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História e Introdução à Cirurgia

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História e introdução à cirurgia
Junyara Souza
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A cirurgia é a parte do processo terapêutico em que o cirurgião realiza uma intervenção manual ou instrumental no corpo do paciente.
“A arte de usar as mãos”.
Cirurgia provém do latim chirurgia, que o tomou do grego kheirourgia, de kheír, mão + érgon, trabalho. Etimologicamente, portanto, cirurgia significa trabalho manual, arte, ofício, no qual se empregam as mãos para sua execução. Entende-se assim, o seu uso em medicina para designar os procedimentos terapêuticos que existe trabalho manual.
HISTÓRIA DA CIRURGIA
Os primeiros procedimentos cirúrgicos conhecidos ocorreram muito antes de se ter qualquer conhecimento real sobre o funcionamento interno do corpo.
Há evidências paleontológicas de trepanações na Era Neolítica datadas de até 8.500 a.C. Suspeita-se de que foram feitas para a “saída de demônios e forças malévolas”.
Idade antiga:
 
Povos Mesopotâmicos:
Materiais em bronze;
Sacerdotes e cirurgiões;
Circuncisões, herniotomias e extração de cálculos vesiais;
Leis de Hamurabi.
Persia Antiga:
Título de cirurgião: quando operasse 3 pessoas.
Egito antigo:
Superespecialização.
Índia:
Susruta: cirurgião que escreveu um tratado de cirurgia, na qual descreve várias cirurgias, inclusive plásticas (principalmente em nariz) e oftalmológicas;
A cirurgia com preparação meticulosa.
O papiro cirúrgico de Edwin Smith
Primeiro tratado de cirurgia da história da medicina – 1600 a 1500 a.C – procedimentos cirúrgicos – observações objetivas sem percepções mágico-religiosas.
As mais antigas descrições anatômicas e fisiológicas de diversas doenças, incluindo estudos de danos cerebrais.
Primeiro registro em que as palavras “cérebro”, “meninges” e “líquido cefalorraquidiano” apareceram – bases para a primeira nomenclatura anatômica.
Relato de 48 casos de observação de feridas de guerra – registros contendo procedimentos racionais – sutura com agulha e fios, drenagem de abscessos, cauterização com ferro quente, aplicação de compressa.
Idade Média:
Eclipse da cirurgia e séculos de ignorância;
Teoria de Galeno;
Crença na cura pela oração;
Proibição da necropsia;
Período monástico;
Escola Médica Israelita (Albucasis e Avicena);
Escola Médica de Salermo (estudava somente a medicina);
Universidade de Bolonha (Teodorico – cirurgião que não deixava a formação de pus);
Escolas próprias de cirurgia (Colégio São Cosme, Hotel Dieu).
Cirurgiões e barbeiro-cirurgiões:
1215 – Edito Papal proibiu os monges de realizar procedimentos cirúrgicos. A prática da cirurgia foi relegada a um status artesanal praticada por barbeiros cirurgiões.
Barbeiros-cirurgiões e cirurgiões propriamente ditos formavam uma só categoria.
1540 – a Companhia dos barbeiros-cirurgiões de Londres foi formada pela união da Companhia de barbeiros com a Sociedade dos cirurgiões.
Século XVIII:
A separação entre cirurgiões e barbeiros-cirurgiões ocorreu apenas em meados do século XVIII – barbeiros e cirurgiões passaram a seguir caminhos separados.
1731: a França foi o primeiro país a proibir os barbeiros de praticarem a cirurgia.
1745 – os cirurgiões formaram a Companhia dos Cirurgiões que, em 1800, tornou-se o Colégio Real de Cirurgiões.
Meados do século XVIII: as principais universidades da Inglaterra, França e Alemanha passaram a oferecer cátedras em cirurgia; nas décadas seguintes, os cirurgiões alcançaram posição igual à dos médicos.
Empirismo, dor, infecção, mortalidade:
Obstáculos e pilares fundamentais da habilidade cirúrgica: conhecimento da anatomia, controle da hemorragia, anestesia, antissepsia, assepsia e conhecimentos da natureza da infecção.
Idade Moderna:
Médicos x Barbeiros x Cirurgiões “verdadeiros”.
1540 – Companhia única de barbeiros e cirurgiões;
Paracelsos denuncia a companhia;
Anatomia:
· Alexandria foi a primeira escola a fazer necropsia (conhecimento da anatomia);
· Andreas Vesalius foi o pai da anatomia moderna – fazia necropsias, desenhava e escreveu tratados importantes;
· John Hunter foi o pai da cirurgia experimental
· 1850 – Henry Gray
Ambroise Paré foi o pai da hemostasia
· Cirurgião renascentista, aprendiz de Vesalius; Cirurgião do exército francês nos campos de guerra;
· Substituiu o uso de óleo fervente por uma mistura de terebintina, gema de ovo e óleo de rosas para tratamento das feridas;
· Substituiu o uso de ferro em brasa pela ligadura cirúrgica de vasos sanguíneos;
· Inventou novos instrumentos cirúrgicos e próteses de membros.
· “Não te atrevas a me ensinar cirurgia, tu que nada mais fizeste a não ser ler livros. Cirurgia aprende-se trabalhando com as mãos e os olhos”.
· “Eu faço o curativo, Deus cura”.
Final do século XIX:
A revolução da cirurgia moderna.
Importante ruptura no paradigma da cirurgia praticada até então. Os fundamentos da técnica operatória atual foram estabelecidos.
Descoberta da anestesia geral com William Thomas Green Morton (1819-1868) nos EUA.
Técnicas de antissepsia de Joseph Lister (1827-1912) na Inglaterra.
Desenvolvimentos da microbiologia com Pasteur (1922-1895) na França;
Espetacular diminuição na morbimortalidade do ato operatório.
Em 10 de dezembro de 1844 Horace Wells, um dentista itinerante, assistia a uma demonstração com gás hilariante (óxido nitroso) em uma feira em Connecticut (EUA) quando o espectador caiu, feriu a perna e nada sentiu enquanto estava inalando o gás. Percebeu suas propriedades anestésicas e tentou demonstrá-la em uma sessão pública de extração dentária sem dor, com o uso do óxido nitroso. Foi mal sucedido e o fracasso o perturbou a tal ponto que o levou ao suicídio em 1848.
William Thomas Green Morton (1819-1868) e John Collins Warren (1778-1856) tiveram melhor sorte na anestesia feita com éter, ministrada ao paciente Edward Gilbert Abbott em 1846.
O primeiro a utilizar a anestesia foi o médico Crawford Williamson Long, embora tenha sido Morton quem primeiro divulgou a descoberta.
Enquanto era professor de cirurgia da Universidade de Glasgow, Lister entrou em contato com um artigo publicado pelo químico francês Louis Pasteur, mostrando que a deterioração de alimentos poderia ocorrer sob condições anaeróbicas se micro-organismos estivessem presentes. Pasteur sugeria três métodos para eliminar os micro-organismos: filtração, exposição ao calor ou exposição a antissépticos. Assim, Lister se concentrou em encontrar um antisséptico eficaz para matar os micro-organismos sem causar danos ao paciente. No começo de 1865, Lister começou a testar vários antissépticos. Ficou conhecido como o pai da antissepsia.
Ascensão da cirurgia científica:
Bases fisiopatológicas das doenças cirúrgicas; cirurgia experimental; patologia.
John Hunter: cirurgia experimental;
William Halsted: técnica de assepsia, defensor de anestésicos.
1882 – A realização de pericardiectomia equivaleria a um ato de prostituição em cirurgia ou frivolidade cirúrgica e todo cirurgião que tentasse suturar uma ferida cardíaca deveria perder o respeito de seus colegas – Frases de Theodor Billroth.
1986 – Ludwig Rehn obteve o êxito ao suturar um ferimento de VD – primeira cirurgia cardíaca bem sucedida.
Raios X:
Foram descobertos em 1895 por Wilhelm Conrad Roentgen (1845-1923), professor da Universidade Wuerzburg, Alemanha. 
Alexis Carrel:
Transplante de órgãos no Brasil:
Transplante Renal (1967);
Transplante Cardíaco (1968);
Transplante Hepático (1968);
Transplante de Pâncreas (1968);
Transplante de Intestino Delgado (1968).
UTI:
Na cidade de Baltimore, estabeleceu a primeira UTI cirúrgica e em 1962, na universidade de Pittsburgh, criou a primeira disciplina de “medicina de apoio crítico”.
Hemodiálise:
1960 – Primeiro doente com IRC a ser tratado, uma e duas vezes por semana.
Fluoroscopia / Radioscopia:
RX em tempo real.
Abriu caminhos para a cirurgia minimamente invasiva.
Video cirurgia:
Pioneirismo ginecológico: feito para fins diagnósticos;
1983, Mouret (Lyon): realizou a primeira colecistectomia videolaparoscópica.
Cirurgia robótica:
Março de 1997 se realizou a primeira telecolecistectomia laparoscópica;
Cirurgia mais precisa e delicada.
Zeus e da Vinci.Realidade virtual:
Futuro.
Exames de imagem ajudando a realização de cirurgias mais complexas e minimamente invasivas.

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