Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PROJETO ESPECIAL DE ENSINO - CARTOGRAFIA Tema Geral: Desigualdade Social e a Diversidade etnicocultural no Brasil. Identificação da música Nome da música: Brasis Compositor: Seu Jorge/ Gabriel Moura/ Jovi Joviniano Gravadora, álbum e ano: BMG Brasil Ltda, Ana e Jorge ao vivo – 2005 Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=RLuVJqRBvco Letra da música: Brasis Tem um Brasil que é próspero Outro não muda Um Brasil que investe Outro que suga... Um de sunga Outro de gravata Tem um que faz amor E tem o outro que mata Brasil do ouro Brasil da prata Brasil do balacochê Da mulata... Tem um Brasil que é lindo Outro que fede O Brasil que dá É igualzinho ao que pede... Pede paz, saúde Trabalho e dinheiro Pede pelas crianças Do país inteiro Lararará!... Tem um Brasil que soca Outro que apanha Um Brasil que saca Outro que chuta Perde, ganha Sobe, desce Vai à luta bate bola Porém não vai à escola... Brasil de cobre Brasil de lata É negro, é branco, é nissei É verde, é índio peladão É mameluco, é cafuso É confusão É negro, é branco, é nissei É verde, é índio peladão É mameluco, é cafuso É confusão... Oh pindorama eu quero Seu porto seguro Suas palmeiras Suas feiras, seu café Suas riquezas Praias, cachoeiras Quero ver o seu povo De cabeça em pé...(2x) (Repetir a letra) Quero ver o seu povo De cabeça em pé...(final 2x) Análise da canção A música Brasis busca trazer ao ouvinte a reflexão sobre a diversidade etnicocultural do país e como essa diversidade se encontra representada nas desigualdades sociais que espalham pelo território brasileiro. A primeira e segunda estrofes da música falam a diferença na distribuição de renda do país, em que uma parte é próspera e a outra não muda. Ao mesmo tempo que parece estar investindo, na verdade acaba por sugar muito mais do trabalhador assalariado, que é explorado e espoliado ao mesmo tempo. Na terceira e quarta estrofes, nota-se a ênfase do interesse que há por trás das ações de políticas públicas que não são feitas corretamente no país. O Brasil que dá é igualzinho ao que pede. Pede paz, saúde e educação, enquanto isso o investimento que se diz ser feito nessas áreas, praticamente não acontecem, pois ainda são feitos de modo muito compensatório, querendo sempre tapar buracos, mas nunca nivelar tudo que está errado por completo. Na quinta e sexta estrofes, mostra-se as dualidades do país, e um efeito desastroso causado por isso. Um Brasil que soca, outro que apanha, o que apanha consequentemente vai à luta, mas não vai à escola. Além disso, fala-se da diversidade de raças, mas finaliza-se a sexta estrofe com a palavra confusão. Essa palavra pode provocar uma reflexão mais profunda: A diversidade de raças do país é aproveitada de modo igualitário e satisfatório para todos? O povo brasileiro buscou aprender através das diversas imigrações estrangeiras ocorridas no tempo, cultivar as relações etnicoculturais de maneira harmônica, ou preferiu alimentar e cultivar preconceitos? Por fim, a última estrofe inicia-se com uma palavra que pode provocar diferentes reações ao se observar seus diferentes significados. O tempo todo a canção fala de um país que ao contrário do que está na bandeira nacional, não possui ordem (é confusão) e não progride (sobe e desce). A palavra Pindorama é utilizada pelos povos dos Andes peruanos e dos Pampas para se referir ao Brasil, sendo identificada como região das Palmeiras. Nesse sentido, o autor poderia ter dado a conotação de que o Brasil ainda vive primitivas relações sociais que remetem a época da “terra das palmeiras” lá no início da exploração e colonização. Outro significado, é que a palavra Pindorama para os tupis-guaranis, é uma terra mítica, livre de todos os males, essa terra seria o litoral brasileiro antes da colonização portuguesa. Esse significado pode estar relembrando o período anterior a colonização portuguesa, pode estar provocando até onde a colonização pode ter contribuído para as terras brasileiras, e em que ponto ela representou lesões que foram se alastrando com o passar dos anos e que ainda se notam as marcas no Brasil que se vê atualmente. Proposta da Atividade Prática A atividade prática consiste em: · A partir do contexto apresentado pela música Brasis, ouvida previamente, o aluno deverá descrever em um papel, desigualdades sociais percebidas por ele, não somente na música, mas também em sua vida cotidiana. · Após isso, ele deverá marcar em um mapa do Brasil, apenas dividido por estados, em quais localidades ele acha que essas desigualdades sociais mais ocorrem. Ele deverá marcar com o número 1. · Depois deverá marcar com o número 2, onde ele acha que as desigualdades sociais mais são veladas, abafadas, encobertas, seja pela mídia jornalística, seja pela própria população local. · Por fim, o aluno deverá marcar com o número 3, os locais onde ele acha ter mais diversidade etnicocultural. O objetivo dessa atividade é fazer com que o aluno perceba, como se dão as relações etinicoculturais do país, a partir das desigualdades sociais que acontecem nele. No mapa, a cada numeração que o aluno fizer, ele estará construindo manchas que podem revelar a ele, a partir de um estudo mais aprofundado, como está a distribuição de renda do país. E passar a responder questões como: Por que determinados estados conseguem se sustentar melhor que outros, por exemplo? Pode-se fazer com que o aluno seja um mapeador e além disso um leitor de mapas, relacionando informações sobre o seu país, o seu estado e outros estados, a partir de uma canção.
Compartilhar