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Hidroterapia na Reabilitação

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HIDROTERAPIA
A reabilitação aquática é reconhecida há muito tempo como tendo efeitos benéficos nos
seres humanos. A hidroterapia é uma opção de tratamento comumente prescrita para gerenciar
lesões musculoesqueléticas primárias, artroses, patologias da coluna, tratamentos pós-cirúrgicos em
ortopedia, displasia coxo-femural, condicionamento cardiorrespiratório, entre outros. Na maior parte
desses problemas é utilizada conjuntamente com outras terapias. Em eqüinos, a hidroterapia é
utilizada principalmente em cavalos de esporte, devido ao impacto causado nas estruturas
ósteoarticulares, após corridas. O exercício na água fornece um meio eficaz para aumentar a
mobilidade articular, promover padrões motores normais, aumentar a ativação muscular e reduzir a
incidência de lesões osteomusculares secundárias causadas por patologias primárias (King et al.,
2016; Mikail e Pedro, 2006). As intervenções hidroterápicas, como exercício em esteira subaquática
e natação, foram relatadas para reduzir o estresse mecânico aplicado aos membros, melhorar a
amplitude de movimento das articulações, diminuir a dor e a inflamação, melhorar a força e
aumentar a resistência cardiovascular (Kamiona et al., 2010). As propriedades físicas da água
fornecem um meio em que mantém os mecanismos de flutuabilidade, pressão hidrostática e
viscosidade, juntamente com a capacidade de alterar a temperatura e a osmolalidade, no quais são
aplicados em diferentes combinações para desempenhar um papel importante na reabilitação
músculo-esquelética individualizada. A hidroterapia é uma modalidade de tratamento versátil, capaz
de produzir uma ampla variedade de efeitos terapêuticos e, portanto, é considerada um método
eficaz para tratar distúrbios sensoriais e motores associados a lesões musculoesqueléticas, a fim de
alcançar a restauração funcional do desempenho atlético (Masumoto et al., 2004). 1. MECANISMO
DE AÇÃO 1.1 FLUTUABILIDADE No contexto da hidroterapia, a flutuabilidade é definida como uma
força de elevação que atua para reduzir a carga axial das articulações, minimizando as forças
verticais de reação do solo. Em cavalos, a água no nível dos tubérculos coxais produz uma redução
de 75% no peso corporal, enquanto a água na altura do cotovelo tem uma redução de 10% a 15%
no peso (McClintock et al., 1987). A flutuabilidade aumentada reduz os efeitos do estresse causado
pelas cargas nas articulações e nas estruturas dos tecidos moles circundantes, o que ajuda a reduzir
a dor e a inflamação associadas aos exercícios de impacto. Uma análise cinemática subaquática em
humanos demonstrou que o aumento da flutuabilidade melhora a amplitude de movimento das
articulações (Poyhonen et al., 2001). Os efeitos de flutuabilidade da terapia aquática podem produzir
efeitos cinéticos e cinemáticos diretamente aplicáveis ao manejo clínico das morbidades
musculoesqueléticas em cavalos (King, 2006). 1.2 VISCOSIDADE A viscosidade (resistência do
fluido ao fluxo) da água é cerca de 12 vezes maior que a do ar, portanto, o aumento do esforço
necessário para se mover pela água causa maior ativação muscular e melhora a força muscular, o
controle motor e a estabilidade articular (Miyoshi et al., 2004). A análise eletromiográfica durante
exercícios subaquáticos em pacientes humanos demonstra maior ativação dos músculos agonistas
durante contrações concêntricas. No entanto, durante a mesma contração concêntrica, ocorreu uma
coativação reduzida do grupo muscular antagonista. As contrações musculares concêntricas durante
a locomoção terrestre fazem com que os músculos antagonistas sejam ativados para ajudar a
desacelerar os segmentos dos membros em preparação para o contato com os pés. No entanto, ao
se exercitar na água, o aumento da resistência aplicada na direção do movimento requer uma
frenagem muscular mínima dos segmentos dos membros (Poyhonen et al., 2001). O aumento da
resistência ao movimento dos membros fornecido pela terapia aquática reativa os músculos
agonistas e reduz a contração dos músculos antagonistas emparelhados, o que melhora o controle
neuromuscular e a coordenação da atividade muscular. Esses mecanismos são importantes
contribuintes para a restauração funcional da função muscular e controle motor na reabilitação de
várias lesões musculoesqueléticas (King, 2006). 1.3 PRESSÃO HIDROSTÁTICA A imersão do
membro distal na água aplica uma compressão circunferencial de igual magnitude, aumentando a
pressão hidrostática extravascular, que por sua vez promove o retorno venoso e a drenagem
linfática. A circulação venosa e linfática reduz o edema e diminui o inchaço dos tecidos moles que,
por fim, aumentam a amplitude de movimento articular e diminuem a dor (Kamioka et al., 2010).
Alterações na pressão hidrostática também podem melhorar a função neuromuscular, aumentando a
atividade do fuso muscular através da estimulação dos nervos sensoriais da superfície da pele e dos
receptores mecânicos das articulações. Esses receptores especializados funcionam como
proprioceptores e como modificadores da atividade muscular para aumentar a estabilidade articular e
proteger as estruturas articulares de cargas excessivas ou anormais (Salo et al., 1999). 1.4
TEMPERATURA As propriedades termodinâmicas da água fornecem efeitos terapêuticos diferentes,
dependendo da temperatura (King, 2006). 1.4.1 CRIOTERAPIA A crioterapia é amplamente utilizada
em cavalos com o objetivo de diminuir a inflamação aguda dos tecidos moles, a dor e o inchaço. Os
efeitos terapêuticos ideais da hidroterapia a frio são gerados através da redução da temperatura do
tecido para 15°C a 10°C (Petrov et al., 2003). A aplicação da crioterapia produz vasoconstrição
periférica e diminuição da perfusão de tecidos moles (até 80%), o que pode reduzir a formação de
edema e o inchaço no local da lesão tecidual (Worster et al., 2000). O fluxo sanguíneo reduzido para
as extremidades também diminui o metabolismo dos tecidos e fornece um efeito analgésico ao
diminuir a velocidade de condução nervosa (Buchner et al., 2006). Os mecanismos de ação da
terapia de frio incluem diminuição do metabolismo tecidual por meio da liberação reduzida de
mediadores inflamatórios, inibição da atividade enzimática degradativa, redução da demanda de
oxigênio celular e diminuição da lesão hipóxica subsequente (Algafly et al., 2007). As terapias a frio
podem penetrar até 1 a 4 cm de profundidade, o que depende da circulação local e da espessura do
tecido adiposo (Brosseau et al., 2014). 1.4.2 TERMOTERAPIA A imersão em água morna aos 30°C
promove vasodilatação, o que por sua vez reduz a resistência vascular periférica e aumenta a
perfusão tecidual (Yamazaki et al., 2000). A perfusão aumentada de tecidos moles pode auxiliar na
dissipação de mediadores inflamatórios associados à inflamação e dor locais (Kamioka et al., 2010).
A temperatura da água durante o exercício aquático também pode desempenhar um papel
importante na nocicepção, agindo sobre os receptores térmicos locais e aumentando a liberação de
opióides endógenos (Coruzzi et al., 1988). Um estudo demonstrou que cavalos submetidos a
hidroterapia com água aquecida (38°C – 40°C) por 15 minutos demonstraram um aumento da
atividade do sistema nervoso parassimpático, indicando que a imersão em água quente pode ter um
efeito relaxante que ajuda na diminuição da dor, espasmos musculares e melhora a cicatrização
(Kato et al., 2003). Até o momento, não existem estudos que demonstrem eficácia clínica para o uso
de água morna no tratamento de distúrbios osteomusculares em cavalos. No entanto, os efeitos
fisiológicos da água fria e quente no tônus vascular e no metabolismo tecidual fornecem uma
ferramenta útil para abordar os diferentes estágios inflamatórios da lesão musculoesquelética (King,
2006). 1.5 OSMOLARIDADE Foi relatado que o exercício em água com maiores concentrações de
soluto tem efeitos anti-inflamatórios, osmóticos e analgésicos (Bender et al., 2005). Segundo um
estudo de Hunt et al. Em 2001, cavalos diagnosticados com lesões nos membros distais foram
submetidos a banhosde água fria hipertônicos (20 g / L de cloreto de sódio, 30 g / L de sulfato de
magnésio) (5°C – 9°C) por 10 minutos, 3 dias por semana, durante 4 semanas. Esses equinos
demonstraram cura clínica e ultrassonográfica de lesões nos tendões flexores digitais e ligamentos
suspensores. Também foram demonstradas melhorias visuais no grau de inchaço dos tecidos moles
dentro de 8 dias após o início da terapia. A tendinite e a desmitis foram monitoradas por
ultrassonografia, e demonstraram edema peritendinoso e periligamentar reduzidos, infiltração
inflamatória diminuída e melhor alinhamento das fibras de colágeno após as 4 semanas de terapia
hipertônica com água fria (Hunt et al., 2001). 2. METODOLOGIA 2.1 ESTEIRAS SUBAQUÁTICAS
As esteiras subaquáticas projetadas têm capacidade de reter uma quantidade maior de água e,
portanto, fornecem mais flutuabilidade em comparação com as unidades de esteiras subaquáticas
acima do solo. As unidades de esteira subaquática acima do solo podem alterar a profundidade da
água entre cada paciente, permitindo protocolos de reabilitação direcionados, projetados para
melhorar a amplitude de movimento das articulações (King, 2006). Ambas as unidades de esteira
subaquática podem ser instaladas com hidrojatos, criando um fluxo turbulento adicional de fluido, o
que aumenta a resistência do movimento. Além disso, as esteiras subaquáticas tem a capacidade de
variar a velocidade, a temperatura da água e a concentração de soluto (King, 2006). Os cavalos
frequentemente requerem um período de 3 a 5 dias para se acostumarem e serem treinados para se
exercitar nas instalações (King, 2006). 2.2 AQUAWALKERS Os aquawalkers são caminhantes
mecânicos instalados dentro de uma piscina circular. O diâmetro do aquawalker determina quantos
cavalos podem ser exercitados por vez, sendo que a maioria dos sistemas é capaz de exercitar seis
a oito cavalos simultaneamente. Os cavalos não ficam completamente flutuantes, e são separados
um do outro por divisores. A profundidade da água é ditada pelo design do sistema, alguns têm
apenas uma calha rasa com água mantida não superior à articulação da falange proximal (fetlock),
enquanto outros mantêm a altura da água no nível da articulação do joelho (King, 2006). A
velocidade do sistema é controlada, mas ao contrário das esteiras subaquáticas, o cavalo pode não
andar na velocidade consistente definida pela unidade. Alguns cavalos optam por desacelerar e
depois avançam quando o divisor se aproxima deles por trás apenas para desacelerar novamente
quando alcançam o divisor na frente deles (King, 2006). Semelhante às unidades de esteira
subaquática, os aquawalkers podem variar a temperatura da água e a concentração de soluto (King,
2006). Figura 1 Esteira Subaquática 2.3 PISCINAS Os cavalos de natação geralmente ocorrem em
piscinas lineares ou circulares com rampas instaladas para facilitar a entrada e saída. As piscinas
equinas devem ser projetadas para que os treinadores possam andar ao lado dos animais durante
cada sessão de exercícios. Para garantir uma flutuabilidade completa, a piscina deve ter mais de 6
metros de profundidade (King, 2006). Piscinas lineares podem diminuir o estresse
cardiorrespiratório, uma vez que o cavalo pode se recuperar no tempo entre a saíde e retomada na
piscina, enquanto a natação contínua em piscinas circulares não permite recuperação
cardiorrespiratória até a conclusão da sessão de exercícios (King, 2006). Os cavalos não são
nadadores naturais e costumam usar seus membros torácicos para manter o equilíbrio, enquanto os
membros pélvicos são usados principalmente para propulsão. A natureza explosiva da propulsão do
membro pélvico geralmente resulta em amplas variações de movimento nas articulações do quadril,
joelho e jarrete. Além disso, na entrada na água, os cavalos geralmente adotam uma postura que
resulta em extensão cervical, toracolombar e pélvica. Na opinião de alguns autores, cavalos com
lesões toracolombares, sacroilíacas, nos quadris, joelhos e jarretes devem ser abordados com
cautela em protocolos de natação (King, 2006). Figura 2 Aquawalker para 10 animais 3.
CONTRAINDICAÇÕES • Doenças e dificuldades respiratórias • Incisões cirúrgicas não cicatrizadas •
Feridas abertas, infectadas e drenadas • Manjedoura nos membros pélvicos superiores • Dor / lesão
toracolombar • Inflamação aguda das articulações • Miosite aguda • Temperatura elevada • Animal
com medo ou em pânico • Comprometimento cardiovascular 4. ACOMPANHAMENTO DO ANIMAL
Figura 3 Piscina Circular Figura 4 Piscina Linear A frequência cardíaca durante a terapia aquática
não deve exceder 200 batimentos por minuto e o tempo necessário para que a frequência cardíaca
diminua para 60 batimentos por minuto deve ser inferior a 10 minutos. A capacidade de avaliar
quantitativamente a regressão da lesão é crucial para monitorar a eficácia das intervenções
terapêuticas. A algometria de pressão, a goniometria e a circunferência do membro são métodos
confiáveis e objetivos de determinação da dor, amplitude de movimento articular, inchaço e massa
muscular e são frequentemente utilizados para avaliar respostas articulares à fisioterapia (Gajdosik
et al., 1987). Os cavalos devem ser avaliados diariamente, antes de cada sessão de terapia
aquática, quanto a defeitos músculo-esqueléticos palpáveis no membro afetado e se há alterações
no grau de claudicação. Se possível, a ultrassonografia deve ser repetida em intervalos mensais
para ajudar no ajuste dos protocolos de reabilitação (King, 2006). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS O
desenvolvimento e a progressão de um programa de hidroterapia devem envolver três componentes
principais: (1) intensidade, (2) duração e (3) frequência da terapia aplicada. A profundidade da água,
a turbulência e a velocidade da caminhada podem influenciar a intensidade do exercício na esteira
subaquática (King, 2006). A duração inicial do tratamento é influenciada pela natureza da lesão,
condição corporal, nível pré-lesão e pós-lesão, e presença de fraqueza e / ou atrofia muscular.
Inicialmente, é indicado os cavalos se exercitarem na esteira subaquática por 5 minutos na primeira
semana de terapia. O objetivo é aumentar a duração da caminhada em incrementos de 5 minutos
semanalmente, até 20 minutos. Da mesma forma, as sessões de natação podem envolver nadar
uma ou duas voltas inicialmente (5 a 8 minutos), até, posteriormente e gradualmente, um total de 9 a
12 voltas (King, 2006). O tratamento é muitas vezes ditado pela resposta do cavalo ao programa de
reabilitação. Normalmente, quanto mais intensivo o programa de exercícios, mais rápido o retorno à
função, desde que a lesão não seja sobrecarregada e tenha tempo para se adaptar e fortalecer
(McGowan et al., 2007). 6. REFERÊNCIAS McGowan CM, Stubbs NC, Jull GA. Equine
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