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Autoimunidade

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Maria Luiza Maia – M3 
2021 IMUNOLOGIA 
Autoimunidade 
VISÃO GERAL 
 Nosso organismo tem a incrível capacidade de dis-
criminar o que é próprio do que é estranho, tole-
rando o que é próprio (mecanismos de tolerância 
central e periférica) 
 Linfócitos formados ao a caso que reagem a an-
tígenos próprios são formados, sendo responsa-
bilidade do organismo ter mecanismos para des-
truir ou inativar esses linfócitos 
 Tolerância = não responsividade do sistema imune 
a determinados antígenos (tolerógenos, que é di-
ferente dos imunógenos) 
 Os tolerógenos se diferenciam dos imunógenos 
 Persistência no organismo dos tolerógenos 
 Presença nos órgãos geradores de linfócitos 
(mecanismos de controle) 
 Teste de tolerância central – local de amadureci-
mento, apresentação a vários antígenos próprios, 
se o linfócito reconhece ele pode sofrer apop-
tose, mudar os receptores de superfície (linfó-
cito B) ou se transformar em linfócitos T regula-
dor (CD4) 
 Teste de tolerância periférica – reteste dos lin-
fócitos nos órgãos linfoides periféricos, caso haja 
reconhecimento de antígenos próprios o linfócito 
pode passar por um processo de anergia (estado 
de inativação devido à ausência de coestímulo), 
apoptose por deleção ou supressão por uma cé-
lula reguladora 
TOLERÂNCIA DE LINFÓCITOS 
Linfócitos T 
 O linfócito T é maturado no timo, se ele não é 
autorreativo ele entra nos tecidos periféricos 
 Se ele for reconhecido como autorreativo no timo 
ele pode sofrer apoptose ou se tornar uma célula 
reguladora 
 Se o linfócito T autorreativo não é reconhecido 
no timo ele entra na correte sanguínea e cai nos 
tecidos periféricos (aqui inicia o mecanismo de to-
lerância periférica) 
 O linfócito T autorreativo pode encontrar o antí-
geno próprio, mas normalmente não vai haver o 
coestimulo pela molécula de B7 presente célula 
tecidual (se liga ao CD 28) e consequentemente 
não há a ativação do linfócito (anergia) 
 O linfócito ainda pode sofrer apoptose 
 A expressão de CTLA-4 pelo linfócito autorrea-
tivo também leva a uma resposta inibitória 
Linfócitos B 
 O linfócito B é criado e amadurecido na medula 
 Aqueles que se mostrarem autorreativos podem 
sofrer uma edição de receptor ou passar por um 
processo de deleção por apoptose 
 Ele reconhecendo um antígeno próprio pode virar 
uma célula B anérgica 
 Os mecanismos de tolerância periférica estão li-
gados à falta de um segundo sinal de linfócito T 
(que também escapou da tolerância central e re-
conhece o mesmo antígeno próprio) 
 Outra forma de selecionar é a exclusão dos folí-
culos (córtex dos linfonodos), o linfócito B virgem 
fica no folículo e lá, se reconhecer antígeno pró-
prio, deixa de expressar o receptor que o atrai 
para o folículo, indo para a região de células T e 
não recebe o segundo sinal de ativação (o linfócito 
perde a capacidade de voltar para o folículo e 
acaba sofrendo apoptose) 
AUTOIMUNIDADE 
 Falha expressiva dos mecanismos de tolerância 
 Doença autoimune = doença caracterizada por 
dano tecidual ou alteração funcional ocasionada 
pela reação do sistema imune a antígenos pró-
prios 
 Fatores para a ocorrência de uma doença autoi-
mune 
Maria Luiza Maia – M3 
2021 IMUNOLOGIA 
 Suscetibilidade genética – fator genético que 
faça com que o organismo produza linfócitos 
autorreativos em maior quantidade 
 Falha na autotolerância 
 Componente ambiental (trauma, infecção, 
dano tecidual) que garante o segundo sinal que 
faz com que o linfócito autorreativo seja ati-
vado 
 O antígeno é apresentado por uma APC, se está 
infectada passa a ter um coestimulador (ex-
presso pelo antígeno infeccioso), assim o linfócito 
autorreativo é ativado 
 Microrganismos com antígenos muito semelhan-
tes a antígenos próprios podem ativar linfócitos 
T autorreativos 
 Olhos, cérebro e testículos são imunologicamente 
privilegiados, lá não é comum chegar linfócitos e 
lá estão antígenos diferenciados, diante de um 
trauma nessas regiões, antígenos diferencia-
dos/sequestrados são liberados e o linfócito au-
torreativo pode ser ativado e acessar o sítio imu-
nologicamente privilegiado e gerar uma resposta 
imunológica naquele local 
DOENÇAS AUTOIMUNES 
 Respostas que tendem a ser crônicas (grande 
quantidade de antígenos próprios) 
 Podem ser órgão-específicas ou sistêmicas 
 Exemplos: 
 Anemia hemolítica 
 Diabetes tipo I 
 Tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo) 
 Doença de Graves (hipertireoidismo) 
 Doença de Chrom 
 Psoríase 
 Artrite reumatoide 
 Lúpus eritematoso sistêmico 
 Esclerose múltipla 
 Síndrome de Sjögren 
 Miastenia gravis 
 Mais desenvolvidas por mulheres que também 
tem uma maior tendência a desenvolver inflama-
ção mais forte 
Tireoidite de Hashimoto 
 Desenvolvimento de linfócitos Th1 e autoanticor-
pos contra antígenos tireoidianos 
 Infiltração do órgão por outros leucócitos 
 Indução ao hipotireoidismo 
Síndrome de Goodpasture 
 Autoanticorpos contra a cadeia alfa 3 do coláge-
nos 
 Ataque do glomérulo renal e dos alvéolos pulmo-
nares 
Diabetes mellitus tipo I 
 Destruição de células beta pancreáticas produto-
ras de insulina 
 Participação de linfócitos T, B e autoanticorpos 
Doença de Graves 
 Anticorpos contra o receptor de TSH promo-
vendo sua constante ativação 
Miastenia gravis 
 Anticorpos contra receptor de acetilcolina (blo-
queio da atividade do receptor) 
Lúpus eritematoso sistêmico 
 Formação de autoanticorpos contra DNA, RNA, 
histonas, leucócitos e hemácias 
 Atinge principalmente mulheres entre 20 e 40 
anos 
 Anticorpos anti-nucleares são utilizados no diag-
nóstico 
 Mancha em formato de borboleta na face é mar-
cante 
Artrite reumatoide 
 Inflamação inicial na membrana sinovial 
 Ativação de linfócitos T CD4 autorreativos 
 Direcionamento para processo inflamatório e 
destruição tecidual 
Maria Luiza Maia – M3 
2021 IMUNOLOGIA 
Esclerose múltipla 
 Pequena inflamação no cérebro que gera au-
mento da permeabilidade à BHE 
 Ativação de linfócitos T específicos para antíge-
nos cerebrais 
 Reação inflamatória no cérebro que leva a ativa-
ção de mastócitos, complemento e citocinas 
 Desmielinização neuronal 
Anemia hemolítica autoimune 
 IgG ou IgM contra proteínas das hemácias 
 Destruição das hemácias pelo sistema fagocitário 
ou pelo sistema complemento 
 Ocorre principalmente no baço 
Púrpura trombocitopênica autoimune 
 Anticorpos contra o receptor de fibrinogênio 
GpIIb:IIIa das plaqueta 
 Formação de anticorpos contra outros compo-
nentes plaquetários 
 Trombocitopenia 
 Esplenectomia pode ser uma abordagem tera-
pêutica contra a púrpura trombocitopênica ou 
anemia hemolítica

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