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Erica EPM Transmissão sináptica Processo pelo qual a informação (PA) é transmitida por contato sináptico para a célula seguinte. A transmissão ocorre predominantemente por sinapses químicas. Esse tipo de sinapse permite melhor capacidade de modulação do sinal em diferentes circunstâncias. Existem 2 tipos de sinapses Especificamente falando, no caso das sinapses elétricas há junções comunicantes que permitem o fluxo direto de íons. Dessa forma, não há necessidade de neurotransmissores e a transmissão ocorre mais rapidamente. Há baixa capacidade de modulação de sinal. Sinapses elétricas Formadas por um estreitamento do espaço extracelular Junções comunicantes (junções gap) formada por conéxons (hemicanal) Características das sinapses elétricas e químicas Sinapses químicas ▪ Predomina nos vertebrados ▪ Supla conversão de códigos ▪ Ações excitatórias e inibitórias ▪ Dependente de neurotransmissores ▪ Duração: 1-5 ms ou mais ▪ Mudanças duradouras nas propriedades elétricas do neurônio pós-sináptico – plasticidade Fortalecimento das vias de informação (melhor a eficiência das sinapses) – resgate de informações e uso do aprendizado constantemente. Aumento da eficiência das sinapses: numa situação de aprendizagem, mediação de informações por novas vias e novas sinapses. Na situação de mudança de propriedades elétricas, a célula imediatamente posterior pode começar a apresentar mais ou menos receptores de membrana a depender da intensidade e frequência dos estímulos. Classificação das sinapses ▪ Função Excitatória Inibitória ▪ Exemplos de localização a) Axodendritica b) Axossomatica c) Axoaxonica Transmissão sináptica Passo a passo 1. Entrada de um PA 2. Entrada de Ca²⁺ 3. Deslocamento das vesículas até a zona ativa 4. Liberação do NT por exocitose 5. Ligação do NT aos receptores específicos 6. Abertura dos canais iônicos 7. Mudança no potencial pós-sináptico Pré-sináptico: neurotransmissores Primeiro deve ocorrer a síntese de neurotransmissores. Eles são fabricados no complexo de Golgi, se forem neuropeptídeos, e na zona ativa, se forem neurotransmissores clássicos Principais neurotransmissores e enzimas biossintéticas: ▪ Acetilcolina (colina acetiltransferase) – funções motoras. ▪ Aminoácidos: GABA (GAD), glutamato e glicina (enzimas do metabolismo) – maioria das funções centrais. ▪ Aminas biogênicas: dopamina (tirosina hidroxilase), noradrenalina e adrenalina (tirosina hidroxilase e dopamina hidroxilase), serotonina (triptofano hidroxilase), histamina (histidina descarboxilase) – funções cognitivas, atenção e emoção. Neurotransmissores ▪ Sintetizados e estocados em vesículas sinápticas ▪ Liberados na fenda sináptica (após a entrada de Ca+ em resposta a um PA) ▪ Se ligam em receptores canais na membrana pós-sináptica Obs.: Não é a molécula de NT que será excitatória ou inibitória, mas a ação que ela provoca nos receptores pós-sinápticos. Aminoácidos – diversas funções Glicina, glutamato (principal NT excitatório) e GABA (principal NT inibitório) Monoaminas – cognição, atenção, emoção Dopamina – diminuição no caso do Parkinson (excesso de inibição) ou aumento da liberação dessa molécula no caso da esquizofrenia, serotonina (+ epinefrina, nora, hist) – depressão (falta de serotonina, os antidepressivos bloqueiam a receptação dessa molécula) Acetilcolina – sistema motor, sistema autônomo Diminuição causa a doença do Alzheimer Peptídeos – dor Endorfinas (opioides) Pré-sináptico Exocitose e endocitose As vesículas se conectam com a zona ativa das células dos neurônios. Contudo, são milhares de vesículas se conectando ao mesmo tempo, logo deve ocorrer um processo de reciclagem de vesículas através do processo de endocitose. Pré-sinápticos: proteínas pré-sinápticas Passo da exocitose ▪ Direcionamento para a zona ativa ▪ Contenção das vesículas (imobilização) ▪ “Ancoramento” para a fusão ▪ Fusão ▪ Recuperação (reciclagem) da vesícula por endocitose IMPORTÂNCIA DO CÁLCIO: O cálcio se liga a algumas proteínas de membrana, auxiliando no processo de liberação de neurotransmissores pela ativação dessas proteínas. Além disso, também ajuda no processo de endocitose. Pós-sináptico 1. Chegada de um PA 2. Entrada de Ca²⁺ 3. Deslocamento das vesículas até a zona ativa 4. Liberação do NT por exocitose 5. Ligação do NT aos receptores específicos 6. Abertura dos canais iônicos 7. Mudança no potencial pós-sináptico Canais iônicos Canais sempre abertos – poros Bomba de Na/K ATPase Canais dependentes de voltagem Canais dependentes de ligante – duas famílias de receptores pos-sinapticos (ionotrópicos e metabotrópicos) Pós-sináptico Canais dependentes de ligantes – duas famílias de receptores pós-sinápticos Receptores: a) Ionotropicos b) merabitropicos IONOTRÓPICOS O NT abre o canal iônico diretamente Efeito rápido Exemplo de canais receptores: ▪ Glutamato – AMPA, NMDA e Cainato ▪ GABA-a ▪ Glicina ▪ ACh - nicotínico MATABOTRÓPICOS Principais receptores ▪ ACh – muscarínicos ▪ Glutamato – classes I, II e III ▪ Alfa e beta-adrenérgicos ▪ GABA-b Principais segundos mensageiros: ▪ IP3 ▪ DAG ▪ AMPc ▪ Ca²⁺ ▪ NO Pós-sináptico Receptores metabotrópicos Os neurotransmissores não podem ficar para sempre no espaço sináptico. Dessa forma, é necessário que as células possuem modos de acabar com a ação dessas substâncias nos receptores de membrana dos neurônios envolvidos: Recapturado ( Ex. Glutamato) Sofre ação enzimática, ou seja, degradação enzimática ( Ex. Acetilcolina) Se difundir Após todos esses processos, o neurônio deve ‘’ decidir’’ se irá ou não realizar o potencial de ação. Isso depende se o estímulo irá capaz de atingir o limiar de ação necessário para essa célula em específico. Potencial excitatório pós sináptico: Causa a despolarização, assim fica mais fácil de atingir o potencial de ação Potencial inibitório pós sináptico: Causa a hiperpolarização, assim fica mais difícil de atingir o potencial de ação. Finalização da ação do neurotransmissor 1. Recapturado – voltar para o pré-sináptico 2. Degradação na fenda sináptica 3. Pode se difundir Degradação enzimática: acetilcolina Recaptação: glutamato - Acetilcolinesterase - Transportadores do glutamato Integração sinaptica Somação permite que um potencial pós-sináptico sub-limiar influencie na produção de um PA b) somação espacial c) somação temporal Constante de tempo e espaço: propriedades que variam de membrana para membrana. Boa constante de espaço: somação de sinais em locais diferentes. Constante de espaço ruim: não é capaz de realizar a somação. Boa constante temporal: somação dos momentos em que os sinais chegam, evitando a dissipação e auxiliando na produção de um potencial de ação (PA). Inibição pré-sináptica Neurônio amarelo dispara o PA, porém quando o PA chega ao terminal o neurônio verde libera GABA e o GABA se ligou em receptores no terminal e entrou carga negativa no amarelo, diminuindo a entrada de Ca (liberação de NT, mas em quantidade menor) – redução do efeito no pós-sináptica: inibição pré-sináptica pelo neurônio verde. Facilitação pré-sináptica Neurônio verde libera serotonina do neurônio amarelo, aumentando a entrada de Ca no neurônio amarelo. Junção Neuromuscular As sinapses químicas também ocorrem nas junções entre as terminações dos axônios e os músculos; essas junções são chamadas placas motoras ou junções neuromusculares. ▪ Mais fácil de ser estudada (maior) ▪Fibra mm – 1 neurônio motor ▪ Liberação de Ach ▪ Só excitatória ▪ Só 1 tipo de receptor: ionotrópicos Sinapse entre 1 fibra nervosa e 1 fibra muscular Ca⁺² – participação da exocitose e das proteínas receptoras de cálcio Entrada de cálcio e posterior deslocamento das vesículas Canais dependentes de voltagem para Na⁺ estão na parte mais inferior da invaginação. Influxo de Na+ e efluxo de K⁺: canais dependentes de Ach Depolarização: ativação dos canais de Na⁺ dependentes de voltagem. Sempre que chega um PA no neurônio motor, ocorre despolarização na fibra muscular capaz de causar contração muscular. Músculo contraído: recebendo PA Músculo relaxado: inibido, sem disparos de PA Inibição por feed-forward e por feed-back Circuito sináptico do reflexo patelar. Contração do M. quadríceps. Neurônio sensitivo faz conexão com o neurônio motor do m. quadríceps e com o neurônio intermediário inibitório, que passa um sinal ao neurônio motor do músculo antagonista, deixando-o relaxado. Evitando que tanto o agonista quanto o antagonista se contraiam ao mesmo tempo. a) Interneurônio inibitório libera GABA no neurônio motor flexor. Efluxo de Cl⁻: hiperpolarização da membrana. A somação não resulta em disparo do PA suficiente para contrair o músculo flexor. b) A alça inibitoria realiza um controle, evitando que a contração seja muito forte ou que ocorra por muito tempo. Frequência de disparos é proporcional à intensidade do estímulo Os estímulos podem ter diferentes amplitudes e diferentes durações. Quanto maior a amplitude e a duração: maior a liberação de neurotransmissor na fenda sináptica. A resposta no pós-sináptico também é proporcional a amplitude e duração do estímulo, pois quando mais NR são liberados, mais canais irão se abrir na fenda sináptica. Doenças que afetam a transmissão sináptica Pré-sináptico 1. Síndrome miastênica de Lambert-Eaton (LEMS) • Autoimune, diminuição de canais de Ca⁺² 2. Síndromes miastênicas congênitas • Defeito na estocagem e liberação de ACh O neurônio sintetiza ACh mas não consegue armazenar e liberar. 3. Botulismo e tétano • Bloqueio na fusão das vesículas sinápticas Complexo SNARE: formadas para ajudar as vesículas a se prenderam no terminal. Com defeito nesse complexo, as vesículas não se prendem e os neurotransmissores não são liberados. O GABA não é liberado e não há inibição do neurônio motor, causando a contração excessiva dos músculos podendo causar até a quebra dos ossos. Pós-sináptico 1. Miastenia grave • Autoimune, redução dos receptores para ACh • Alargamento da fenda sináptica • Diminuição das dobras juncionais Degradação da enzima AChE pode ser utilizada no tratamento da miastenia grave, a fim de aumentar a quantidade de Ach na fenda sináptica, facilitando que esse NT encontre o receptor que é muito reduzido. Sintoma: queda de pálpebra
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