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1 UNIVERSIDADE ALTO VALE DO RIO DO PEIXE – UNIARP CURSO DE ADMINISTRAÇÃO PATRÍCIA CRISTINA DE CAMARGO ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A AMPLIAÇÃO DE UMA ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CAÇADOR – SC CAÇADOR 2013 2 PATRÍCIA CRISTINA DE CAMARGO ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A AMPLIAÇÃO DE UMA ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CAÇADOR - SC Trabalho apresentado como exigência para obtenção de nota na disciplina de TCC do curso de Administração de empresas, ministrado pela Universidade Alto Vale do Rio do Peixe- UNIARP, sob orientação da professora Sandra Wisniewski Lazaris. CAÇADOR 2013 3 ANÁLISE DE VIABILIDADE PARA A AMPLIAÇÃO DE UMA ACADEMIA DE GINÁSTICA E MUSCULAÇÃO NO MUNICÍPIO DE CAÇADOR - SC PATRÍCIA CRISTINA DE CAMARGO Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação pela Banca Examinadora para a obtenção do título de: Bacharel em Administração E aprovado na sua versão final em 28 de junho de 2013, com nota _____, atendendo às normas da legislação vigente da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe e Coordenação do Curso de Administração. __________________________________ Paulo Cezar de Campos Coordenador do Curso de Administração BANCA EXAMINADORA: ______________________________ Sandra W. Lazaris _____________________________ Vilmar José Zaccaron ______________________________ Sandra M. Bragagnolo 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho de conclusão de curso primeiramente a Deus nosso Senhor, por ter-me dado força para chegar até aqui, e daqui seguir em frente. Aos meus pais, por sempre estarem me auxiliando em tudo que preciso, sendo a base sólida do meu caminho, sem eles o percurso se tornaria mais difícil. Ao meu irmão, que mesmo longe conseguia me alegrar em dias que o cansaço tomava conta. Ao meu namorado, por me incentivar e estar do meu lado em todos os momentos difíceis. Aos meus amigos que sofreram junto comigo, entendendo o meu mau humor e o meu afastamento durante os dias que se passaram. 5 AGRADECIMENTOS À Deus, meu eterno supremo Senhor, que iluminou o meu caminho em todos os momentos desta caminhada. Aos meus pais, Ademir de Camargo e Zeneide de Camargo, que me deram força e coragem, contribuindo para o meu crescimento pessoal e profissional. Agradeço pelos seus ensinamentos, por me mostrarem o caminho a seguir e não me deixar desistir, por estar sempre presente em todos os momentos de dificuldade. Sem o apoio deles eu não teria chegado até aqui. Obrigada por torcerem pelo meu sucesso, por me incentivarem e por toda obstinação na minha educação. Ao meu irmão Leonardo Felipe de Camargo, pelo apoio, pela amizade, carinho e dedicação. Ao meu namorado Caio Luiz Andreuzzi, por estar ao meu lado em todos os momentos, sempre com palavras de apoio, confiança e por segurar a minha mão nessa caminhada. Á professora Sandra Lazaris, pela competência e dedicação durante esta caminhada. Ao professor Vilmar Zaccaron, pelas orientações e apoio sempre que necessário. Ao Adriano Rodrigo Schmitz, por permitir a realização deste trabalho dentro da sua empresa, e por toda paciência que teve no desenvolvimento do mesmo. A todos os professores que passaram pela minha turma, pela paciência durante esses anos de caminhada. O meu muito obrigado pelo conhecimento e sabedoria que nos transmitiram. Aos meus amigos, pela amizade durante esse percurso, colaboração nos momentos em que precisei e que levarei para sempre guardados com muito carinho em meu coração. Aos meus colegas de faculdade, pela cumplicidade que tiveram comigo. E um agradecimento em geral a todos que me apoiaram nessa jornada. Muito obrigada! 6 “Nas grandes batalhas da vida, o primeiro passo para a vitória é o desejo de vencer” (Mahatma Gandhi). http://pensador.uol.com.br/autor/mahatma_gandhi/ 7 RESUMO O presente trabalho foi elaborado para mostrar a viabilidade econômica para a ampliação de uma academia de ginástica e musculação na Cidade de Caçador – SC. Os dados foram obtidos através de análises bibliográficas, descritivas e exploratória. Buscou-se informações através de autores clássicos e de obras atuais, livros que pudessem descrever com clareza os assuntos pesquisados. Apresentou- se como objetivo geral a análise da viabilidade econômica de ampliação de uma academia de ginástica e musculação, verificando os custos de equipamentos e instalações. O trabalho fez uso de planilhas de custos fixos e variáveis para todas as atividades desenvolvidas na academia e procurou demonstrar através dos dados coletados o resultado obtido. A ideia principal do trabalho surgiu devido a grande procura por aulas de ginástica e musculação. Com a possibilidade de ampliação, surge a ideia de se implantar aulas de diversos tipos de lutas, como o boxe, judô, MMA e muay thai, que seriam um diferencial. Tendo isso em vista, analisaram-se todos os custos para a ampliação, fazendo uma análise orçamental com fornecedores para a compra dos equipamentos necessários para se implantar as novas modalidades. Constatou-se ser um investimento totalmente viável, por não ser de alto valor de aquisição e de um retorno em um bom tempo. Palavras-Chave: Administração financeira, Viabilidade e Investimento. 8 ABSTRACT The present study was designed to show the economic feasibility for the expansion of a fitness and bodybuilding in City Caçador - SC. Data were obtained through bibliographic analysis, descriptive and exploratory. Searched through classical authors and current works, books that could clearly describe the subjects surveyed. Presented as general objective analysis of the economic feasibility of expanding a fitness and weight training, checking the costs of equipment and facilities. The work made use of spreadsheets fixed and variable costs for all activities in the gym and tried to demonstrate through the data collected the result. The main idea of the work arose due to the large demand for fitness classes and weight training. With the possibility of expansion, comes the idea of deploying classes of various types of struggles, such as boxing, judo, muay thai and MMA, that would be a plus. In view of this, we analyzed all costs to expand, making a budget analysis with suppliers for the purchase of equipment needed to implement the new arrangements. Was found to be an investment entirely feasible, for not being high acquisition value and a return on a good time. Keywords: Financial Management, Feasibility and Investment 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Primeira opção de equipamento para a realização das lutas ................ 46 Quadro 2–Segunda opção de equipamento para a realização das lutas ................. 46 Quadro 3–Terceira opção de equipamento para a realização das lutas ................... 47 10 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Valor dos custos fixos e variáveis já existentes na estrutura em R$ ........ 44 Tabela 2–Previsão de custos fixos e variáveis que serão adicionados com a ampliação em R$ ...................................................................................................... 44 Tabela 3–Valor da edificação em R$ ........................................................................45 Tabela 4– Lucro na estrutura já existente em R$ ...................................................... 48 Tabela 5 - Previsão de lucro após a ampliação em R$ ............................................ 48 Tabela 6 – Investimento necessário em R$ ............................................................. 49 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA .............................................................................. 13 1.2 PROBLEMA ........................................................................................................ 14 1.3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 14 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 1.4.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15 1.4.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 15 2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 16 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 16 2.1.1 Administração Financeira ................................................................................. 16 2.1.2 Administrador Financeiro .................................................................................. 17 2.1.3 Investimentos .................................................................................................. 18 2.1.4 Investimento Financeiro ................................................................................... 22 2.1.5 Projeto de Investimento .................................................................................... 23 2.1.6 Riscos de um Investimento .............................................................................. 24 2.1.7 Análise de Investimento ................................................................................... 26 2.1.8 Métodos de Avaliação de Investimentos .......................................................... 26 2.1.9 Payback ............................................................................................................ 26 2.1.9.1Período de Payback (simples) ........................................................................ 27 2.1.9.2 Período de Payback (ajustado) ..................................................................... 27 2.1.10 Retornos financeiros....................................................................................... 27 2.1.11 Conhecimento Mínimo de Viabilidade ............................................................ 28 2.1.12 Estimar Custos do Negócio ............................................................................ 29 2.1.13 Levantamento do Valor a ser Investido .......................................................... 30 2.1.14 Perspectivas do Mercado ............................................................................... 31 2.1.15 Plano de Negócio ........................................................................................... 32 2.1.16Decisões da Administração Financeira ........................................................... 32 2.1.17 Aspectos de Viabilidade ................................................................................. 33 2.2 METODOLOGIA .................................................................................................. 35 2.2.1 Natureza da Pesquisa ...................................................................................... 35 2.2.2 Tipo de Pesquisa .............................................................................................. 36 2.2.3 Delimitação do Universo ................................................................................... 37 12 2.2.4 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados .................................................. 38 2.2.5 Procedimentos para Análise dos Dados........................................................... 39 2.3 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS ........................... 39 2.3.1 Conhecer as Atividades da Academia .............................................................. 40 2.3.1.1 Ginástica ....................................................................................................... 40 2.3.1.2 Musculação ................................................................................................... 40 2.3.1.3 Squash .......................................................................................................... 41 2.3.1.4 Luta Livre (MMA) ........................................................................................... 41 2.3.1.5 Judô ............................................................................................................... 41 2.3.1.6 Boxe .............................................................................................................. 41 2.3.1.7Muay Thai ....................................................................................................... 42 2.3.2 Apurar os Custos da Ampliação da Academia ................................................. 42 2.3.2.1 Estimativa de Custos do Negócio .................................................................. 43 2.3.2.1.2 Custos Fixos ............................................................................................... 43 2.3.2.2 Edificação e Área Física ................................................................................ 45 2.3.2.3 Aquisição do Equipamento. ........................................................................... 45 2.3.2.3.1 Primeira Opção .......................................................................................... 46 2.3.2.3.2 Segunda Opção ......................................................................................... 46 2.3.2.3.3 Terceira Opção ........................................................................................... 47 2.3.3Identificação da Viabilidade de Ampliação nas Áreas de Musculação e Ginástica ................................................................................................................... 47 2.3.4Identificação da Viabilidade de Implantação de Ringue de Boxe, Tatame para Judô, Muay Thai e Octógono para Luta Livre (MMA) ................................................ 47 2.3.5 Previsão de Lucro. ........................................................................................... 48 2.3.6 Investimento Necessário. ................................................................................. 49 2.3.7Taxa de Rentabilidade....................................................................................... 49 2.3.8 Prazo de Retorno do Investimento. .................................................................. 49 3 CONCLUSÂO ....................................................................................................... 50 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 51 13 1 INTRODUÇÃO Este trabalho tem o objetivo de apurar a viabilidade financeira para a ampliação em uma academia de musculação e ginástica no município de Caçador- SC, para atender um maior número de clientes, satisfazendo as suas necessidades e expectativas. No mundo dos negócios, mudanças ocorrem a todo momento e qualquer oscilação na economia afeta a todos e pode produzir reflexos negativos. Assim, surge a necessidade de se ter análise de resultados precisos nasatividades desenvolvidas. E em uma academia de ginástica e musculação, com certeza, não é diferente, há sempre uma grande necessidade de analisar os resultados, e estar em contínuo aperfeiçoamento. A análise de viabilidade financeira é um dos pontos primordiais na abertura da empresa ou na adequação da mesma no mercado. Para que as decisões de investimento e ampliação possam ser tomadas, devem estar bem alicerçadas em técnicas e conhecimentos capazes de oferecer segurança para a melhor escolha, para que não ocorra nenhum tipo de perda. Geralmente os investimentos são de longo prazo e demandam recursos altos, assim, a atenção dos administradores deve recair na escolha das melhores alternativas deaplicação de recursos. Com isso, deve-se analisar todos os ângulos possíveis de um empreendimento onde se deseje aplicar os recursos, a fim de verificar sua conveniência e viabilidade econômica. 1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA Em um mercado altamente competitivo, as empresas necessitam estar sempre informadas e compreender as mudanças que ocorrem no mundo dia após dia para poder ter possibilidade de estar em vantagem em relação aos demais concorrentes. 14 Conhecer as possibilidades de maiores investimentos é de extrema importância para quem já possui um negócio próprio e pretende inovar para obter resultados maiores e melhores. A grande procura por atividades físicas exige que se tenham boas academias que supram as necessidades e anseios dos consumidores. Assim, cada academia busca estar sempre um passo à frente das demais concorrentes, e para isso necessita de inovação, de bons profissionais e ser destaque em seus serviços. Este trabalho busca conhecer a viabilidade econômico-financeira de se fazer uma ampliação de uma academia de ginástica e musculação no município de Caçador-SC, baseando-se em analisar os retornos financeiros e fazer um levantamento do valor a ser investido e do retorno que a ampliação pode trazer. Os investimentos devem ser precisamente planejados e analisados, principalmente em vistada globalização da economia, assim, um orçamento bem concebido pode significar o sucesso do investimento. 1.2 PROBLEMA Devido às mudanças no mercado consumidor, empresários estão em busca de alternativas que possibilitem uma melhoria de renda em seus negócios. Masosucesso do empreendimento depende, primeiramente, da eficiência e eficácia dos serviços oferecidos. Na área da saúde, tem crescido muito nos últimos tempos o interesse em cuidar do corpo. Com isso, as academias estão com uma grande demanda em seus serviços. Mas com o aumento da demanda, aumenta-se também a oferta por bons serviços, o que torna as empresas desse ramo cada dia mais competitivas. Assim, busca-se a otimização de serviços para ser destaque. Diante do exposto, a ampliação da academia, em espaço físico e equipamentos, atenderia melhor os seus clientes? 1.3 JUSTIFICATIVA Dia após dia, mais pessoas estão tomando consciência da importância da atividade física, buscando saúde e bem estar. Com isso surge um grande aumento no mercado consumidor de serviços prestados por academias. 15 Com o aumento na procura, o mercado de oferta também aumenta. Mas não basta apenas ter uma academia. Precisa-se inovar para estar sempre um passo à frente da concorrência e, assim, atender melhor os seus clientes, satisfazendo os seus interesses e expectativas. É de fundamental importância que o administrador esteja bem informado sobre as tendências do mercado para poder elaborar uma estratégia de ação e obter bons resultados a partir dela. Este trabalho tem como propósito contribuir para que o proprietário da academia tenha mais informações e condições para enfrentar a competição no mercado e orientar para a tomada de decisão para um novo investimento. Busca também conhecer o investimento necessário para a ampliação de uma academia no município de Caçador, levantando todos os custos de equipamentos e instalações, fazendo uma análise de viabilidade, e buscando programar novas atividades que ainda não são proporcionadas aos clientes. 1.4 OBJETIVOS 1.4.1 Objetivo Geral Fazer uma análise de viabilidade para a ampliação de uma academia, verificando os custos de equipamentos e instalações. 1.4.2 Objetivos Específicos Conhecer as atividades da academia; Apurar os custos da ampliação da academia; Identificar a viabilidade de ampliação nas áreas de musculação e ginástica; Identificar a viabilidade de implantação de ringue de boxe, Tatame para judô, muay thai e Octógono para luta livre (MMA). 16 2 DESENVOLVIMENTO Apresenta-se nesse capítulo o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, contendo o Referencial Teórico, a Metodologia utilizada para a sua construção e a Apresentação, Análise e Resultados obtidos. 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO O primeiro passo a ser desenvolvido é o referencial teórico onde mostrará definição de renomados autores sobre os assuntos propostos. 2.1.1 Administração Financeira Segundo Gitman (1997, p. 4), “a administração financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro numa empresa”. A administração financeira é a mais ampla das três áreas e a que contémo maior numero de oportunidades de trabalho. Essa área é importante para todos os tipos de negócios, inclusive para bancos e outras instituições financeiras, assim como para empresas industriais e comerciais. (BRIGHAM; GAPENSKI, 2001, p.25). Gitman (1978) ainda diz que a administração financeira é também vista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitos teóricos econômicos, e que também aproveita certos dados da contabilidade. O papel da administração financeira depende também do porte da empresa. Numa empresa pequena, muitas vezes, não há um órgão específico responsável pelo gerenciamento das operações financeiras, ficando essas atribuições distribuídas entre a contabilidade e o proprietário. (SILVA NETO, 2001, p.27). Neto (2006) diz que a administração financeira tem um campo de atuação muito abrangente e crescentemente complexo, exigindo assim maior conhecimento técnico e sensibilidade no trato de seus diversos instrumentos. 17 Hoji (2000) descreve que a administração financeira de uma empresa é exercida por pessoas ou grupos de pessoas que podem ter diferentes denominações. A administração financeira é um campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da escassez de recursos, quanto com a realidade operacional de e prática da gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. (NETO, 2006, p.32). Hoji (2006, p.21) diz que, para a administração financeira, o objetivo econômico das empresas é a maximização de seu valor de mercado, pois dessa forma estará sedo aumentada a riqueza de seus proprietários (acionistas de sociedades por ações ou sócios de outros tipos de sociedade). A extensão e a importância da função financeira dependem, em grande parte, do tamanho da empresa. Em empresas pequenas, a função financeira é geralmente realizada pelo departamento de contabilidade. Á medida que a empresa cresce, a importância da função financeira normalmente leva à criação de um departamento financeiro separado – uma unidade organizacional autônoma, ligada diretamente ao presidente da companhia, através de um vice-presidente de Finanças. (GITMAN, 1987, p.9). 2.1.2 Administrador Financeiro Segundo Gitman (1997) os administradores financeiros administram ativamente as finanças e todos os tipos de empresas. Eles desempenham uma variedade de tarefas, tais comoorçamentos, previsões financeiras, administração do caixa, administração do crédito, análise de investimentos e captação de fundos. A função do administrador financeiro frequentemente está associada a um alto executivo da empresa, geralmente denominado diretor financeiro ou vice- presidente de finanças. (ROSS; WESTERFILD; JORDAN, 2002, p.38). Brigham e Houston (1999) dizem que os administradores financeiros também decidem as condições de crédito sob as quais os clientes devem comprar, quantidade de estoque que a empresa deve ter, quanto deve manter de caixa e quanto dos lucros da empresa devem ser reinvestidos no negócio, em vez de pagos como dividendos. 18 2.1.3 Investimento Segundo Muller e Antonik (2008),investimento são as participações permanentes em outras sociedades, as quais podem ser realizadas voluntariamente ou na forma de incentivos fiscais. É todo sacrifício havido na aquisição de bens ou serviços que são registrados nos ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua venda de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização (MARTINS, 2008, p. 25). É o gasto para aquisição de ativo, com finalidade de obtenção de benefícios a curto, médio e longo prazo. Todo o custo é um investimento, mas nem todo investimento é um custo. (BERTI, 2002, p.27). Já Ferreira, Santos e Serra (2010, p.239) dizem que: Um investimento é uma aplicação de fundos financeiros escassos para gerar um rendimento, durante certo período, de forma a aumentar a riqueza da empresa. Quando pensamos em investimentos, não temos em mente apenas a transformação de capital em ativos (tangíveis e intangíveis) que serão usados na produção de produto e serviços mas sim, incluímos outras despesas, como as campanhas de marketing de formação de pessoal de pesquisa e desenvolvimento, etc. Em outras palavras, um investimento é qualquer despesas que origina rendimentos (ou economias) durante vários exercícios financeiros (anos). Segundo Motta (2002, p.27) “Os recursos econômicos são escassos, enquanto que a possibilidade de alocação desses recursos, ou as demandas pelo capital, podem ser infinitas”. Considera-se investimento a situação na qual ocorre inversãodecapital de alguma forma, podendo ser um projeto novo, na compra de uma empresa existente etc. buscando com isso a criação de valor, ou seja, recuperação do valor investido (principal), mas uma rentabilidade do investimento (taxa de juros) em determinado prazo. (MOTTA, 2002, p.34). Para Casarotto e Kopittke (2000) os investimentos podem ser classificados em tecnicamente excludentes, que implica na escolha de apenas uma alternativa, e investimentos independentes que podem ocorrer simultaneamente. 19 Para Souza e Clemente (2007) o investimento pode ser visto como todo aporte de capital que é necessário para manter a empresa competitiva ou então para posicioná-la em um novo patamar de rentabilidade. Sendo que o objetivo da empresa é maximizar os lucros. Assim, a expectativa sobre esse fluxo de lucros irá manter os atuais investidores e atrairá novos investimentos. Para Silva Neto (2003, p.16) os economistas dizem que: [...] o investimento é a forma pela qual o dinheiro do poupador, aquele que oferece capital, chega até aquele que é o tomador de recursos, aquele que necessita de capital, dinheiro, para investir (produzir riquezas), ou simplesmente consumir. Os governos raramente estão do lado do poupador e quase sempre, como é o caso do Brasil, estão do lado do tomador de empréstimo. Segundo Silva Neto (2003), investir em uma empresa é acreditar na gestão e na capacidade de gerar lucros acima da média. É também acreditar no país em que ela se encontra e na sua capacidade de crescimento. Enquanto que para Bernardi (2003, p.233) investimentos são os gastos necessários para as atividades da produção, da administração e das vendas, que irão beneficiar os períodos futuros, portanto, ativos permanentes e de longo prazo. A falta de planejamento financeiro adequado ou o planejamento muito otimista do fluxo de caixa do negócio, particularmente dos vencimentos e empréstimos, por parte do empreendedor, e o consequente descontrole financeiro são as principais razões para o fracasso das pequenas empresas. Por isso, o candidato a empreendedor deve tomar muito cuidado com o planejamento financeiro de seu negócio. Um dos cuidados é não acreditar que vai acontecer como planejado e prever reservar para o caso de clientes atrasarem pagamentos ou alguns financiamentos e empréstimos não poderem ser renovados como esperado. (DEGEN, 2009, p.294). Souza e Clemente (2007) dizem que serão atrativos todos os investimentos cujos os fluxos de benefícios permita que a empresa alcance uma margem de lucro e investimento superior ao que se encontrava no momento do investimento. Singer (2003) analisa como muito importante a definição clara do perfil de risco de cada um. Sendo que o primeiro passo para um investimento bem feito é nos conhecer e saber o que realmente se é capaz de tolerar. O risco financeiro não pode ser previsto porque ele é autogerado pela própria expectativa de risco alimentada pelos agentes. Quando eles se comportam como otimistas, o risco de fato diminui, porque a economia real ganha fôlego para crescer. E quando eles se comportam como pessimista, 20 o risco de fato aumenta, porque a economia real é obrigada a se contrair (SINGER, 2003, p.37). Para Kassai (2000, p.29) um elemento que poderá darapoio para discussão, é a questão da remuneração dos investimentos, que é a recompensa, prêmio ou uma gratificação ao empreendedor pelo capital investido. Para Limeira et al., (2003, p. 14) “[...] “o sucesso empresarial depende de um gerenciamento eficaz das inúmeras informações disponíveis. O cenário de crescente competitividade leva as empresas a uma árdua luta pela sobrevivência... “[...]”. Para Souza e Clemente (2007, p. 9): Investimento pode ser visto como toda parte de capital necessário para manter a empresa competitiva ou para posicioná-la em um novo patamar de rentabilidade. O objetivo da empresa é maximizar o fluxo continuo de lucros presentes e futuros. A expectativa sobre esse fluxo de lucros manterá os atuais investidores e trairá novos investimentos. Brito (2009, p. 19) “[...] “o investimento visa melhorar os resultados da empresa, e este é o retorno almejado pelos acionistas ou gestores...“[...]”. Define os investimentos como, gastos que irão beneficiar a empresa em períodos futuros. Enquadram-se nessa categoria, por exemplo, as aquisições de ativos, como estoques e máquinas. Nesses casos, por ocasião da compra, a empresa desembolsa recursos, visando a um retorno futuro sob a forma de produtos fabricados. (WERNKE, 2004, p.11-12). Representa a aplicação de recursos em todos os bens e direitos registrados no “Ativo” da empresa, que serão baixados pela venda, consumo e amortização em futuro(s) período(s). (PRADO, 2000, p.10). Por sua vez a globalização tem influência no desenvolvimento de projetos, à medida que o desenvolvimento de novos produtos e serviços, com recursos escassos, só passa a ser viável se houver um estudo sobre as atividades. Se a empresa não dispuser de ferramentas que lhe permitam atender a demanda, a entidade não consegue suportar os seus gastos e acaba por reduzir as chances de sustentabilidade. (BORNIA, 2002, p.41) Investimento seria um gasto registrado no ativo, em função de sua vida útil ou da expectativa de benefícios futuros. (BREDA, 1999, p.12). Quanto ao significado do termo investimento, é preciso entender que investir é comprometer dinheiro numa determinada data e por um determinado prazo durante o qual será gerado um fluxo de retornos que 21 compensará o investidor pelo tempo que o dinheiro ficou comprometido, pela inflação desse período e pela incertezado fluxo de retorno. Em todos os casos, a empresa ou o investidor intercambia hoje uma quantia de dinheiro conhecida no presente por um fluxo de caixa esperado que agregue valor, considerando o correspondente custo de oportunidade. (LAPPONI, 2007, p.10). A decisão de se fazer investimento de capital é parte de um processo que envolve a geração e a avaliação das diversas alternativas que atendam as especificações técnicas dos investidores. (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p.66). Investir é algo que exige uma análise da viabilidade sobre o negócio que se pretende realizar. A decisão de se fazer um investimento depende de todo um processo que avalie diversas alternativas que atendam as especificações técnicas do investimento. (ZDANOWICZ, 2007, p.18). Por definição, investimento é um valor aplicado para que seja possível gerar um produto ou serviço. O termo aplica-se tanto à compra de máquinas, equipamentos, edificação e imóveis para a instalação de unidades produtivas como a compra de títulos financeiros. Em sentido restrito, investimento significa a aplicação de capital em meios que levam ao crescimento da capacidade produtiva, ou seja, em bens de capital. (BRITO, 2009, p.38). Tudo que se adquire, quer sejam bens, quer direitos, com expectativas de aumentarmos nossa renda, será um investimento. (SILVA NETO, 2003, p.54). Investir consiste em renunciar a um consumo no presente em troca de uma promessa de um retorno satisfatório no futuro. (FILHO; KOPITTKE, 2010, p.92). Um investimento para a empresa é um desembolso feito visando gerar um fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um ano. A lógica subjacente é a de que somente se justificam sacrifícios presentes se houver perspectiva de recebimento de benefícios futuros. (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p.66). Para os economistas, o investimento é a forma pela qual o dinheiro do poupador, aquele que oferece o capital, chega até o tomador de recursos, aquele que necessita de capital, dinheiro, para investir (produzir riquezas), ou simplesmente consumir (SILVA NETO, 2003, p. 15). Em economia, segundo Vasconcellos e Garcia (2006, p.130), a palavra investimento significa a aplicação de capital em meios de produção, visando o aumento da capacidade produtiva (instalações, máquinas, transporte, infraestrutura), ou seja, em bens de capital. 22 Para Motta (2002, p.34), considera-se investimento a situação na qual ocorre inversão de capital de alguma forma, podendo ser um novo projeto. Um investimento para a empresa é um desembolso feito visando gerar um fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um ano. A lógica subjacente é a de que somente se justificam sacrifícios presentes se houver perspectiva de recebimentos de benefícios futuros (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 66). “Investir é algo que exige uma análise da viabilidade sobre o negócio que se pretende realizar. A decisão de se fazer um investimento depende de todo um processo que avalie diversas alternativas que atendam as especificações técnicas do investimento” (ZDANOWICZ, 2007, p. 18). Lapponi (2007, p.10) na abordagem do termo investimento, cita que: “[...] “quanto ao significado do termo investimento, é preciso entender que investir é comprometer dinheiro numa determinada data e por um determinado prazo durante o qual será gerado um fluxo de retornos que compensará o investidor pelo tempo que o dinheiro ficou comprometido, pela inflação desse período e pela incerteza do fluxo de retorno. Em todos os casos, a empresa ou o investidor intercambia hoje uma quantia de dinheiro conhecida no presente por um fluxo de caixa esperado que agregue valor, considerando o correspondente custo de oportunidade...”[...]”. Investimento é o capital empregado na compra de bens ou serviços, tangíveis ou intangíveis, circulantes ou não circulantes, cujo objetivo é, direta ou indiretamente, gerar receitas para a empresa (Revista Catarinense da Ciência Contábil, 2007, p. 71). “Investimento é o emprego de capital com o objetivo de obter ganho a médio e longo prazos, em oposição a resultados imediatos” (FILHO; MISUMI, 2001, p. 310). 2.1.4 Investimento Financeiro Silva Neto (2003, p.29) também conclui que “[...], portanto, existemdois tipos de investimentos, renda fixa, em que o investidor torna-se credor do tomador do empréstimo, e renda variável, em que o investidor torna-se sócio [...].” Os investimentos financeiros de curto prazo, geralmente, são de natureza financeira e investimentos dessa natureza são conhecidos como aplicações 23 financeiras. Pode-se dividir os investimentos financeiros em renda fixa e renda variável. (HOJI, 2009, p.94). Um investimento financeiro pode ter prazo determinado e ser resgatado no seu vencimento ou pode ter prazo indeterminado e ser resgatado a qualquer tempo. (HOJI, 2009, p.79). 2.1.5 Projeto de Investimento Para Britto (2009, p. 17)“[...] “fazer um projeto de investimento é uma tarefa trabalhosa e necessária, já que há riscos e incertezas nos negócios. Porém, o objetivo é assegurar um conjunto de diretrizes que conduzam a produção de bens e/ou serviços de forma eficiente... “[...]”. O projeto de investimento, em sentido amplo, pode ser interpretado como um esforço para elevar o nível de informação (conhecimento) a respeito de todas as implicações, tanto desejáveis, quanto indesejáveis, para diminuir o nível de risco (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 9). “Em outras palavras, o projeto de investimento é uma simulação da decisão de investir” (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 9). Souza e Clemente (2009, p. 9) “[...] “a decisão de se fazer um investimento é parte de um processo que envolve a geração e a avaliação das diversas alternativas que atendam as especificações dos investimentos... “[...]”. “Decidir implica optar por uma alternativa de ação em detrimento de outras disponíveis, em função de preferências, disponibilidades, grau de aceitação de risco” (FREZATTI, 2008, p. 23). Uma nova dimensão na análise de projetos de investimentos, é a incerteza. Esta tem origem na impossibilidade de se controlarem os eventos futuros. Pode-se fazer previsão sobre os eventos futuros, mas não se pode determinar exatamente quando e com que intensidade eles irão ocorrer. O termo incerteza é geralmente utilizado quando a informação disponível é tão escassa que não se sabe quais os eventos possíveis ou se sabe os eventos possíveis, mas não se consegue atribuir probabilidades a eles. O termo risco é utilizado quando a informação disponível é suficiente para determinar os possíveis eventos e atribuir-lhes probabilidades (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 143). 24 “Fundamental para a decisão de investimento é a estimativa de retorno esperado e do grau de risco associado a esse retorno” (SOUZA; CLEMENTE, 2009, p. 67). “[...] “o projeto representa um propósito de investimento...“[...]” (BRITO, 2009, p. 18). “Mas de nada adianta conhecer a rentabilidade dos investimentos em carteira se não há disponibilidade de recursos próprios nem há possibilidade de se obterem financiamentos” (FILHO; KOPITTKE, 2010, p. 93). “Os objetivos de se fazer um projeto são: criar, expandir, modernizar, relocalizar, fundir, incorporar, mudar de atividade, sanear financeiramente e redimensionar o capital de giro permanente” (BRITO, 2009, p. 19). “Um objetivo que foi largamente utilizado, e que hoje pode ser considerado ultrapassado, é o objetivo imediatista de lucro no final do ano” (FILHO; KOPITTKE, 2010, p. 94). “[...] “ao fazer um novo investimento, uma empresa deve fazer uma análise da viabilidade do mesmo... “[...]” (FILHO; KOPITTKE, 2010, p. 92). “ Se o investimento for realizado com recursos próprios, a fonte de financiamento será a conta disponível. Se o investimento for feito com recursos de terceiros, a fonte de financiamento será a conta exigível a longo prazo.”(SOUZA; CLEMENTE,2009, p. 69). Diz Assaf Neto (2006, p. 281) “[...] “as decisões de investimento, são decisões que podem promover alterações no volume de capital voltado a produção de bens e serviços...“[...]”. 2.1.6 Riscos de um Investimento Para Hoji (2006) o risco existe em todas as atividades empresariais. Tudo o que é decidido hoje, visando a um resultado no futuro, está sujeito a algum tipo de risco. Somente “fatos consumados” estão livres de risco. Com base em condições e fatos conhecidos, podem-se estabelecer premissa e projetar os fatos que acontecerão no futuro. Esses fatos projetados poderão realmente acontecer, mas não serão “exatamente” como havíamos projetado. Por exemplo, uma pessoa que está numa calçada não pode afirmar, com absoluta segurança (100% de Segurança), que no minuto seguinte estará do outro lado da rua. Durante o espaço de 25 tempo necessário para se deslocar de um lado a outro da rua, podem acontecer muitos fatos não previstos que impossibilitem a execução do ato planejado. Pode acontecer que, ao iniciar a travessia da rua durante os “fatídicos segundos” aconteça alguma coisa que o impeça de atravessar. (HOJI, 2006, p. 231). Segundo Silva Neto (2003) os riscos são a possibilidade das expectativas de retorno que não se concretizarão, ou ainda, a possibilidade de prejuízo financeiro. Silva Neto (2003) ainda diz que em finanças não há retorno sem riscos. E os riscos existentes em alguns investimentos podem reduzir o dinheiro a menos da metade, ou até pode-se perder tudo. Muller e Antonik (2008, p.37) dizem que não há intenção de levar o pessimismo, muito menos dizer que as informações contábeis são incorretas apenas que: A contabilidade por tradição é um dos pilares da legalidade empresarial e não são raras as vezes em que os profissionais dessa área são vistos como legalistas, sendo eventualmente acusados por excesso de zelo. Mas os contadores não são os donos da empresa e poucas vezes mantêm relacionamento direto com os agentes de mercado, não lhes cabendo a representação junto a comunidade financeira ou empresarial, função atribuída aos sócios, acionistas e administradores. Para Halfeld (2000, p.71) se você sempre recebe tudo o que esperava de uma aplicação financeira, você está trabalhando livre de riscos. Entretanto, todos os investimentos trazem surpresas decorrentes de eventos inesperados. Risco é a parcela inesperada de retorno de um investimento. Silva Neto (2003) diz que para conseguir avaliar qual tipo de investimento será mais adequado as necessidades, é correto responder uma pergunta muito importante. Por que vou poupar? Poupar depende muito dos objetivos que se tem, e não é adequado para todo tipo de investimento. E se todo investimento tem seus riscos de ter ou não êxito, para Almeida (2001, p.67): Tomar uma decisão é simples, é só decidir e pronto. Duro é mantê-la. Quando a decisão é vestir esta ou aquela roupa, comprar este ou aquele sapato, está tudo bem. Porém isso se torna complexo, quando a decisão passa a ser, qual curso fazer, qual carreira abraçar, namorar, noivar, casar, montar ou não um negócio próprio, qual negócio montar, enfim, o dia “D” chega e é preciso dizer sim ou não. 26 Martins (2001)dizque o processo de avaliação econômica de uma empreendimento, inclui situações de incerteza sobre os resultados futuros de determinados eventos que são associados ao objeto então avaliado. Para Souza e Clemente (2007) toda decisão de investimentos deve considerar a alternativa do recurso, isto é, os ganhos não auferidos com a melhor alternativa preterida, ou custo de oportunidade. 2.1.7 Análise de Investimento A análise de investimentos envolve decisões de aplicações de recursos com prazos longos (maiores que um ano), com o objetivo de propiciar retorno adequado aos proprietários desse capital. (SOUZA, 2009, p.66). O investimento se apresenta geralmente como uma parte (algumas vezes pequena) do processo de tomada de decisões empresariais. (ASSAF NETO, 2006, p.304) A avaliação de um ativo é estabelecida pelos benefícios futuros esperados de caixa trazidos a valor presente mediante uma taxa de desconto que reflete o risco da decisão. (ASSAF NETO, 2006, p.305). 2.1.8 Métodos de Avaliação de Investimentos Os métodos quantitativos de análise econômico de investimentos podem ser classificados em dois grandes grupos: os que não levam em conta o valor do dinheiro no tempo e os que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado. (ASSAF NETO, 2006, p.305) São denominados “métodos não sofisticados” aqueles que ignoram o efeito do dinheiro no tempo, com consequentes distorções sobre os resultados obtidos. Os métodos considerados como “métodos não sofisticados” são: o payback simples e a taxa média de retorno. Por sua vez, os métodos sofisticados são: payback ajustado, a taxa interna de retorno, a taxa interna de retorno ajustada, o valor presente líquido, o índice de lucratividade e o EVA. (FREZATTI, 2008, p.74) 2.1.9 Payback 27 Payback é o tempo necessário para recuperação, em termos de caixa, de um capital investido. (ASSAF NETO, 2006, p.641) Payback é uma ferramenta muito utilizada pelos administradores e proprietários de empresas com a finalidade de analisar as decisões sobre investimentos desejados. Payback refere-se ao tempo em que o investidor irá levar para recuperar o capital inicial investido, e a sua análise é realizada a partir dos fluxos de caixa líquidos gerados pelo investimento (KASSAI, 2000, p.86) O payback é o período de tempo em que ocorre o retorno do investimento. (BRITO, 2009, p.51) O payback nada mais é do que o número de períodos necessários para que o fluxo de benefícios supere o capital investido. (BRITO, 2009, p.51) 2.1.9.1 Período de Payback (simples) Corresponde ao período de tempo necessário para que a empresa recupere, por meio de entradas de caixa, o investimento inicial do projeto. (FREZATTI, 2008, p.74) Frezatti (2008, p.75) aponta limitações no cálculo do payback: O período máximo aceitável é determinado com razoável grau de subjetividade. Nesse sentido é importante que seja definido pela entidade, para que seja percebido como algo justo para as várias áreas da entidade; O fator tempo é considerado apenas implicitamente, ou seja, se os valores não forem ajustados por uma taxa de custo de oportunidade, o cálculo apurado será distorcido; Não considera as entradas de caixa que ocorrem depois de seu período. Dessa maneira, projetados com diferentes perspectivas de retorno serão tratados de maneira semelhante, sem discriminação, o que é o grande objetivo do método. 2.1.9.2 Período de Payback (ajustado) O método do payback ajustado corresponde a um aperfeiçoamento do payback simples, sendo apurado a partir da projeção do fluxo de caixa onde se aplica uma data de custo de oportunidade. (FREZATTI, 2008, p.76) 2.1.10 Retornos Financeiros Para Silva (2001, p.238) o retorno sobre investimento é conceito muito utilizado na área de finanças, caracterizando o lucro como espécie de prêmio pelo risco assumido no empreendimento. 28 Silva (2001) ainda diz que o lucro é o principal estímulo ao empresário e também uma das formas de avaliar o êxito do empreendimento. Hoji (2006, p.297), diz: O retorno sobre investimento (returno in investment, da sigla ROI) é considerado por muitos analistas como a melhor medida de eficiência operacional, mas na prática esse indicador tem limitações e deve, portanto ser utilizado junto com outros indicadores, tais como padrões e orçamentos. Em sua obra, Pinheiro (2001) diz que a análise do retorno objetiva a mensuração da capacidade de geração de resultados dos capitais investidos nas empresas. Com isso, ela possibilita avaliação da remuneração propiciada aos recursos investidos na empresadurante determinado tempo. Uma das tarefas mais difíceis na análise por meio de índices é a visualização e mensuração do retorno de uma empresa. Isso ocorre porque as medidas contábeis de retorno não consideram o risco que representa um fator importante em sua avaliação, dessa forma, ela só permite medir o retorno contábil corrente ou passado da empresa (PINHEIRO, 2001, p.279). Martins (2001, p.241) diz que o retorno sobre o investimento representa a razão entre o resultado líquido e o capital investido. Todavia, podemos estabelecer novos significados para melhor atender as necessidades dos usuários, uma dessas possibilidades seria entender o capital a ser mantido com a capacidade que a empresa possui de gerar caixa no futuro. Nesse enfoque, as questões monetária e física passam a ser aspectos parciais de algo mais abrangente. Em outras palavras, seu significado seria tudo o que foi considerado necessário para que a empresa mantenha as expectativas de entradas liquidas de caixa (MARTINS, 2001, p.158). Para Hirschfeld (2000, p.312) o intervalo de tempo necessário para que os benefícios advindos de um investimento possam cobrir seus custos, considerando a uma adequada taxa de juros é denominado prazo de retorno. 2.1.11 Conhecimento Mínimo de Viabilidade Segundo Bernardi (2003) a decisão de investir de forma prática, abrange o estudo de projetos e de sua viabilidade econômica. Os investimentos são feitos em ativos permanentes e capital de giro. 29 Bernardi (2003) ainda diz que é necessária uma forte aproximação do perfil empreendedor para que se possa iniciar uma empresa, pela complexidade da decisão, pelos problemas e riscos típicos da atividade. [...] o Empreendedor enfrenta problemas vindos dos lugares mais inexplicáveis e inesperados, é surpreendido frequentemente e, dependendoda origem, pode até estar despreparado para tais situações. As motivações, de caráter econômico ou psicológico, que levam uma pessoa a empreender têm como contrapartida custos econômicos e emocionais que se bem refletidos cuidados e trabalhados findam em situações paradoxais e delicadas (BERNARDI, 2003, p.67). Cecconello e Ajzental (2008) dizem que a função desse item é apresentar indicadores necessários e suficientes para auxiliar o interessado na tomada de decisão. Enquanto que para Hirschfeld (2000, p.182) a viabilidade financeira de um empreendimento é examinada dentro de um prazo de interesse no qual desejamos saber se esforço produtivo a ser realizado vale mais do que simples aplicação de valores envolvidos a taxas mínimas de atratividade. Seu papel no sumário descritivo é antecipar a relação de parâmetros que deverão ser coletados na fase de compreensão textual. Entre eles estão analisar retornos financeiros, estimar custos do negócio, levantamento do valor a ser investido, Estudar perspectivas do mercado entre outras. (CECCONELLO; AJZENTAL, 2008, p.56). Birley e Muzyka (2005) dizem que se deve pensar sobre as oportunidades de negócios. Sendo que a avaliação dependerá de como pretende se organizar até que ponto pretende subcontratar a manufaturado seu produto ou a prestação do seu serviço, e a resposta dependerá de suas capacidades, disponibilidade de fornecedores, qualidade e financiamento, mas também da sua análise financeira. Ainda para Cecconello e Ajzental (2008) a intuição sobre a existência de oportunidades de negócios gera ideias de soluções para essas oportunidades, entretanto, isso se mostra insuficiente para a tomada de decisões definitivas. Segundo Hirschfeld (2000, p.110) se tiver várias alternativas, devem escolher aquela que apresentarvalor mais conveniente para o problema em questão. Se o problema for selecionar um investimento, deverá ser escolhido aquele que oferece a maior rentabilidade. 30 2.1.12 Estimar Custos do Negócio Para Casarotto e Kopittke (2000), normalmente na comparação de investimentos, só interessam as diferenças entre os custos das alternativas. Essa prática pressupõe que uma alternativa será escolhida e não que o negócio é realmente vantajoso. Para se obter o custo total de certo empreendimento, como compra de um equipamento, lançamento de um produto, modificação de um processo de produção, etc., é necessária a determinação de uma série de custos extras entre os quais se destacam os seguintes, custo de área ocupada, custos administrativos extras, custo de matéria-prima, mão-de-obra, custo de hora parada, etc. (CASAROTTO; KOPITTKE, 2000, p.237). Para Martins (2001) custo histórico ou original consiste no sacrifício efetuado para disponibilizar um dado recurso. Por ser um custo incorrido (passado), ele é estático, desconsiderando possíveis alterações de preços. Apesar de aparente simplicidade dessa definição, a mensuração do custo histórico de um item às vezes é uma tarefa complexa. Isso por que nem sempre é representado por um simples preço de troca (quantidade específica de moeda). Conforme mencionamos, tal avaliação incluiria todos os sacrifícios associados ao item avaliado. No entanto, suaidentificação pode se basear em análises e critérios subjetivos, principalmente quando o gasto se relacionar com mais de um item (rateio). Isso é normalmente encontrado na apuração dos custos. (MARTINS, 2001, p.31) Já para Souza e Clemente (2007, p.15) as decisões de investimentos estão: [...] na base da gestão estratégica de custos porque definem em grande extensão a pauta e a magnitude de custos e despesas. Custos e despesas se instalam em decorrência adotada. Uma das contribuições da gestão estratégica de custos para as decisões de investimento é destacar a flexibilidade desejável dos custos, identificando os que podem ser reduzidos quando se diminui o nível de atividade e, principalmente, os que permanecem por algum tempo mesmo depois de se abandonar a estratégia. Hoji (2006, p.376) diz que a determinação de custos é muito importante para o controle orçamentário. Os padrões de custos são estabelecidos, geralmente, por meio de levantamento e estudos técnicos e devem refletir o nível desejado (é diferente do ideal) de eficiência na utilização de recursos humanos, materiais e financeiros. 31 2.1.13 Levantamento do Valor a ser Investido Segundo Martins (2001, p.206), uma empresa precisa de recursos (humanos, financeiros, tecnológicos, etc.) para operar. Eles podem ser obtidos de vários agentes econômicos, como por exemplo, acionistas, debenturistas, bancos, entre outros. Definição de capital, a reunião de estas fontes de financiamento (exigíveis e não exigíveis) pode ser representada pelo termo capital. É com tal significado que trabalhamos no momento. Sua captação em níveis adequados exige uma retribuição atraente, e seu dimensionamento, mesmo que aproximado, é tido como muito importante para a gestão dos empreendimentos. (MARTINS, 2001, p. 206). Casarotto e Kopittke (2000) dizem que ao fazer um investimento uma empresa deve fazer uma análise de viabilidade do mesmo. Mas que não adianta conhecer a rentabilidade dos investimentos em carteira se não há disponibilidade de recursos próprios e nem possibilidade de obter financiamentos. 2.1.14 Perspectivas do Mercado Para Singer (2003) especular é jogar com as expectativas do futuro da economia real, formadas a partir de informação estatísticas e de análises de especialistas, a percepção do risco financeiro é vista pelos agentes otimistas e pessimistas. Quando os agentes estão otimistas, eles fazem mais empréstimos, isto é, eles procuram comprar mais títulos, cuja cotação por causa disso sobe. Os que compraram antes ganham com a valorização dos títulos, ou seja, suas expectativas otimistas se realizam. E quando os agentes estão pessimistas, eles fazem menos empréstimos, isto é, eles procuram vender mais títulos, cuja cotação por isso cai. Os que venderam antes ganhamcom a desvalorização, pois podem recomprar títulos a preços baixos do que tinham vendido, portanto, as expectativas pessimistas se realizam (SINGER, 2003, p.41). Ainda para Singer (2003) o ponto de partida da especulação é sempre o enlace entre as transações com ativos reais e ativos financeiros. O que alimenta as perspectivas de riscos dos agentes financeiros são as expectativas em relação às atividades econômicas reais. Estas perspectivas são formadas a partir de informações estatísticas e de análises de especialistas, divulgadas pelos meios de comunicação de 32 massa e pela imprensa especializada. A expectativa dos agentes financeiros não difere essencialmente da expectativa de maior parte da opinião pública “informada”, ou seja, das pessoas pertencentes ás camadas sociais privilegiadas que acompanham o noticiário da mídia. (SINGER, 2003, P.38) A análise de mercado é considerada por muitos uma das mais importantes seções do plano de negócio e, para Dornelas (2008), é a mais difícil de fazer, pois a estratégia de negócio depende de como a empresa abordará o seu mercado consumidor. A empresa deve conhecer muito bem o mercado onde atua ou pretende atuar. 2.1.15 Plano de Negócio Segundo Hashinamoto (2006, p.208)o plano de negócio possui uma configuração estrutural diferente do plano de projeto. O plano de negócio não é necessariamente aplicado a qualquer projeto intra empreendedor, somente para aqueles ligados diretamente ao negócio da empresa. Projetos intra empreendedores, relacionados com processos internos, requerem apenas o plano de projeto. A complexidade do plano de negócio é maior em função da diversidade das informações requeridas e das dificuldades para obter muitas delas. (HASHINAMOTO, 2006, p 208). Dornelas (2008, p.79) diz que o plano de negócio é parte fundamental do processo empreendedor. Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em crescimento. A principal utilização do plano de negócio é a de prover uma ferramenta de gestão para o planejamento e desenvolvimento inicial de uma start-up. No entanto, o plano de negócio tem atingido como notoriedade instrumento e captação de recursos financeiros a capitalistas de riscos e angelinvestors, principalmente no tocante às empresas de tecnologia e com propostas inovadoras. (DORNELAS, 2008, p. 79). Degen (2009) diz que um plano de negócio é a descrição em um documento, da oportunidade de negócios que o empreendedor pretende desenvolver. A elaboração do plano de negócio pelo candidato a empreendedor é a etapa decisiva para o desenvolvimento do novo negócio. 2.1.16 Decisões da Administração Financeira 33 Para Rueda, Siqueira e Pizzinato (2001, p.148) a principal responsabilidade da administração financeira é obter e aplicar recursos, buscando a maximização da riqueza de seus acionistas, que compram ações porque esperam obter um retorno sobre o investimento realizado. Ross, Westerfield e Jordan (2002, p.39) dizem que o administrador financeiro deve preocupar-se com três tipos básicos de questões, o orçamento de capital, a estrutura e a administração de capital de giro. Orçamento de capital que é o processo de planejamento e gerenciamento de investimentos a longo prazo da empresa. Já a estrutura de capital diz respeito a combinação específica entre capital de terceiros a longo prazo e capital próprio que as empresas utiliza para financiar suas operações e por último a expressão capital de giro refere-se aos ativos a curto prazo da empresa, tais como pagamentos devidos a fornecedores. (ROSS;JORDAN, 2002, p.39) Rueda, Siqueira e Pizzinato (2001) ainda dizem que a questão é saber como satisfazer a todos, nesse sentido, o objetivo maximização da riqueza dos seus acionistas não é mais visto como conflitante já que a mesma pode beneficiar a sociedade como um todo. 2.1.17 Aspectos de Viabilidade Segundo Hoji (2009, p.77) o Valor Presente Líquido, ou VPL, nada mais é do que a soma dos valores correntes de diversas datas futuras do fluxo de caixa descontado para o valor presente. Segundo Souza e Clemente (2007, p. 35): “O método do valor presente líquido (VPL) é a técnica de análise do investimento mais utilizada. O VPL como o próprio nome diz nada mais é do que a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa na data zero”. Esse método é o mais utilizado na avaliação de investimento, por obter o valor da produção em termos atuais e isento de falhas técnicas. Valor Presente Líquido é o método para análise de investimentos que determina o valor presente de pagamentos futuros. (BRITO, 2009, p.51) 34 Para Assaf Neto (2006, p.320) o critério de aceitação ou rejeição do Valor Presente Líquido de um projeto de investimentos possui as seguintes possibilidades de resultado: Maior que zero: significa que o investimento é economicamente atrativo, pois o valor presente das entradas de caixa é o maior do que o valor presente das saídas de caixa. Igual a zero: o investimento é indiferente, pois o valor presente das entradas de caixa é igual ao valor presente das saídas de caixa. Menor do que zero: indica que o investimento não é economicamente atrativo porque o valor presente das entradas de caixa é menor do que o valor presente das saídas de caixa. O método da taxa interna de retorno representa em determinado momento (geralmente usa-se a data de início do investimento- momento zero), as entradas como as saídas previstas de caixa. (ASSAF NETO, 2006, p.309) Conhecida pela sua sigla TIR, que é a taxa de juro implícita em um fluxo de caixa e que zera o Valor Presente Líquido. (HOJI, 2009, p.79) Souza e Clemente (2009, p.71) entendem como: “[...] Taxa de Mínima Atratividade a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A base para estabelecer uma TMA é a taxa de juros praticada no mercado. As taxas de juros que mais impactam a TMA são: Taxa Básica Financeira (TBF); Taxa Referencial (TR); Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC). Na visão de Filho e Kopittke (2010, p.97), uma proposta de investimento para ser atrativa deve render, no mínimo, a taxa de juros equivalente à rentabilidade das aplicações correntes e do pouco risco, esta é, portanto, a Taxa Mínima de Atratividade (TMA). Para Silva Neto (2003, p. 175), “ROI é retorno sobre o investimento formado pelo produto do giro do investimento e pela margem operacional; é o total dos recursos próprios aplicados em seu negócio”. Taxa Interna de Retorno - taxa de retorno equivalente periódica de um investimento. Representa a taxa de juros que iguala, em um mesmo momento de tempo, entradas com saídas de caixa decorrentes de um investimento (oufinanciamentos). (ASSAF NETO, 2006, p.643) O valor presente líquido do fluxo de caixa é obtido subtraindo-se os investimentos iniciais de um projeto do valor presente das entradas de caixa, 35 descontados a uma taxa igual ao custo de oportunidade da empresa. (FREZATTI, 2008, p.79) 2.2 METODOLOGIA Segundo Deslades et al (1994, p.16) “entendemos por metodologia o caminho do pensamento e a prática exercida na abordagem da realidade.” Para a realização da pesquisa desse trabalho de conclusão de curso foram desenvolvidos os seguintes procedimentos: 2.2.1 Natureza da pesquisa A natureza da pesquisa aqui apresentada é de caráter quantitativo e qualitativo. Para Oliveira (2000, p.31), a pesquisa qualitativa quanto a sua natureza destaca a abordagem e descreve a complexidade de uma determinada hipótese ou problema qual auxilia na pesquisa. O qualitativo [...] difere do quantitativo pelo fato de não empregar dados estatísticos como centro do processo de análise de um problema. A diferençaestá no fato de que o método qualitativo não tem a pretensão de numerar ou medir unidades ou categorias homogêneas (OLIVEIRA, 1997, p.116). Para Bauren (2004, p.92), na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado. A pesquisa qualitativa, segundo Oliveira (2000, p.31): [...] difere-se da quantitativa pelo fato de não empregar métodos estatísticos no processo de análise dos dados. A abordagem qualitativa leva, no entanto, a uma série de leituras sobre o assunto pesquisado, descrevendo minuciosamente o que os diferentes autores escrevem para no final chegar a uma conclusão do nosso ponto de vista. Em sua literatura, Bauren (2004, p.92) ainda fala que a abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. Para Oliveira (1997, p. 115): 36 A abordagem quantitativa e a qualitativa são dois métodos diferentes pela sua sistemática, e, principalmente, pela forma de abordagem do problema que está sendo objeto de estudo, precisando, dessa maneira, estar adequado ao tipo de pesquisa que se deseja desenvolver. Entretanto, é a natureza do problema ou seu nível de aprofundamento que irá determinar a escolha do método. O quantitativo, [...] significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas [...] (OLIVEIRA, 1997, p.115). 2.2.2 Tipo de Pesquisa O método de pesquisa por meio do qual este trabalho foi realizado fez uso de pesquisas bibliográfica, descritiva e exploratória. Para Andrade (2006, p.121), pesquisa é o conjunto de procedimentos sistemáticos, baseados no raciocínio lógico, que tem por objetivo encontrar soluções para problemas propostos mediante a utilização de métodos científicos. A pesquisa tem por objetivo estabelecer uma série de compreensões no sentido de descobrir respostas para as indagações e questões e existem em todos os ramos do conhecimento humano, envolvendo o mundo social, vegetal, animal e mineral, além do espaço e do mundo marinho. (OLIVEIRA, 2000, p.117) O estudo descritivo possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permitem identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação. (OLIVEIRA, 1997, p.114) A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigidoalgum trabalho dessa natureza, há pesquisa desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. Boaparte dos estudos exploratórios pode ser definida como pesquisas bibliográficas. As pesquisas sobre ideologias, bem como aquelas que se propõe à análise das diversas posições acerca de um problema, também costumam ser desenvolvidas quase exclusivamente mediante fontes bibliográficas. (GIL, 2007, p.44) Segundo Gil (1996, p.45) as pesquisas exploratórias: Têm como objetivo proporcionar maior finalidade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a 37 descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado. “Para Marconi e Lakatos (2007, p.20), a pesquisa delineia “o que é”, aborda também quatro aspectos: descrição, registro, análise e interpretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente”. Para Marconi e Lakatos (2001, p.43), a pesquisa bibliográfica: Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revista, publicações avulsas e impressa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisando em contado direto em contato direto com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto. A pesquisa exploratória é o primeiro passo de todo trabalho científico (ANDRADE, 2006, p.124). Ainda segundo Andrade (2006): [...]a pesquisa exploratória tem como objetivo facilitar a delimitação do tema do trabalho, e consequentemente definir os objetivos ou até mesmo formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir o enfoque do trabalho que se tem em mente. Por meio dela pode-se determinar uma boa pesquisa sobre determinado assunto. 2.2.3 Delimitação do Universo Para Beuren (2004,p. 118) população ou universo é a totalidade de elementos distintos que possui certa paridade nas características definidas para determinado assunto. O universo desse trabalho é uma academia de ginástica e musculação situada no Município de Caçador-SC, onde se avaliou a possibilidade de ampliação e analisaram-se os dados que foram coletados. A delimitação do universo torna-se mais evidente a partir da escolha do assunto. Muitas vezes, antes da escolha do assunto, desde o momento inicial da decisão de se realizar a investigação, já se tem uma ideia geral do universo da pesquisa, isto é, o conjunto de atributos que serão alvo de investigação, e por isso, transformando-se-ão em fontes de informação. Mas no momento da elaboração do projeto, é necessário reunir informações mais precisas sobre a delimitação do universo da pesquisa, descrevê-lo em suas grandes linhas e decidir se a pesquisa se fará sobre o universo todo ou sobre uma amostra dele. Nesse caso, as informações sobre o universo deverão permitir a estratificação para a escolha daamostra representativa ou significativa. (FACHIN, 2006, p.112). 38 Ainda para Fachin (2006, p. 113) na delimitação do universo se relacionam as fontes de informação e também onde se descrevem e quantificam os entrevistadores. O estudo descritivo possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação. (OLIVEIRA, 1997, p.114) 2.2.4 Técnicas e Instrumentos de Coleta de Dados A técnica de coleta de dadosutilizada para o presente trabalho foi pesquisa bibliográfica, dados primários e secundários, e a análise dos custos para ampliação de uma academia situada no município de Caçador – SC. O volume do material coletado, aproveitável e adequado variará de acordo com a habilidade do pesquisador, de sua experiência e capacidade em descobrir indícios ou subsídios importantes para seu trabalho. (OLIVEIRA, 2000, p.156) Para Gil (2007), quando os objetivos não estãoclaros, o que costuma ocorrer é o acúmulo de grande quantidade de dados, o que dificulta selecionar os que possam ser significativos para a pesquisa. A redução dos dados consiste em processo de seleção, simplificação, abstração e transformação dos dados originais provenientes das observações de campo. Para que essa tarefa seja desenvolvida a contento, é necessário ter objetivos claros, até mesmo porque estes podem ter sido alterados ao longo do estudo de campo. (GIL, 2007, p.133) Marconi e Lakatos (2007, p.32) afirmam que: “etapa da pesquisa que se inicia a aplicação dos instrumentos elaborados e das técnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos”. A fonte utilizada para a pesquisa também foi secundária, pois, segundo Andrade (2007, p. 43), as fontes secundárias referem-se a determinadas fontes primárias, isto é, são constituídas pela literatura originada de determinadas fontes primárias e constituem-se em fontes de pesquisa bibliográficas. 39 2.2.5 Procedimentos para Análise dos Dados A análise dos dados foi desenvolvida de forma descritivaatravés de livros, uso da internet e análise de orçamento de custos. Uma vez manipulado e obtido os resultados, o passo seguinte é a análise e interpretação destes, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa. (OLIVEIRA, 1997, p.184) Roesch (1999, p. 48) diz: Avalia que na pesquisa de caráter qualitativo o pesquisador, ao encerrar sua coleta de dados, se depara com uma quantidade imensa de notas de pesquisa ou depoimentos, que se materializam na forma de textos, os quais terá de organizar para depois interpretar. Para Bauren (2004) analisar dados significa trabalhar com todo material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevista, as informações de documentos e outros dados disponíveis. O mais importante na análise e interpretação de dados no estudo de caso é a preservação da totalidade da unidade social. Daí, então, a importância a ser conferida ao desenvolvimento de tipologias. Muitas vezes esses “tipos de ideia” são antecipados no planejamento da pesquisa. Outras vezes, porém, emergem ao longo do processo de coleta e análise de dados. (GIL, 2007, p.141) Para Gil (2007), entre os vários itens de natureza metodológica, o que apresenta maior carência de sistematização é o referente a análise e interpretação de dados. 2.3 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE DOS DADOS E RESULTADOS A Academia Impacto, Bruna Desireé Schmitz& CIA LTDA ME, foi fundada no dia 01 de janeiro de 2004, situada na Rua: Moacir Sampaio nº 371 Bairro Berger, Caçador/SC, tendo como proprietário o Sr. Adriano Rodrigo Schmitz, formado em Educação Física na Unoesc de Videira, CREFSC 005865-G/SC. Iniciou suas 40 atividades somente com musculação, esteiras de corrida e caminhada, aparelhos de boxe, avaliação física, IMC, Percentual de G%, PersonalTreiner. A partir do segundo ano, deram início às aulas de Ginástica somente com aulas de step, local, taebo, e ao longo do tempo as aulas de powerJump (Programa da Body Systems e Lês Mills, a melhor ginástica do mundo). Atualmente a academia tem como quadro de funcionários: Adriano Rodrigo Schmitz, Bruna Desireé Schmitz, Juliana Ruggini, Judson Costa da Silva, Juliana Bianchi, Diely Wickmann e Jéssica Aline Gelinski. Em novo endereço, na Rua Moacir Sampaio n. 475, desde de janeiro de 2010 com maior espaço, dois pisos, quadra de Squash, uma ampla sala de musculação e ginástica, e aulas de spinning em uma sala de 732m². Na apresentação e análise de dados será abordada a análise atual da organização com o intuito de observar o atual processo de divulgação da empresa e o ambiente organizacional. 2.3.1 Conhecer as atividades da academia Na empresa estudada já são realizadas diariamente as atividades de ginástica, musculação e squash. O objetivo da ampliação é adicionar modalidades de luta, como a luta livre (MMA), judô, boxe e muaythai. 2.3.1.1 Ginástica A ginástica é uma atividade integrada por um sistema de exercícios físicos, especialmente escolhidos, que requerem força, flexibilidade e agilidade. Podem servir tanto para competições como para recreação. A ginástica é conhecida pela forma de aplicar os conteúdos e utilização de seus meios de acordo com o objetivo que se deseja obter. 2.3.1.2 Musculação A musculação é hojeuma das atividades mais recomendadas, seja para quem quer emagrecer, aumentar massa ou então definir a musculatura, ela também pode evitar lesões e até tratá-las. A musculação torna o corpo, coração e a mente mais 41 saudáveis. Melhora a autoestima, o sono, e o bem-estar. A musculação rejuvenesce e evita diversas doenças, como a osteoporose, artrose, e diabetes. 2.3.1.3 Squash O squash é um esporte em desenvolvimento e está se tornando uma ótima opção para manter uma boa qualidade da saúde. Sendo assim, o squash é uma opção criativa e divertida para aquelas pessoas que desejam manter o seu peso ou então perdê-lo em curto prazo. Em uma sessão de squash, faz-se uso do sistema aeróbio e ocorrem sucessivas explosões musculares de curta duração. O Squash é uma atividade física que engloba todos os sistemas energéticos. 2.3.1.4 Luta Livre (MMA) MMA (Mixed Martial Arts - Artes Marciais Mistas) são artes marciais que incluem golpes de luta em pé e também técnicas de luta no chão. As artes marciais mistas podem ser praticadas como um esporte de contato de maneira regular ou em torneios, em que dois concorrentes tentam derrotar um ao outro. Entre os benefícios do MMA está o condicionamento global. Mais do que qualquer outra atividade, o MMA estimula todas as qualidades físicas de forma integrada. Por ser uma atividade de demanda metabólica alta, onde o corpo todo é envolvido, garante um gasto calórico alto, ótimo para quem quer perder peso. 2.3.1.5 Judô Judô é um esporte praticado como arte marcial, que tem como objetivo fortalecer o físico, a mente e o espírito de uma forma integrada, além também de desenvolver técnicas de defesa pessoal. Desenvolve o corpo, a agilidade, equilíbrio, velocidade, coordenação e flexibilidade, além da disciplina e de fortalecer a parte espiritual. 2.3.1.6 Boxe 42 O boxe é um esporte no qual os lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa quanto para o ataque. Entre os benefícios do boxe estão a prevenção do aparecimento da osteoporose e problemas cardiovasculares e respiratórios, a melhoria na flexibilidade, reforço da estrutura muscular, diminuição da pressão arterial. 2.3.1.7 Muay thai Muay thai (Arte Marcial Tailandesa) também conhecido como boxe tailandês, é uma arte marcial que faz uso dos cotovelos, joelhos, golpes com a canela, chutes e também golpes giratórios. O muay thai tem como benefícios tonificar os glúteos, braços, ombros, costas, barriga, pernas e panturrilha. Com a sua prática, os ossos adquirem maior densidade, as articulações ficam mais flexíveis e a coordenação motora é ampliada. Além disso, desenvolve ou fortalece também a autoconfiança e alivia o estresse. 2.3.2 Apurar os Custos da Ampliação da Academia Na proposta de investir determinado capital próprio para ampliar um negócio, surge a oportunidade de adquirir novos tipos de serviços, e para que isso ocorra é determinante fazer uma análise de viabilidade econômica para saber se é rentável ou não fazer esse investimento. Antigamente, não existia tanta procura pela prática de lutas e atividades físicas para a melhoria da saúde do corpo, mas com o passar do tempo a procura por esses serviços está aumentando e passou então a surgir em grande escala o número de pessoas interessadas em fazer algum tipo de atividade física. As pessoas buscam desenvolver atividades às vezes apenas por lazer ou então por algum tipo de necessidade. Com o bom crescimento dessa procura, surge a ideia de se investir em atividades que ainda não estão muito disponíveis nessa localidade em que se deseja fazer a ampliação. Para iniciar esta análise é imprescindível primeiramente estimar os custos do negócio. 43 2.3.2.1 Estimativa de Custos do Negócio Custos são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço eque serão incorporados mais tarde no preço dos produtos ou dos serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, gastos de manutenção, despesas de compra de materiais, matéria-prima ou insumos consumidos durante o processo. Custos são valores monetários que qualquer organização tem que sacrificar para atingir seus objetivos. Na administração são divididos em fixos e variáveis. Na visão contábil, custos são os gastos que a empresa tem ao âmbito de alcançar um determinado objetivo, de ter um produto ou serviço acabado. Dentro do foco contábil, o custo traz o retorno financeiro,e está diretamente ligado ao negócio da empresa. 2.3.2.1.2 Custos Fixos Custos fixossão aqueles que não sofrem nenhuma variação de valor em caso de aumento ou redução da produção. Independem do nível da atividade e podem, ainda, ser chamados de custo de estrutura. São exemplos de custos fixos, a limpeza e a conservação do ambiente.