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Endocardite infecciosa Definição - infecção microbiana da superfície endocárdica do coração - pode acometer valvas, septos, cordoalha tendínea e endocárdio mural - lesão característica: - vegetação composta por plaquetas, fibrinas, células inflamatórias e micro-organismo - GRAVE - taxa de mortalidade não mudou em 30 anos Fator de risco - Brasil - doença valvar reumática - S. viridans - mucosa oral - quadro agudo - Países desenvolvidos - dispositivos intracardíacos - Drogas EV - Hemodiálise - acesso venoso central - Estafilococos - principal - Classificação - Pode ser abrupta ou insidiosa - Aguda = menos de seis semanas entre o início dos sintomas e o óbito. Destruição valvar e infecção metastática . Desenvolvimento rápido dos sintomas, com febre alta e queda do estado geral. - Subaguda = mais de seis semanas. Início insidioso, com febre baixa arrastada, perda ponderal e sudorese noturna. Epidemiologia - Países desenvolvidos - 2,6 - 7 casos/100.000 - aumento da idade dos pcts, EUA e Europa mais da metade dos casos ocorre em maiores de 50 anos - Mais homens - Mulheres quando menor que 35 anos Patogênese 1. Eventos deflagradores - desenvolvimento lesão endocárdica - causada por doença reumática, degeneração ou calcificação - fatores que geram lesão - Jato sanguíneo de alta velocidade atingido o endotélio - Grande diferença pressórica entre duas Câmaras cardíacas - Fluxo que passa por um orifício em alta velocidade - vegetação estéreis - agregados de plaquetas e fibrinas que se desenvolvem na lesão ENDOCARDITE TROMBÓTICA NÃO BACTERIANA - pode ocorrer espontaneamente ou quando hipercoagulabilidade - lúpus, síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, desnutrição e doenças malignas - Determinantes de bacteremia - estado de conservação dos dentes e limpeza da pele - densidade da flora, grau de inflamação ou infecção no local do trauma - Bactérias - Estafilococos e estreptococos - ↑ capacidade de aderir as vegetações - Os estreptococos do grupo viridans possuem a proteína FimA, que é um receptor lipoproteico do antígeno I, que serve como adesivo principal na matriz de plaquetas e fibrina da ETNB, enquanto os estafilococos possuem as adesinas - Vegetações avasculares e microorganismos são metabolicamente inativos = ↑ dificuldade de tto 2. Fatores de risco - uso de drogas endovenosas - 30x a incidência que em pcts com doença reumática - material injetado lesa endotélio, permitindo a infecção - Principal valva acometida: TRICÚSPIDE - pode ter envolvimento de + 1 - Staphylococcus aureus + comum nesse caso - endocardite aguda - toxemia, febre alta e evolução rápida - disseminação pulmão - pneumonia bilateral e formação de abcessos pulmonares - Bacilos gram negativos e fungos - pseudomonas aeruginosa, lactobacilos, bacillus cereus, corynebacterium spp e espécies não patogênicas - Próteses valvares - 7-25% dos casos em países desenvolvidos - Válvula mecânica = ↑ risco nos primeiros meses pós cirurgia - Taxas se igualam pós 5 anos - classificação • Precoce Menos de dois meses após a colocação da prótese. • Tardia Mais de um ano após a colocação da prótese. - Doença estrutural cardíaca - 75% dos pcts com EI possui anormalidades estruturais cardíacas - fator de risco sexo masculino e idade>45 anos - prolapso da valva mitral - principal fator em países desenvolvidos - doença reumática - principal em países em desenvolvimento - Principais valvas acometidas em ordem decrescente: mitral, aórtica, mitro-artica e tricúspide Lesões de alto risco para endocardite As lesões de risco moderado são: lesões que não predispõem à EI são: 1. Valvas cardíacas protéticas; 2. EI prévia; 3. Cardiopatia congênita cianótica (transposição dos grandes vasos, tetralogia de Fallot, ventrículo único); 4. Derivações cirúrgicas sistêmico-pulmonar es; 5. Coarctação da aorta 1. Doença reumática; 2. Doença cardíaca degenerativa; 3. Outras cardiopatias congênitas, exceto 4. defeito de septo atrial tipo ostium secundum; 5. Prolapso de valva mitral com regurgitação e/ou folhetos valvares espessados. 1. Defeito de septo atrial tipo ostium secundum; 2. Revascularização coronariana prévia; 3. Sopros cardíacos funcionais; 4. Prolapso de valva mitral sem sopro; 5. Doença reumática prévia sem disfunção valvar; 6. Desfibriladores implantáveis ou marca- -passos definitivos; 7. Após seis meses de reparo cirúrgico de ducto arterioso patente, defeito do septo ventricular e defeito do septo atrial. - Endocardite infecciosa prévia - Valva danificada + condições favoráveis provavelmente ainda estão presente - recorrência 2,5 e 9% - Procedimento intravasculares e cateteres endovenosos - associados a endocardite nosocomial - S. aureus e estafilococos coagulase-negativos - Principalmente infância quando somado a doença estrutural + cateterismo ou processos intravasculares - hemodiálise= acesso vascular + doença valvar calcificada + ↓imunidade - doenças sistêmicas - HIV - Bartonella sp, salmonella, streptococcus pneumoniae - Doença renal crônica - Diabetes mellitus - outros - gestação - shunt peritoneovenoso ... Microbiologia 1 - Válvulas nativas - agentes colonizadores naturais do corpo - Estafilococos, estreptococos e enterococos 90% - Endocardite subaguda: - Estreptococos Viridans - alfa hemolíticos - + comum - natural - orofaringe - Streptococcus sanguis, Streptococcus mutans e Streptococcus mitis. - estreptococos grupo B - beta hemolíticos - pode causar em pcts com cirrose, diabetes ou usuários de drogas intravenosas - Estreptococos grupo A - beta hemolíticos - raramente causa endocardite - Streptococcus gallolyticus → + idosos, associados a lesões pré-existentes, lesões do tubos digestivo - PENSAR CANCÊR DE COLON - Enterococos - Gram + - 2° mais causador nas valvas nativas - Bacteremia no trato urinário - Pcts hospitalizados - Grupo HACEK - Gram - - raramente causa 5% - Haemophilus parainfluenzae, Haemophilus aphrophilus, Aggregatibacter/ Actinobacillus actinomycetemcomitans, Cardiobacterium hominis, Eikenella corrodens e Kingella kingii. - Aggregatibacter: Haemophilus aphrophilus e Actinobacillus actinomycetemcomitans. - endocardite aguda - Staphylococcus aureus - + comum - infecção de pele ou tecido subcutâneo + comum - Tríade de austrian - endocardite - meningite - pneumonia Classificação estreptococos: Streptococcus pyogenes (Grupo A): é o mais importante beta-hemolítico – causa faringite, escarlatina, piodermite, febre reumática, glomerulonefrite. • padrões hemolíticos: pela capacidade de provocar lise em eritrócitos – alfa (hemólise incompleta), beta (hemólise total) ou gama (nenhuma hemólise). • propriedades sorológicas: grupos A a H de Lancefield, de acordo com antígenos de parede celular grupo-específicos. • propriedades bioquímicas (fisiológicas) Streptococcus agalactiae (Grupo B): habitualmente beta-hemolítico – causa infecções em neonatos (meningite, bacteremia). Streptococcus pneumoniae ou pneumococo: são alfa-hemolíticos, causadores clássicos da pneumonia. Streptococcus do grupo viridans: são alfa- -hemolíticos ou não hemolíticos frequentes nos dentes – podem causar abscessos dentários ou endocardite. 2. Próteses valvares - 3. Endocardite fúngica - Difícil diagnóstico e tto - Pct com uso de drogas endovenosas, cirurgia cardíaca, uso de cateteres, principalmente com nutrição parenteral total - vegetações maiores - Aspergillus e Candida 4. Agentes raros - Abiotrophia, Bartonella henselae, Coxiella burnetti, Brucella sp e Tropheryma whippeli. Todos estes agentes provocam quadros indolentes de endocardite. Clínica - Febre = manifestação + comum - Sopro cardíaco - Pct com lesão mural - ↑ sopro, maioria dos casos - Lesões nas próprias valvas cardíacas; - Êmbolos sépticos; - Fenômenos imunológicos; - Idosos apresentação atípica - Exame físico - sopro audível em mais 80% dos casos Esq - Sopro novo ou piora existente - B3 em casos de ICC - Alterações neurológicas - manifestação inicial com déficit focal em 10-20% - desconforto abdominal - embolizações, infartos,abscesso e presença de esplenomegalia - Sinais e sintomas sistêmicos inespecíficos EI subaguda EI aguda - Febre baixa prolongada, semanas - meses - sudorese noturna - fadiga - astenia - perda de peso - sopro cardíaco na ausculta - artrite, mialgia - Laboratório - anemia de doença crônica - pouca leucocitose - ↑VHS - fator reumatóide + - Toxêmico - ↑ febre - sopro cardíaco - protração - laboratório - leucocitose significativa - ↑VHS - Sinais periféricos da EI - Fenômenos embólicos - Petéquias: mais encontradas na conjuntiva, no palato e nas extremidades. - Lesões de Janeway: máculas hemorrágicas não dolorosas encontradas nas palmas e plantas dos pés. Embolia séptica INDOLOR - Hemorragias subungueais (Splinter): lesões vermelho-acastanhadas, lineares e que não desaparecem à digitopressão, encontradas no leito ungueal, perpendiculares à direção do crescimento das unhas. - Hemorragia em pálpebra - Fenômenos imunológicos Manchas de Roth: hemorragias retinianas de centro “esbranquiçado” que são encontradas na fundoscopia. Poliartrite ou poliartralgia Nódulos de Osler: nódulos pequenos e dolorosos encontrados com mais frequência nas superfícies palmares dos quirodáctilos, que podem crescer e regredir espontaneamente. São geralmente considerados fenômenos imunológicos mediados por complexos, mas provavelmente são desencadeados por microêmbolos Baqueteamento: Presente nas endocardites de longa duração e regride com a terapia. Raramente a síndrome de osteoartropatia hipertrófica se instala completamente. - pode ter esplenomegalia em 60% dos casos - principalmente subaguda Complicações 1 - locais - Além da valva cardíaca - ↑ ins Cardíaca ↑ cirurgia - no septo e anal da valva - bloqueio antrioventricular/bloqueio de ramo - Artérias coronárias - êmbolos de vegetação - Infarto 2 - eventos embólicos - fatores de risco - vegetações grandes > 10-15mm e móveis - Vegetações mitrais - aumento da vegetação durante a terapia e endocardite fúngica ou S.aureus - Possíveis locais - manifestações periféricas - êmbolos - pele - pulmões - rins - infarto com dor em flancos e hematúria macro ou microscópica - fígado - baço - infarto - pode ser silencioso ou dor em hipocôndrio - vasos sanguíneos - SNC - + comum artéria cerebral média. Risco de aneurismas micóticos cerebrais , + valva mitral 3 - Infecções metastáticas em sítios distantes - osteomielite, artrite séptica ou abscesso epidural - A meningite purulenta pode ocorrer apenas nos casos de endocardite pneumocócica (síndrome de Austrian). - Abscessos intracranianos, em geral, só ocorrem na EI pelo Aspergillus 4 - Fenômeno imunológico - circulação de complexos imunes - glomerulonefrite - baixo complemento - manchas de Roth - nódulos de Osler - artrite 5 - febre prolongada - harrison dura + que 5 dias - causas 1)Extensão da infecção além da valva, geralmente com abscesso miocárdio. 2)Infecção metastática. 3)Hipersensibilidade a drogas (principalmente se a febre desaparece e depois retorna). 4)Infecções nosocomiais como infecções de cateteres venosos profundos ou pneumonias. 5)Outras complicações hospitalares com TEP Exames complementares - Os exames laboratoriais iniciais devem incluir um hemograma completo, dosagem de eletrólitos, função renal, VHS, EAS e eletrocardiograma. Todos devem ter pelo menos três hemoculturas coletadas e um ecocardiograma, de preferência transesofágico. - • A maioria dos pacientes com EI subaguda apresenta anemia de doença crônica e leucograma normal ou pouco alterado. Na doença aguda, a leucocitose é mais frequente. - • Hematúria microscópica ou proteinúria podem ocorrer pelos fenômenos renais imunológicos ou pelas lesões isquêmicas. - • A radiografia de tórax é anormal em aproximadamente 70% dos casos de EI direita, e pode evidenciar consolidações, atelectasias, derrames pleurais, ou os próprios êmbolos sépticos. Além disso, os sinais de congestão pulmonar e aumento de área cardíaca vão sugerir a evolução para ICC. - • O eletrocardiograma pode mostrar os bloqueios de condução que sugerem abscesso do anel aórtico, envolvimento miocárdico ou até um infarto agudo do miocárdio. - • A velocidade de hemossedimentação está elevada em praticamente todos os casos de EI, com valor médio de 57 mm/h e o fator reumatoide é positivo em cerca de metade dos casos, principalmente na EI subaguda. - hemocultura - colher 3 pares de HMC: cada par, 2 amostras de 10 ml de sangue - cada par de 1 veia periférica diferente - aguardar 30 min entre as coletas - - Critérios de Duke Critérios maiores Menores 1) Hemoculturas positivas: a- Micro-organismos típicos causadores de EI isolados em duas amostras de hemoculturas separadas. Ex.: S. viridans, S. gallolyticus (S. bovis), organismos HACEK, S. aureus ou enterococos (na ausência de foco primário). OU b- Hemoculturas persistentemente positivas para micro-organismo consistente com endocardite infecciosa: 2 hemoculturas positivas com mais de 12 horas de diferença; ou 3 hemoculturas positivas, com pelo menos 1 hora de intervalo entre a primeira e a última; 4 ou mais hemoculturas com a maioria delas positiva e pelo menos 1 hora de intervalo entre a primeira e a última. OU c- Uma única cultura positiva para Coxiella burnetii ou um título do anticorpo antifase I IgG ≥ 1:800. 1) Condição predisponente: uso de drogas intravenosas ou condição cardíaca predisponente (prótese valvar ou lesão valvar associada a regurgitação significativa ou fluxo sanguíneo turbulento). 2) Febre ≥ 38ºC. 3) Fenômenos vasculares: embolia arterial, êmbolos pulmonares sépticos, aneurismas micóticos, hemorragia intracraniana, hemorragias conjuntivais, lesões de Janeway. 4) Fenômenos imunológicos: glomerulonefrite, nódulos de Osler, manchas de Roth, Fator Reumatoide positivo. 5) Evidências microbiológicas: hemoculturas positivas não preenchendo critérios maiores ou evidências sorológicas de infecção ativa consistente com endocardite. 2) Evidências de envolvimento endocárdico: Achados ecocardiográficos como vegetação móvel aderida à valva, ao aparelho valvar, na direção de jatos regurgitantes ou no material implantado, na ausência de uma explicação anatômica melhor; OU Abscesso; OU Nova deiscência parcial da prótese valvar; OU Nova regurgitação valvar. Para diagnóstico definitivo de endocardite infecciosa por estes critérios, precisamos de dois critérios maiores, ou um maior e três menores, ou cinco menores. Para endocardite provável precisamos de pelo menos um maior e um menor, ou três menores - - Confirmação diagnóstico - • EI histopatologicamente comprovada OU - • Dois critérios maiores OU - • Um critério maior e três menores OU - • Cinco critérios menores - A sensibilidade dos critérios de Duke foi estimada entre 76-100% e a especificidade encontrada foi entre 88-100%, com um valor preditivo negativo de no mínimo 92%. - PADRÃO OURO - cultura a partir de uma valva ou outra superfície endocárdica - Ecocardiograma transesofágico - maior sensibilidade que Eco TT - Eco - fundamental - diagnóstico precoce - prediz risco de embolização - avalia complicações - respostas terapêutica - indicar procedimentos e avaliar resultados Prognóstico - característica do pct - Presença de complicações - organismo infectante - achado eco Tratamento - O tratamento eficaz para EI por enterococos requer uma ação bactericida sinérgica de um antibiótico que atue na parede celular, como a penicilina, a ampicilina ou a vancomicina, com um aminoglicosídeo - USO BACTERICIDA - Aminoglicosídeo - Duração tto - Valva nativa - 2-6 sem - prótese - no mínimo 6 - - Patógeno OPÇÕES DE DROGAS Estreptococos viridans sensíveis à penicilina, S. gallolyticus (S. bovis) e outros estreptococos com MIC ≤ 0,12 µg/m (1) PENICILINA G 2-3 milhões de unidades IV 4/4h por 4 semanas. (2) CEFTRIAXONE 2 g IV/dia por 4 semanas. (3) VANCOMICINA 15 mg/kg IV 12/12h por 4 semanas. (4) PENICILINA G ou CEFTRIAXONE (mesmas doses acima) por 4 semanas + GENTAMICINA 3 mg/kg/dia ou 1 mg/kg 8/8h IV ou IM por 2 semanas Estreptococos relativamente resistentesà penicilina, com MIC > 0,12 e < 0,5 µg/ml (1) PENICILINA G 4 milhões de unidades IV 4/4h por 4 semanas ou CEFTRIAXONE (mesma dose acima) + GENTAMICINA (mesma dose acima) por 2 semanas. (2) VANCOMICINA (mesma dose acima) por 4 semanas. Estreptococos com MIC ≥ 0,5 µg/ml para penicilina, Granulicatella, Abiotrophia, Gemella morbillorum (1) PENICILINA G dose alta (4-5 milhões de unidades IV 4/4h) ou CEFTRIAXONE (mesma dose acima) + GENTAMICINA (mesma dose acima) por 6 semanas. (2) VANCOMICINA (mesma dose acima) por 4 semanas. Enterococos (1) PENICILINA G dose alta ou AMPICILINA (2 g IV 4/4h) ou VANCOMICINA (mesma dose acima) + GENTAMICINA* (mesma dose acima) por 4-6 semanas. * Pode ser substituída por estreptomicina (7,5 mg/kg 12/12h) se não houver alta resistência à droga. Estafilococos sensíveis à meticilina em valva nativa (1) OXACILINA 2 g IV 4/4h por 4-6 semanas**. (2) CEFAZOLINA 2 g IV 8/8h por 4-6 semanas. (3) VANCOMICINA (mesma dose acima) por 4-6 semanas ** Era comum associarmos a gentamicina por 3-5 dias no início do tratamento. No entanto, estudos mais recentes não apontaram benefício desta prática. Atualmente a associação é opcional. Estafilococos resistentes à meticilina (MRSA) em valva nativa (1) VANCOMICINA (mesma dose acima) por 4-6 semanas. Estafilococos sensíveis à meticilina em valva protética (1) OXACILINA (mesma dose acima) por 6-8 semanas + GENTAMICINA (mesma dose acima) por 2 semanas + RIFAMPICINA 300 mg VO 8/8h por 6-8 semanas. Estafilococos resistentes à meticilina (MRSA) em valva protética (1) VANCOMICINA (mesma dose acima) por 6-8 semanas + GENTAMICINA (mesma dose acima) por 2 semanas + RIFAMPICINA (mesma dose acima) por 6-8 semanas Micro-organismos HACEK (1) CEFTRIAXONE (mesma dose acima) por 4 semanas. (2) AMPICILINA-SULBACTAM 3 g IV 6/6h por 4 semanas. Coxiella burnetii (1) DOXICICLINA 100 mg VO 12/12h + Hidroxicloroquina 200 mg VO 8/8h por 18 meses (valva nativa) ou 24 meses (valva protética). Bartonella spp (1) CEFTRIAXONE (mesma dose acima) ou AMPICILINA (mesma dose acima) ou DOXICICLINA (mesma dose acima) por 6 semanas + GENTAMICINA (mesma dose acima) por 3 semanas. - monitorização da terapia - melhora subjetiva em 5-7 dias - hemoculturas repetidas diariamente até negativo - realizar novamente se febre - realizar 4-6 semanas para confirmar cura - terapia anticoagulante - indicado em pcts que já fazia* - Indicação de cirurgia EI esquerda em valva nativa EI esquerda em valva protética EI direita 1) Disfunção valvar resultando em sinais/sintomas de insuficiência cardíaca. 2) Endocardite fúngica ou causada por patógenos altamente resistentes, como Enterococo Resistente à Vancomicina (VRE) ou Gram-negativos multidroga-resistentes. 3) Evidência de abscesso anular ou aórtico, bloqueio ou lesões penetrantes/destrutivas. 4) Evidência de bacteremia 1) Sinais/sintomas de insuficiência cardíaca decorrentes de deiscência, fístula intracardíaca ou disfunção grave de prótese valvar. 2) Endocardite fúngica ou causada por patógenos altamente resistentes, como Enterococo Resistente à Vancomicina (VRE) ou Gram-negativos multidroga-resistentes. 3) Evidência de abscesso anular ou aórtico, bloqueio ou lesões 1) Disfunção tricúspide grave resultando em sinais/sintomas de insuficiência cardíaca direita com resposta ruim ao tratamento clínico. 2) Endocardite fúngica ou causada por patógenos altamente resistentes ou falta de resposta à antibioticoterapia adequada. 3) Vegetações tricúspides ≥ 20 mm. 4) Embolia pulmonar recorrente apesar de antibioticoterapia adequada. persistente ou febre após 5-7 dias de antibioticoterapia apropriada (excluindo outras causas). 5) Embolia recorrente e vegetações crescentes mesmo após início de antibioticoterapia apropriada. 6) Regurgitação valvar grave e vegetação móvel > 10 mm. 7) Vegetação móvel > 10 mm, particularmente quando envolver o folheto mitral anterior e estiver acompanhada por outras indicações de cirurgia. penetrantes/destrutivas. 4) Evidência de bacteremia persistente ou febre após 5-7 dias de antibioticoterapia apropriada (excluindo outras causas). 5) Embolia recorrente mesmo após início de antibioticoterapia apropriada. 6) Recidiva de EI em portador de prótese valvar. 7) Vegetação móvel > 10 mm. - Manutenção ATB pós cirurgia - Nas endocardites de valvas nativas com culturas negativas das amostras cirúrgicas, o tempo de antibioticoterapia total é igual aos dos pacientes não tratados cirurgicamente, somando-se o tempo de antibiótico do pré -operatório com o do pós-operatório. - Nos casos de endocardite de prótese valvar, culturas cirúrgicas positivas e infecção paravalvar, um novo curso de antibióticos deve ser iniciado no pós-operatório, ignorando-se o tempo de antibiótico já realizado até o momento da cirurgia. - Método - reparo valvar - menores infecções pós cirurgia - troca valvar - Quando realizar a cirurgia - Ins Cardíaca - indicação + comum - infecção não controlada com atb e prevenção tromboembolismo - profilaxia - indicado para - 1) Paciente com valvas protéticas. - 2) História de EI prévia. - 3) Algumas Doenças Cardíacas Congênitas(DCC): - • Cardiopatias cianóticas não reparadas. - • DCC completamente reparadas com material protético ou dispositivos, dentro dos primeiros seis meses da cirurgia. - • DCC com defeitos residuais no local ou próximo do patch ou dispositivo protético (os quais inibem a reepitelização). - 4) Transplantados cardíacos que desenvolvem valvulopatias. - Quando - Profilaxia nos Procedimentos Dentários - Profilaxia nos Procedimentos do Trato Respiratório - Pacientes que requeiram procedimento cirúrgico musculoesquelético ou envolvendo estruturas cutâneas ou infecções de pele devem receber profilaxia. - drogas indicadas - Regimes de escolha: dose única 30-60 minutos antes do procedimento. - Medicações via oral: - Amoxicilina 2 g. - Nos alérgicos: Cefalexina 2 g, Clindamicina 600 mg ou Azitromicina/ Claritromicina 500 mg. - Medicações IV ou IM: - Ampicilina 2 g ou Cefazolina/Ceftriaxona 1 g ou Clindamicina 600 mg. Endocardite direita - -
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