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- Compreende os órgãos envolvidos no desenvolvimento, amadurecimento, transporte, armazenamento e liberação dos gametas masculinos (espermatozoides); - Ele consiste em um par de testículos (gônadas), epidídimo, ducto deferente, glândulas acessórias, uretra, pênis e adaptações de pele (prepúcio e escroto); Sistema reprodutor do ovino; - São órgãos pares responsáveis por funções endócrinas (produção de hormônios, como a testosterona) e por funções exócrinas (produção de espermatozoides); - Durante o desenvolvimento, migram para o processo vaginal, na região pré-púbica, coberto pelo escroto. Esse processo é denominado descida dos testículos e depende do gubernáculo dos testículos (um cordão mesenquimal envolvido em peritônio que se prolonga dos testículos pelo canal inguinal até o processo vaginal); - O componente endócrino funciona normalmente à temperatura interna do organismo, mas na maioria dos mamíferos, a produção bem-sucedida de gametas requer uma temperatura alguns graus mais baixo que a de dentro do abdômen. Portanto, o testículo precisa estar fora da cavidade; - Na primeira fase da descida dos testículos, o gubernáculo aumenta de comprimento e diâmetro, expandindo-se para além do canal inguinal e, dessa forma, dilatando-o. Na segunda fase, ele retrocede, acomodando os testículos dentro do processo vaginal; OBS.: alguns fatores que auxiliam na termorregulação testicular são exposição escrotal, ausência de tecido adiposo, presença do plexo pampiniforme, abundante quantidade de glândulas sudoríparas, presença da túnica Dartos e do músculo cremáster (promove o enrugamento e espessamento da pele do escroto, aproxima ou afasta os testículos da parede abdominal); - A impossibilidade de um ou de ambos os testículos realizarem a descida testicular se chama criptorquidismo e acredita-se que se trate de uma condição hereditária; No equino, seus eixos são quase horizontais, ovoides, mas consideravelmente comprimidos medialmente, assimétricos, com o esquerdo sendo maior, na maioria das vezes. No bovino, são relativamente maiores e possuem um contorno alongado e oval com eixo vertical. Em pequenos ruminantes, são ovoides, simétricos, consideravelmente comprimidos medialmente com eixo longo vertical. No suíno, são muito grandes e possuem contorno irregularmente elíptico, com eixo longo direcionado dorsal e caudalmente (em direção ao ânus); Estrutura - São revestidos por uma CÁPSULA FIBROSA/TÚNICA ALBUGÍNEA, a qual é composta de fibras colágenas e contém vasos sanguíneos maiores visíveis na superfície dos testículos em um padrão característico de cada espécie; OBS.: O parênquima do testículo normalmente se encontra sob pressão. Consequentemente, qualquer expansão significativa eleva a pressão intratesticular e a túnica albugínea não consegue se expandir para comportar o aumento de volume do testículo, gerando desconforto e uma possível inflamação (orquite); - A cápsula emite septos que dividem o parênquima em lóbulos piramidais. Esses septos convergem centralmente para formar o MEDIASTINO DO TESTÍCULO; - Dentro de cada lóbulo, encontramos vários TÚBULOS SEMINÍFEROS, onde ocorre a formação das espermatogônias. A parede desses túbulos contém células espermatogenéticas e células de sustentação/células de Sertoli, que regulam a espermatogênese, fornecendo nutrientes para as células espermatogenéticas e produzindo hormônios. O tecido intersticial que preenche o espaço entre os túbulos contém células de Leydig, as principais produtoras dos hormônios esteroides androgênicos; - Está firmemente anexado ao testículo, é bastante tortuoso e conecta o ducto epididimário ao ducto deferente. Armazena espermatozoides durante seu amadurecimento antes de passarem para o ducto deferente e pela uretra. Pode ser dividido em três segmentos: cabeça, corpo e cauda; - A CABEÇA DO EPIDÍDIMO está firmemente fixada à cápsula testicular. O espaço entre o CORPO DO EPIDÍDIMO e o testículo é denominado BOLSA TESTICULAR. Imediatamente após penetrar o epidídimo, os DUCTOS EFERENTES se unem para formar o DUCTO EPIDIDIMÁRIO, que prossegue até a CAUDA DO EPIDÍDIMO (onde são armazenados até o momento da ejaculação). Ela se fixa à extremidade caudada do testículo pelo ligamento próprio do testículo e ao processo vaginal pelo ligamento da cauda do epidídimo. O ducto epididimário é o local de amadurecimento dos espermatozoides e de absorção do fluido testicular e ele emerge em sua cauda, prosseguindo na forma de DUCTO DEFERENTE; - É a continuação direta do ducto epididimário. Apresenta- se no início levemente enovelado e depois em linha reta, quando segue em direção ao abdômen. Ele ascende por dentro do CORDÃO/FUNÍCULO ESPERMÁTICO (ducto deferente, músculo cremáster e plexo panpiniforme formado por artérias e veias testiculares) e penetra a cavidade abdominal através do canal inguinal; - A porção terminal do ducto deferente se torna espessa pela presença de glândulas em sua parede para formar a ampola do ducto deferente, também conhecida como glândulo ampular; No equino e nos ruminantes, o ducto deferente se une ao ducto excretor da glândula vesicular próximo a seu término. A passagem compartilhada desses dois ductos é conhecida como ducto ejaculatório; OBS: no interior dos túbulos seminíferos, as espermatogônias são produzidas > se encontram no mediastino do testículo > são levadas pelos ductos eferentes para a cabeça do epidídimo > passam pelo corpo até a cauda do epidídimo, onde são finalmente maturadas para virarem espermatozoides > quem conduz o espermatozoide do testículo para a uretra é o ducto deferente; - Não apenas cobrem o testículo, o epidídimo e partes do cordão espermático, mas também se moldam ao redor desses órgãos. As diferentes camadas dos envoltórios do testículo correspondem às camadas da parede abdominal. São elas: Escroto - Formado pela pele externa, a túnica dartos e a fáscia espermática externa; - É onde os testículos e as partes adjacentes dos funículos espermáticos estão situados. Ele contrai na exposição ao frio, de modo que o escroto está repuxado e torna-se mais espesso e enrugado; quando relaxado, sob influência do calor ou de fadiga, ou por debilidade, torna-se liso e pendular; - A pele do escroto é fina e elástica, normalmente escura ou preta no equino, lisa e gordurosa ao toque. Costuma não apresentar pelos, exceto no gato e em determinadas raças de ovinos, nos quais é coberta por pelos. Ela apresenta uma grande quantidade de glândulas sudoríparas e sebáceas e se adere firmemente à túnica dartos subjacente; - A túnica dartos possui várias fibras de músculo liso, as quais se contraem para tensionar e retrair o escroto e, desse modo, contribuem para a regulação de temperatura do testículo e é bastante desenvolvida no bovino; - O SEPTO DO ESCROTO envolve os testículos separadamente e é marcado externamente com a RAFE DO ESCROTO; OBS.: O MÚSCULO CREMÁSTER cobre parte do processo vaginal e é recoberto por uma camada delgada de tecido conectivo frouxo. Durante a contração, retrai o escroto e seu conteúdo em direção à região inguinal; 1- Plexo panpiniforme; 2- Ductos deferentes; 11- M. cremáster; 13- Fáscia espermática externa; 14- Ligamento próprio do testículo; 15- Ligamento da cauda do epidídimo; O escroto se situa na região inguinal no equino e no cão (1 mais cranial e 1 mais caudal), abaixo da região inguinal em ruminantes, perineal no suíno e subanal no gato (paralelo um ao outro); Processo vaginal - Formado pela fáscia espermática interna e a lâmina parietal da túnica vaginal; - Se prolonga para os compartimentos direito e esquerdo do escroto, os quais são divididos pelo septo do escroto; - O formato do processo vaginal se assemelha a uma garrafa com uma porção proximal estreita, cuja extensão depende da posição do escroto, e uma porção distal mais ampla, que se molda aos órgãos que envolve.A cavidade vaginal se comunica com a cavidade abdominal pelo ÓSTIO VAGINAL situado na abertura interna do canal inguinal. Eventualmente, uma alça do intestino ou parte do omento forma uma hérnia no processo vaginal. Essa condição (hérnia inguinal) é mais comum em espécies com um anel vaginal amplo, como o equino e o suíno; 1- Pele; 2- Septo escrotal; 3- Fáscia espermática externa; 4- Camada parietal da túnica vaginal; 5- Camada visceral da túnica vaginal; 6- Músculo cremáster; 7- Camada visceral da túnica vaginal recobrindo o cordão espermático; 8- Ducto deferente; 9- Cauda do epidídimo; - É um longo tubo mucoso que se prolonga desde o ÓSTIO INTERNO DA URETRA até o ÓSTIO EXTERNO DA URETRA na extremidade livre do pênis. Possui função urinária (transporte de urina) e reprodutiva (transporte de sêmen na ejaculação); - Conforme sua localização, ela pode ser dividida em uma parte pélvica (interna) e uma parte peniana (externa/esponjosa); - A PARTE PÉLVICA pode ser subdividida em uma parte PRÉ-PROSTÁTICA proximal (conduz urina) e uma parte PROSTÁTICA (recebe a companhia do ducto deferente e do ducto vesicular ou ejaculatório combinados). Na parte pré-prostática, há uma CRISTA URETRAL que se projeta no lúmen e termina em um espessamento, o COLÍCULO SEMINAL, que marca as aberturas dos ductos deferentes (no equino e nos ruminantes, os ductos ejaculatórios combinados); - Situam-se na parte pélvica da uretra. Sua presença varia entre as espécies, podendo incluir: - Liberam suas secreções na uretra e contribuem para o volume do sêmen ao produzir o líquido seminal, o meio de transporte do espermatozoide. São hormônio- dependentes e, portanto, atrofiam ao realizar a castração. A testosterona, além de possuir um efeito positivo sobre a produção de secreções, contém frutose e citrato para nutrição, transporte e proteção dos espermatozoides, intensifica sua movimentação e atua como agente de tamponamento fisiológico contra o ambiente ácido no interior da vagina; Bulbouretrais (Cowper) - São encontradas em todos os mamíferos domésticos, com exceção do cão. Elas se situam na face dorsal da uretra pélvica e, durante o estímulo sexual, secretam uma substância clara e viscosa semelhante a muco que provavelmente atua como lubrificante para a uretra; No gato, ela é bastante pequena e esférica. São de tamanho moderado nos equinos e ruminantes, mas substanciosas no suíno (parecem dois cilindros irregulares alongados dispostos de cada lado da uretra) , sendo consideravelmente menores em suínos castrados (pode ser usado como indicativo de castração recente); Próstata - Está presente em todos os mamíferos domésticos: em alguns, ela é composta por duas partes: PARTE DISSEMINADA (espalhada difusamente na parede da uretra pélvica) e o CORPO (compacto, situado externamente à uretra). A hipertrofia da próstata é relativamente comum em cães mais velhos e pode levar a obstrução devido à pressão da próstata aumentada sobre o reto; O equino possui apenas o corpo, consistindo em dois lobos laterais com um istmo de ligação, possui formato prismático. Os pequenos ruminantes têm apenas a parte disseminada. No bovino, é de coloração amarelo clara e consiste em duas partes contínuas (no suíno também, mas está oculta pelas glândulas vesiculares). No cão e no gato, há apenas vestígios da parte disseminada, mas o corpo é grande e globular. Ele é tão extenso nessas espécies que envolve completamente a uretra no cão e grande parte da uretra no gato; Vesiculares - Estão presentes em todos os mamíferos domésticos, com exceção do cão e do gato. Em ruminantes e no equino, seu ducto excretor se une ao ducto deferente logo antes de seu término e essa passagem comum curta é denominada ducto ejaculatório; No equino, é um órgão oco relativamente grande com uma parede muscular espessa e uma superfície lisa em forma de bexiga. No bovino e no suíno, a superfície é irregular. A glândula vesicular é particularmente bem-desenvolvida no suíno, apresentando um formato piramidal característico; Ampola - Localizada nas extremidades dos ductos deferentes. Bem desenvolvidas em equinos e ruminantes e ausente em suínos; Equino; Bovino; Suíno; Cão; - O pênis é o órgão copulatório masculino, sendo composto essencialmente de tecido erétil, e inclui a parte extra-pélvica da uretra. Deposita sêmen no trato reprodutor feminino; - É suspenso entre as coxas na face ventral do tronco com sua extremidade livre voltada para o umbigo em todos os mamíferos domésticos, com exceção do gato, no qual ele se direciona caudalmente; - É constituído principalmente por um par de CORPOS CAVERNOSOS, localizados dorsalmente, e um CORPO ESPONJOSO localizado ventralmente. Os corpos cavernosos são repletos de vasos sanguíneos e convergem, prosseguindo distalmente no corpo do pênis. O corpo esponjoso, em união ininterrupta com o BULBO DO PÊNIS (antes denominado bulbo uretral) circunda a uretra e a sua expansão distal forma a glande do pênis; - Essas três estruturas (corpos cavernosos e corpo esponjoso), constituídas por tecido erétil (composto por espaços cavernosos), são circundadas por tecido conjuntivo frouxo, a túnica albugínea; Tipos Há dois tipos diferentes de pênis nos mamíferos domésticos quanto à estrutura do corpo cavernoso: PÊNIS FIBROELÁSTICO: presente nos ruminantes e suínos. Possui pequenos espaços sanguíneos divididos por quantidades substanciais de tecido fibroelástico e é envolvido por uma túnica albugínea espessa que envolve tanto o corpo cavernoso quanto o corpo esponjoso; Bovino; - Nesses animais, o pênis em repouso exibe uma FLEXURA SIGMOIDE entre as coxas. Relativamente pouco sangue adicional é necessário para deixar esse tipo de pênis ereto, e o alongamento do pênis é alcançado principalmente ao se deixar a flexura sigmoide reta; PÊNIS MUSCULOCAVERNOSO: presente nos equinos e carnívoros. Os espaços sanguíneos são maiores e a túnica e os septos interpostos são mais delicados e musculares. Um volume de sangue consideravelmente maior é necessário para se alcançar a ereção, a qual é marcada por um aumento significativo tanto de diâmetro como de comprimento do pênis; Cão; Equino; Partes - Ele se origina como dois pilares do arco isquiático. Os pilares convergem para formar a RAIZ do pênis, a qual prossegue como o CORPO do pênis até a GLANDE do pênis; GLANDE: no equino, se assemelha a um cogumelo, sendo que a COROA é a parte mais larga. Na direção do corpo do pênis e por trás da coroa, a glande é comprimida para formar o COLO DA GLANDE. A extremidade livre da coroa é marcada por uma FOSSA central, na qual a parte terminal da uretra se projeta e o esmegma tende a se acumular (seu espessamento pode causar desconforto); - no cão, a extremidade distal do corpo cavernoso é modificada para formar o OSSO PENIANO. A glande é bastante avantajada e se divide em uma PARTE LONGA e uma parte proximal expandida, o BULBO DA GLANDE (formado por tecido erétil derivado do corpo cavernoso, é preenchido com sangue durante o acasalamento, ficando inchado e "preso" pelas contrações musculares da vagina e vulva da fêmea, impossibilitando a sua retirada até o termino da ejaculação); - o gato apresenta osso peniano e PAPILAS QUERATINIZADAS, as quais se direcionam proximalmente em estado de repouso e se irradiam em todas as direções durante a ereção; - no suíno, a terminação livre do pênis gira em torno de seu eixo longitudinal, de modo semelhante a um saca- rolhas, em cujo topo há uma pequena glande; - no bovino, a extremidade livre do pênis é coroada por uma pequena glande assimétrica e ligeiramente espiralada; - em pequenos ruminantes, a extremidade do pênis exibe um PROCESSO URETRAL e uma glande substancial; Prepúcio - O prepúcio, ou bainha, é uma dobra de pele que cobre a extremidade livre do pênis emestado de repouso. Ele consiste em uma lâmina externa e outra interna, as quais são contínuas no óstio prepucial. A LÂMINA EXTERNA é a pele da superfície exterior e a LÂMINA INTERNA possui uma grande quantidade de tecido linfoide e glândulas sebáceas modificadas que secretam esmegma, o qual facilita a introdução do pênis na vagina. A lâmina externa é marcada por uma rafe mais ou menos distinta como a continuação da rafe do escroto. O prepúcio pode ser retraído e projetado por meio de diversos músculos estriados; O prepúcio equino possui uma característica distinta ao apresentar uma prega adicional que permite o alongamento considerável do pênis durante a ereção. No bovino e no suíno, pelos longos circundam a entrada para o prepúcio. No suíno, o prepúcio se dobra sobre si dorsalmente para formar o divertículo prepucial (acúmulo de urina, secreções e células mortas que contribuem para o odor típico de um suíno), o qual é dividido em dois compartimentos por um septo mediano; Cão Gato Equino Bovino Suíno
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