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SII - SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL - epidemiologia, fisiopatologia, clínica, diagnóstico e tratamento

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Victoria Chagas 
1 
 
SII – SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL 
 SÍNDROME DO INSTESTINO IRRITÁVEL 
 
 
EPIDEMIO 
 
 Mais comum em mulheres → 2 a 3 mulheres a cada 1 homem 
 Afeta entre 10-20% dos jovens adultos → 20-40 anos 
 Com o tempo, 30% dos pacientes se tornam assintomáticos 
 A ansiedade, falta de exercícios físicos e má alimentação pode ↑ os sintomas 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIOPATO 
 
 
 
 
 
Síndrome do cólon irritável é um 
distúrbio na motilidade intestinal 
não associado a alterações 
estruturais ou bioquímicas e que 
se caracteriza por episódios de 
desconforto abdominal, dor, 
diarreia e prisão de ventre 
 
 
 
 Fisiopatologia não é muito bem compreendida → multifatorial 
 
▪ Alterações de motilidade → ocorrem em 25-75% dos pacientes 
- Aumento ou diminuição da atividade → diarreia ou constipação 
 
▪ Hipersensibilidade visceral → diminuição do limiar nociceptivo (hiperalgesia) 
 
▪ Problemas no eixo cérebro-intestino → Acredita-se que o SNC funcione 
como um filtro da percepção, variando o limite da percepção visceral de 
acordo com o estado emocional e cognitivo. Enquanto a ansiedade e o 
estresse podem aumentar a percepção da dor, o relaxamento é capaz de 
reduzir esta percepção. Os pacientes com a SII parecem apresentar uma 
disfunção nessa integração ao longo de todo o eixo cérebro-intestino, o que 
poderia acarretar o aparecimento dos sintomas. 
- Nos pacientes com SII-D as células enterocromafins que contem serotonina 
(5-HT) encontram-se aumentadas quando comparada a indivíduos sadios. 
Sabendo-se que a 5-HT desempenha papel importante na regulação da 
motilidade intestinal e da percepção visceral, sua motilidade aumentada 
pode contribuir para os sintomas pós-prandiais desses pacientes. 
 
▪ Fatores psicossociais → Os distúrbios psicossociais (insônia, depressão e 
ansiedade) parecem capazes de desencadear ou exacerbar os sintomas 
intestinais via alteração da motilidade. 
 
▪ SII pós-infecciosa → pacientes que desenvolvem sintomas crônicos 
compatíveis com a Sll após um quadro de infecção intestinal aguda 
- Ocorre em 3 a 30% dos indivíduos com gastroenterite 
- Tem sido descrito um risco elevado para a Sll-Pl após infecção por 
microrganismos como Campylobacter jejuni, Yersinia, Salmonella, Shigella. 
- Além de bactérias, alguns vírus (rotavírus, adenovírus, calicivírus) e parasitas 
(Giardia lamblia, Blastocystis hominis) podem também estar envolvidos no 
desencadeamento da síndrome. 
 
 Victoria Chagas 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas são geralmente desencadeados por alimentos e estresse 
 
 HÁ 3 PADRÕES CLÍNICOS: 
1. Diarreia líquida 
2. Prisão de ventre e diarreia alternada 
3. Distúrbios do padrão de evacuação (queixa secundária) e dor abdominal 
em cólica episódica no QIE (principal queixa) 
 
 
 Sintomas que podem estar associados: 
- Desconforto abdominal de natureza constante ou em cólica e está 
relacionado com a defecação. 
- Muco nas fezes 
- Flatulência 
- Sensação de defecação insatisfatória e urgência 
- Urgência retal 
- Hipersensibilidade generalizado no abdome 
- Alternância de hábitos intestinal → constipação e diarreia 
- Pirose → azia, sensação de queimação 
- Náusea e vômitos 
- Sintomas extraintestinais → fadiga, cefaleia, distúrbios do sono... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
 Diagnóstico essencialmente clínico (Critério de ROMA lV) por exclusão de 
outras patologias → sinais de alerta podem sugerir diagnóstico diferencial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
3 
 
 
 EXAME FÍSICO → Pacientes geralmente parecem saudáveis 
- Palpação do abdome pode revelar desconforto, em particular no QIE, 
algumas vezes em associação com um sigmoide palpável e sensível. 
- O toque retal, incluindo teste para presença de sangue oculto, deve ser 
realizado em todos os pacientes. 
- Em mulheres, o exame pélvico ajuda a afastar tumores ovarianos e cistos 
ou endometriose, que podem mimetizar SII. 
 
 EXAMES COMPLEMENTARES PARA PESQUISA DE CAUSAS ORGÂNICAS: 
- Hemograma completo, função hepática, marcadores sorológicos de 
doença celíaca, exame de fezes para infecção, hormônio tireoestimulante 
e cálcio para os pacientes com constipação, assim como sigmoidoscopia 
flexível ou colonoscopia. 
 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: a intolerância à lactose, diarreia induzida por 
fármacos, diarreia pós-colecistectomia, abuso de laxantes, doenças 
parasitárias, gastrite, colite microscópica e supercrescimento bacteriano do 
intestino delgado, doença celíaca e doença inflamatória intestinal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
 
 MUDANÇAS NA ALIMENTAÇÃO 
- Dieta deve ser pobre em gorduras e em "alimentos sabidamente produtores 
de gás'", sobretudo se queixa de distensão abdominal e flatulência. 
- Recomenda- se uma maior ingestão de fibras e líquidos (para os pacientes 
que têm constipação predominante). 
- Refeições pouco volumosas e alimentação lenta e pausada 
- Intolerâncias como ao glúten e à lactose, devem ser reconhecidas. 
 
 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO → para controlar os sintomas 
- Trimebutina (200 mg) → ajuda no bom funcionamento do TGI 
- P/ dor pós prandial: Antipasmódicos podem ser adm. 30min antes 
- Para constipação: Tegaserod 
- Para diarreia: Loperamida 
- Pacientes que não respondem a farmacologia, com sintomas graves e/ou 
com problemas psiquiátricos: Psicoterapia e antidepressivos 
- SII pós-infecção: antibiótico e probióticos

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