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PLANEJAMENTO EDUCACIONAL, INSTRUCIONAL E AVALIAÇÃO Para onde vai a Educação? CONJUNTURA A história dos países com elevados padrões de civilização está claramente dividida entre o período anterior e posterior à universalização da qualidade escolar. Os países europeus mais desenvolvidos, que a partir do século XIX fizeram suas reformas educacionais, são exemplos disso. (Buarque, 2011) No século XXI, vive-se um sistema mais próximo da apartação, o apartheid social, do que do desenvolvimento dual dos anos 1960 do século XX. É como se uma cortina de ouro dividisse a humanidade, cortando cada país em dois: uma parte educada e rica, e outra pobre e sem educação. A única maneira de derrubar a cortina de ouro, ou de saltá-la, será educando as pessoas do lado excluído. (Buarque, 2011) B u a rq u e , 2 0 1 1 . Confundimos matrícula com frequência, frequência com assistência, assistência com presença, presença com permanência, permanência com aprendizagem, aprendizagem com conhecimento. (Buarque, 2011) QUESTÃO FUNDAMENTAL O que, de fato, queremos com a educação? Essa não pode ser uma resposta afetiva... Tem de ser uma resposta política!! O processo de planejamento do ensino O profissional da educação pode se arrogar o relativo controle – dentro do processo educacional – dos aspectos e condições referentes ao ensino. Dois destaques: – controle relativo – restrição às atividades/práticas de ensino O docente e a instituição podem colocar condições que favoreçam as atividades de ensino: que consiste na apresentação de ferramentas e fundamentos propícios à construção de saberes específicos. Tais saberes, contudo, só poderão ser construídos pelos próprios sujeitos, no caso, os estudantes. Conforme já se pretendeu demonstrar em múltiplas ocasiões anteriores, muitos são os fatores que interferem nos dois âmbitos do processo educativo: o ensino e a aprendizagem. Donde a importância do planejamento, que consiste, sobretudo, na elaboração de um itinerário que contemple todas as etapas e recursos necessários para se atingir os objetivos determinados. Planejamento em Educação Para início de conversa, vamos revisar nossos conceitos e definir os termos que utilizaremos em nossos bate-papos. Planejamento... “É um processo de previsão de necessidade e racionalização de emprego dos meios materiais e dos recursos humanos disponíveis, a fim de alcançar objetivos concretos, em prazos determinados e em etapas definidas a partir do conhecimento e avaliação científica da situação original.” Martinez & Lahone, 1997 NÍVEIS DE PLANEJAMENTO 1º NÍVEL – Esferas do Governo - Políticas Educacionais PLANOS CURRÍCULO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PNE – Plano Nacional de Educação PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais DCN – Diretrizes Curriculares Nacionais PROVA BRASIL ANRESC (Avaliação Nacional do Rendimento Escolar) ANEB - (Avaliação Nacional da Educação Básica ) PEE – Plano Estadual de Educação BCC – Base Curricular Comum SAEPE (Sistema de Avaliação do Estado de PE) ALFABETIZAR COM SUCESSO PME – Plano Municipal de Educação Proposta Curricular do Município Alguns Municípios já estão implantando 2º NÍVEL – Nas ESCOLAS PLANOS CURRÍCULO AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL PPP – Projeto Político Pedagógico Proposta Curricular da Escola Algumas escolas já estão implantando 3º NÍVEL – Nas SALAS DE AULA PLANOS DE ENSINO *das disciplinas ( bimestral, semestral, anual) *de aula OS PLANOS DE EDUCAÇÃO (NACIONAL – ESTADUAL - MUNICIPAL) ELEMENTOS CONSTITUTIVOS I – INTRODUÇÃO • Histórico • Objetivos e Prioridades II – NÍVEIS DE ENSINO (Diagnóstico – Diretrizes – Objetivos e metas) A – EDUCAÇÃO BÁSICA • 1. Educação Infantil • 2. Ensino Fundamental • 3. Ensino Médio ELEMENTOS CONSTITUTIVOS B – EDUCAÇÃO SUPERIOR 4 – Educação Superior III – MODALIDADES DE ENSINO 5 – Educação de Jovens e Adultos 6 – Educação à Distância e Tecnologias Educacionais 7 – Educação Tecnológica e Formação Profissional 8 – Educação Especial 9. Educação Indígena 10. Educação Rural* 11. Quilombolas* ELEMENTOS CONSTITUTIVOS IV – MAGISTÉRIO DA EDUCAÇÃO BÁSICA 10 – Formação dos Professores e Valorização do Magistério V – FINANCIAMENTO E GESTÃO VI – ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO DIAGNÓSTICO – DIRETRIZES – OBJETIVOS E METAS DIAGNÓSTICO • Histórico e estudo geográfico e demográfico ( do Nação, Estado ou Município) • História da educação e índices escolares. • Principais problemas e demandas de escolarização ( evasão, repetência, distorção idade-série, índices de analfabetismo, acesso e permanência à escola, nº de vagas, relação educação/sociedade, diferenças zona rural e urbana.... ) • Levantamento dos recursos financeiros DIRETRIZES É a linha reguladora do plano. O caminho. Estão contidas na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e nas Diretrizes Curriculares Nacionais. • “Nos cinco primeiros anos de vigência deste plano, o ensino fundamental deverá atingir a sua universalização, sob a responsabilidade do Poder Público, considerando a indissociabilidade entre acesso, permanência e qualidade da educação escolar” (PNE/Ens. Fund) OBJETIVOS e METAS (curto, médio e longo prazo) O que se quer?(objetivo). A quantificação (meta) • 1. Ampliar a oferta de educação infantil de forma a atender, em cinco anos, a 30% da população de até 3 anos de idade e 60% da população de 4 e 6 anos (ou 4 e 5 anos) e, até o final da década, alcançar a meta de 50% das crianças de 0 a 3 anos e 80% das de 4 e 5 anos. (PNE – Ed. Inf.) • 2. Ampliar para nove anos a duração do ensino fundamental obrigatório com início aos seis anos de idade, à medida que for sendo universalizado o atendimento na faixa de 7 a 14 anos. (PNE – Ens. Fund) PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO É o Conjunto de intenções da comunidade escolar. A identidade da escola. PROJETO = Planejamento POLÍTICO = Participação coletiva nas tomadas de decisões. PEDAGÓGICO = Foco no Ensino e na aprendizagem ➢História da Escola e sua relação com o entorno social ➢Diagnóstico da escola - Dados ➢Concepções pedagógicas e filosóficas ➢Valores, missão, visão de futuro ➢Objetivos – metas – ações - cronograma ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PROPOSTA CURRICULAR ➢São elaboradas tendo como bases legais a CF 88, a LDB 9394/96, O PNE, PEE, PME, os PCN e DCN. 1. APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA 2. DIAGNÓSTICO DA REALIDADE 3. POLÍTICA EDUCACIONAL ➢ Fundamentos ( Concepções Filosóficas e Pedagógicas ) ➢ Objetivo geral do cada nível e modalidade de ensino. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PLANOS DE CURSO (de cada área / disciplina ) • Objeto de estudo • Objetivos gerais • Competências • Conteúdos • Orientação Didática • Avaliação • Referências Bibliográficas • Referências Eletrônicas ELEMENTOS CONSTITUTIVOS PLANO DE ENSINO DAS DISCIPLINA • Operacionalizam toda ação escolar, configurada no Proposta curricular. • São elaborados para cada disciplina em cada série. • Assim como os demais planos, devem ser elaborados coletivamente e amplamente divulgado principalmente para os alunos. • Devem ser elaborados, executados e monitorados pela equipe escolar. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS ➢DESCRITORES DE DESEMPENHO ➢CONTEÚDOS ➢SITUAÇÃO DIDÁTICA ➢AVALIAÇÃO (INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS) ➢REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PLANO DE AULA ➢É elaborado por cada professor tendo como base e em consonância com os planos das diversas esferas /níveis e a partir dos dados fornecidos pela sondagem e interpretados pelo diagnóstico. ➢Deve ser manuseado e seguido durante cada aula pelo professor. ELEMENTOS CONSTITUTIVOS * Conteúdo/ Assunto * Objetivo da aula * Atividades * Cronograma das atividades * Recursos * Avaliação da aula * Referências Bibliográficas OBJETIVOS OBJETIVOS descrição clara do que se pretende alcançar. EDUCACIONAIS Metase valores mais amplos INSTRUCIONAIS Proposições mais específicas referentes à mudanças comportamentais Ex: Estimular no aluno o hábito da consciência grupal Ex: Usar adequadamente os serviços públicos. PILLETI. Claudino. Didática Geral.Éd. Ática.SP..2006 OBJETIVO GERAL é uma declaração de caráter geral e abrangente OBJETIVO ESPECÍFICO • É uma declaração de caráter específico e bem definido sobre o que se pretende realizar para alcançar aquilo que está expresso no objetivo geral. • Deve expressar o que será feito (verbo de ação) para obter os resultados esperados. • Podem ser: 1. Tipo SOLUÇÃO – definido e declarado em forma de solução para um problema gerador de um projeto. 2. Tipo AÇÃO – Declara várias ações a serem realizadas para se alcançar, em conjunto, os resultados esperados. 3. Tipo META – dá ênfase na apresentação de resultados mensuráveis e com prazos de realização definidos. MOURA.Dário G. BARBOSA. Eduardo F.Trabalhando com Projetos. Ed. Vozes. Petrópoles. RJ. 2006. DIA OBJETIVO DA AULA CONTEÚDO HORA/ ATIVIDADE RECURSO AVALIAÇÃO PLANO DE AULA: De forma mais prática.... IMPORTANTE! • O PLANEJAMENTO NÃO DEVE SER ELABORADO APENAS PARA FINS BUROCRÁTICOS, ANTES ELE DEVE SERVIR COMO BÚSSOLA PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DOS PROFESSORES, E PARTICIPAÇÃO ATIVA DOS ALUNOS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. UMA VISÃO DE PLANEJAMENTO Era uma vez um caçador que contratou um feiticeiro para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que lhe pudesse facilitar o seu trabalho nas caçadas. Depois de alguns dias, o feiticeiro lhe entregou uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar.. Desse modo, o caçador teria facilitada a sua ação. Entusiasmado com o instrumento, o caçador organizou uma caravana convidando dois outros amigos caçadores para a África. Logo no primeiro dia da caçada, o grupo se deparou com um feroz tigre. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre, que já estava próximo de um dos seus amigos, começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa. Horas depois, um sobressalto. A caravana foi atacada por um leopardo que saltava de uma árvore. Ao som da flauta, contudo, o animal transformou-se de agressivo, ficou manso e parou. Os caçadores não hesitaram e o mataram com vários tiros. E assim, flauta sendo tocada, animais ferozes dançando, caçadores matando. Ao final do dia, o grupo encontrou pela frente um leão faminto. A flauta soou mas o leão não dançou. Ao contrário, atacou um dos amigos do caçador flautista, devorando-o. Logo depois, devorou o segundo. O tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava. E, enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, a tudo assistiam. Um deles observou com sabedoria: Eu sabia que eles iam se dar mal quando encontrassem um SURDINHO! MORAL DA HISTÓRIA: Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo; Um dia podem falhar! Tenha sempre planos de contingência; Prepare alternativas para as situações imprevistas; Preveja tudo que pode dar errado e prepare- se; Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir. CUIDADO COM O LEÃO SURDO! Parâmetros para o planejamento • Relação entre disciplinas na sala de aula: – Interdisciplinaridade – Multidisciplinaridade – Transdisciplinaridade – Pluridisciplinaridade – Polidisciplinaridade Interdisciplinaridade • A interdisciplinaridade corresponde à produção ou processo de relações entre saberes, a partir de uma disciplina ou de um tema sem as limitações de domínios ou objetos impostos pela especialização das ciências. • A característica básica de uma ação interdisciplinar é a de pesquisador, estudioso, professor ou aluno que, ao explorar um tema, recorre a conceitos e instrumentos de outras áreas do conhecimento ou disciplina. • A interdisciplinaridade não é, portanto, justaposição ou articulação de disciplinas ou conteúdos. Também não corresponde a qualquer prática que reúna mais de um professor ou disciplina. Representa sim a iniciativa de partir de um objeto, posicionado no campo de uma disciplina, requerer que professor e turma utilizem conceitos e instrumentos de outras disciplinas. Multidisciplinaridade • Na perspectiva acadêmica, a multidisciplinaridade realiza-se na reunião de especialistas de diferentes áreas ou de atividades de mais de uma área, necessariamente com um viés comum e articulados cooperativamente. • Quanto à escola, podemos ter um momento em que duas ou mais disciplinas reúnam-se para atuar em conjunto sobre um mesmo tema. Podemos ter uma situação, como no exemplo anterior, em que Ciências Naturais e Geografia atuem conjuntamente estabelecendo uma prática multidisciplinar. Transdisciplinaridade • A transdisciplinaridade estabelece canais comunicantes, pois um especialista de uma área utiliza saberes de outras disciplinas promovendo diferentes interconexões. • Na prática acadêmica isto é muito comum em atividades colaborativas, nas quais professores e pesquisadores promovem diálogos de pontos de vistas diversos (não no sentido da diferença ideológica ou metodológica) de objetos. • Na prática escolar, esta relação estaria nos diálogos articulados entre disciplinas e professores, em tempos diferentes, respeitando seus ritmos, tempos e ordenamentos de trabalho Pluridisciplinaridade • A pluridisciplinaridade traduz as relações entre disciplinas diferentes, sem ponto de contato comum, mas que possibilita a elaboração de mapas de saberes sobre temas diversos. Aqui se dispensa o viés comum e os aspectos colaborativos da multidisciplinaridade. Polidisciplinaridade • A polidisciplinaridade implica em ações que tratem de questões gerais referente às diferentes disciplinas ou áreas da produção acadêmica, como o estatuto epistemológico da produção do conhecimento; a dimensão ética de pesquisas; os processo de apropriação, produção e socialização de saberes, etc. • No âmbito da escola, a polidisciplinaridade trata das diferentes formas como as disciplinas se posicionam diante de situações pedagógicas como a elaboração de atividades, de avaliação, de planejamento, etc. A AVALIAÇÃO DENTRO DO PROCESSO DE ENSINO AVALIAÇÃO UMA dúvida atroz: como saber se os resultados desejados – as METAS, os OBJETIVOS - foram alcançados?? Avaliação e Planejamento Instrucional O que deve ficar claro para nós é que estamos dentro de um processo de discussão dos benefícios da tecnologia quando aplicada à educação. Não buscamos ser, exclusivamente, profissionais da informática, ou especialistas em computação, ou tecnocratas... Nossa preocupação não devem ser as tecnologias e/ou o computador, em si mesmos. No Planejamento Instrucional importa discutir o lugar e a importância – o significado – do uso da tecnologia enquanto ferramenta auxiliar na instrução, no percurso, então, do ensino que facilitará a aquisição ou construção da aprendizagem por parte do estudante. O planejamento instrucional vai encontrar um importante aliado na avaliação (contínua e final). O que exige: – Objetivos claros – Metas – Critérios – Indicadores O processo de avaliação • O objetivo A inadequação na formulação dos objetivos dificulta a elaboração de um plano adequado, favorecendo a aquisição de um aprendizado que não corresponde ao que é desejado. É imprescindível destacar que é mediante a formulação dos objetivos para cada disciplina que se define o conteúdo a ser ministrado, a determinação das estratégias de ensino, a seleção de recursos instrucionais, como também das técnicas de avaliação. • A Aprendizagem • A aprendizagem pode ser definida como “uma modificação sistemática do comportamento, por efeito da prática ou experiência, com um sentido de progressiva adaptação ou ajustamento”(CAMPOS, 1987, p. 30). • Aprendizagem: processo interno • Docente: necessita certificar-se de sua ocorrência... Ou não! • O professor pode observar o comportamento do aluno a fim de verificar se ocorreram modificações ou não no desempenho do aprendiz. • A constatação ou não de alterações no desempenho do aprendiz é tremendamente facilitada quando o docente tem a seu dispor um adequado planejamento instrucional que contemple previamente os objetivos de aprendizagem a serem alcançados no decorrer do planejamento de ensino. Im p a rc ia lid a d e d a a v a lia ç ã o • Mager (1978) afirma que o planejamento instrucional é uma ferramenta didática composta por cinco etapas que se complementam e se interinfluenciam. Ao educador o planejamento instrucional permite o estabelecimento dos objetivos de aprendizagem, da sequência do ensino, do desenvolvimento das estratégias e dos meios instrucionais como também da escolha e fixação dos critérios de avaliação. Objetivos da Aprendizagem Sequência do Ensino Desenvolvimento das Estratégias Desenvolvimento dos Meios Instrucionais Determinação dos Critérios de Avaliação • As taxonomias ou classificações dos resultados ou objetivos educacionais são exemplos de conhecimentos técnicos que facilitam o planejamento, a execução e a avaliação das ações voltadas à aprendizagem. • Um dos objetivos primeiros da classificação e hierarquização de resultados de aprendizagem é a elaboração de objetivos instrucionais em conformidade com a natureza e o grau de complexidade das habilidades a serem aprendidas, o que favorece na escolha dos meios e das estratégias instrucionais, no estabelecimento dos critérios de avaliação, na retenção e transferência de aprendizagem (aplicação do aprendido). ATENÇÃO!! • Se não houver a formulação dos objetivos instrucionais, por incrível que pareça, os esforços do professor podem ser em vão. • Na falta de objetivos ou na formulação inadequada deles, não há uma base sólida para a seleção ou o planejamento dos métodos materiais ou conteúdos de aprendizagem. • O objetivo útil é aquele que especifica ou determina o que o aluno deve ser capaz de fazer ou pensar para demonstrar domínio do objetivo proposto, ou seja, é aquele que descreve um desempenho que será aceito como evidência de que o aluno alcançou o êxito daquilo que era proposto pelo profissional da educação (MAGER, 1976). • Dentro dessa conjuntura é que se sobressai a AVALIAÇÃO como um processo de verificação da eficácia do plano de educação proposto. Mais que complicadores e fatores de engessamento do processo educacional, o planejamento instrucional e os mecanismos de avaliação constituem-se em garantias de que a proposta educativa tem grandes chances de se concretizar. “Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória obtida sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo perderá todas as batalhas”. Sun Tzu, A arte da guerra O PROCESSO E A IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO Baseado em “REFLEXÃO SOBRE AVALIAÇÃO”, do Prof. Ms. José Elias de Almeida Avaliação e cotidiano • Estamos sempre fazendo apreciações sobre o que vemos, o que fazemos, o que ouvimos, o que nos interessa e o que nos desagrada. • Praticamos avaliação quando estamos: • Em uma fila de banco ou supermercado: para alguns o atendimento é rápido, para outros lento; • Fazendo compras: analisamos os preços, comparamos, pechinchamos e decidimos pela compra de algo; • Ao assistir um programa de televisão: comentamos a atuação dos atores, sobre suas roupas e temas debatidos. Avaliação O que é avaliar? Avaliar – a valere : dar valor Verificar – verum facere : fazer verdadeiro (QUALITATIVA) Avaliação na Escola Avaliação Educacional Avaliação de currículo Avaliação da Aprendizagem Avaliação Institucional Avaliação de Desempenho Avaliação de Programas Finalidade da Avaliação Para que avaliar? ➢DIAGNOSTICAR CONHECER / REFLETIR AGIR / RE – AGIR PLANEJAR / RE- PLANEJAR Avaliar para mudar ⇒ mudar os paradigmas Funções da Avaliação SELECIONAR A seleção possibilita a escolha do melhor método a ser utilizado para a aprendizagem dos diferentes conteúdos ou tarefas requeridas para sua realização. DIAGNOSTICAR O diagnóstico permite julgar a causa provável (certa ou hipotética) de um problema de aprendizagem ocorrido e definir o melhor procedimento para superação. Funções da Avaliação ANTECIPAR A avaliação antecipatória possibilita orientar para uma certa direção ou meta buscada. Isto é, define as regras de um jogo, dá as coordenadas, antecipa problemas, fornece parâmetros para a boa realização de algo que se deseja alcançar. ORIENTAR Orientar significa: direcionar, nortear, ajustar-se ou voltar- se para uma certa direção, conduzir. Na avaliação como orientação, avaliar e intervir ocorrem simultaneamente, de modo relacional e não causal. Funções da Avaliação CERTIFICAR Certificação é o momento em que se recebe “algo” (uma confirmação) que indica que se completou minimamente certa exigência. REGULAR A função da avaliação como regulação é permitir uma avaliação formativa ou contínua. Ela informa e permite corrigir, antecipar e confirmar o que está acontecendo no processo / na direção pretendida. O papel da Escola “A minha tese é a seguinte: nunca se precisou tanto como hoje de uma educação que fosse além do pragmatismo. Nunca se precisou tanto fazer o que costumo chamar de “a unidade dialética contraditória” entre a leitura da palavra e a leitura do mundo” (Paulo Freire in “Formação de Professores” - Unesp) Qual a função da escola? Inserção do educando na sociedade (Domesticação) X Transformação / Evolução do homem e do mundo (Autonomia / Libertação) Diagnóstico tem causa e efeito ❑o desinteresse do aluno pela escola; ❑danos em seu autoconceito; ❑impedir que ele tenha acesso ao conhecimento por julgar-se incapaz; ❑restringir a partir daí suas oportunidades de participação social; ❑limitar sua perspectiva de vida. Através da avaliação distinguimos Ensino e Aprendizagem Finalidades da Avaliação •Nota / Aprovar / Reprovar •Autoridade •Disciplina •Interesse / Atenção ➢DIAGNOSTICAR O que o aluno não sabe? Por que ele não sabe? Avaliação pode ser: conceitual ou classificatória: tem status de mensuração, fecha um ciclo, define uma certa situação, seja em termos positivos ou negativos. Avaliação Somativa (o que o aluno não sabe). juízo de valor por intermédio de indicadores: abre possibilidades, cria desafios, sugere hipóteses a serem testadas, propõe uma melhor observação, requer assumir formas de avaliar o que está bem, o que precisa ser corrigido, o que pode ser antecipado ou pré-corrigido. Avaliação Formativa (Por que o aluno não sabe). A quem a Avaliação avalia? Processo de ENSINO / APRENDIZAGEM EDUCADOR EDUCANDO História do Rato Romão disse a um ratinho que ia passando por perto dele: “Pare aí. Temos já de ir ao juiz. Quero te acusar”. “Vamos”, respondeu o ratinho. “A consciência de nada me acusa e saberei defender-me”. “Muito bem”, disse o gato. “Aqui estamos diante do senhor juiz”. “Não o vejo”, disse o ratinho. “O juiz sou eu”, disse o gato. “E o júri?”, perguntou o ratinho. “ O júri também sou eu”, disse o gato. “ E o promotor?”, perguntou o ratinho. “O promotor também sou eu”. “Então você é tudo?”, disse o ratinho. Sim, porque sou o gato. Vou acusar você, julgar você, e comer você”. Lewis Carrol A AVALIAÇÃO É UM PROCESSO ÉTICO EM BUSCA DO SUCESSO. AVALIAR CONTEÚDOS TRANSMITIDOS ? x AVALIAR O CONHECIMENTO CONSTRUIDO? . Lieber Kommilitone! Sie sucher ein Zimmer, wir haben eins! Wir sind drei Studenten und haben zusammen eine Wohnung. Die Wohnung liegt zentral (Nahe U-Bahn). Das Haus ist alt und hat KeinenLift. Wir haben auch kein telefon. Aber die Wohnung ist sehr groB: sie hat 5 Zimmer, Küche, Bad, W.C. und einen Balkon. Jeder hat ein Zimmer. Das "Wohn-zimmer" - mit Fernsehen - haben wir gemeinsam. Ein Zimmer ist noch frei. Jeder zahlt 150 Mark Miet, zusammen 600 Mark monatlich. Die Neben-Kosten (Strom, gas, Heizung, usw.) teilen wir. Kommen Sie oder schreiben Sie bald! Mit freundlichen GrüBem Martin Sauer LEITURA EM VOZ ALTA (AS DUAS PRIMEIRAS FRASES) : § Vocês entenderam o que leram? Mostrar que, a princípio, quem lê está preocupado em ler bem, em não cometer erros, ler de maneira fluente, falar as palavras corretamente, está preso ao texto para tentar decodificá- lo. § Quantos Zimmer (cômodos) têm no Wohnung (apartamento)? 5 § Que tipo de texto é esse? Uma Carta. § Como sabemos ser uma carta? Temos uma saudação, uma despedida e assinatura. 2. OUTRAS CAPACIDADES: Carta de quem para quem? De Matin Sauer para Lieber Kommilitone (Caro Companheiro) § Com que finalidade ela foi escrita? (Descrever o apartamento para possível locação) § Quem é Martin Sauer? Um Estudante § Como identificamos tratar-se de um apartamento (Wohnung)? WC (Banheiro), Küche (cozinha),telefon (telefone),etc. § Situação financeira (preço) 600 Marks: Strom, gas, Heizung, usw. § Convidando alguém para morar e dividir despesas. § Tipo de Cidade (Grande ou Pequena)? Cidade Grande (Tem “Mit” – Metrô) Observar que certos discursos podem, a princípio, parecer “grego” para os alunos e, certos textos científicos podem dar a impressão de serem “língua estrangeira”. § O aluno tende a simplificar a informação: 1. decodificação 2. repetição 3. localização Avaliação Formativa “A avaliação formativa não é uma verificação de conhecimentos. É antes o interrogar-se sobre um processo; é o refazer do caminho percorrido, para refletir sobre o processo de aprendizagem em si mesmo, sendo útil, principalmente, para levar o aluno a considerar uma trajetória e não um estado (de conhecimentos), dando sentido à sua aprendizagem e alertando-o, ao mesmo tempo, para eventuais lacunas ou falhas de percurso, levando-o a buscar – ou, nos casos de menor autonomia, a solicitar os meios para vencer as dificuldades”. Abrecht Avaliação Formativa: Características É conduzida pelo professor; Destina-se a promover a aprendizagem; Leva em conta o progresso individual; Erros fornecem informações diagnósticas; Os alunos exercem papel central, atuando ativamente em sua própria aprendizagem; compreendendo suas possibilidades e fragilidades e aprendendo como se relacionar com elas. Avaliação Formativa: Vantagens A orientação formativa constitui-se em uma abordagem qualitativa da avaliação, procurando analisar os processos e perseguir a qualidade destes. Tem função instrumental e pró-ativa no processo de elaboração de conhecimento e de crítica, produzindo no interior de seu próprio desenvolvimento a tomada de consciência da necessidade de transformação do processo de avaliação e de seus agentes, bem como projeta o que é necessário para melhorar o ensino e a aprendizagem. Aula desejável Dessa forma... “A avaliação implica um encontro com outros, com pessoas, e se concretiza em um projeto de melhoramento que sirva para potencializar os professores através do diálogo e da reflexão de sua prática. Entendida assim, não é uma simples metodologia, mas uma filosofia que define aspectos essenciais que se apóiam em uma teoria do sujeito, da escola, da sociedade, dos valores e do conhecimento”. Enríquez & Martinez Avaliação instrumento que promove aprendizagem de educando e educador • “...o aluno ensina ao aprender e o professor aprende ao ensinar,...” (Freire, 1999) • “ A gente sempre ensina o que mais precisa aprender.” • “A escola seria o espaço privilegiado para saber sobre o passado e relacionar esse saber com o fazer, que é o novo.” (Ubiratan D’Ambrosio) Faz algum tempo, recebi um telefonema de um amigo que estava a ponto de dar um zero a um estudante pela resposta que tinha dado num problema de física; pese que este afirmava com rotundidade que sua resposta era absolutamente acertada. Professores e estudantes lembraram de pedir a opinião de alguém imparcial e fui eleito. REBELDIA CRIATIVA Li a pergunta do exame que dizia: "Demonstre como é possível determinar a altura de um edifício com a ajuda de um barômetro". O estudante tinha respondido: - "Leve o barômetro ao terraço do edifício e amarra-lhe uma corda muito longa. Solte-o até a base do edifício, marque e meça. O tamanho da corda será o do edifício". Realmente, o estudante tinha proposto um sério problema com a resolução do exercício porque tinha respondido à pergunta correta e completamente. Por outro lado, se lhe concedessem a máxima pontuação, poderia alterar a média de seu ano de estudos, obter uma nota mais alta e assim certificar seu alto nível em física; mas a resposta não confirmava que o estudante tivesse esse nível. Sugeri que se desse ao aluno outra oportunidade. Concedi-lhe seis minutos para que me respondesse a mesma pergunta mas desta vez com a advertência de que na resposta devia demonstrar seus conhecimentos de física. Tinha passado cinco minutos e o estudante não tinha escrito nada. Perguntei-lhe se desejava espairecer, mas me contestou dizendo que teria muitas respostas ao problema. Sua dificuldade era escolher a melhor de todas. Desculpei-me por interrompê-lo e pedi que continuasse. No minuto que restava escreveu a seguinte resposta: - "Pegue o barômetro e lança-o ao solo do terraço do edifício, calcule o tempo da queda com um cronômetro. Depois aplique a formula da altura. Assim obtemos a altura do edifício.” Neste ponto perguntei a meu amigo se o estudante podia retirar-se. Deu-lhe a nota mas alta. Logo depois, reencontrei-me com o estudante e pedi que me contasse suas outras respostas à pergunta. - “Bom...”- respondeu -”...há muitas maneiras. Por exemplo, pegue o barômetro num dia ensolarado e meça a altura do barômetro e a longitude de sua sombra. Se medimos a seguir a longitude da sombra do edifício e aplicamos uma simples proporção, obteremos também a altura do edifício.” Perfeito, disse-lhe, e de outra maneira? E ele prontamente: - “Este é um procedimento muito básico para medir a altura de um prédio, mas também serve. Neste método, pegue o barômetro e fique posicionado nas escadas do edifício no térreo. Então vá subindo as escadas enquanto marca a altura do barômetro e conte o número de marcas até o terraço. Multiplique, ao final, a altura do barômetro pelo número de marcas e terá a altura. Este é um método muito simples e direto.” E continuando : - “No entanto, se o que quer é um procedimento mais sofisticado, pode amarrar o barômetro a uma corda e movê-lo como se fosse um pêndulo. Se calculamos que quando o barômetro esta à altura do terraço a gravidade é zero e se temos em conta a medida da aceleração da gravidade ao descer o barômetro em trajetória circular ao passar pela perpendicular do edifício, da diferença destes valores, e aplicando uma singela formula trigonométrica, poderíamos calcular, sem dúvida, a altura do edifício. Mas, enfim ... existem muitas outras. Provavelmente, a melhor seja pegar o barômetro e bater na porta do apartamento do zelador e, quando ele abrir, dizer: Oh, meu senhor, tenho aqui este barômetro muito legal e bonito. Se você me dizer a altura exata do prédio, dou-lhe de presente.” Neste momento da conversa, perguntei-lhe se não conhecia a resposta convencional do problema(a diferença de pressão marcada pelo barômetro em dois lugares diferentes nos permite saber a diferença de altura entre estes mesmos dois pontos). - “Evidente que sim, mas durante meus estudos, os professores sempre me incitaram a pensar.” O estudante se chamava Niëls Bohr, prêmio Nobel de física em 1922, mas conhecido por ser o primeiro a propor o modelo do átomo como conhecemos hojeem dia, com prótons, nêutrons e elétrons nas camadas. Foi fundamentalmente um inovador da teoria quântica. Á margem da veracidade do divertido e curioso personagem, o essencial da história é que haviam lhe ENSINADO A PENSAR. Considerandos Diante de todos os aspectos observados durante a explanação do assunto sobre avaliação, podemos resumir alguns pontos relevantes e que devem permanecer em pauta. Dessa forma, avaliar tem se confundido com a possibilidade de medir a quantidade de conhecimentos adquiridos pelos alunos, considerando o que foi ensinado pelo professor. E é muito mais que isso. A abrangência do ato de se avaliar está fortemente relacionada à todo um processo de autoconhecimento – primeiro do profissional e, posteriormente, de seus colegas de trabalho e alunos. O ser humano constrói seu conhecimento fundamentado em suas relações com a natureza, com o espaço e com a sociedade. O conhecimento, então, passa a ter significado na vida humana, e o processo avaliativo se torna processual, dinâmico e formativo. - Os ERROS devem ser considerados CONSTRUTIVOS, pois são dadas alternativas PARA O ALUNO REFAZER O QUE NÃO APRENDEU. - Promover a AUTO-AVALIAÇÃO para que o aluno tenha consciência de seus erros e acertos e tentar melhorar seus estudos. - O importante é CONSEGUIR COM QUE OS ALUNOS DESENVOLVAM COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA QUE COMPREENDA O MUNDO DE FORMA SIGNIFICATIVA.(Maria Teresa Esteban) - A AVALIAÇÃO TEM QUE SER COMPREENDIDA COMO UM PROCESSO DE INCLUSÃO DO ALUNO NA SOCIEDADE. REFLITA • A QUALIDADE DO ENSINO ESTARIA NO QUE FOI APRENDIDO PELO ALUNO? OU NO QUE FOI COMPREENDIDO E TRANSFORMADO PELO ALUNO NO DECORRER DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM? O QUE SERIA UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE? • AVALIAR É, ACIMA DE TUDO, PROMOVER O CONHECIMENTO DE MUNDO TANTO DO EDUCADOR QUANTO DO EDUCANDO E, MAIS QUE ISSO, É SERVIR DE PONTE ENTRE ESSA DUAS PARTES PARA QUE SE REALIZE A VERDADEIRA APRENDIZAGEM. UMA PROPOSTA INOVADORA SOBRE AVALIAÇÃO Segundo Madza Ednir e os demais autores do livro “Mestres da Mudança” as mudanças em educação podem enraizar-se e dar bons frutos se a maneira de pensar das pessoas também mudar. Mudanças exigem novos conceitos. Por exemplo, todos os professores têm suas próprias ideias de como melhor avaliar. As mais comuns são: - VOCÊ SÓ DESCOBRE O QUE OS ALUNOS APRENDERAM SE APLICAR UMA PROVA - A AVALIAÇÃO PERMITE DIAGNOSTICAR APENAS A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS - A AVALIAÇÃO DEVE OBRIGATORIAMENTE SER OBJETIVA - A AVALIAÇÃO DEVE SER INDIVIDUAL - A AVALIAÇÃO FECHA UMA MATÉRIA OU CAPÍTULO Você poderia pensar de uma maneira diferente: - É POSSÍVEL DESCOBRIR O QUE OS ALUNOS REALMENTE SABEM OBSERVANDO O QUE FAZEM. SE ALGUÉM LHE MOSTRAR QUE CONSEGUE REALIZAR UMA TAREFA, NÃO PRECISA PASSAR POR OUTROS TESTES. - A AVALIAÇÃO DEVE PERMITIR UM DIAGNÓSTICO NÃO SÓ DA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS, MAS TAMBÉM DO ENSINO. ● A AVALIAÇÃO PODE SER INTER-SUBJETIVA; ● A AVALIAÇÃO PODE SER FEITA EM GRUPO; ● A AVALIAÇÃO É CONTÍNUA; ● O QUE VOCÊ PRECISA REVER PARA MUDAR A SUA METODOLOGIA? FAZER COM QUE DÊ CERTO OS SEUS PLANOS? “ Vale lembrar que qualquer processo de avaliação escolhido pelo professor deve ser feito com o objetivo voltado para o desenvolvimento humano, de modo que não procure rotular negativamente o seu aluno ou ao menos inibi-lo após uma avaliação, mas sim fomentar nesse ser a vontade de reconhecer seus erros e a partir deles construir o seu próprio conhecimento de mundo.” DIFERENTES FORMAS DE AVALIAR Avaliação final (sobre resultados) • Servir o café na mesa ➢ Acendeu o fogo ➢ Colocou água na chaleira ➢ Colocou a chaleira com água no fogo ➢ Ferveu a água ➢ Colocou o coador na jarra ➢ Colocou pó de café no coador ➢ Despejou a água fervida no coador ➢ Adoçou o café na jarra ➢ Colocou o café da jarra no bule – Colocou o bule com café na mesa • Resultado: REPROVADO (pois não serviu o café na mesa)!! Avaliação continuada (sobre o processo) • Servir o café na mesa ➢ Acendeu o fogo (1,0) ➢ Colocou água na chaleira (1,0) ➢ Colocou a chaleira com água no fogo (1,0) ➢ Ferveu a água (1,0) ➢ Colocou o coador na jarra (1,0) ➢ Colocou pó de café no coador (1,0) ➢ Despejou a água fervida no coador (1,0) ➢ Adoçou o café na jarra (1,0) ➢ Colocou o café da jarra no bule (1,0) – Colocou o bule com café na mesa • Resultado: 9,0 (pois APENAS não serviu o café na mesa)!! O ELEFANTE ACORRENTADO Prof. Damásio de Jesus Você já observou elefante no circo? Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunais. Mas, antes de entrar em cena, Permanece preso, quieto, contido somente Por uma corrente que aprisiona uma de suas patas a uma pequena estaca cravada no solo. A estaca é só um pequeno pedaço de madeira. E, ainda que a corrente fosse grossa, Parece óbvio que ele, capaz de Derrubar uma árvore com sua própria força, poderia, com Facilidade, arrancá-la do solo e fugir. Que mistério!!! Por que o elefante não foge? Perguntei a um adestrador e ele... Me explicou que o elefante não escapa porque está adestrado. Fiz então a pergunta óbvia: * Se está adestrado, por que o prendem? Não houve resposta! Há alguns anos descobri que, Por sorte minha, alguém havia Sido bastante sábio para encontrar a resposta: o elefante do circo não escapa porque foi preso à Estaca ainda muito pequeno. Fechei os olhos e imaginei o pequeno recém-nascido preso. Naquele momento, o elefantinho puxou, forçou, tentando se soltar. E, apesar de todo o esforço, não pôde sair. A estaca era muito pesada para ele. E o elefantinho tentava, tentava e nada. Até que um dia, cansado, aceitou o seu destino Ficar amarrado na estaca, balançando o corpo de lá para cá, eternamente, esperando a hora De entrar no espetáculo. Então, aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode. Jamais, jamais voltou a colocar à prova sua força. Isso muitas vezes acontece conosco! Vivemos acreditando em um montão de coisas "que não podemos ter", que não podemos ser", "que não vamos conseguir", Simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, Algo não deu certo Ou ouvimos tantos "nãos" Que "a corrente da estaca" Ficou gravada na nossa memória com tanta força Que perdemos a criatividade e aceitamos o "sempre foi assim". De vez em quando sentimos As correntes e confirmamos o estigma: "não posso", "é muita terra para o meu caminhãozinho", "nunca poderei", "é muito grande para mim!" A única maneira de tentar de Novo é não ter medo de enfrentar As barreiras, colocar muita Coragem no coração e não ter receio de arrebentar as correntes! Vá em frente!!! "A descoberta consiste em ver o que todo mundo viu e pensar o que ninguém pensou." (A. Szent-Gyorgyi, fisiologista húngaro, Nobel de fisiologia/medicina em 1937)
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