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Citologia Hormonal O que é citologia hormonal? Quais são as indicações da avaliação hormonal pela citologia ?Quais as regras a serem observadas para a avaliação citológica hormonal? e como é feita a coleta?? (falta terminar: como é feita a coleta e as indicações da avaliação hormonal). CITOLOGIA HORMONAL A citopatologia, através do estudo de esfregaços preferencialmente na parede vaginal (no seu terço superior), é capaz de interpretar o efeito desses hormônios através das células encontradas (profundas, intermediárias e superficiais) e de sua disposição nos esfregaços. A contagem das células permite estimar índices e traçar gráficos que podem informar o quadro hormonal de uma paciente. OBJETIVOS DA CITOLOGIA HORMONAL ● Condição hormonal da paciente; ● Avaliação da função ovariana (puberdade, fase reprodutiva, menopausa e senilidade); ● Tempo de ovulação; ● Função e disfunção placentária; ● Seleção da terapêutica hormonal e acompanhamento dos resultados do tratamento Regras que devem ser observadas para se obter resultados confiáveis A colheita deve ser realizada no terço superior da parede vaginal lateral (raspado tênue, não espesso). Deve-se evitar a colheita no fundo de saco vaginal posterior. Coloração – Papanicolaou (ou Shorr). Repetidas colheitas devem ser realizadas e comparadas durante o mesmo ciclo ou no decurso de um tratamento hormonal. Fenômenos inflamatórios, tratamentos hormonais, presença de escamas anucleadas (contaminantes celulares), citólise, células metaplásicas imaturas, aglutinações celulares, uso de medicamentos, neoplasia, irradiações ou cirurgias recentes tiram toda a validade à avaliação hormonal. Adequacidade da amostra (dados clínicos imprescindíveis): idade, dia do ciclo menstrual, tipo de ciclo (intervalo e duração), qualquer situação fisiológica ou patológica do sistema genital, devem ser comunicadas. O que é ciclo sexual ou menstrual mensal? e quais as alterações hormonais associadas (falta colocar as alterações hormonais) O ciclo menstrual é um processo regulado pela hipófise e mediado pelos ovários. O objetivo final desse processo é preparar o endométrio para uma possível gravidez. No endométrio, o ciclo menstrual é representado por três fases: menstrual (1 ºao 5º dia); estrogênica ou proliferativa (6º ao 14-º dia), que termina no momento da ovulação e progestacional ou secretora (15º ao 28º dia). Durante a fase secretária, o endométrio, rico em glicogênio, é receptivo à implantação do ovo. Caso isso não ocorra, o endométrio descamará e o ciclo será reiniciado. As variações hormonais observadas durante o ciclo menstrual também afetam os epitélios escamoso e endocervical, sendo portanto reconhecíveis nos esfregaços cérvico-vaginais. Período Menstrual (Primeiro ao Quinto Dia) O primeiro dia de sangramento menstrual é considerado o primeiro dia do ciclo. Durante o sangramento, os esfregaços contêm sangue, células escamosas do tipo intermediário e com citoplasma pregueado, detritos celulares, raras células endocervicais e células endometriais glandulares e estromais isoladas ou em agrupamentos de tamanhos variáveis (ver Cap. 6). Fase Estrogênica (Proliferativa) (Sexto ao 14º dia) No início da fase estrogênica, os esfregaços são compostos por lâminas ou agrupamentos de células escamosas intermediárias e por células superficiais dispersas. Células endometriais podem ser observadas até o período entre o 10º e o 122 dia do ciclo, muito depois do término do sangramento menstrual (Liu et al., 1963). Algumas vezes é encontrado o fenômeno do êxodo (ver Fig. 6.15, Cap. 6). Com o passar dos dias, as células escamosas superficiais tornam-se mais numerosas, representando o tipo celular predominante no esfregaço quando da ovulação. Elas surgem de forma isolada, têm formato achatado e coloração eosinofílica e seus núcleos são picnóticos. Os eritrócitos, os leucócitos e os macrófagos, facilmente observados no início desta fase, tornam-se cada vez mais raros e, finalmente, desaparecem. Durante essa fase do ciclo, as células endocervicais apresentam citoplasma basofílico e de formato esférico, bem como núcleo de localização central. Ovulação (14º ao 15º dia) Na época da ovulação, o esfregaço é composto, em sua maioria, por células escamosas superficiais achatadas e eosinofílicas. Os leucócitos são pouco comuns e os esfregaços são "limpos". Ocasionalmente, são encontrados uns poucos eritrócitos, em decorrência do sangramento do meio do ciclo. As células endocervicais tornam-se ingurgitadas e grandes, além de adquirirem um citoplasma claro e preenchido por muco. Os núcleos podem demonstrar projeções escuras e papiliformes. Esse aspecto das células endocervicais permanece inalterado até o final do ciclo menstrual. Fase Progestacional (Secretora) (16º ao 28º dia) Durante a fase progestacional ocorre uma redução progressiva na proporção de células escamosas superficiais, sendo estas substituídas por células intermediárias com citoplasma pregueado. Raras células naviculares podem ser observadas. Os leucócitos passam a ser numerosos. Nos últimos dias do ciclo, as células intermediárias passam a predominar. Elas formam lâminas e agrupamentos de células com citoplasma pregueado. Antes do sangramento menstrual, torna-se comum o encontro de citólise ocasionada por lactobacilos. Núcleos nus e detritos. Algumas vezes é encontrado o fenômeno do êxodo (ver Fig. 6.15, Cap. 6). Com o passar dos dias, as células escamosas superficiais tornam-se mais numerosas, representando o tipo celular predominante no esfregaço quando da ovulação. Elas surgem de forma isolada, têm formato achatado e coloração eosinofílica e seus núcleos são picnóticos. Os eritrócitos, os leucócitos e os macrófagos, facilmente observados no início desta fase, tornam-se cada vez mais raros e, finalmente, desaparecem. Durante essa fase do ciclo, as células endocervicais apresentam citoplasma basofílico e de formato esférico, bem como núcleo de localização central. 0 citoplasmáticos, acompanhados por um número ~ cada vez maior de leucócitos, dão ao esfregaço ~ um aspecto "sujo" (ver Fig. 6.6, Cap. 6). Comente sobre trofismo do epitélio escamoso e quais os padrões citológicos relacionados (falta terminar: padrões citológicos relacionados) TROFISMO VAGINAL. Quando o epitélio vaginal possui suas três camadas funcionais (profunda, intermediária e superficial), falamos que o mesmo é trófico ou maturo e a descamação é de células intermediárias e superficiais e em proporções variadas. O epitélio maturo é encontrado na menacme por estimulação dos hormônios esteróides fisiologicamente liberados pelos folículos ovarianos ou na estimulação hormonal exógena como por exemplo na terapêutica estrogênica substitutiva do climatério, no uso de anovulatórios e etc. Discorra sobre os padrões citológicos nas diferentes fases da vida da mulher ( infância, pré- puberdade, menarca, puerpério, lactação e menopausa. (está completa) Citologia na Infância A infância caracteriza-se como um período de baixa produção de hormônios sexuais. Em decorrência do baixo suprimento hormonal, o processo de maturação do epitélio escamoso é interrompido, com surgimento da atrofia. Esfregaços vaginais coletados antes do período da puberdade manifestaram normalmente células parabasais (GRAY, KOCJAN, 2010). A mucosa vaginal, delgada, frágil e com padrão celular atrófico, se modifica de 2 a 3 anos antes da menarca, quando se inicia o processo de maturação do 16 epitélio escamoso e as células intermediárias passam a predominar (GAMBONI, M., MIZIARA, E. F., 2013). Como existe na infância uma inatividade do hipotálamo e hipófise, os ovários e supra-renais não são estimulados. Assim sendo o epitélio vaginal mostrar-se-á atrófico traduzindo hipoestrogenismo acentuado. O padrão é atrófico até alguns meses antes do aparecimento dos primeiros sinais de puberdade. - Na infância O esfregaço assume um padrão atrófico, com predomínio de células profundas. Podemos encontrar uma flora escassa de cocos. Na pré-puberdade Na proximidade da puberdade, começaa haver atividade hormonal, observa-se a maturação gradual do epitélio, começam a aparecer células intermediárias e diminuem as células paranasais. Citologia na puberdade Ocorre a menarca, desaparecem totalmente as células profundas e aparecem as células superficiais e as células intermediárias, que mostram bordos dobrados e a presença de bacilos de Döederlein. Observam-se variações durante o ciclo menstrual. A data provável do início da puberdade é variável. De um modo geral inicia-se entre os 8 e 10 anos de idade. O eixo hipotálamo-hipófise-ovariano após um longo período de repouso, desperta. O hipotálamo é o despertador através da síntese de substâncias de baixo peso molecular chamadas de Fatores de Liberação ("Releasing Factor"). Os fatores de liberação hipotalâmicos atuam na hipófise induzindo-a à produção de hormônios que têm efeito maturativo sobre as gônadas. O FSH e LH estimulam os ovários que inicialmente produzem estrogênio e androgênios e posteriormente progesterona, quando o funcionamento desta orquestra estiver perfeitamente harmonizado e afinado. Estes passos são facilmente detectados na colpocitologia. Os esfregaços de completamente atróficos, vão se tornando menos atróficos, espelhando estimulação ovariana progressiva. Por volta dos 9 anos aparece o broto mamário; coincidentemente com o advento da adrenarca (10 a 11 anos) inicia-se o aparecimento de finos e escassos pêlos pubianos (pubarca). Há também crescimento estrutural e ponderal. Nesta fase (pubarca e telarca) os esfregaços são do tipo levemente atróficos. Uma vez que os raspados vaginais apresentarem-se com ausência de células profundas (leve maturação), isto indica que o endométrio já iniciou sua proliferação e portanto dentro de algum tempo eclodirá a primeira menstruação (menarca), que deverá ocorrer entre os 11 e 13 anos. O aparecimento dos sinais puberais dependem, como dissemos, do despertar hipotalâmico. São vários os fatores que interferem na sua liberação: condições socioeconômicas, fatores genéticos, alimentação, o meio onde a menina se desenvolve cultural e afetivamente, doenças metabólicas e infecciosas, etc.. Estes fatores podem influenciar tanto para uma aceleração como para retardamento da puberdade. Teremos, assim, puberdade PRECOCE ou TARDIA. Variações no ciclo menstrual (no menacme) O ciclo menstrual é regulado pela hipófise através do ovário, que culmina com a expulsão do óvulo, sua eventual fecundação e nidificação no endométrio. Ocorrida a ovulação, a progesterona induz a fase secretora, caracterizada por um endométrio rico em glicogênio, pronto para receber uma possível nidificação. Se isso não acontecer, a mucosa endometrial é expulsa durante a menstruação e o ciclo recomeça. O ciclo menstrual se desenvolve em três fases: a fase menstrual, a fase estrogênica, que termina com a expulsão do óvulo, e a fase progesterônica. Citologia na gravidez Durante a gravidez, a citologia vaginal deixa de apresentar modificações cíclicas. À medida que a gestação avança, a citologia assume padrão secundário ao efeito progestacional. Durante as 6 primeiras semanas de gravide, os esfregaços apresentam aspecto pré-menstrual e podem demonstrar leve efeito estrogênico. O clássico esfregaço gestacional, composto por lâminas de células escamosas intermediárias, acompanhadas por numerosas células naviculares, lactobacilos e citólise, só é encontrado no terceiro trimestre da gestação. O citoplasma das células endocervicais encontra-se preenchido por muco e, sendo assim, assume aspecto claro e abundante (Fig. 7.5). No entanto, em muitas mulheres esse padrão clássico nunca chega a ser alcançado Durante a gravidez, alterações teciduais podem ser encontradas no estroma do colo uterino, fato este responsável pela presença de células deciduais nos esfregaços cervicais. Essas células são grandes e com citoplasma abundante, discretamente vazias e de natureza basofílica ou eosinofílica. Além disso, elas se apresentam de forma isolada ou em lâminas, contendo grandes núcleos, no interior dos quais são visíveis pequenos nucléolos (Schneider e Barnes, 1981) (Fig. 7.6). Algumas vezes, os núcleos das células deciduais tornam-se picnóticos e hipercromáticos. Tais células podem ser facilmente confundidas com células neoplásicas. Frente à presença dos produtos da concepção, uma alteração especial que pode acometer as células das glândulas endometriais e endocervicais é aquela descrita por Arias-Stella. As células de Arias-Stella são representadas por "? tipos celulares epiteliais, contendo grandes núcleos, que podem ser hipercromáticos e muito lobulados, semelhante aos observados em células cancerosas. Por vezes, estas células são encontradas em esfregaços cérvico-vaginais, levando a um diagnóstico errôneo de câncer em uma gestante (Fig. 7 .7). Felizmente esse é um problema raro. No início o esfregaço é idêntico ao da 2ª fase do ciclo. O esfregaço vaginal torna-se espesso como em nenhuma outra eventualidade, à custa das camadas intermediárias, atingindo seu máximo mais ou menos ao nível da metade da gestação. Durante o parto descama-se, reduzindo-se, no puerpério, a um epitélio fino. Essa proliferação é devida ao alto e constante nível sanguíneo estrógeno-progesterona, sendo que, provavelmente, a grande quantidade de progesterona somada a algum outro fator que não permite aos estrógenos levar o epitélio à maturação e diferenciação completas (ou também a apontada refratariedade do epitélio vaginal da grávida aos estrógenos) condicionam uma espessa camada de células intermediárias, ricas em glicogênio, ficando reduzida à camada superior. O quadro citológico encontrado na gravidez, geralmente, somente após o terceiro mês da gestação, é o lúteo, com predomínio de células intermediárias, claras, transparentes, pregueadas e reunidas em agrupamentos, muitas delas adotando um tipo navicular (descrito por Papanicolaou); é freqüente também a citólise. As células superficiais e as eosinófilas não ultrapassam os 10%. É frequente também a abundância de muco e bacilos de Döederlein. Essa imagem não é específica e não constitui, portanto, um teste de diagnóstico de gravidez; ela é também encontrada no início da menopausa ou em certas amenorréias. Deve-se atentar para o fato que a gestação pode se desenvolver com ausência de qualquer imagem citológica característica. Ocasionalmente, uma estimulação estrogênica se manifesta nos dias que antecedem o parto. No pré-parto as células superficiais aumentam gradativamente e os grupamentos entram em dispersão. Citologia na menopausa: São três aspectos principais 1. Durante a fase inicial, as imagens citológicas se assemelham àquelas do período pós ovulatório do ciclo menstrual, caracterizado por baixa atividade do estrogênio. As células escamosas intermediárias predominam, porém as células escamosas superficiais ainda estão presentes. Nas mulheres sexualmente ativas, este tipo de esfregaço pode persistir por muitos após início da menopausa. 2. Com um passar do tempo, em período que pode variar de poucos meses até vários anos, a atividade progestogênica cai progressivamente. Passa a haver um predomínio de células intermediárias agrupadas, algumas das quais apresentam depósitos amarelados de glicogênio. As células parabasais estão presentes em número variado. Como esses esfregaços apresentam uma preponderância de células intermediárias agrupadas, Papanicolau deu a eles o nome de crowded menopause. 3. O terceiro aspecto reconhecível em mulheres menopausadas é a presença significativa de células parabasais, indicativas de baixíssima produção estrogênica, ainda que seja possível encontrar escassas células intermediárias ou superficiais. Tais esfregaços refletem a ausência de maturação (atrofia) do epitélio escamoso, sendo portanto classificados como atróficos. A atrofia costuma ser acompanhada por inflamação. A menor produção de muco endocervical leva ao dessecamento dos epitélios. Nos esfregaços, as células parabasais dessecadas apresentam um aspecto achatado e, em consequência, podemparecer maiores e conter núcleos grandes e pálidos. O dessecamento também ocasiona eosinofilia citoplasmática, que pode ser acompanhada de picnose nuclear, carionexe e variação no tamanho e na forma das células escamosas. Não é raro encontrar células alongadas com núcleos também alongados e pálidos. Picnose nuclear pode sugerir hipercromasia nuclear. Todos esses fenômenos podem coexistir até certo ponto e podem ser responsáveis por dificuldades diagnósticas. Citologia no puerpério Após o parto, o aspecto do esfregaço cérvico vaginal altera-se rapidamente. Desaparecem as células naviculares e a citólise surgindo um quadro de atrofia em um esfregaço composto por células parabasais e intermediárias. Papanicolaou verificou que parte das células intermediárias pode apresentar um citoplasma periférico denso, chamando-as de "células puerperais". Tais células são acompanhadas por leucócitos, macrófagos e muco, dando ao esfregaço em aspecto "sujo". A atrofia pode persistir durante a lactação; caso contrário ela desaparecerá progressivamente com o reinício da atividade menstrual regular. efeito hormonal no puerpério ● PUERPÉRIO IMEDIATO (até 30 dias após o parto) Padrão atrófico. ● PUERPÉRIO MEDIATO (de 30 dias a 6 meses): Varia de atrófico a progesterônico, dependendo se há lactação. ● PUERPÉRIO TARDIO (de 6 meses a 1 ano ou mais, se em lactação): Variável, podendo ser cíclico. índices citológicos para avaliação hormonal ( está completa) Os índices citológicos são métodos quantitativos e qualitativos utilizados para valorização da atividade hormonal sobre o epitélio vaginal. Inicialmente o citologista faz uma contagem diferencial entre os quatro tipos celulares para se estabelecer uma proporção e percentagem. Ao mesmo tempo observa a maneira pela qual as células estão descamando e a quantidade de leucócitos e flora bacteriana. São contadas em torno de 400 células. Seqüência das tarefas: 1º Contagem diferencial dos tipos celulares Céls. Profundas ..................................% Céls. Intermediárias ............................% Céls. Cianófilas superficiais................% Céls. Eosinófilas superficiais...............% 2º Soma-se a quantidade de células superficiais, ou seja, células cianofílicas e eosinofílicas. Desta forma obtemos o índice picnótico (I.P.). 3º A percentagem de células eosinofílicas superficiais é chamada de índice eosinofílico (I.E.). 4º Determinação do índice de Frost (I.F.). Consiste na transcrição de forma objetiva da contagem diferencial dos tipos celulares. A informação é feita por uma seqüência de três valores separados por duas traves verticais aparecendo desta forma 3 colunas que representam: ● Coluna da esquerda – quantidade de células profundas do esfregaço; ● Coluna do meio – quantidade de células intermediárias do esfregaço; e ● Coluna da direita – quantidade de células superficiais ou o índice picnótico. O índice de Frost complementa o picnótico e eosinofílico dando uma noção geral do tipo de descamação. Por exemplo: um índice picnótico de zero (IP=0) pode representar estímulo fraco ou hipoestrogenismo em grau variável. A diferenciação entre estas situações só poderá ser feita pela presença ou ausência de células profundas. 5º Descrição do padrão de descamação. Se as células são planas, isoladas e o esfregaço é limpo, indica atividade estrogênica pura. Porém se as células descamam pregueadas e aglutinadas com um "background" sujo sugere ação conjunta com outro hormônio (progesterona, andrógenos ou gestosgênios). Os índices picnóticos e eosinofílicos são os indicadores da atividade estrogênica. Quanto maiores, mais elevado é o nível plasmático de estrogênios. O inverso também é verdadeiro. Esfregaços sujos (ricos em leucócitos e flora bacteriana) indicam pobre ou nenhuma estimulação estrogênica. Esfregaços limpos são indicadores de pele menos moderada atividade estrogênica. ● Índice picnótico de 01 a 29% - indicam estímulo estrogênico fraco. Correspondem aos 7 primeiros dias do ciclo. ● Índice picnótico de 30 a 49% - indicam estímulo estrogênico moderado. Observado do 8º ao 12º dia do ciclo. ● Índice picnótico maior que 50% - são indicadores de importante estímulo estrogênio encontrado normalmente do 13º ao 16º dia do ciclo (período peri-ovulatório). - Avaliação hormonal isolada DEFINIÇÕES: ● ESFREGAÇO TRÓFICO: estímulo hormonal que eleva a maturação pelo menos até células intermediárias. ● ESFREGAÇO ATRÓFICO: descamação apenas de células profundas. ● ESFREGAÇÃO NORMOTRÓFICO: Termo polêmico: para alguns, quantidade equivalente de células superficiais e de intermediárias. Para outros, compatível com a idade e a clínica. ● ESFREGAÇO HIPOTRÓFICO: Termo polêmico: para alguns, predomínio de células intermediárias. Para outros, maturação abaixo da esperada para a clínica. ● ESFREGAÇO HIPERTRÓFICO: Também polêmico: usado para indicar aumento acentuado de células superficiais, mas o epitélio vaginal não é muito espesso. Classificação cito-hormonal ● HIPOTRÓFICO: <35% DE CELULAR SUPERFICIAIS ● NEUROTRÓFICO: 5% A 70% DE CELULAR SUPERFICIAIS ● HIPERTRÓFICO: MAIS DE 70% DE CELULAR SUPERFICIAIS ● ATRÓFICO LEVE: <30% DE CÉLULAS PROFUNDAS ● ATRÓFICO MODERADO: DE 30% A 70% DE CÉLULAS PROFUNDAS ● ATRÓFICO ACENTUADO: > DE 70% DE CÉLULAS PROFUNDAS
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