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psa falta resposde unip 20222

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PERGUNTA 1
1. Observe os quadrinhos.
 
O objetivo do texto é
	
	a.
	enaltecer o bucolismo e a vida simples.
	
	b.
	criticar as relações amorosas atuais, que são pouco duradouras.
	
	c.
	criticar a necessidade de registro e de exposição dos momentos íntimos nas redes.
	
	d.
	defender a heteronormatividade.
	
	e.
	criticar a destruição do meio ambiente, que torna raros os momentos de contemplação da natureza.
0,5 pontos   
PERGUNTA 2
1. Leia o texto a seguir.
O futebol é muito desigual
Miro Palma
Tá pra nascer ambiente mais desigual... Calma, eu não estou falando do Brasil. Poderia, talvez esteja falando dele também em algum nível, mas na verdade estou falando mesmo do futebol. De um lado um Neymar, o jogador mais caro do mundo, vendido por 222 milhões de euros, quase um bilhão de reais, um bilhão. Do outro lado um Wallace, meia de 19 anos do Fortaleza, que mal tem condições de comprar uma chuteira.
Wallace não é o único, assim como Neymar. Mas, sabemos que há muito mais jogadores como o meia cearense, leia-se muito mesmo, do que como o craque do PSG. A desigualdade social que racha em um abismo profissionais da mesma área tem raízes nas nossas próprias mazelas sociais e galhos longos na estrutura do futebol brasileiro.
O nosso futebol é feito para poucos. Fato. Poucos jogadores conseguem jogar, poucos times conseguem alcançar índices consistentes e poucos profissionais conseguem trabalhar o ano inteiro. E se não há trabalho, não há patrocínio, não há cotas de investimentos corporativos e de TVs, não há remuneração.
Dos 267 clubes que participaram da primeira divisão de todos os campeonatos estaduais e do Distrito Federal, 190 têm calendário profissional apenas até junho. Isso representa que, para 71% desses times que estão na elite dos seus estados, o ano de competições só tem seis meses. Os números são de um levantamento feito pala Rede do Futebol em parceria com o globoesporte.com, que mostra ainda que dos 8.863 atletas registrados na CBF em 1º de março, 43,5% tinham contratos temporários com prazo de, no máximo, 180 dias.
Ou seja, para esses 3.863 jogadores, o futebol é um dos outros tantos trabalhos que eles precisam desempenhar ao longo do ano para poder sustentar as suas famílias. Talvez por isso tenha sido tão difícil para o jogador do Fortaleza comprar uma chuteira, dividindo o pagamento do produto que custou R$ 400 em três vezes no cartão da tia. Wallace foi revelado pelo Floresta enquanto disputava o Campeonato Cearense. Essa é a primeira vez que o clube disputa a primeira divisão da competição. Neste ano, também, o Floresta – time que foi profissionalizado em 2015 – vai disputar a Copa do Brasil.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que, se os jogadores que atuam durante quatro meses por ano jogassem o ano inteiro, existiria uma geração de 25 mil novos empregos e R$ 600 milhões por ano no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Traduzindo: fazer as nossas ligas crescerem e criar e aumentar os calendários dos clubes dão dinheiro. E esse dinheiro – além da geração de emprego, da movimentação econômica nas cidades, entre outros benefícios – poderia ser uma ponte para ligar o abismo que hoje separa jogadores como Wallace e Neymar.
Disponível em <https://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/o-futebol-e-muito-desigual/>. Acesso em 29 jun. 2022 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
   I. A desigualdade social que marca a realidade brasileira também se expressa no futebol.
   II. Cerca de 71% dos times que estão na elite do futebol de seus estados têm atividades por apenas seis meses no ano.
   III. Se os jogadores atuassem o ano inteiro, seriam gerados 25 mil empregos e o PIB brasileiro seria de R$600 milhões.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	II e III, apenas.
	
	b.
	I e III, apenas.
	
	c.
	I e II, apenas.
	
	d.
	I, apenas.
	
	e.
	I, II e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 3
1. Leia os quadrinhos.
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação entre elas.
I. O objetivo dos quadrinhos é mostrar que as opiniões e as experiências pessoais devem prevalecer em relação ao conhecimento técnico-científico.
PORQUE
II. Um mesmo fato pode ser avaliado de diferentes maneiras.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	a.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.
	
	b.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira.
	
	c.
	A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
	
	d.
	A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
	
	e.
	As duas asserções são falsas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 4
1. Leia o texto.
Comunicação clara faz a vida bela
Por Ana Alvarez, em depoimento a Helena Galante
Gosto de perguntar para as pessoas o que esperam da vida, e elas frequentemente respondem: “Nada… Só peço para ser feliz!”. Como assim? Nada?! Ser feliz é o que todos queremos e, talvez, poucos alcancemos. Pesquisas recentes mostram que a sensação de uma vida feliz tem origem na alta frequência diária de eventos positivos. O que são eventos positivos? Momentos de interação social agradável, mesmo que breves.
Um olhar, um sorriso e um início de conversa têm o poder de criar uma conexão entre as pessoas e dar a elas uma sensação de inclusão, pertencimento e bem-estar. Compreensível, certo? Afinal somos seres humanos, nascemos para conviver, comunicar e construir laços sociais.
Você já parou para pensar no que há de importante na comunicação? O famoso economista Peter Drucker teria dito que o mais importante numa conversa é sempre ouvir e perceber o que deixou de ser dito. Isso porque a escolha de palavras mostraria o que uma pessoa quis dizer. Ou seja, todas as palavras que não foram selecionadas nos mostrariam o que o interlocutor optou por não revelar. Nós sabemos que as palavras têm valor.
Ao utilizar palavras, é possível criar um relacionamento. É possível melhorá-lo e, não raramente, também destruí-lo. A palavra é a ferramenta que nos permite expressar exatamente o que está se passando, se bem utilizada. Em contrapartida, o mau uso pode confundir os interlocutores e tornar as circunstâncias mais difíceis.
Às vezes me pego pensando nas brincadeiras que meu pai fazia conosco usando a especificidade das palavras. Se alguém o convidasse para jantar, ele invariavelmente perguntava se era um convite ou uma sugestão. Ele dizia que era bom sempre deixar as coisas bem claras, pois, se fosse um convite, o outro pagaria, o que não aconteceria se fosse só uma sugestão.
Outra brincadeira era inverter a ordem das orações. Ao sair do restaurante, ele me perguntava: “Foi gostoso, mas foi caro; ou foi caro, mas foi gostoso?”. Ele nos fazia perceber como a simples inversão alterava o sentido das coisas. Um almoço caro, mas gostoso, valeu a pena. Um almoço gostoso, mas caro, talvez fosse melhor ter sido evitado.
Isso nos mostra que a escolha de palavras e o jeito como as organizamos numa sequência de frases são essenciais para a boa comunicação. As palavras são o caminho mais concreto que a humanidade criou para conectar dois ou mais cérebros, e isso moldou a forma como nos expressamos alinhados à nossa expressão corporal.
Toda comunicação é feita a partir dos aspectos verbais, as palavras, e dos aspectos não verbais, os gestos, o olhar, a postura: tudo aquilo que não foi dito, segundo Drucker. Quando recebemos uma mensagem pouco clara, o corpo do interlocutor frequentemente a denuncia e pode revelar um conflito: ouvimos uma coisa e sentimos outra a partir do que estamos vendo. Os nossos gestos escancaram o que a nossa mente murmura. Por isso, as palavras combinadas à expressão facial, ao olhar e aos gestos são tão importantes para se expressar com clareza, sinceridade, gentileza, empatia e compaixão.
Finalizo lembrando que a qualidade da nossa comunicação constrói a felicidade e faz mais bela a experiência de viver. Agora eu os deixo com uma pergunta: faz sentido cuidar da comunicação para ser feliz?
Disponível em <https://vejasp.abril.com.br/coluna/felicidade/comunicacao-clara-faz-a-vida-bela/>.Acesso em 05 ago. 2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
   I. A felicidade está associada à quantidade de eventos positivos, e quem não tem um bom vocabulário não pode ser feliz.
   II. A palavra é poderosa, pois consegue criar e destruir relacionamentos, mas a comunicação também se constrói por outros elementos, como as expressões faciais e os gestos.
   III. Em “o almoço foi gostoso, mas foi caro”, o enunciador, implicitamente, pondera se, de fato, o almoço compensou o gasto.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	I e III, apenas.  
	
	b.
	II e III, apenas.      
	
	c.
	III, apenas.
	
	d.
	II, apenas.   
	
	e.
	I, II e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 5
1. Leia o texto.
Especialista em desinformação alerta: não basta mais só checar dados
Brenda Fucuta
O neto de 8 anos de uma amiga se espantou quando eu disse que precisava estudar para uma prova. "Você ainda estuda?", ele perguntou. Parecia horrorizado. Imaginei que tenha parado para considerar um futuro terrível, em que ele estaria condenado a ser aluno das salas de aula de sua escola pelo resto da vida.
Acontece que sou uma daquelas pessoas bem otimistas que, durante a quarentena, decidiu fazer do limão uma limonada. Já que vou ficar trancada em casa... Me matriculei, muito feliz, em um curso de pós-graduação online. Então, sim, eu ainda estudo. Fake news e desinformação são assuntos que me interessam.
Por esse motivo, solicitei uma conversa com o jornalista Raphael Kapa, coordenador de Educação da Lupa, especialista no tema.
Em 2015, a Lupa foi criada para ser uma agência de checagem de notícias. Hoje, Raphael explica, o posicionamento mudou: ela é uma central de combate à desinformação. Como veremos na entrevista a seguir, apenas checar a informação não é mais suficiente.
UNIVERSA: Em relação aos perigos das fake news, você está mais preocupado hoje do que em 2015, quando participou da abertura da Lupa?
Raphael Kapa: Sim. Em 2015, nós falávamos que queríamos melhorar o debate público. Naquela época, nosso objetivo era mostrar o melhor dado sobre o que era dito, o mesmo objetivo de muitas outras agências de checagem ao redor do mundo. Mas, depois de Donald Trump, o termo fake news foi elevado a outro patamar, extrapolando em muito a questão da notícia falsa ou verdadeira apenas. Por isso, já nem usamos a expressão fake news, preferimos falar de desinformação. Além da checagem de um dado, nós hoje vemos a necessidade de nos posicionarmos editorialmente. Precisamos chamar a atenção para o fenômeno da desinformação e incentivar estratégias para combatê-lo.
UNIVERSA: Como esse ecossistema funciona? Uma agência como a Lupa consegue mapear como nasce e se dissemina uma desinformação?
Raphael Kapa: Existe uma articulação inicial. Essa articulação catalisa o tema, lança mão de ferramentas, de bots etc...
Mas a gente não pode desconsiderar que a indústria da desinformação sempre gera novos desinformadores, agentes que passam a replicar, a repetir e a resgatar conteúdos sobre o tema inicial de forma autônoma. Nesse caso das urnas eletrônicas, por exemplo. A cada vez que o assunto volta à tona, não importa tanto que ele já tenha sido esclarecido pelas agências de checagem, pela imprensa e pelo Tribunal Superior Eleitoral. Muitas pessoas vão compartilhar o conteúdo equivocado, vinculá-lo a conteúdos antigos e gerar uma nova onda de desinformação.
Nesse ponto, a desinformação fica quase incontrolável...Na verdade, o objetivo de uma articulação como essa é que se chegue mesmo a esse ponto da disseminação autônoma em todas as plataformas: lives no YouTube, correntes do WhatsApp, vídeos no TikTok. Cria-se um episódio para que ele passe a se reproduzir espontaneamente. Vídeos mentirosos começam a ser resgatados, produções antes descartadas voltam a ser acionadas.
UNIVERSIA: Quais mídias sociais tornam mais difícil o monitoramento de fake news?
Raphael Kapa: O WhatsApp pode ser um grande desinformador, mas não temos como medir porque se trata de um aplicativo de mensagem. Twitter e TikTok são mídias, mas é muito difícil monitorá-los.
UNIVERSIA: O que é possível fazer para combater a desinformação nessas plataformas, então?
Raphael Kapa: Às vezes, iniciativas simples têm resultado impressionante. Gifs esclarecedores funcionam bem em mensagens de WhatsApp. Por exemplo: um gif que mostra como uma foto foi adulterada é bastante eficiente. No TikTok, que tem um público mais jovem, fizemos uma série, uma campanha de combate à desinformação, que teve resultado excelente.
UNIVERSIA: Qual geração é mais vulnerável à desinformação?
Raphael Kapa: Não temos dados sobre isso. Porém sou da opinião que damos muita luz à terceira idade nesse aspecto, imaginando que eles compartilham tudo que recebem. Precisamos lembrar que essa geração foi a que mais aprendeu o que é jornalismo, imprensa, veículos de notícia. As gerações mais novas talvez não saibam diferenciar uma notícia de fonte segura de uma informação qualquer.
UNIVERSIA: No começo da entrevista, você disse que não basta só checar dados, é preciso incentivar o combate à desinformação de outras maneiras. Quais maneiras?
Raphael Kapa: Nós acreditamos que temos de ir além do jornalismo, ir para a educação, o letramento midiático. As pessoas precisam ter acesso a ferramentas, legislação e regras que possam ajudá-las a enxergar a diferença entre opinião e informação com base científica. Além disso, outros atores, como governo e empresas de tecnologia, precisam se responsabilizar e assumir papéis no combate à desinformação.
Disponível em <https://www.uol.com.br/universa/colunas/brenda-fucuta/2022/07/25/especialista-em-desinformacao-alerta- nao-basta-mais-so-checar-dados.htm>. Acesso em 25 jul. 2022 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
   I. De acordo com o texto, as pessoas que não estudam estão mais propensas a disseminar fake news.
   II. De acordo com o texto, existe uma indústria da desinformação que elabora estratégias para que ocorra a disseminação autônoma de fake news nas plataformas digitais. 
   III. De acordo com o texto, os idosos, menos habituados às novas tecnologias, são mais vulneráveis à desinformação.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	I e II, apenas.
	
	b.
	II, apenas.
	
	c.
	II e III, apenas.
	
	d.
	I, apenas.
	
	e.
	I, II e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 6
1. Leia o trecho da reportagem a seguir.
Índio ou indígena? Entenda a diferença entre os dois termos
Márcia Mura, doutora em História Social pela USP, explica que o termo 'índio' carrega ideias ultrapassadas e genéricas e não abrange a diversidade que existe entre os povos originários. Data que marca a luta dos povos originários pela sobrevivência desde a colonização do Brasil até os genocídios modernos, o "Dia do Índio", celebrado nesta terça-feira (19), deveria se chamar "Dia dos Povos Indígenas", de acordo com a professora e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP), Márcia Mura. Segundo ela, a mudança é necessária para refletir as ideias e lutas das diversas sociedades indígenas.
"Índio é um termo genérico, que não considera as especificidades que existem entre os povos indígenas, como as especificidades linguísticas, culturais e mesmo a especificidade de tempo de contato com a sociedade não indígena", explica. Em contrapartida, "indígena" é uma palavra que significa "natural do lugar em que vive". O termo exprime que cada povo, de onde quer que seja, é único. O escritor indígena Daniel Munduruku, doutor em educação pela Universidade de São Paulo e pós-doutor em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos, também acredita que a palavra ‘índio’ "esconde toda a diversidade dos povos indígenas".
Disponível em <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2022/04/19/indio-ou-indigena-entenda-a-diferenca-entre-os-dois- termos.ghtml>. Acesso em 05 jul. 2022 (com adaptações).
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta.
	
	a.
	É consenso no Brasil que o termo “índio” deve ser estabelecido como oficial para tratarmos nossos povos originários.
	
	b.
	Existem dois tipos de denominaçõesigualmente aceitas como sinônimos plenos: “índio” e “indígena”.
	
	c.
	Ambas as denominações, “indígena” e “índio”, devem ser aceitas, mas em contextos distintos. “Indígena” é a forma correta de se referir aos povos originários a partir do contato com o europeu colonizador, desde 1500.  “Índio” é usado para os povos originários antes dessa época, que nunca tiveram contato com os colonizadores.
	
	d.
	Chamar alguém de “índio” configura racismo e, portanto, é passível de punição legal. O termo “indígena”, por sua vez, está em conformidade com a lei e deve ser usado.
	
	e.
	Ao ser empregado o termo “indígena”, valorizam-se características da língua, da cultura e até do tempo de contato dos povos nativos com a sociedade não indígena.
0,5 pontos   
PERGUNTA 7
1. Leia o texto e a charge a seguir.
COP26: Na contramão do mundo, Brasil teve aumento de emissões de CO2 durante a pandemia
Na contramão do mundo, o Brasil teve aumento de 9,5% nas emissões de gases poluentes em 2020, em plena pandemia de covid-19, segundo dados do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima. Já a média global de emissões sofreu redução de 7%, por causa das paralisações de voos, indústrias e serviços ao longo de 2020.
(...)
Em 2020, o desmatamento na Amazônia foi o maior em 11 anos, alcançando 10.851 km², segundo os dados oficiais do sistema Prodes/Inpe. A perda de florestas e as mudanças no uso do solo são responsáveis pela maior fatia das emissões brutas brasileiras — 46%, segundo os dados do SEEG.
E a Amazônia é, segundo o relatório do Observatório do Clima, o bioma que historicamente mais tem emitido gases do efeito estufa, "decorrentes principalmente do avanço da pecuária sobre as florestas". Segundo o levantamento, em 2020, as emissões brutas na maior floresta tropical do mundo foram até sete vezes maiores do que no Cerrado, o segundo bioma que mais emitiu gás carbônico por desmatamento e pecuária. As emissões da agropecuária sofreram alta de 2,5% — o maior aumento desde 2010.
PASSARINHO, Nathalia. COP26: Na contramão do mundo, Brasil teve aumento de emissões de CO2 em ano de pandemia. BBC, publicado 28 out. 2021. Disponível em <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59065361>. Acesso em 14 ago. 2022 (com adaptações).
 
Com base na leitura, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A figura relaciona o isolamento social durante a pandemia de covid-19, medida adotada para reduzir a transmissão do vírus causador dessa doença, com o aumento do desmatamento observado no Brasil.
PORQUE
II. Segundo o texto, além do desmatamento, o setor da pecuária é um fator importante na emissão de gases estufa, que aumentou durante o período da pandemia.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
	
	a.
	As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I.
	
	b.
	As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I.
	
	c.
	A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa.
	
	d.
	A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira.
	
	e.
	As asserções I e II são falsas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 8
1. Leia o texto a seguir, de Rubem Alves.
Um texto sobre a Páscoa
O Luiz Fernando Veríssimo escreveu uma crônica hilariante sobre a Páscoa. Foi um diálogo absurdo entre um menino, seu pai e sua mãe, sobre o sentido dessa festa. A crônica termina com uma observação justíssima do menino. Disse ele: “Eu acho que, em vez de ‘coelho da Páscoa’, deveria ser ‘galinha da Páscoa’…”. Pois é claro. Todo mundo sabe que coelhos não botam ovos. E todos sabem que galinhas botam ovos…
Confesso minha ignorância: não sei como é que o coelho entrou nessa estória. Para início de conversa, é preciso lembrar que os textos sagrados não fazem referência nenhuma a esse animalzinho fofo. Quem foi que teve a ideia de torná-lo o personagem mais importante dessa celebração cristã? Certamente um gozador. E para tornar a estória mais absurda, fizeram com que os coelhos, que não botam ovos, botassem ovos de chocolate…
Nos tempos de Jesus Cristo havia chocolate? Acho que não. Galinhas não são seres poéticos. Na poesia elas sempre aparecem como bichos engraçados, cacarejantes, de inteligência curta, cuja única função é botar ovos e serem transformadas em canja. Assim, é compreensível que vocês não gostem da ideia de galinhas de Páscoa. Eu também não gosto. Mas poderia ser “pombas de Páscoa”. Pombas são seres teológicos, começando com a Arca de Noé. A se acreditar no relato do Antigo Testamento, Noé, para se certificar de que o dilúvio acabara, soltou um corvo.
Confesso que se eu fosse Noé teria adotado um método mais simples. Teria aberto a janela da arca e esticado o pescoço para fora. Eu veria, então, que a chuva havia terminado e que as plantas já estavam soltando os seus brotos. Será que Noé acreditava que o corvo, depois de voar, voltaria para dar um relatório? Como é que o corvo comunicaria os seus achados? O corvo ingrato não voltou. Desde então, eles se tornaram aves de má fama, injustamente.
Vendo que o corvo não voltava e sem se dar conta do método mais fácil que sugeri, ele soltou uma pomba. Ah! Ave maravilhosa! Voou, viu, apanhou um ramo verde de oliveira e o trouxe para Noé! É preciso notar que as oliveiras daqueles tempos extraordinários deveriam ser diferentes das oliveiras de agora. As oliveiras de agora certamente estariam mortas, depois de passar tanto tempo debaixo d’água. Oliveiras não são plantas subaquáticas.
Foi então que, pelo galho de oliveira que a pomba lhe trouxera, Noé ficou sabendo que o dilúvio havia chegado ao fim. Desde então as pombas passaram a ser símbolos teológicos: símbolos de pureza, símbolos de paz. Uma das telas mais comoventes de Picasso é uma menina com uma pombinha nas mãos. De fato, as pombas têm um jeitinho de mansidão. O que não acontece com os corvos de bico torto. Bom para os corvos, mau para as pombas. As pombas passaram a ser usadas como aves a serem sacrificadas no templo pelas razões mais incríveis. Se não me falha a memória, as mulheres, terminado seu período menstrual de impureza, deveriam sacrificar pombas no templo para se purificarem. Pobres pombas! O templo era uma sangueira. Quem quiser saber mais sobre a sangueira do templo que leia o livro de Saramago, “O evangelho segundo Jesus Cristo”. Os corvos, pela esperteza do primeiro corvo que não voltou, ficaram livres desse triste destino. Vem então o Novo Testamento que sacraliza definitivamente as pombas, ao relatar que o Espírito Santo é uma pomba. A respeito disso, leia-se o poema de Alberto Caeiro em que ele conta como Jesus voltou à Terra, tornado outra vez menino. É lindo.
Brincadeira de lado, o embaraço dos pais e a pergunta do menino revelam a confusão que marca essa festa. Ninguém sabe direito o que é que está sendo celebrado. E, para dizer a verdade, acho que são bem poucos aqueles que fazem alguma celebração. Antigamente, semana santa era coisa séria. Lembro-me da procissão do enterro, os panos roxos, a banda de música tocando a marcha fúnebre de Chopin, as matracas, as mulheres mais piedosas carregando pedras na cabeça, como penitência… Isso mesmo: as mulheres carregavam pedras na cabeça. Como é bem sabido, Deus gosta de ver os seus filhos e filhas sofrerem. Isso para não dizer da quaresma que a antecede, tempo em que as hostes do mal, demônios de todos os tipos, assombrações, mulas sem cabeça e almas penadas ficavam soltos, e todo mundo tinha medo de sair à noite. Sempre havia alguém que relatava, pela salvação da mãe morta, que havia visto uma mula sem cabeça numa encruzilhada à meia-noite. Meia-noite era a hora do medo. E no escuro ouvia-se o zunido sinistro dos berra-bois. Semana Santa era um tempo metafísico, entre o céu e o inferno. Agora é diferente. Páscoa é fim de semana santa, feriado de três dias, a praia está esperando, hora de se preparar para a viagem…
A Páscoa de hoje é como uma casca de cigarra presa no tronco de uma árvore. Vazia. Morta. Não tem nada lá dentro. Mas já foi o corpo de um ser vivo que, cansado de ficar preso na casca,criou asas e voou. A Páscoa, com seus ovos de chocolate, é celebração inconsciente de um tempo que não existe mais, tempo em que se acreditava. Os ovos de chocolate, vocês sabem, são tão ocos quanto as cascas de cigarra…
Na tradição cristã mais antiga, a Semana Santa era um teatro, o drama da vida dentro de uma casca de noz. Teologia mínima. Duas cenas apenas. Primeira cena: a morte e o seu horror parecem triunfar. Segunda cena: a vida sai do túmulo de pedra, deixando-o vazio como uma casca de cigarra.
Tenho, no meu escritório, uma tela de Pierro della Francesca (1410 – 1492) chamada “Ressurreição”. A pedra do túmulo corta a tela em duas partes. Na parte de cima, com seu pé sobre a pedra, o Cristo ressuscitado. Na parte inferior, encostados à pedra, os guardas adormecidos. Perguntam-me sobre o sentido da tela. Respondo que não sei o sentido da tela. As telas têm muitos sentidos. Eu só posso dizer os pensamentos que aquele quadro me faz pensar. E digo: enquanto os guardas da morte estão dormindo, o divino que mora em nós sai do sepulcro. Sabem disso as cigarras. Caminhando hoje pela manhã na fazenda Santa Elisa eu ouvi o seu canto. Já haviam deixado suas cascas nos troncos das árvores. Agora são seres alados. Cantam e voam, à procura do amor. Acho que estão celebrando a Páscoa…
Disponível em <https://blocosonline.com.br/literatura/prosa/temdomes/2016/03/semanasanta/tempro01.php>. Acesso em 5 ago. 2022 (com adaptações).
 
A partir das informações do texto, conclui-se que
	
	a.
	o autor critica duramente a fé cristã, uma vez que os cristãos creem em coisas inverossímeis, como coelhos que põem ovos.
	
	b.
	há uma exaltação da celebração da Páscoa, uma vez que, pela ótica do autor, as pessoas, pela forma como celebram a data hoje, conseguem vivenciar o melhor da fé, da bondade e da justiça.
	
	c.
	o autor faz um esclarecimento sobre o fato de que a Páscoa passou a ser celebrada após a história de Noé e sobre os diferentes comportamentos do corvo e da pomba.
	
	d.
	a partir do relato de um diálogo entre um menino e seus pais, o autor faz uma crítica ao modo pelo qual as pessoas celebram a Páscoa hoje em dia.
	
	e.
	o texto exalta o coelho e a pomba como símbolos genuinamente cristãos, pois esses animais têm atrelados a si forte simbologia religiosa.
0,5 pontos   
PERGUNTA 9
1. Leia o texto e a figura a seguir.
Aquecimento global intensificou as chuvas torrenciais deste ano no Nordeste e a onda de calor no verão europeu
Revista Pesquisa Fapesp – agosto de 2022
Mais evidências científicas indicam que as mudanças climáticas provocadas pelo homem desempenham um papel importante no aumento da frequência e da intensidade dos chamados eventos extremos, como fortes ondas de calor ou de frio e episódios de chuva concentrada ou seca prolongada. Um estudo recente nessa linha, feito por pesquisadores do Brasil e do exterior, analisou as características das chuvas torrenciais que, entre o final de maio e o início de junho, assolaram partes da Região Metropolitana do Recife e áreas de mais quatro estados do Nordeste. Segundo o trabalho, esse episódio de grande pluviosidade, que provocou ao menos 133 mortes e 25 mil desabrigados, tornou-se 20% mais forte devido ao aquecimento global.
Em seu momento mais crítico, entre 27 e 28 de maio de 2022, em menos de 24 horas caíram mais de 200 milímetros (mm) de chuva na capital pernambucana e em cidades vizinhas. O volume equivale a 70% da pluviosidade esperada para a região em todo o mês de maio. As chuvas muito acima da média e concentradas em um curto período também atingiram partes dos estados de Sergipe, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba.
O aquecimento global é um fenômeno atribuído ao aumento da emissão de gases de efeito estufa a partir da Revolução Industrial. Compostos como o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), que aquecem a atmosfera terrestre, são produzidos ou derivam em grande medida de atividades humanas relacionadas à queima de combustíveis fósseis e a mudanças no uso e cobertura do solo. Desde meados do século XIX, época considerada como um marco da era pré-industrial, a concentração média de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre aumentou quase 60% – de 270 para 420 partes por milhão (ppm) – e a temperatura média do planeta subiu 1,2 grau Celsius (ºC). Mais quente e, portanto, com mais energia, o clima global acelera uma série de processos atmosféricos, inclusive os eventos extremos.
Disponível em <https://revistapesquisa.fapesp.br/aquecimento-global-intensificou-as-chuvas-torrenciais-deste-ano-no- nordeste-e-a-onda-de-calor-no-verao-europeu/>. Acesso em 06 ago. 2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
   I. O aquecimento da atmosfera, causado pelas atividades relacionadas à Revolução Industrial, está ocasionando a extinção dos períodos de seca no Nordeste.
   II. Tanto o texto quanto a figura defendem que as chuvas nas regiões áridas do Nordeste são prejudiciais e, portanto, devem ser combatidas.
   III. As previsões indicavam que, no mês de maio de 2022, a pluviosidade esperada em Recife e arredores era de cerca de 285 mm.
   IV. Antes da Revolução Industrial, a temperatura média do planeta era menor, pois o gás metano e o gás carbônico eram encontrados em menor quantidade na atmosfera.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I e III.
	
	b.
	I e II.
	
	c.
	II, III e IV.
	
	d.
	III e IV.
	
	e.
	I, III e IV.
0,5 pontos   
PERGUNTA 10
1. Leia o texto e o infográfico a seguir, com os dados sobre violência do ano de 2021, publicados no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022.
O racismo e o sexismo influenciaram as relações que determinaram a sociedade brasileira no seu momento fundador. Isso está no DNA de nossa sociedade, é estruturante. E hoje, mesmo considerando tudo o que já mudou em relação ao que consideramos violência, não há como discutir violência contra as mulheres sem discutir racismo e sexismo no Brasil.
Luiza Bairros, socióloga e ex-ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
Disponível em <https://dossies.agenciapatriciagalvao.org.br/violencia/violencias/violencia-e-racismo/>. Acesso em 31 ago. 2022.
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas.
   I. Os dados mostram que, em 2021, cerca de 830 casos dos feminicídios ocorreram com mulheres negras.
   II. O texto aponta que o racismo e o sexismo são construções históricas que estruturam a sociedade brasileira desde a sua formação, e isso tem implicações nos índices de violência.
   III. Os dados indicam que cerca de ¾ das vítimas de estupro eram vulneráveis e que a maior parte dos feminicídios aconteceu no ambiente doméstico.
   IV. A redução dos casos de feminicídios contraria a afirmação presente no texto de que o sexismo e o racismo são estruturantes e estão no DNA da sociedade brasileira.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I, II e III.
	
	b.
	I, III e IV.
	
	c.
	II e III.
	
	d.
	II, III e IV.
	
	e.
	I e II.
0,5 pontos   
PERGUNTA 11
1. A escritora Clarice Lispector atuou, durante toda sua vida, na imprensa. Na década de 1940, produziu uma reportagem sobre a “Casa da Roda”, instituição que funciona como abrigo de crianças enjeitadas.
Leia um trecho da matéria.
A CASA DA “RODA”
Há mais de duzentos anos inaugurada, é o abrigo e o lar dos enjeitados. Diariamente, uma média de 4 a 5 crianças vem incorporar-se à instituição. Umas chegam crescidinhas, sabendo do nome, da idade e dos pais. Outras, mesmo de noite, são depositadas na roda, aberta para a Travessa Visconde do Cruzeiro, e que, sob o peso do embrulhinho lá colocado, gira e faz soar uma campainha. D. Átila Silveira acode, recebe o presente e entrega-o às irmãs. Então começa a vida de mais um exposto.
Ali, até a maioridade, receberá assistência completa. Passará pela “creche”, sob a superintendência geral do Dr. Martinho da Rocha, aprenderá a engatinhar, a andar, a ler, a trabalhar, a rezar, a amar, a escolher, a odiar. Então estará pronta para sair e lutar com os de fora.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I.Historicamente, no Brasil, a diminuição de problemas sociais passa pela atuação de instituições de caridade, muitas vinculadas à religião.
II. O abandono de crianças, mostrado no texto, é um problema que afeta a sociedade brasileira desde sua formação e está relacionado apenas a questões individuais.
III. As Rodas, como eram conhecidos os abrigos de crianças enjeitadas, existem desde a época colonial e tinham como objetivo evitar o abandono materno dos menores.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I.
	
	b.
	II.
	
	c.
	III.
	
	d.
	I e II.
	
	e.
	I e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 12
1. Leia a charge a seguir.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A precarização do trabalho, mostrada na figura, é caracterizada pela não limitação da jornada de trabalho e pela falta de vínculo empregatício.
PORQUE
1. As novas condições dos trabalhadores estão relacionadas às reformas políticas e econômicas do neoliberalismo, que prega a intervenção governamental e o Estado do bem-estar social.
Assinale a alternativa correta.
	
	a.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
	
	b.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
	
	c.
	A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
	
	d.
	A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
	
	e.
	As duas asserções são falsas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 13
1. Leia o trecho a seguir, de autoria de Pedro Doria.
Quando se duvida do estupro de uma adolescente porque é ativa sexualmente, há motivo. Por quase toda a história, mulheres que não tivessem um comportamento casto e submisso eram mulheres de quem se deve desconfiar. 450 anos de Brasil pesam sobre nós. Sobre como pensamos. Sobre nossos costumes.
É assim que nasce a cultura do estupro.
Disponível em <https://www.pedrodoria.com.br/um-pouco-de-historia/2016/6/2/um-estupro-no-brasil-colnia>. Acesso em 29 set. 2022.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. A violência sexual contra a mulher tem raízes nas relações patriarcais e racistas que fazem parte da formação da sociedade brasileira.
II. A intervenção do Serviço Social em casos de estupro limita-se às ocorrências com menores de idade, em situação de vulnerabilidade.
III. A culpabilização da vítima, com acusações sobre sua vida sexual ou sobre suas roupas, é uma característica da cultura do estupro.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	I, II e III.
	
	b.
	I e II, apenas.
	
	c.
	I e III, apenas.
	
	d.
	II e III, apenas.
	
	e.
	III, apenas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 14
1. Leia o texto.
O Brasil é um país diverso em sua formação. As pessoas pretas e pardas, descendentes de escravizadas trazidas de várias regiões do continente africano, que aqui se miscigenaram com outros povos, constituem a maioria das/os brasileiras/os, representando 56% de todo o contingente populacional.
No restante da população, além das/os descendentes de europeus, asiáticos, árabes e imigrantes de diversos países, há uma parcela significativa do que denominamos “povos tradicionais”, incluindo os povos indígenas [cerca de 300 etnias], quilombolas e ciganos, comunidades extrativistas do Cerrado, ribeirinhos e muitos outros. Essas pessoas são cidadãs como todas as demais e precisam ser respeitadas com suas especificidades, ter suas culturas e seus direitos assegurados.
Revista PSI. Normativas e orientações para uma psicologia antirracista. Conselho Regional de Psicologia-SP. N.199, jan/fev/mar 2022, p.7.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. O/A assistente social deve adotar uma abordagem padronizada no tratamento dos problemas de pessoas de todas as etnias, com a adoção de práticas assistencialistas.
PORQUE
1. O/A assistente social é requisitado(a) para o planejamento, a gestão e a execução de políticas, programas, projetos e serviços sociais, nas áreas públicas e privadas, e sua atuação deve desconsiderar a diversidade racial e cultural.
Assinale a alternativa correta.
	
	a.
	As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a I.
	
	b.
	As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a I.
	
	c.
	A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa.
	
	d.
	A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira.
	
	e.
	As asserções I e II são falsas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 15
1. Com base nos fundamentos teóricos, metodológicos e históricos do Serviço Social no Brasil, avalie as asserções e a relação proposta entre elas.
I. A intenção de ruptura, observada no Serviço Social brasileiro no período de 1980 a 1985, visou a romper com a herança teórico-metodológica do pensamento conservador e com seus paradigmas de intervenção social.
PORQUE
1. Uma das características do processo de renovação do Serviço Social no Brasil foi sua interlocução com as discussões presentes no conjunto das Ciências Sociais, em que o objeto de trabalho do assistente social deixa de ser centrado em manifestações e expressões da questão social.
Assinale a alternativa correta.
	
	a.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção justifica a primeira.
	
	b.
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda asserção não justifica a primeira.
	
	c.
	A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa.
	
	d.
	A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira.
	
	e.
	As duas asserções são falsas.
0,5 pontos   
PERGUNTA 16
1. Observe a charge.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. Na ausência de acessibilidade adequada no local, é direito dos assistentes sociais recusar o atendimento a pessoas com deficiência.
II. Cabe aos assistentes sociais promover o capacitismo por meio de ações assistencialistas, a fim de garantir a acessibilidade.
III. A charge mostra o problema de acessibilidade e a sobreposição de um interesse individual aos direitos coletivos.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I e II.
	
	b.
	II e III.
	
	c.
	III.
	
	d.
	I e III.
	
	e.
	II.
0,5 pontos   
PERGUNTA 17
1. Leia o resumo do artigo abaixo.
Serviço Social, mobilização e organização popular: uma sistematização do debate contemporâneo
Maria Lúcia Duriguetto, Luiz Agostinho de Paula Baldi
Resumo
O presente artigo versa sobre a intervenção do Serviço Social nos processos de mobilização e organização popular e, particularmente, sobre o debate contemporâneo que vem sendo realizado sobre o tema. Este debate é apresentado nas elaborações acadêmicas de autoras que tratam especialmente das funções pedagógica e educativa do assistente social e de sua inserção nas organizações da classe trabalhadora. Nessa sistematização, priorizam-se as formulações que vêm adquirindo relevância no debate profissional e que tecem algumas considerações necessárias para a análise e as prospectivas da relação da profissão com os processos de mobilização e organização popular.
Palavras-chave: Serviço Social; Debate profissional; Mobilização; Organização popular.
Disponível em <https://www.scielo.br/j/rk/a/5yKQcYhZCF9J6GxhYz7dXYs/?lang=pt>. Acesso em 26 set. 2022.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. No resumo, constam o tema da pesquisa e a metodologia, ou seja, o uso da pesquisa quantitativa.
II. As palavras-chave são um importante instrumento para localizar estudos em buscas.
III. O artigo apresentado não se justifica, pois a atuação do assistente social não se relaciona com a mobilização nem com a organização de movimentos populares.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I.
	
	b.
	II.
	
	c.
	III.
	
	d.
	I e II.
	
	e.
	II e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 18
1. Sobre o Código de Ética das/dos Assistentes Sociais, avalie as afirmativas.
I. Os/As assistentes sociais devem incorporar suas pautas às agendas coletivas e democráticas vinculadas aos interesses dos trabalhadores.
II. Os/As assistentes sociais devem atuar no sentido de resolver a luta de classes, mediando os conflitos entre trabalhadores epatrões.
III. Os/As assistentes sociais devem assumir posicionamento em favor da equidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e às políticas sociais.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	I e II, apenas.
	
	b.
	II e III, apenas.
	
	c.
	I e III, apenas.
	
	d.
	III, apenas.
	
	e.
	I, II e III.
0,5 pontos   
PERGUNTA 19
1. Leia o trecho a seguir.
[...] a assistência social tem sido vista como uma ação tradicionalmente paternalista e clientelista do poder público, associada às primeiras-damas, com um caráter de “benesse”, transformando o usuário na condição de “assistido”, “favorecido” e nunca como cidadão, usuário de um serviço a que tem direito. Da mesma forma, confundia-se a assistência social com a caridade da igreja, com a ajuda aos pobres e necessitados. Assim, tradicionalmente a assistência social era reconhecida como assistencialista.
Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a Assistência Social é marcada por uma série de modificações profundas. Inserida no campo das políticas públicas, inova em aspectos essenciais, especialmente no que concerne à descentralização político-administrativa, alterando as normas e regras centralizadoras e distribuindo melhor as competências entre as esferas governamentais, União, Estado e Município. Com a descentralização, aumenta o estímulo à maior participação da sociedade civil organizada e, consequentemente, o processo de controle social.
CIRILO, J. F. de. Cultura política e assistência social: a superação da prática clientelista como desafio para a consolidação de direitos sociais e políticos. Disponível em <https://cresspr.org.br/2012/08/01/cultura-politica-e-assistencia-social-a-superacao-da pratica-clientelista-como-desafio-para-a-consolidacao-de-direitos-sociais-e-politicos/>. Acesso em 22 set. 2022 (com adaptações).
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. O primeiro-damismo presente na história da assistência social no Brasil garante o protagonismo das mulheres na melhoria das condições de vida da população e reforça os movimentos sociais.
II. A Constituição de 1988 é um marco da assistência social no Brasil porque a reconhece como política social integrante do sistema de seguridade.
III. O caráter assistencialista, presente na história do serviço social no Brasil, estimula a cidadania e favorece a participação da sociedade civil.
É correto o que se afirma apenas em
	
	a.
	I.
	
	b.
	II.
	
	c.
	III.
	
	d.
	II e III.
	
	e.
	I e II.
0,5 pontos   
PERGUNTA 20
1. Leia o texto a seguir.
Era noite na Praça da Sé, centro de São Paulo, quando Chiara Duarte Pereira, 27 anos, conheceu Jefferson Pereira Santos, 18. Com uma ou outra particularidade na biografia, Chiara é o retrato da maioria das mulheres transexuais no Brasil: com escassas oportunidades no mercado de trabalho formal, tem na prostituição sua forma de sustento.
Também é a capital paulista destino de muitas delas, porque é na maior e mais populosa cidade do país que mulheres como Chiara conseguem passar pelo procedimento transexualizador do SUS (Sistema Único de Saúde).
A transexualidade, revelada aos 17 anos para sua família, foi acolhida por todos. Dez anos depois, nas ruas, não encontraria o mesmo afeto e aceitação. Jefferson, seu cliente, seria também seu algoz que, poucas horas depois do encontro no centro da cidade, esfaqueou-a e jogou seu corpo do 7º andar do prédio onde morava. Chiara foi morta por ser mulher transexual. Ele foi preso em flagrante e agora é réu pelo crime. 
Jefferson tentou justificar o brutal assassinato de Chiara dizendo que se sentiu “enganado”, mas Chiara foi, na verdade, morta pela condição de mulher e transexual. Para respeitar a sua identidade de gênero, dona Lucilene Duarte, mãe de Chiara, fez questão de passar batom na filha antes de ela ser enterrada. 
Disponível em <https://ponte.org/misoginia-transfobia-e-falta-de-dados-a-equacao-do-transfeminicidio/>. Acesso em 28 set. 2022.
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas.
I. De acordo com resolução do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS), compete aos assistentes sociais prestar acompanhamento a pessoas que buscam as transformações corporais em consonância com suas expressões e identidade de gênero.
II. O texto narra um episódio emblemático, que revela problemas da sociedade brasileira: a falta de oportunidades de trabalho para mulheres transgênero e a violência contra elas.
III. A atitude da mãe da Chiara, relatada no texto, revela respeito à identidade de gênero da pessoa; esse respeito também deve fazer parte da atuação dos assistentes sociais.
É correto o que se afirma em
	
	a.
	I, II e III.
	
	b.
	I e II, apenas.
	
	c.
	II e III, apenas.
	
	d.
	I e III, apenas.
	
	e.
	III, apenas.