Buscar

Redação: Cronobiologia (FAF - Fisiologia Aplicada à Fonoaudiologia)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

FISIOLOGIA: CRONOBIOLOGIA
Matheus Phellipe Santos Felix da Silva
As ondas cerebrais são flutuações no potencial elétrico entre diferentes partes do cérebro. Atividade cerebral pode ser medida com um EEG (Eletroencefalograma).
O fator de que o sistema nervoso está constantemente ativo significa que o cérebro, como parte deste sistema, produz constantemente impulsos elétricos por todas as regiões e o eletroencefalograma capta esses impulsos.
De forma resumida, o EEG funciona com eletrodos colocados em locais específicos no couro cabeludo (zonas duplas occipital, temporal, central e frontal) para detectar e registrar os impulsos elétricos da atividade cerebral como dito anteriormente. A frequência é o número de ondas (ou picos) de uma ondulação em um segundo. Pode ser comparado a frequências de rádio. A amplitude representa o poder dos impulsos elétricos produzidos pelo cérebro e, o volume ou a intensidade da atividade das ondas cerebrais é medida em microvolts.
Nosso cérebro é feito de vários bilhões de células que trocam informações constantemente entre si. Essas trocas causam a emissão correntes elétricas fracas (ondas cerebrais) que podem ser capturadas por eletroencefalograma (EEG). O ritmo dessas ondas (que é medido em ciclos por segundo) varia de acordo com nossa atividade: despertar, aprender, descansar, relaxar, sono leve, sono profundo ... Cada tipo de onda é representado por uma letra do alfabeto grego: alfa, beta, teta, delta.
As ondas emitidas pelo cérebro podem ser de dois tipos: beta e alfa, tetha e a onda delta. O ritmo beta é o ciclo do despertar completo, aquele em que operamos quando nossos olhos estão abertos, que estamos em ação, que estamos refletindo, que estudamos, que aprendemos, etc. Nosso cérebro então funciona em aceleração total, e o encefalograma mostra ciclos da ordem de 14 a 21 ciclos por segundo. Em estados de "hiperatividade", nosso cérebro funciona muito mais perto de 21 ciclos/segundo apenas 14 ciclos/segundos. O ritmo alfa, assim que fechamos os olhos, nos posicionamos confortável, por exemplo, deitado em uma cama, automaticamente o encefalograma mostra uma desaceleração nas ondas cerebrais e nosso o cérebro então funciona de acordo com um ritmo que oscila entre 7 e 14 ciclos/segundos. Ambos os hemisférios do cérebro são capazes de funcionar juntos em perfeita harmonia. Em comparação, durante o ritmo Beta, frequentemente operamos com um hemisfério dominante (a esquerda na maioria dos casos) o que favorece o trabalho analítico e a reflexão. Nós somos então "privados" de qualquer percepção intuitiva, criativa e global de o hemisfério direito. Além disso, o ritmo alfa é o ritmo usado para terapia de relaxamento e similares. O ritmo Theta, quando a atividade cerebral diminui novamente e chegamos a uma área que oscila entre 4 e 7 ciclos/segundo, podemos dizer que o cérebro funciona na taxa das ondas Theta. Este ritmo corresponde à fase de sono leve, e quanto mais nos afundamos neste ritmo, mais o sono torna-se profundo. No nível Theta, também encontramos a área correspondente ao sono hipnótico e a área de insensibilidade à dor. O ritmo Delta é o último dos quatro ciclos de trabalho do nosso cérebro. Na verdade, corresponde à zona do sono inconsciente, muito profundo. Quanto mais operamos abaixo de 4 ciclos/segundos, mas afundamos em estados que se aproximam da morte física. Nesta área, apenas as funções vitais são realizadas pelo cérebro. Quando o encefalograma exibe uma linha reta, significa morte cerebral. Não tendo mais atividade cerebral, o indivíduo é considerado morto fisicamente.
Um ponto importante para se ressaltar é que, as ondas cerebrais são características de vários estados, a mudança na forma e na frequência das ondas cerebrais quando o indivíduo está calmo, excitado ou adormecendo são diferentes. Mas qual é a origem dessa atividade rítmica do cérebro? Bom, a sincronização de oscilações periódicas no cérebro pode ser produzida de duas maneiras diferentes. Os neurônios podem primeiro ser ativados de forma síncrona porque estão todos sob a influência de um único gerador ou marca-passo, ou eles mesmos definem o ritmo excitando e inibindo um ao outro simultaneamente.
Após falar brevemente da complexidade do cérebro, suas ondas cerebrais e também quais são elas, vamos agora adentrar no ciclo circadiano e no ciclo do sono propriamente dito.
O ciclo circadiano ou ritmo circadiano (pensando nas ondas cerebrais abordadas anteriormente) é o mecanismo na qual o nosso organismo regula-se entre o dia e a noite e, a partir desse mecanismo fisiológico são desencadeadas as sensações como fome, sono, estar ativo e etc. De forma geralista e resumida, o ciclo circadiano é à variação das funções biológicas que se repetem regularmente em 24 horas aproximadamente.
Agora entramos no ciclo do sono, que começa a partir do momento em que a pessoa adormece e vai progredindo e tornando-se mais profundo conforme as horas e as fases do sono passam até o corpo atingir o sono REM. O sono possui fases e iremos abordar cada uma em especifico ao longo do resumo. 
A fase 1 ou fase1 N-REM é caracterizada pelo sono ser bastante leve durando aproximadamente 10 minutos. Essa fase começa no momento em que o individuo fecha os olhos e o corpo começa a adentrar no sono, no entanto, é muito possível acordar facilmente com sons diversos. Algumas características desta fase incluem: não perceber que já está dormindo, a respiração vai se tornando lenta, possível sensação de está caindo, os músculos não estão relaxados e por isso a pessoa se movimenta na cama e pode até abrir os olhos enquanto adormece. Essa fase compõe 10% do ciclo do sono.
A fase 2 ou fase 2 N-REM é aquela fase que todo mundo se refere para dizer que teve um sono leve. Nela o corpo já se encontra relaxado e dormindo, porém a mente está atenta e a pessoa ainda consegue acordar facilmente com alguém se mexendo dentro do quarto ou com sons diversos (não tão quanto a primeira fase). Está fase dura cerca de 20 minutos aproximadamente e em muitos indivíduos é a fase em que o corpo passa mais tempo ao longo de todos os ciclos do sono. Essa fase compõe 45% do ciclo do sono.
A fase 3 ou fase 3 N-REM é a fase de sono profundo onde os músculos relaxam completamente, o corpo fica menos sensível a estímulos externos, como movimentos e barulhos. Aqui a mente está “desligada”, por isso não existem sonhos. Em contrapartida, esta fase é muito importante para a reparação corporal, ou seja, restauração das energias, de pequenas lesões que foram surgindo durante o dia. Essa fase compõe 25% do ciclo do sono.
Por fim, a fase 4 ou fase REM (rapid eye movement, em português: movimentos rápidos dos olhos). Essa fase dura cerca de 10 minutos e normalmente começa 90 minutos após o individuo adormecer. Aqui os olhos se movimentam muito rápido, o batimento cardíaco aumenta, surgem sonhos, a atividade cerebral se torna intensa, ocorre a fixação de memórias e os olhos aparecem. É também na fase REM que pode surgir distúrbios do sono como o sonambulismo, onde a pessoa se levanta e anda pela casa sem acordar. Apesar de durar cerca de 10 minutos, essa fase pode ser mais demorada a cada ciclo do sono podendo chegar a 30 minutos. Essa fase ocupa 20% de todo o ciclo do sono.

Continue navegando