea mais acentuada, a aquisição de massa óssea por parte do indivíduo depende de vários fatores, dentre eles: alimentação, prática de atividade física, entre outros. O hormônio produzido pelos osteoblastos é a osteocalcina, este estimula a secreção pancreática, que reduz os níveis de açúcar no sangue (insulina), a osteocal- cina também influencia as células de gordura, fazendo com que elas possam estocar menos gordura e secretar um hormônio que aumentema sensibilidade à insulina. Esses resultados trazem implicações clínicas no tratamento de distúrbios metabólicos relacionados à regulação de açúcar no sangue, tal como o diabetes tipo 2. (MARIEB; WILHELM; MALLATT, 2014, p. 134). Na prática, o que acontece é que durante a infância e a adolescência há uma produção maior de massa óssea e uma absorção menor desta, na fase jovem e adul- ta, essa relação de produção e absorção são quase que equivalentes, entretanto, com o passar dos anos e com a proximidade da velhice, essa relação passar a ser de maior absorção e menor produção de massa óssea, o que torna o indivíduo mais suscetível ao enfraquecimento dos ossos, por conta da perda mineral óssea. Daí a importância de o indivíduo ter uma alimentação saudável e praticar exercícios físicos desde a infância e juventude, pois a prevenção pode atenuar os sintomas da perda de massa óssea que ocorre na velhice. 20 Figura 06: Um estilo de vida saudável pode prevenir ou atenuar os sintomas de doenças que acometem os ossos. Fonte: <https://bit.ly/2ObwyUV>. Para saber mais sobre o processo de remodelação óssea e os fatores que o envolvem, recomendo a leitura do artigo A influência da deficiência estrogênica no processo de remodelação e reparação óssea, de Susana Ungaro Amadei; Vanessa Ávila Sarmento Silveira; Andresa Costa Pereira; Yasmin Rodarte Carvalho; Rosilene Fernandes da Rocha. Disponível no seguinte link: <https://bit.ly/2PEe0yC>. 1. Como se classificam os ossos? Defina-os. 21 2. Quais os tipos de tecido que formam os ossos? Defina-os. 3. Cite as células ósseas, elencando a função de cada uma. 4. Descreva o processo de remodelação óssea. 22 No decorrer deste capítulo, foram apresentados alguns aspectos impor- tantes sobre os ossos. Foi possível conhecer que os ossos são compostos por dois tipos de tecido, o compacto e o poroso ou esponjoso, e que eles passam por várias transformações durante a vida do indivíduo atingindo, na fase adulta, a quantidade de 206 ossos. Também foram apresentadas as funções dos ossos, que são de conformação e sustentação do esqueleto e proteção dos órgãos vitais do ser humano. Além disso, funcionam como um sistema de alavancas que juntamente aos músculos propiciam os movimentos do corpo no todo ou em partes, sendo ainda o local de produção de células sanguíneas e armazenamento de minerais, possuindo um papel importante no metabolismo. Ainda neste capítulo, foi possível apresentar a classificação dos ossos, que podem ser divididos em: longos, curtos, planos, irregulares, sesamoides e pneumáti- cos, assim como de todo o processo de remodelação óssea, do qual fazem parte três tipos de células: osteoblastos, osteócitos e osteoclastos. Cada uma dessas células tem uma função específica em tal processo, atuando de formas diferentes em cada fase da vida do indivíduo, em um dado momento atuam mais e em outros menos. Também foi destacado a importância de se construir uma boa massa óssea durante a infância, adolescência e fase adulta, para que o indivíduo não venha a ter grandes problemas por conta da perda de massa óssea, algo que é natural no enve- lhecimento, mas que pode ser atenuado. Dessa forma, ficou claro que os ossos não só são importantes para a parte estrutural do corpo humano, como também na parte metabólica e energética, visto que passam por diferentes transformações em cada etapa da vida de um indivíduo. 23 95% 35% 55% 75% FRATURA BRAÇO FRATURA PERNA FRATURA JOELHO FRATURA PÉ SAMPLE TITLE 30% 30% 45% 15% 35% 45% 5% 24% 62% 11% 73% 13% 73% 34% 12% 65% 86% 12% 64% 73% 34% 12%65% 25 osteoPenia e osteoPorose • Conhecer os conceitos de osteopenia e osteoporose; • Conhecer as características da osteopenia e osteoporose; • Conhecer os fatores de risco que predispõem o surgimento da osteoporose. Capítulo 02 26 1. osteoPenia e osteoPorose: conceitos Dentre as patologias que acometem os ossos e que podem ser prevenidas e/ ou amenizadas através do acompanhamento médico e práticas saudáveis, como a ingestão recomendada de cálcio e vitamina D e a prática regular de exercícios físicos, encontra-se a osteopenia e a osteoporose, patologias caracterizadas pela perda gradual de massa mineral óssea causada por vários fatores, sendo mais comum em mulheres e em idosos, sendo conhecida como uma doença da senilidade, mas que pode acometer outros grupos pelos mais variados motivos, por exemplo: – Pessoas sedentárias; – Pessoas que tem pouca exposição solar e, consequentemente, deficiência de vitamina D; – Pessoas com dieta pobre em cálcio; – Fumantes; – Mulheres de raça branca e asiática. 1.1. Osteopenia A osteopenia é uma patologia caracterizada pela perda mineral óssea, que, se não for tratada, pode evoluir para a osteoporose, por isso ela é considerada como precursora da osteoporose. Podemos dizer que um indivíduo está com osteopenia quando este apresenta uma perda mineral óssea entre 10% e 25% da quantidade de massa óssea considerada normal. É importante ressaltar que os padrões de normali- dade variam de acordo com a idade do paciente. 1.2. Osteoporose A osteoporose é uma doença osteometabólica, que está associada à perda progressiva de tecido ósseo, desencadeada por vários fatores, entre eles, a velhice. Por isso é importante lembrar que a perda de massa óssea faz parte do processo natural de envelhecimento do indivíduo. 27 2. características As características das duas patologias são semelhantes, o que diferencia uma da outra é a quantidade de massa mineral óssea perdida e o grau de deterioração da microarquitetura dos ossos, sendo importante levar em conta a idade do pacien- te e os padrões estabelecidos para o diagnóstico de ambas (SILVA, 2018). 2.1. Osteopenia A osteopenia é uma patologia silenciosa que se caracteriza pela perda de massa óssea, o que torna os ossos mais frágeis. Ela não é considerada uma en- fermidade grave, porém necessita de atenção e tratamento, com o intuito de evitar complicações futuras. A osteopenia raramente ou quase nunca apresenta sintomas, a condição geralmente só é descoberta por meio da realização de uma Densitometria Óssea, exame que pode ser realizado muitas vezes apenas como check-up. O maior risco da osteopenia é o fato de que ela pode evoluir para a osteoporose, patologia considerada mais grave e com riscos de fraturas igualmente graves. As pessoas diagnosticadas com osteopenia devem procurar logo iniciar um tratamento e fazer o acompanhamento constante da patologia. É necessário evitar uma maior perda de massa óssea, objetivando que a osteoporose não venha a se desenvolver. Portanto, é necessário manter uma dieta rica em cálcio e em vitamina D, além de praticar exercícios físicos de forma regular e evitar cigarro e álcool. Algumas dicas que são bastante importantes para manter a saúde dos ossos. Um dos fatores que auxilia a absorção do cálcio pelo organismo e, portanto, a manutenção da saúde óssea, é a presença, em nível adequado, de vitamina D. Esse pré-hormônio é obtido, sobretudo, por meio da exposição solar, e quando esta é insu- ficiente, por intermédio de suplementação alimentar. 28 2.2. Osteoporose Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) apud Pereira (2017), a osteoporose é definida como uma doença caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Segundo a Associação Nacional de Entidades de Apoio a Pacientes com Osteoporose – FENAPCO (2013) apud Andrade (2016), a osteoporose também é denominada de a “epidemia silenciosa”, visto que a perda de tecido ósseo geralmente é assintomática, além disso, na maioria dos casos, ela só é diagnosticada depois que o paciente sofre a primeira fratura, ou seja, quando a doença já se encontra em está- gio avançado. Os locais de maior ocorrência de fraturas são: punho, coluna e quadril, mas também pode ocorrer no ombro. Os pacientes com osteoporose apresentam grandes riscos de fraturas adicio- nais. As fraturas noquadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um ris- co aumentado de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar. Já as fraturas das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode ser difícil de ser controlada, além de ocasionar deformidades. O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro. Assim como a osteopenia, a osteoporose raramente apresenta sinais ou sintomas, sendo também descoberta, na maioria das vezes, quando ocorre uma fratura no paciente, que geralmente é espontânea, uma vez que a perda de massa óssea vai tornando os ossos finos e frágeis, fazendo com que o indivíduo fique mais suscetível a fraturas. Osteoporose tem cura? Alimentação equilibrada e hábitos saudáveis ajudam a fortalecer os ossos Osteoporose tem cura? No momento, a doença ainda não tem cura. O principal objetivo do trata- mento é a prevenção das fraturas, agindo para retardar a perda ou para aumentar a massa óssea. http://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_Mundial_de_Sa%C3%BAde http://pt.wikipedia.org/wiki/Trombose_venosa http://pt.wikipedia.org/wiki/Embolismo_pulmonar http://pt.wikipedia.org/wiki/Embolismo_pulmonar 29 O tratamento deve incluir um estilo de vida saudável e, quando necessário, o emprego de medicamentos. No primeiro caso, algumas medidas podem ser adotadas para um estilo de vida mais saudável: • Ingerir alimentos ricos em cálcio (leite e seus derivados) e vitamina D (ovo, salmão, atum). Os dois componentes são essenciais para a saúde óssea; • Praticar atividades físicas de leve impacto, como nadar, andar, dançar. Elas estimulam a formação óssea e previne a reabsorção; • Tomar sol de manhã ou no final da tarde durante 10 ou 15 minutos, sem protetor solar? Os raios ultravioletas da luz solar promovem a síntese da vitamina D3; • Controlar o consumo de cafeína (aumenta a excreção de cálcio); • Reduzir a ingestão de bebidas alcoólicas (inibe a multiplicação dos os- teoblastos, células produtoras do osso); • Um fumante pode perder 1% de massa óssea por ano, portanto, fuja desse vício (inibe a multiplicação dos osteoblastos). No caso de necessidade de terapia medicamentosa, após uma avaliação mi- nuciosa do paciente, o médico pode contar com várias alternativas. Além da suple- mentação de cálcio e vitamina D, há vários medicamentos disponíveis atualmente, entre eles: bisfosfonatos, terapia de reposição hormonal, calcitonina, raloxifeno, ra- nelato de estrôncio, denosumabe, teriparatida, ácido zoledrônico que, de fato, são eficazes na redução do número de fraturas. Fonte: Para ler o assunto na íntegra, acesse: <https://bit.ly/2yBuCzY>. 30 Figura 01: Indivíduo saudável de um lado e indivíduo com cifose acentuada do outro, em decorrência da osteoporose. Fonte: <https://bit.ly/2p1A2iw>. A figura 01 apresenta a correlação de um indivíduo saudável e um indivíduo com osteoporose, enfermidade que afeta as vértebras. É possível ver as distorções de arquitetura e a porosidade do osso com osteoporose, assim como a diminuição da estatura e o encurvamento da coluna de tal indivíduo. Figura 02: Presença de vértebra saudável (imagem esquerda) e de vértebra com osteoporose (imagem direita), ressaltando a perda de massa óssea. Vértebra normal Vértebra com perda de massa óssea Fonte: <https://bit.ly/2x8Cyay>. 31 A figura 02 também apresenta a diferença no arranjo entre vértebras sau- dáveis e vértebras com osteoporose. Mostra, pois, que a perda de massa óssea amplia uma curvatura maior na coluna, causando uma cifose acentuada e uma dimi- nuição na espessura de tais vértebras, dessa forma o indivíduo perde em estatura e tem seu corpo mais projetado para frente (como mostrado na figura 01). Nessas condições, os pacientes tendem a sentir muitas dores na coluna e possuem um risco aumentado de fraturas nesta região. É importante ressaltar que a coluna lombar é uma das regiões de interesse para a realização do exame de Den- sitometria Óssea, haja vista ser um local de fácil detecção de perda de massa mineral óssea, além de ser uma das regiões mais afetadas pela osteoporose. 2.2.1. Tipos de osteoporose A osteoporose pode ser classificada de três formas. Assim, de acordo com as suas características, podem ser: osteoporose primária, osteoporose secundária e osteoporose idiopática (BOLSTER, 2018). • Osteoporose primária Esse é o tipo de osteoporose mais comum, sendo a mais prevalente de uma forma geral, ou seja, tanto em homens, quanto em mulheres. Os baixos níveis de estrogênio estão associados à osteoporose em homens e mulheres, por isso que as mulheres presentes na pós-menopausa e os homens acima dos 50 anos são os mais acometidos pela doença, pois há uma queda desse hormônio no organismo, sendo que as mulheres são as mais afetadas, uma vez que a queda referente a esse hormônio na pós-menopausa é bastante acentuada nelas. A deficiência de estrogênio aumenta a degradação óssea, resultando em rápida perda óssea. Nos homens, baixos níveis de hormônios sexuais masculinos também contribuem para a osteoporose. A perda óssea é ainda maior se os níveis de ingestão de cálcio ou de vitamina D forem baixos. Os baixos níveis de vitamina D re- sultam em deficiência de cálcio e aumento da atividade das glândulas paratireoides (secretoras do hormônio da paratireoide), que também podem estimular a decompo- sição dos ossos. Por razões desconhecidas, a produção de ossos também diminui. 32 Um certo número de outros fatores aumenta o risco de perda de massa óssea e desenvolvimento de osteoporose em mulheres. Esses fatores de risco provavel- mente também são importantes em homens. Pessoas que tiveram uma fratura em que a osteoporose funcionou como um fator preponderante possuem um risco muito maior de sofrer mais dessas fraturas. • Osteoporose secundária A osteoporose secundária pode ser causada por doença renal crônica e distúrbios hormonais. A utilização crônica de alguns medicamentos também pode causar osteoporose secundária, por exemplo, corticosteroides, hormônios da tireoide, certos medicamentos de quimioterapia e anticonvulsivantes. • Osteoporose idiopática A osteoporose idiopática é um tipo de osteoporose que raramente ocorre, e, quando ocorre, é mais comum em mulheres na pré-menopausa, em homens com menos de 50 anos e em crianças e adolescentes que possuem níveis normais de hormônios e de vitamina D, portanto, não há nenhuma razão óbvia que explique o porquê de tais pessoas apresentarem ossos fracos. Ainda não se sabe exatamente o motivo para a ocorrência desse tipo de osteoporose, já que os acometidos por ela não fazem parte de grupos de risco. Assim como a osteopenia, a osteoporose é assintomática, ou seja, rara- mente apresenta sinais ou sintomas. Por isso é importante que haja uma preven- ção da doença, com ingestão de alimentos riscos em vitamina D e cálcio, prática de exercícios físicos e consultas periódicas ao médico. Ao descobrir a enfermidade, o tratamento deve ser seguido à risca pelo pa- ciente, visto que pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro. 33 2.2.2. Fatores de risco da osteoporose A osteoporose acomete com maior frequência o sexo feminino e, de um modo geral, as pessoas caucasianas. Se ela for detectada com antecedência, algumas me- didas podem ser tomadas com o intuito de evitar fraturas, consideradas as piores consequências da doença, que pode levar o indivíduo acometido a períodos longos de repouso, podendo causar deficiências circulatórias devido à ausência de movimen- tos prolongados. Segundo Andrade (2016, p. 12), os fatores de risco que colaboram para o desenvolvimento da osteoporose são: • Menopausa; • Menopausa precoce não tratada; • Amenorreia; • História materna de fratura de colo de fêmur e ou osteoporose (MURAYAMA, 2007); • Envelhecimento; • Hereditariedade; • Dieta pobre em cálcio; • Excesso de álcool e fumo; • Imobilização prolongada; • Uso prolongadode certos medicamentos (COMISSÃO DE DOENÇAS OSTEOMETABÓLICAS E OSTEOPOROSE, 2011); • Indivíduos brancos, baixos e magros; • População asiática; • Deficiência hormonal; • Falta de exercícios físicos; 34 • Alguns tipos de tumores; • Certas patologias reumatológicas, endócrinas e hepáticas (VARELLA, 2012); • Pouca exposição solar; • Alto consumo de cafeína permanentemente; • Hipogonadismo primário ou secundário; • Perda de peso após 25 anos ou baixo índice de massa corporal (MURAYAMA, 2007). É importante ressaltar que, durante a menopausa, os níveis de estrogênio caem drasticamente e o ossos passam a absorver menos cálcio. Por isso, quanto mais cedo a mulher começar a fazer o tratamento para a menopausa, menor será a sua perda de massa óssea e, consequentemente, menor será a sua chance de desenvolver osteoporose. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) apud Brasil (2014), os cri- térios para diagnóstico da osteopenia e da osteoporose são os do quadro a seguir: Quadro 01: Critérios observados para o diagnóstico da osteopenia e da osteoporose para a OMS. Normal Valor para densidade óssea até 1 desvio-padrão* abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça. Osteopenia Valor para densidade óssea entre 1 a 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça. Osteoporose Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça. Osteoporose Severa Valor para densidade óssea mais do que 2,5 desvios-padrões abaixo da média do adulto jovem de mesmo sexo e raça na presença de uma ou mais fraturas decorrentes de fragilidade óssea. (*) 1 desvio-padrão é igual a 10%. Fonte: OMS apud BRASIL (2014). 35 Como vimos, a osteoporose é mais comum em mulheres que estão na meno- pausa. Portanto, é extremamente importante que elas, na fase da menopausa, façam o exame de Densitometria Óssea. Principalmente se tiverem um histórico familiar pro- pício ao surgimento da doença. Devendo ser feito, nesses casos, a cada dois anos. O diagnóstico da osteopenia e da osteoporose pode ser realizado por exa- mes como a Densitometria Óssea, que veremos mais detalhadamente nos capítulos seguintes. É oportuno lembrar que o exame fornece os dados que os médicos es- pecialistas precisam para realizar os cálculos necessários à determinação do diag- nóstico do paciente. O diagnóstico é obtido não apenas levando em conta os dados fornecidos pelo equipamento, mas também os analisando de acordo com a idade e o sexo do paciente. SINTOMAS DA OSTEOPOROSE A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente. POSSÍVEIS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os sintomas são secundários às fraturas. Quando ocorre nas vértebras, a dor pode ser de dois tipos. Uma é aguda, localizada, intensa, mantendo a paciente imobilizada e relacionada com fratura em andamento. Em situações de dor aguda, inicialmente ela pode ser mal localizada, espasmódica e com irradiação anterior ou para bacia e membros inferiores. A fratura vertebral pode ainda não ser observável com precisão em exame radiológico, dificultando o diagnóstico. 36 A paciente se mantém em repouso absoluto nos primeiros dias. Mesmo sem tratamento, a dor diminui lentamente e desaparece após duas a seis semanas, de- pendendo da gravidade da fratura. Quando a deformidade vertebral residual é grave, pode permanecer sintomatologia dolorosa de intensidade variável ou esta pode apa- recer tardiamente. Também ocorrendo com frequência, a dor pode ser de longa duração e locali- zada mais difusamente. Nestes casos, ocorreram microfraturas que levam a deformi- dades vertebrais e anormalidades posturais e consequentes complicações degenera- tivas em articulações e sobrecarga em músculos, tendões e ligamentos. Nova fratura vertebral é comum, repetindo-se o quadro clínico. Nas pacientes com dor persistente, esta se localiza em região dorsal baixa e/ou lombar e, frequen- temente, também referida a nádegas e coxas. Nesta etapa da evolução da doença, as pacientes já terão sua altura diminuída em alguns centímetros às custas das com- pressões dos corpos vertebrais e do achatamento das vértebras dorsais. Fonte: Para ler o assunto na íntegra, acesse: <https://bit.ly/2OfQO8y>. 2.2.3. Prognóstico e epidemiologia da osteoporose A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de apro- ximadamente 20%. Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar a uma cifose severa (corcunda), cuja pressão resultante nos órgãos internos pode incapacitar a pessoa de respirar adequadamente. Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre “com” a doença ao invés de morrer “da” doença. Segundo estimativa da Fundação Internacional de Osteoporose (International Osteoporosis Foundation - IOF) essa enfermidade tem acentuada incidência sobre os brasileiros (em número que supera os 10 milhões), e cerca de 2000 pessoas morrem anualmente em consequência de complicações relativas a fraturas que decorrem de tal doença. Mundialmente, estima-se que 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 têm osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas que ocorrem anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadris e punhos. http://pt.wikipedia.org/wiki/Taxa_de_mortalidade http://pt.wikipedia.org/wiki/Cifose http://pt.wikipedia.org/wiki/Incid%C3%AAncia 37 Para saber mais sobre os dados epidemiológicos da osteoporose e conse- quentes fraturas por conta da patologia no Brasil, recomendo a leitura do artigo O im- pacto da osteoporose no Brasil: dados regionais das fraturas em homens e mulheres adultos – The Brazilian Osteoporosis Study (BRAZOS), de Marcelo M Pinheiro, Roza- na M Ciconelli, Natielen de O Jacques, Patrícia S Genaro, Lígia A Martini, Marcos B Ferraz. Disponível no seguinte link: <https://bit.ly/2o4OJ3X>. 1. Defina osteoporose. 2. Quais os fatores que colaboram para o surgimento da osteoporose? 3. Cite as recomendações para manter a saúde dos ossos. 38 4. Quais os locais de maior ocorrência de fraturas em casos de osteoporose? Nesta unidade, foram apresentadas as definições de osteopenia e osteoporo- se, assim como a ocorrência de sinais e sintomas de ambas. Dessa forma, foi possí- vel perceber que as duas patologias são consideradas silenciosas e que raramente apresentam sinais ou sintomas. Também foi possível aprender que com o diagnóstico da osteopenia, devido ser a precursora da osteoporose, buscando os devidos cuida- dos e tratamentos, há como evitar que tal doença venha a evoluir para a osteoporose, considerada mais grave e com risco eminente de fraturas. Também foram apresentados os locais do corpo humano onde ocorrem o maior número de fraturas em casos de osteoporose, além dos riscos decorrentes de tais fraturas. Em seguida, apresentamos algumas recomendações necessárias para evitar a perda de massa óssea que são relacionadas aos hábitos de vida do indivíduo, como alimentação saudável, prática de exercícios físicos e idas regulares ao médico. Abordarmos, pois, os fatores que influenciam o surgimento da osteoporose e quais as medidas necessárias para prevenir e evitar o surgimento dessa patologia. Por fim, também foi apresentado os critérios necessários aos diagnósticos e os parâmetros de normalidade. 39 95% 35% 55% 75% FRATURA BRAÇO FRATURA PERNA FRATURA JOELHO FRATURA PÉ SAMPLE TITLE 30% 30% 45% 15% 35% 45% 5% 24% 62% 11% 73% 13% 73% 34% 12% 65% 86% 12% 64% 73% 34% 12%65% 41 equiPamentos e acessórios utilizaDos em Densitometria óssea • Conhecer a composição do equipamento de Densitometria Óssea; • Compreender o funcionamento do densitômetros; •Conhecer os princípios básicos da Densitometria Óssea. Capítulo 03 42 1. equiPamentos De Densitometria óssea O equipamento de Densitometria Óssea é um equipamento emissor de radiação X que funciona como um scanner e que tem como objetivo primordial medir a quantidade de massa mineral óssea de um indivíduo, levando em consideração alguns fatores, tais como idade e sexo, para estabelecer um diagnóstico seguro e confiável. A radiação emitida por esse tipo de equipamento trata-se de uma radiação de baixa energia, não sendo necessária, durante a realização do exame, a utilização de equipamentos de proteção individual por parte do profissional. 1.1. Composição e funcionamento Abordaremos agora os itens que compõem um sistema de Densitometria Ós- sea. Tal sistema consiste em uma mesa de exames com um braço escaneador, onde fica localizado o tubo emissor de radiação X, e um computador que recebe os dados adquiridos na mesa de exames, decodificando-os e transformando-os em uma ima- gem passível de interpretação pelos médicos especialistas. A composição dos equipamentos de Densitometria Óssea são: • Hardware Mesa escaneadora, que consiste em uma mesa com um braço escaneador, composto por: • Suprimento de força; • Circuitos eletrônicos; • Mecanismos motorizados; • Fonte de raios X. O braço escaneador constitui um detector e um braço – suporte que serve como um cabo condutor entre o detector e a mesa. O braço escaneador também inclui um painel de controle equipado com dois inter- ruptores de posicionamento que permitem a movimentação do braço examinador e detec- tor. O interruptor BACK/FRONT (para trás/frente) permite a movimentação do detector no sentido longitudinal da mesa. E o interruptor LEFT/RIGHT (para esquerda/direita). 43 • Computador Este armazena e analisa os dados. Possui também controles de comunicação entre ele e a mesa, monitor e impressora. • Monitor O monitor tem uma apresentação visual das telas do Software Lunar acerca das imagens e dos dados escaneados. Teclado O teclado permite a comunicação com o computador. Ele é usado para digitar os comandos e realizar as funções do computador. Impressora A impressora permite a criação de uma cópia no papel da imagem escaneada junto à análise dos resultados. Software É o programa que utilizamos para analisar a coluna, fêmur e corpo inteiro. Este contém várias telas que levam você a diferentes programas operacionais. Figura 01: Equipamento de Densitometria Óssea, mostrando o braço escaneador em sua posição inicial. Fonte: <https://bit.ly/2wmha1a>. 44 A imagem anterior mostra a mesa e o braço escaneador. Note que a mesa tem uma linha demarcando o seu centro. Observe ainda o posicionador triangular utilizado para posicionar o paciente quando este vai realizar o exame de fêmur e um apoio de cabeça para dar um maior conforto a ele. No momento da realização do exame, o braço escaneador é levado até a região de interesse do exame para que este faça a varredura da região. A Densitometria Óssea foi desenvolvida pelos americanos John Cameron e James Sorenson em 1963, demorando cerca de 26 anos para chegar ao Brasil, em 1989, quando surgiu o primeiro Densitômetro no país. O aparelho emite doses baixas de radiação ionizante que interage com os tecidos moles (músculo, tecido e gorduras) e com o tecido ósseo, obtendo o valor da densidade mineral óssea e do conteúdo mineral ósseo por meio de cálculos. Figura 02: Equipamento de Densitometria Óssea, mostrando o braço escaneador em posição lateralizada. Fonte: <https://bit.ly/2w9YwKB>. 45 Nessa outra imagem, temos outro equipamento de Densitometria Óssea. Note que o braço escaneador encontra-se em uma posição lateralizada para que o pa- ciente possa se deitar na mesa sem o risco de se chocar com o próprio braço. O designer é muito semelhante ao equipamento apresentado anteriormente, através da imagem é possível ver os comandos no braço escaneador, que pode ser movido para frente e para trás e para esquerda e direita. Por intermédio desses comandos, esses movimentos permitem o alinhamento do braço de acordo com a região de interesse do exame. No braço escaneador, também encontramos os botões de liga e desliga, além do botão de parada de emergência, caso aconteça algum incidente durante a realiza- ção do exame, e este necessite ser interrompido imediatamente. 1.2. Princípios básicos de um Densitômetro A densitometria mede a quantidade de radiação absorvida pelo corpo ou segmento desejado ao calcular a diferença entre a radiação emitida pela fonte de radiação e a que sensibiliza o detector de fótons do equipamento. A diferença na atenuação entre o osso e o tecido mole é maior no feixe de baixa energia, por esse motivo a radiação produzida pelos equipamentos de Densitometria Óssea é de baixa energia, pois assim pode haver essa diferença de atenuação entre os tecidos moles e o tecido ósseo, para que o segundo possa predominar sobre o primeiro. Há um processo de atenuação do feixe de radiação ao atravessar um material. Nas energias usadas em equipamentos de Densitometria Óssea, como vimos, a ra- diação interage com o tecido ósseo e o tecido mole do paciente, principalmente por dois processos: efeito fotoelétrico e espalhamento Compton. A partir desse princípio de atenuação dos tecidos, um contorno de atenuação é então formado, permitindo a quantificação do mineral e da massa de tecidos moles (massa magra e massa gorda), formando então a imagem. O equipamento de Densitometria Óssea pode apresentar um feixe único ou um leque de feixes. No caso do feixe único ou PENCIL BEAM, os movimentos são lineares de um lado para outro. E no caso do leque de feixes ou FAN BEAM, o movi- mento é único de varredura sobre o paciente, com menor tempo. O princípio de dupla emissão de raios-X baseia-se no fato de que as características de atenuação diferem no osso e nos tecidos moles em função da energia dos feixes de raios–X. http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/atenuacao-de-raios-x http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/efeito-fotoeletrico http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/efeito-fotoeletrico http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/espalhamento-compton http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/index.php/radiologia-convencional/principios-fisicosrx/interacao-da-radiacao-ionizante-com-a-materia/espalhamento-compton As doses de radiação utilizadas nos exames de Densitometria Óssea são de ape- nas 1 a 3 mSv, dependendo do local da aquisição. Apesar de os níveis de radiação praticados na Densitometria Óssea serem consi- derados baixos, é importante ressaltar que as normas de segurança estabelecidas pelos órgãos de radioproteção devem ser seguidas, a fim de garantir a segurança e a proteção dos pacientes e dos profissionais expostos. 1.3. Cuidados com o Densitômetro Como qualquer outro equipamento radiológico, o Densitômetro necessita de alguns cuidados especiais para que possa funcionar dentro dos parâmetros estabelecidos pelo fabricante, além de evitar a ocorrência de erros. Como os dispostos a seguir: • O controle da temperatura do equipamento não pode exceder os limites de 18 a 25 graus (sem oscilação maior que 2 graus durante as 24h); • A umidade da sala deve variar entre 20 a 80%, sem variação nas 24h; • Deve-se evitar quaisquer tipos de poeira, fumo, névoa ou outras substâncias estranhas que podem ser prejudiciais ao aparelho; • Deve-se evitar que corpos estranhos possam eventualmente cair dentro do aparelho; • Materiais solventes devem ser evitados na limpeza do equipamento; • A disposição dos cabos com proteção deve ser feita de modo a evitarqualquer tipo de acidente, de maneira que não fiquem expostos; • A corrente elétrica que alimenta o equipamento deve manter-se estável; • Deve ser realizado periodicamente um backup para fazer o armazenamento dos dados do sistema. • O controle de qualidade deve ser realizado periodicamente de acordo com as normas estabelecidas no serviço. A realização deste é importante para detectar alterações precoces; 47 • Deve-se evitar produtos líquidos próximos ao computador, no intuito de não deixar cair líquido nele; • Não se deve utilizar de força para manusear o braço escaneador, pois o movimento dele é realizado através de comandos do computador e/ou por meio dos botões do próprio aparelho, que possibilitam os movimentos; • Não se deve realizar qualquer tipo de refeição dentro da sala de exame. 1.4. controle De qualiDaDe Do Densitômetro A validade para determinar a quantidade da massa óssea depende da preci- são de algumas medidas. Os dois fatores básicos que afetam a precisão são: • A performance e a instabilidade dos equipamentos e instrumentos utilizados para a realização dos exames; • A habilidade e o conhecimento dos operadores que adquirem e analisam o exame de Densitometria Óssea. A habilidade dos operadores e a instabilidade dos equipamentos preci- sam ser cuidadosamente monitoradas e controladas para que se consiga informações confiáveis. O controle de qualidade implantado pelos fabricantes para monitorar o pro- cesso e manter uma excelente qualidade deve ser seguido rigorosamente pelos pro- fissionais que manuseiam os equipamentos e pelos responsáveis dos serviços de Densitometria Óssea. Para que se possa manter a qualidade e a eficiência dos equipamentos, é necessária a realização de alguns testes de qualidade, tais como: • Testes de calibração realizados pelos fabricantes antes que o equipamento seja enviado ao cliente; • Testes especiais após o reparo ou a calibração dos equipamentos; • Testes de controle diário, que devem ser realizados obrigatoriamente todos os dias pelo técnico em radiologia, antes do início dos atendimentos. 48 Para saber mais sobre os equipamentos utilizados na realização da Densito- metria Óssea e sobre o seu funcionamento, recomendo a leitura do artigo Análise da distribuição dos equipamentos de densitometria óssea no Brasil: importância da ges- tão eficiente de tecnologias em saúde, de Ezequiel Núbio Lucas Pereira. Disponível no seguinte link: <https://bit.ly/2Lnciyj>. 2. acessórios De Densitometria óssea Para que o paciente possa reproduzir o posicionamento adequado, são ne- cessários alguns acessórios que auxiliam no posicionamento, sendo específicos para cada região do corpo. Os acessórios utilizados para realização do exame de Densi- tometria Óssea são: • Posicionador de coluna: utilizado na realização do exame da coluna lombar. Ele tem como finalidade aproximar a coluna na mesa diminuindo o grau de lordose do paciente e oferecendo maior conforto durante a realização do exame; • Posicionador de fêmur: utilizado em exames em que a região de interesse é o colo do fêmur. Ele tem formato triangular e serve para imobilizar o pé ipsilateral da perna estudada depois de rotacionada, evitando que ela volte a sua posição natural; • Posicionador de antebraço: utilizado para realização de exames no ante- braço. Trata-se de um acessório plano que deixa o antebraço imobilizado; • Posicionador de corpo inteiro: utilizado quando o exame é realizado no corpo inteiro do paciente. É um modo pouco comum de fazer o exame. Tais acessórios têm como objetivo proporcionar um maior conforto ao pacien- te, fornecer os parâmetros necessários para auxiliar o diagnóstico dos exames e ga- rantir a reprodutibilidade da região examinada. 49 Para que se seja feita a realização do exame, é necessário obter alguns dados do paciente, tais como altura e peso, sendo preciso, portanto, ter dentro da sala de exame uma balança e uma escala de medição. Além dos acessórios citados anterior- mente, também são fundamentais os seguintes acessórios na sala de exames: • Bloco de calibração: acessório utilizado para fazer a manutenção preventiva; • Phantom: acessório também utilizado para fazer a manutenção preventiva; • Capas para colchonetes: utilizadas para proteger os colchonetes de sujeiras e possíveis substâncias líquidas, também utilizadas devido à fácil limpeza e desinfecção, evitando, assim, possíveis contaminações entre os pacientes; • Adesivos de painel: itens utilizados geralmente na porta da sala de exames no sentido de orientar sobre a existência de radiação ionizante naquele local para que as medidas de proteção sejam seguidas. 1. Cite os componentes do hardware de um Densitômetro. 2. Quais os cuidados que se deve tomar com o Densitômetro? 50 3. Quais os fatores básicos que pode afetar o funcionamento de um Densitômetro? 4. Descreva como deve ser o controle de qualidade do equipamento. Neste capítulo, foram apresentados o equipamento de Densitometria Óssea e seus componentes. Como vimos, ele consiste em um aparelho que emite radiação X e que funciona como um scanner, contendo um braço escaneador e um computador com um sistema específico para a realização do exame, assim como princípios de funcionamento que ajudam a obter a imagem. Também foi ressaltado como deve ser o controle de qualidade do aparelho. Além disso, foram listados os acessórios utilizados na sala de exame tanto para a realização da calibração do equipamento e obtenção de dados do paciente, assim como os acessórios utilizados para realização do exame de acordo com cada região a ser estudada, sendo os principais: os posicionadores de coluna, fêmur, an- tebraço e corpo inteiro. 51 95% 35% 55% 75% FRATURA BRAÇO FRATURA PERNA FRATURA JOELHO FRATURA PÉ SAMPLE TITLE 30% 30% 45% 15% 35% 45% 5% 24% 62% 11% 73% 13% 73% 34% 12% 65% 86% 12% 64% 73% 34% 12%65% 53 realizanDo o exame • Conhecer as características da Densitometria Óssea; • Conhecer as regiões de interesse para o diagnóstico da osteopenia e da osteoporose; • Compreender como a Densitometria Óssea é realizada. . Capítulo 04 54 1. Densitometria óssea A Densitometria Óssea estabeleceu-se como o método mais moderno, apri- morado e inócuo para se medir a densidade mineral óssea. Os aparelhos hoje uti- lizados conseguem aliam precisão e rapidez na execução dos exames. Além disso, a exposição à radiação é baixa tanto para o paciente como para o próprio técnico. As regiões de maior interesse na obtenção das imagens em Densitometria Ós- sea para fornecer o diagnóstico de osteopenia e osteoporose são o fêmur, a coluna lombar e o antebraço, sendo possível também realizar o exame de corpo inteiro. Sabe-se que hoje a Densitometria Óssea é o único método para um diagnóstico seguro da avaliação da massa mineral óssea e consequentemente da predição do índice de fratura óssea. É recomendado que se repita anualmente o exame para que o médico possa controlar o acompanhamento evolutivo da osteoporose, lembrando que a doença pode ser controlada com base nos resultados obtidos com tal exame. Como vimos ao longo dos capítulos, a Densitometria Óssea é um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. O resultado é comparado com padrões para idade e sexo. Ele é utilizado com a finalidade de diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças que apresentam densidade e quantidade de minerais baixas, fazendo com que os riscos de fraturas sejam altos. Assim, os objetivos do exame de Densitometria Óssea são: avaliar o grau da osteoporose, indicar a probabilidade de fraturas e auxiliar no tratamento médico. Ele dura aproximadamente 15 minutos, e o paciente não necessita de preparo espe- cial, tampouco precisa ficar em jejum. Antes da realização do exame, o técnico em radiologia deve realizar alguns procedimentos, tais como: • Conferir o peso e a altura do paciente dentro da sala; • Fazer anamnese do paciente de acordocom questionário estabelecido no serviço; • Informa-se com o paciente sobre procedimentos realizados recentemente e sobre medicamentos que o paciente faz uso (se fizer); http://pt.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dico http://pt.wikipedia.org/wiki/Jejum 55 • Orientar o paciente de como será a realização do exame, por exemplo, sobre o tempo de duração e sobre a necessidade do paciente de se manter imóvel durante a realização deste; • Caso seja necessário, realizar a palpação no paciente para localizar um ponto de referência. O paciente deve ser sempre informado sobre como será realizado o procedimento e sobre a importância dele; • Pacientes do sexo feminino com idade considerada como fértil devem sempre ser indagadas sobre uma possível gravidez. Ainda segundo dados da Fundação Internacional de Osteoporose (Interna- tional Osteoporosis Foundation - IOF), a osteoporose atinge cerca de 200 milhões de pessoas em todo mundo, sendo 10 milhões somente no Brasil. Apesar desses números alarmantes, a patologia ainda é pouco conhecida do grande público, o que dificulta a sua prevenção e o tratamento. 1.1. Características da realização do exame O exame de Densitometria Óssea é um exame eletivo, realizado por meio de prescrição médica, não sendo exigido nenhum cuidado especial após a sua realiza- ção. Além disso, como vimos, ele utiliza radiação de baixa energia, mas que apesar disso, exige que se mantenha todo os cuidados de radioproteção que devem ser feitos com quaisquer exames em que se utiliza radiação ionizante. • Quem deve fazer o exame O exame é principalmente indicado para mulheres em fase de pré-menopau- sa, menopausa, pós-menopausa e em regime de reposição com hormônios estró- genos, bem como para indivíduos que se encontram em uso crônico de hormônios tireoidianos, corticosteroides e medicamentos anticonvulsivantes. 56 Em relação às crianças, o exame é indicado caso haja a necessidade de acompanhamento do desenvolvimento ósseo destas, na hipótese de doenças osteo- metabólicas ou ocasionalmente no caso de regimes dietéticos para emagrecimento. • Que preparo é necessário As pacientes em idade reprodutiva devem sempre ser indagadas sobre a pos- sibilidade de estarem grávidas, visto que elas não devem ser expostas a radiações ionizantes, salvo se forem formalmente autorizadas pelo médico. Antes da realização do exame, não é necessário nenhum preparo especial, seja em relação a alimentos, seja em relação a medicamentos ingeridos, exceto no caso de medicamentos que contenham cálcio em sua fórmula. Tais medicamentos devem ser evitados por pelo menos 24 horas antes do exame de Densitometria Óssea. Os pacientes que realizaram exames de Medicina Nuclear devem previamente aguardar no mínimo 72 horas para realizar o exame. Já pacientes que realizaram exames contrastados, devem aguardar pelo menos 5 dias para realizar o exame. No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões, broches, etc.). • Como é feito o exame Atualmente, a técnica padrão para determinar a densidade óssea é chamada de Densitometria por Dual-Energy X-Ray Absorptiometry (DEXA). A Densitometria por DEXA é simples e indolor, levando de dois a quatro minutos para ser realizada. O equipamento mede a quantidade de massa mineral óssea, detectando a extensão pela qual os ossos absorvem fótons, que são gerados por níveis baixos de raios X (Fótons são partículas atômicas sem carga). As medidas da densidade mineral óssea são geralmente reportadas na concentração média de cálcio, nas áreas escaneadas pelo aparelho. A Densidade Óssea é mais comumente mais medida no quadril do que na coluna ou punho, no entanto, a grande maioria dos exames é realizado em dois sítios de referência, que são o colo do fêmur e a coluna lombar. 57 A Densitometria Óssea da coluna também pode ser medida, observa-se, en- tretanto, que esse tipo de exame, quando realizado em idosos, pode apresentar re- sultados enganosos, pois pode apresentar valores maiores que os reais devido à compressão das vértebras por alterações secundárias e/ou quadros de artrite. Sendo assim, as medidas de densidade podem se apresentar como normais ou elevadas, fazendo com que os pacientes fiquem sob risco de fratura. • Existe algum cuidado após o exame De um modo geral, as atividades podem ser retomadas imediatamente após a realização do exame, não exigindo do paciente nenhum cuidado especial depois dele. • Metodologia e critérios diagnósticos A técnica que mede a quantidade de massa mineral óssea baseia-se na ate- nuação, pelo corpo do paciente, de um feixe de radiação gerado por uma fonte de raio X com dois níveis de energia. Esse feixe atravessa o indivíduo no sentido póste- ro-anterior e é captado por um detector. O programa calcula a densidade de cada amostra a partir da radiação que alcança o detector em cada pico de energia. O tecido mole (gordura, água, músculos, órgãos viscerais) atenua a energia de forma diferente do tecido ósseo, permitindo a construção de uma imagem da área de interesse. • Quem então deve fazer um exame de densitometria óssea? De acordo com a National Osteoporosis Foundation (NOF), que reúne um grande número de pesquisadores de diversas especialidades envolvidas com a oste- oporose, as indicações formais para o estudo da massa óssea são as seguintes: – Todos os indivíduos com mais de 65 anos; – Indivíduos com deficiência de hormônios sexuais; – Mulheres na perimenopausa que estejam cogitando usar terapia de reposição hormonal, servindo, pois, para auxiliar em tal decisão; – Pacientes com alterações radiológicas sugestivas de osteopenia ou que apresentem fraturas osteoporóticas; 58 – Pacientes em uso de corticoterapia crônica; – Pacientes com hiperparatiroidismo primário; – Pacientes em tratamento da osteoporose, para controle da eficácia terapêutica. 2. realização Do exame Com o paciente em sala, deve-se identificá-lo, conferindo por intermédio de documento, nome e data de nascimento. É importante ressaltar que se deve sempre perguntar ao paciente se ele já fez o exame anteriormente. Caso já tenha feito, solicite o exame anterior a fim de que ele possa ser utilizado para fazer comparações com o exame a ser realizado. Deve-se conferir o peso e a altura do paciente dentro da sala; e antes de iniciar a realização do exame, após conferidos esses dados, o técnico em radiologia deve dar início ao processo de anamnese, não esquecendo de anotar nenhum dado impor- tante fornecido pelo paciente. Esses dados serão utilizados como apoio pelo médico que irá dar o diagnóstico. Após terminada a anamnese, o paciente deve ser orientado para que tire os sapatos e/ou qualquer tipo de metal que possa interferir no exame, tais como: fivelas, botões, sutiãs com aro metálico, roupas com zíperes, colchetes, entre outros. 2.1. Protocolos de posicionamento Os protocolos de posicionamento foram estabelecidos no sentido de padro- nizar a realização dos exames e evitar, ao máximo possível, a ocorrência de erros. Esses protocolos também levam em consideração o conforto do paciente e uma me- lhor reprodutibilidade da região estudada; é um passo a passo de como o exame deve ser realizado e quais os acessórios devem ser utilizados em cada região estudada. A seguir serão descritos mais detalhadamente os protocolos das regiões de maior interesse para realização do exame de Densitometria Óssea: fêmur, coluna lombar, antebraço e corpo inteiro. É importante ressaltar que as regiões primeiramen- te acometidas com fraturas decorrentes da osteoporose e que são melhores de visualizar a perda de massa óssea são a coluna lombar e o colo do fêmur. 59 • Coluna lombar Para a realização do exame de coluna lombar, o paciente deve ser posiciona- do na mesa de exames em decúbito dorsal. A linha central da mesa deve sempre ficar localizada na linha média do paciente. A cabeça dele deve estar abaixo da linha horizontal na cabeceirada mesa, do mesmo lado em que se encontra o braço esca- neador. Os braços devem ser posicionados ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para baixo. No exame feito nessa região, as pernas do paciente devem ficar elevadas e apoiadas sobre o posicionador de coluna, com o intuito de facilitar o apoio da coluna lombar na mesa, ajudando na separação das vértebras. O paciente deve ficar alinha- do na mesa e o laser infravermelho deve ser posicionado na área de interesse, o pa- ciente deve ser orientado a permanecer imóvel durante toda a aquisição da imagem. Após posicionar o paciente, deve-se identificá-lo no computador e iniciar o exame, o técnico deve ficar atento à tela do computador durante toda a realização do exame, a fim de evitar erros durante o escaneamento. Alguns parâmetros devem ser avaliados na realização do exame na coluna: – A coluna do paciente deve estar centralizada e sem rotações e inclinações; – As cristas ilíacas devem aparecer um pouco e devem estar alinhadas; – Na visualização do exame, deve aparecer o último par de costelas e a parte de T12; – Deve haver ausência de ar; – Deve haver ausência de artefatos: metais e/ou próteses de silicone nas mamas e/ou glúteos. A região utilizada para estudo na coluna lombar é a L1-L4. Após terminada a análise da coluna, retira-se o posicionador de coluna e prepara-se o paciente para iniciar o exame na região do colo do fêmur. 60 • Fêmur Para a realização do exame do colo do fêmur, o paciente deve permane- cer deitado. Deve ser colocado o posicionador de joelho triangular. O fêmur de interesse deve ser rotacionado internamente para que se possa sentir o trocanter maior. É importante ressaltar que o técnico que irá executar o posicionamento e con- sequentemente a palpação deve informar ao paciente o que e como irá fazer, além da necessidade do procedimento. Após realizada a rotação interna do fêmur e iden- tificado o trocanter maior, o pé do paciente deve ficar imobilizado na parte inclinada do posicionador triangular, e a perna contralateral deve ficar alinhada em sua posição natural. A luz infravermelha do laser deve ficar aproximadamente 7,5cm abaixo do trocanter maior e centralizada na perna do paciente. O fêmur de escolha é o direito. Caso o paciente tenha alguma limitação ou ausência de tal membro, deve-se realizar no fêmur esquerdo, e caso o paciente não possa realizar o exame em nenhuma das pernas, o exame deve ser realizado no antebraço dele. Deve-se ainda informar ao paciente a necessidade de permanecer imóvel du- rante a realização do exame. O técnico deve ficar o tempo todo atento às imagens da tela do computador, objetivando dados precisos. Terminado o exame, deve-se retirar o apoio dos pés e aguardar o retorno do braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala de exame. Alguns parâmetros devem ser avaliados na realização do exame no fêmur: – Rotação da perna suficiente para uma análise adequada: a rotação da perna se faz necessária para colocar o colo do fêmur em evidência durante a varredura; – Alinhamento do fêmur: é necessário para evitar distorções na imagem adquirida; – Centralização do laser: é importante para se determinar o início da região a ser escaneada; – Ausência de metal: trata-se de fator importante para evitar a presença de artefatos na imagem. 61 • Antebraço Para realização do exame no antebraço, o paciente deve ficar sentado ao lado da mesa de exame com a coluna ereta. O braço de escolha deve ser o que o paciente menos usa, ou seja, se ele é destro, deve-se escolher o braço esquerdo (o braço que ele não escreve). Também se deve medir o comprimento do antebraço an- tes da realização do exame. Feito isto, pode-se iniciar o posicionamento do membro, colocando o posicionador do antebraço na mesa e o braço sobre ele. O paciente deve ser orientado a permanecer com o pulso relaxado e com a mão fechada. Esse movimento deve permitir que o antebraço fique alinhado. O laser deve ser colocado no centro do pulso, alinhado com o processo do cúbito estiloide, a 1cm abaixo do processo estiloide da ulna. Após a verificação de posicionamento, deve-se prender o membro com velcro, mantendo a posição, depois é só iniciar o exame. Sempre é imprescindível informar ao paciente a necessidade de ele perma- necer imóvel durante a realização do exame para que os dados sejam obtidos com confiabilidade. Terminado o exame, deve-se retirar o posicionador do antebraço e aguardar o retorno do braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala de exame. • Corpo inteiro Para realizar o exame de corpo inteiro, o paciente deve ser posicionado na mesa em decúbito dorsal (deitada de barriga para cima), de modo que ele fique no centro da mesa, isto é, deve-se verificar se a linha central da mesa divide o paciente ao meio. A cabeça deve estar do mesmo lado em que se localiza o braço escaneador, logo abaixo da linha horizontal marcada no colchão da mesa de exame (distância de mais ou menos 1,5cm da cabeça linha). Os braços devem ficar ao longo do corpo, estendidos, e com as mãos voltadas para baixo, repousando sobre a mesa. Deve-se prender os pés e as pernas com o auxílio de velcros, de modo que o velcro menor fique na altura dos pés e o maior na altura dos joelhos, a fim de evitar movi- mentos durante o exame devido à necessidade de o técnico observar cuidadosamente as imagens com a finalidade de evitar equívocos em relação aos resultados obtidos. 62 Terminado o exame, deve-se retirar os velcros e sempre aguardar o retorno do braço para que o paciente possa se levantar e ser liberado da sala de exame. Em todos os exames realizados na Densitometria Óssea, independente na região examinada, o técnico que os está realizando, como já mencionamos anterior- mente, deve sempre ficar atento à tela do computador para verificar se a imagem está adequada, se o escaneamento iniciou no ponto em que deveria, se o posicionamento e a imagem estão adequados ao que se preconiza. Assim, caso algum parâmetro esteja em desacordo com o que se espera, o exame deve ser parado, e o ajuste deve ser feito, reiniciando-o depois de os ajustes serem realizados. Na Densitometria Óssea, o posicionamento adequado do paciente é primor- dial, assim como a ausência de movimentação durante a realização do exame. Por- tanto, o técnico deve estar atento a esses fatores e a outros que podem afetar a qualidade do exame. Como todo procedimento, existem algumas contraindicações que impossibi- litam a realização do exame de Densitometria Óssea: – Impossibilidade de manter o paciente em decúbito dorsal (deitado de costas para a mesa); – Paciente com espessura excessiva na região de exame (DPX-IQ 30cm); – Altura acima do permitido pelo programa para o corpo inteiro (DPX-IQ 1,96cm); – Pacientes adultos com menos de 25kg ou mais de 120kg podem causar resultados menos exatos; – Uso de contraste prévio e recente; – Gestante. Como já mencionado, nos exames de Densitometria Óssea, os sítios de in- teresse mais importantes são a coluna lombar, o fêmur e o antebraço. Sendo mais comumente utilizado quase que sempre a coluna lombar e o fêmur para quase todos os pacientes com indicação para fazer o exame. 63 2.2. Proteção radiológica Apesar da Densitometria Óssea se utilizar de radiações de baixas energias, não podemos esquecer que quando se trata de radiação, não existe uma dose se- gura para determinados efeitos. Assim, com o objetivo de evitar a ocorrência desses efeitos, algumas medidas de proteção devem ser adotadas em todos os serviços de Densitometria Óssea. Lembrando que a proteção com relação às radiações ocorre por meio de três parâmetros: distância, tempo e blindagem. Como qualquer quantidade de dose de radiação ionizante pode causar um dano biológico, a proteção radiológica tem como objetivo diminuir ao máximo o con- tato dos profissionais e dos pacientes com tal dose. Por isso é necessário atentar para os três princípios fundamentais de proteçãoradiológica: minimizar o tempo de exposição, aumentar a distância entre a fonte emissora de radiação e os indivíduos expostos e utilizar blindagem correta (vestimentas, portas das salas de exame apro- priadas, etc.). Com relação ao exame de Densitometria Óssea, as medidas de controle en- volvidas são: • Controle de qualidade: a aferição dos equipamentos dentro do preconiza- do é de fundamental importância não só para o aceite de aparelhos novos, caso o utilizado não esteja dentro dos parâmetros, mas também para poder apresentar dados confiáveis aos pacientes; • Cuidados com o aparelho: deve-se assegurar de que a quilovoltagem do aparelho e a leitura do miliamperímetro estão corretas, que o controle automático do tempo de exposição funciona adequadamente, que os filtros estão sendo utilizado de forma adequada, separando o feixe polienergético dos raios-X em feixe de alta e baixa energia e adequando a colimação do feixe de raios-X para a redução da radiação espalhada; 64 • Distância: deve-se observar uma distância adequada entre o equipamento e o computador de aquisição das imagens. O adequado posicionamento do paciente antes de iniciar o procedimento implica na redução da exposição à radiação por tornar desnecessário reposicionamentos posteriores após várias tentativas de aquisição de imagens e abortamentos destas. Para saber mais sobre a importância da realização do exame de Densitometria Óssea, recomendo o artigo A Importância do Exame de Densitometria Óssea por Simone Aparecida Fernandes de Andrade. Disponível no seguinte link: <https://bit. ly/2OYVlwb>. 1. Para quem é indicado a realização do exame de Densitometria Óssea? 2. Como é realizado o exame de Densitometria Óssea? 65 3. Qual o objetivo do exame de Densitometria Óssea? 4. Quais os preparos devem ser observados quando da realização do exame? Fale um pouco sobre eles? Neste capítulo, exploramos a realização do exame de Densitometria Óssea, por exemplo, quais os procedimentos que o técnico em radiologia deve adotar antes da realização do exame, as características do exame, quem deve realizá-lo e os cui- dados que devem ser tomados durante a sua realização. No decorrer do capítulo, foi possível conhecer os sítios de realização da Den- sitometria Óssea e como deve ser a realização o exame a partir da observação de parâmetros estabelecidos pelas comunidades médicas. Também abordamos as van- tagens desse método de diagnóstico, que se tornou o melhor modo de diagnosticar a osteopenia e a osteoporose com precisão, segurança e rapidez. O objetivo do exame, que consiste em medir a quantidade de massa óssea do paciente, é alcançado a partir dos dados obtidos com a máquina, sendo possível fornecer um diagnóstico para as patologias que estudamos ao longo do livro e que causam a perda de massa óssea. 66 REFERÊNCIAS AMADEI, Susana Ungaro et al. A influência da deficiência estrogênica no pro- cesso de remodelação e reparação óssea. Jornal Bras. Patol. Med. Lab., v. 42, n. 1, p. 5-12, fevereiro 2006. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/jbpml/ v42n1/29910.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. ANDRADE, Simone Aparecida Fernandes de. Importância do Exame de Densito- metria Óssea. Revista UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 11-17, jan./mar. 2016. Disponível em: <http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/viewFile/683/ u2016v13n30e683>. Acesso em: 25 jul. 2018. BIASOLI, Antônio Jr. Técnicas Radiográficas. 1. ed. Rio de Janeiro: Rubio Editora, 2006. BOLSTER, Marcy B. Osteoporose. Manual MSD. Disponível em: <https://www.msd- manuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-%C3%B3sseos, articulares-e-muscula- res/osteoporose/osteoporose>. Acesso em: 25 jul. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 224, de 26 de março de 2014. Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Osteopo- rose. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/ pcdt-osteoporose-2014.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. ______. Ministério da Saúde. “Ame seus ossos, proteja seu futuro” – Dia Mundial da Osteoporose 2017. Biblioteca Virtual em Saúde. 2017. Disponível em: <http://bvs- ms.saude.gov.br/ultimas-noticias/2528-ame-seus-ossos-proteja-seu-futuro-dia-mun- dial-da-osteoporose-2017>. Acesso em: 25 jul. 2018. HÖFLING, Danilo. Osteoporose tem cura? Alimentação equilibrada e hábitos sau- dáveis ajudam a fortalecer os ossos. Disponível em: <https://www.minhavida.com.br/ saude/materias/31959-osteoporose-tem-cura>. Acesso em: 25 jul. 2018. MARIEB, Elaine N; WILHELM, Patrícia Brady; MALLATT, Jon. Anatomia Humana. São Paulo. 7. ed. Pearson Education do Brasil, 2014. MORAES, Anderson Fernandes. Apostila de Densitometria Óssea. ATRESP - As- sociação de Tecnologia Radiológica do Estado de São Paulo. 2007. https://www.minhavida.com.br/especialistas/21830-danilo-hofling 67 PEREIRA, Ezequiel Núbio Lucas. Análise da distribuição dos equipamentos de Densitometria Óssea no Brasil: importância da gestão eficiente de tecnologias em saúde. 2017. 119 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Biomédica) – Universida- de de Brasília, UnB, Brasília, 2017. Disponível em: <http://repositorio.unb.br/bitstre- am/10482/23334/1/2017_EzequielN%C3%BAbioLucasPereira.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. PINHEIRO, Marcelo M. et al. O impacto da osteoporose no Brasil: dados regionais das fraturas em homens e mulheres adultos. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov. br/bvs/is_digital/is_0310/pdfs/IS30(3)070.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. SILVA, Márcia de Carvalho. Densitometria Óssea. Disponível em: <http://rle.dainf. ct.utfpr.edu.br/hipermidia/images/documentos/Densitometria_ossea.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2018. Rua Antônio Gadelha, Nº 621 Messejana, Fortaleza – CE CEP: 60871-170, Brasil Telefone (85) 3474.5151 w w w .FA TE .e du .b r
Compartilhar