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petição de interdição 01

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JUIZO DE DIREITODA VARA CIVELDA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RJ DA REGIONAL DO MEIER
Reque-se, nos termos do ART.1048, I do CPC, junto com art. 71 do ESTATUTO DO IDOSO, LEI (10741/03), a concessão do beneficio da prioridade processual a pessoa maior de 60(sessenta anos), previsto nos referidos dispositivos em anexo a está petição, segue documentos atestado a idosa do interditado, cuja a juntada aos autos se pleiteia tendendo ao dispositivo nos art.1048 parágrafo 1° e 71 parágrafo 1°das respectivas normas.
CLIENTE, CELIA MARIA DE MIRANDA,l divorciada, brasileira, aposentada, com IDENTIDADE SOB N°09706516-3 INSCRITA NO CPF 028088747-74, domiciliada na RUA DA CAPELA N° 425, PIEDADE RJ, CP 20740-000, telefone 981990677, VEM POR SUA ADVOGADA JUSSARA OLIVEIRA COM PROCURAÇÃO INFRA ASSINADA EM ANEXO, COM ENDEREÇO NA RUA DO CAJA 844 CEP 21070-000, ONDE RECEBERÁ INTIMAÇÕES E NOTIFICAÇÕES futuras vem perante a VOSSA EXCELENCIA PROPOR 
AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISORIA EM TUTELA DE URGENCIA
EM FACE DE MARIA DO CÉU DE MIRANDA, BRASILEIRA, VIUVA,PORTADORA DA CARTEIRA DE IDENTIDADE N°, E DO CPF , DOMICILIADA NA RUA DA CAPELAN°425 PEIDADE EJ, CEP 20740-000,pelos fatos e fundamentos que passam a serem expostos
.
DOS FATOS
A REQUERENTE é filha da interditada, conforme se depreende documentos em anexo
A ré sofre de doença mental progressiva e irreversível, em estado avançado, que a priva da capacidade de se manifestar adequadamente e praticar atos da vida civil,estando privada totalmente de capacidade intelecto-volitivo, não tendo condições de permanecer sem os cuidados de profissionais destinadas à amenizar o progresso da doença degenerativa. 
A ré reside atualmente com sua filha Sr Célia, possuindo mais um filho casado de nome Marcos Soares de Miranda. Há relatório médico, firmado pela, Dra. Bernadete Dutra Folly, CRM/RJ n.º 52.30956-3, no qual destaca, que o quadro de demência da ré é provocado pelo Mal de Alzheimer, e vem evoluindo de tal sorte que a torna completamente dependente de outras pessoas para lhe auxiliar nos mínimos atos.
Face à sua incapacidade atual para manifestação de vontade, bem como a impossibilidade de realizar movimentos simples a re tem dificuldades de obter verba proveniente da IPERJ, o qual é deferido pelo Serviço de Inativos e Pensionistas da Polícia Militar à beneficiários do sistema previdenciário deixado pelo seu falecido marido. Importante informar que a urgência na presente lide para a manutenção da ré, haja vista que o tratamento a ser custeado para o convalescimento da mesma deverá ser arcado pela autora, a qual dispõe de meios econômicos insuficientes para fazê-lo. 
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A requerente  não pode arcar com as custas do processo, por ser pobre na forma da lei, conforme declaração anexa. Requer assim, desde já, os benefícios da gratuidade judiciária, nos termos da Lei n º. 1.060/50.
 DO MÉRITO.
 DA INTERDIÇÃO.
Como se sabe, a interdição ou curatela é uma medida de amparo criada pela legislação civil por meio do qual se declara a incapacidade para a prática dos atos da vida civil.
Nas palavras do Professor Silvio Rodrigues, trata-se do “reconhecimento da inexistência, numa pessoa, daqueles requisitos que a lei acha indispensável para que ela exerça os seus direitos direta e pessoalmente”.
Demais disso, vale a lembrança de que a saúde mental, pela sua própria complexidade, reclama a adoção de políticas públicas intersetoriais protetivas da pessoa humana, de modo a promover e resguardar os direitos fundamentais das pessoas com transtornos mentais, inclusive com utilização de recursos públicos, consoante previsão do art. 198, § 2°, da Lex Mater.
Destaca-se ainda, que a condição senil por si só não implica em incapacidade, posto que esta só ocorre quando não mais persistem do ponto de vista jurídico, possibilidade de manifestação de vontade do interditando, necessitando, para tanto, de representação, dando-lhe a devida proteção e zelando por seus interesses, regendo sua vida e administrando seu patrimônio.
Nesse enlace, é fundamental para tal instituto a caracterização da ausência de entendimento para a prática do ato ou a impossibilidade de expressão da vontade determinada por uma causa duradoura. Essa caracterização é expressa, primeiramente em linguagem médica e, além do comportamento biológico, requerer-se a presença do elemento psicológico.
Procurando estabelecer uma evidente conexão com os artigos 3° e 4° do Código Civil, o art. 1.767 apresenta o rol das pessoas sujeitas à curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil;
II - aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade;
III - os deficientes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos;
V - os pródigos.          
No presente caso, como se pôde aduzir em linhas pretéritas, trata-se de clássico caso de ausência de discernimento para os atos da vida civil, posto que conforme exposto, encontra-se a interditada em estado que a impossibilita a plena capacidade de compreensão da vida e do cotidiano, em decorrência de uma patologia permanente e progressiva, devidamente atestada, como já se comprovou, coadunando-se com a previsão disposta no inciso primeiro do artigo acima aludido.
Destaca-se que no caso em espeque, busca-se acima de tudo, a preservação e a proteção da dignidade da própria interditada, face às inequívocas necessidades existenciais da mesma, representando o presente instrumento um meio adequado para a satisfação de seus reais interesses de vida.
3.2. DA NECESSÁRIA NOMEAÇÃO DA REQUERENTE COMO CURADORA DA INTERDITANDA.
 A curatela, como já se aduziu, constitui um instituto de interesse público, destinada, em sentido geral, a reger a pessoa ou administrar bens de maiores, porém incapazes de regerem sua vida por si, em razão de moléstia, prodigalidade ou ausência. Como o próprio nome diz, o instituto tem por finalidade preservar a defesa dos interesses do deficiente, cuidando de tudo que diz respeito à sua pessoa e aos seus bens, no limite da necessidade, conforme bem acentua Maria Berenice Dias:
“A Curatela é um instituto protetivo dos maiores de idade, mas incapazes, isto é, sem condições de zelar por seus próprios interesses, reger sua vida e administrar o seu patrimônio.”
Além disso, possuem legitimidade para tal pleito, os entes descritos no texto do art. 1.768 do Código Civil, nos seguintes termos:
“A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
“III - pelo Ministério Público.”
Mormente destaca-se que na nomeação de curador o julgador deve ter em vista a situação que melhor se amolda aos interesses do interditado, não podendo permitir que questões econômicas e interesses particulares prevaleçam sobre o seu bem-estar.
A jurisprudência pátria vem entendendo que a análise da curatela deve se ater muitas vezes às peculiaridades do caso concreto, devendo ser deferida a quem tem melhores condições de zelar pelos interesses do interditado. Referida interpretação também encontra respaldo no art. 1.109 do Código de Processo Civil, que estabelece a desobrigação do juiz, quanto ao critério da legalidade restrita, sendo-lhe facultado adotar em cada caso a solução que julgar mais conveniente e oportuna.
A aplicação do art. 1.775 do Código Civil, que estabelece uma ordem legal de preferência para nomeação, não se mostra absoluta, sob pena de se subverter a própria finalidade do instituto da curatela, que visa, sobretudo, resguardar os interesses do interditado.
Nesse sentido, colaciona-se singular lição do ilustre jurista Humberto Theodoro Júnior:
"A jurisprudência, todavia, tem entendido que a graduação do artigo 454, (correspondente ao art. 1.757 do novo Código Civil), não é absoluta ou inflexível, podendo o juiz alterá-la na conveniência do interdito e em face das peculiaridades do caso." (Curso de Direito processual Civil,31ª ed., Forense, Rio de Janeiro 2003, p. 400).
 TUTELA DE URGÊNCIA LIMINAR (Curatela Provisória)
Conforme prescreve o artigo 300, § 2º do NCPC,
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
[…]
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Em complemento o artigo 749, §º único, estabelece a possibilidade de nomeação de curador provisório ao Interditando,
Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
Como apontado no Atestado Médico, a Interditada passa por situação de vulnerabilidade social, sendo necessária a agilização dos trâmites burocráticos, visando a nomeação de Curadora para solucionar problemas diversos tais como questões emergenciais, práticas do dia a dia, requerer, receber e administrar pensão por morte e outros benefícios de direito da Interditada, desbloquear pagamento, comprar mantimentos, pagar contas dentre outros.
Assim, é justificável a concessão de tutela de emergência em caráter liminar para que seja nomeado a Requerente, Curadora Provisória da Interditada, para que possa exercer os atos mencionados em benefício da Requerida.

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