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Rita ● Definição: Protusão de um órgão ou parte dele de sua cavidade natural a partir de uma a- bertura congênita ou adquirida. É uma condição que não possui contato com o meio exterior (evisceração). ● Classificação: ➤ Anatomia: 1- paracostal 2- dorsal lateral 3- inguinal 4- pré-púbica 5- femoral 6- umbilical 7- ventral 8- escrotal. ➤ Estrutura: ☞ Hérnia Verdadeira: Necessariamente apre- senta 1 anel herniário espessado, um saco her- niário (dividi- do em orifí- cio, colo, cor- po e fundo), e o conteúdo herniado. ☞ Hérnia Falsa: É um defeito estrutural com protusão de conteú- do sem saco perito- neal ou outros ele- mentos da hérnias verdadeiras. Exem- plo: ausência de sa- co e anel. ➤ Alteração Funcional: ☞ Redutível: Tem a capacidade de reposição do conteúdo para a cavidade por meio de com- pressão. A cirurgia de correção envolve o fe- chamento do anel herniário, geralmente com sutura jaquetão sobreposta. ☞ Irredutível: O conteúdo não consegue ser comprimido de volta para a cavidade por existir alterações de aderência. Encarcerada: O conteúdo é excessivo e volu- moso demais para ultrapassar o anel, com acú- mulo de alimentos, gases e edema. Há obstrução do fluxo digestivo. Estrangulada: O conteúdo passa a ficar con- gesto e o anel estreita com inflamação. Pode evo- luir para isquemia e necrose. ➤ Conteúdo: Simples com apenas 1 tipo de vís- cera. Múltiplos com várias vísceras. Misto com variação ao longo do tempo. ● Nomenclatura: Hérnia + Localização + Etio- logia + Alteração Funcional + Conteúdo. Exemplo: Hérnia inguinal congênita com encarce- ramento de alça intestinal. ● Etiologia: Defeitos congênitos ou adquiridas. Eventração: Ampla abertura da parede abdominal com a saída da maioria das vísceras recobertas por pele e/ou peritônio. Uma espécie de hérnia falsa, onde não possui o anel espessado. Evisceração: Exposição de vísceras no meio exterior por meio de solução de continuidade da parede e pele. Prolapso: Saída de víscera para o meio externo por meio de um orifício natural em inversão. Rita ➤ Regiões: Comumente aquelas anatomica- mente mais fracas como: umbigo, fundo da pelve, anéis inguinais, diafragma. ➤ Predisposição: Espécie, sexo, idade, ativida- de física, hereditários. ➤ Determinantes: Aumento da pressão intra- abdominal como em tosse, cobertura, tenesmo, prenhez, ascite. ● Sinais Clínicos: Tumefação de consistência mole e volume variável, presença de redutibili- dade em alguns casos, alteração de volume pelo esforço, identificação do conteúdo por meio da palpação. Em casos mais graves pode haver alteração hidroeletrolíticas (menor absorção de água), dificuldade respiratória, hipertermia, e sinais de encarceramento obstrutivos (cólicas, vô- mitos, dor). ● Diagnóstico: Anamnese, sinais clínicos, exa- me físico e radiográfico/ultrassonográfico. ● Tratamento: Em casos de emergência, esta- bilizar o paciente com fluidoterapia, antibioticote- rapia e terapia de choque. ➤ Reparo Cirúrgico: Reduzir a hérnia por abor- dagem local, ampliando o defeito se necessário, por meio de técnica atraumática para liberação de aderências. Checar a viabilidade do conteúdo herniário, resseccionando parte ou totalidade dos órgãos desvitalizados e reposicionando pedículos rotacionados. Obliterar o espaço morto, usando drenos se necessário. Eliminar os fatores predis- ponentes e reconstituir o defeito. Sutura de ja- quetão com sobreposição de Mayo. ☞ Técnica Fechada: Há excisão cutânea e en- fossamento do saco her- niário, seguido por fe- chamento do anel. ☞ Técnica Fechada Al- ternativa: O saco herniário é ligado e excisado. ☞ Técnica Aberta: O sa- co herniário é excisado sem ligadura e aberto. ➤ Hérnias Irredutíveis: A técnica é aberta e o conteúdo é reduzido com compressão, transfixa- ção e ligadura do saco. ➤ Perineal: O anel é fechado pelo músculo ob- turado e com membrana biológica. ➤ Diafragmática: O anel é fechado pela sutura do músculo e centro tendíneo com uso de membrana biológica. É importante reestabelecer a pressão negativa intratorácica. ● Hérnia Incisional: Adquirida e causada pelo manejo de laparotomias prolongadas, infecções, fragilidade tecidual, suturas que afetam a cir- culação, medicamentos tópicos, técnica cirúrgica inadequada, pontos mal fixados, nó mal feito. ➤ Tratamento: Proteger vísceras expostas, flui- doterapia, antibioticoterapia, liberação de ade- rências, reavivar bordas e remover sujidades. ● Prognóstico: Favorável quando redutíveis e reservado em outras situações. ● Hérnias em Grandes Animais: As mais comuns e suas etiologias. ➤ Umbilical: Por fusão incompleta ou retar- dada das pregas laterais no músculo reto do ab- dômen. Pode ser desencadeado por manejo ina- dequado do cordão umbilical e aumento da pres- são abdominal. ☞ Sinais: Aumento globoso na região umbilical de dimensão variável, mole, indolor e geralmente redutível. ➤ Inguinal: Passagem por meio do canal ingui- nal interno, afetando maioria machos. Pode ser estrangulada e exige cirurgia de emergência. Cos- tuma ser congênita, espontânea e determinada pelo esforço em atividade reprodutiva. É predis- posto por aumento da pressão e da largura do anel Rita ☞ Sinais: Testículo aumentado e frio, dor ab- dominal moderada a severa. Pode haver necrose intestinal e após 12h há risco de morte.
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