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Hérnias - Clínica e Cirurgia de Ruminantes e Equinos 1

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Rita 
● Definição: Protusão de um órgão ou parte 
dele de sua cavidade natural a partir de uma a-
bertura congênita ou adquirida. É uma condição 
que não possui contato com o meio exterior 
(evisceração). 
● Classificação: 
 ➤ Anatomia: 
1- paracostal 
2- dorsal 
lateral 
3- inguinal 
4- pré-púbica 
5- femoral 
6- umbilical 
7- ventral 
8- escrotal. 
 ➤ Estrutura: 
 ☞ Hérnia Verdadeira: Necessariamente apre-
senta 1 anel herniário espessado, um saco her-
niário (dividi-
do em orifí-
cio, colo, cor-
po e fundo), e 
o conteúdo 
herniado. 
 ☞ Hérnia Falsa: É um defeito estrutural com 
protusão de conteú-
do sem saco perito-
neal ou outros ele-
mentos da hérnias 
verdadeiras. Exem-
plo: ausência de sa-
co e anel. 
 ➤ Alteração Funcional: 
 ☞ Redutível: Tem a capacidade de reposição 
do conteúdo para a cavidade por meio de com-
pressão. A cirurgia de correção envolve o fe-
chamento do anel herniário, geralmente com 
sutura jaquetão sobreposta. 
 ☞ Irredutível: O conteúdo não consegue ser 
comprimido de volta para a cavidade por existir 
alterações de aderência. 
Encarcerada: O conteúdo é excessivo e volu-
moso demais para ultrapassar o anel, com acú-
mulo de alimentos, gases e edema. Há obstrução 
do fluxo digestivo. 
Estrangulada: O conteúdo passa a ficar con-
gesto e o anel estreita com inflamação. Pode evo-
luir para isquemia e necrose. 
 ➤ Conteúdo: Simples com apenas 1 tipo de vís-
cera. Múltiplos com várias vísceras. Misto com 
variação ao longo do tempo. 
● Nomenclatura: Hérnia + Localização + Etio-
logia + Alteração Funcional + Conteúdo. 
Exemplo: Hérnia inguinal congênita com encarce-
ramento de alça intestinal. 
● Etiologia: Defeitos congênitos ou adquiridas. 
 
Eventração: Ampla abertura da parede 
abdominal com a saída da maioria das vísceras 
recobertas por pele e/ou peritônio. Uma 
espécie de hérnia falsa, onde não possui o 
anel espessado. 
Evisceração: Exposição de vísceras no meio 
exterior por meio de solução de continuidade 
da parede e pele. 
Prolapso: Saída de víscera para o meio externo 
por meio de um orifício natural em inversão. 
Rita 
 ➤ Regiões: Comumente aquelas anatomica-
mente mais fracas como: umbigo, fundo da pelve, 
anéis inguinais, diafragma. 
 ➤ Predisposição: Espécie, sexo, idade, ativida-
de física, hereditários. 
 ➤ Determinantes: Aumento da pressão intra-
abdominal como em tosse, cobertura, tenesmo, 
prenhez, ascite. 
● Sinais Clínicos: Tumefação de consistência 
mole e volume variável, presença de redutibili-
dade em alguns casos, alteração de volume pelo 
esforço, identificação do conteúdo por meio da 
palpação. Em casos mais graves pode haver 
alteração hidroeletrolíticas (menor absorção de 
água), dificuldade respiratória, hipertermia, e 
sinais de encarceramento obstrutivos (cólicas, vô-
mitos, dor). 
● Diagnóstico: Anamnese, sinais clínicos, exa-
me físico e radiográfico/ultrassonográfico. 
● Tratamento: Em casos de emergência, esta-
bilizar o paciente com fluidoterapia, antibioticote-
rapia e terapia de choque. 
 ➤ Reparo Cirúrgico: Reduzir a hérnia por abor-
dagem local, ampliando o defeito se necessário, 
por meio de técnica atraumática para liberação de 
aderências. Checar a viabilidade do conteúdo 
herniário, resseccionando parte ou totalidade dos 
órgãos desvitalizados e reposicionando pedículos 
rotacionados. Obliterar o espaço morto, usando 
drenos se necessário. Eliminar os fatores predis-
ponentes e reconstituir o defeito. Sutura de ja-
quetão com sobreposição de Mayo. 
 ☞ Técnica Fechada: Há 
excisão cutânea e en-
fossamento do saco her-
niário, seguido por fe-
chamento do anel. 
 
 ☞ Técnica Fechada Al-
ternativa: O saco herniário 
é ligado e excisado. 
 ☞ Técnica Aberta: O sa-
co herniário é excisado sem 
ligadura e aberto. 
 
 ➤ Hérnias Irredutíveis: A técnica é aberta e o 
conteúdo é reduzido com compressão, transfixa-
ção e ligadura do saco. 
 ➤ Perineal: O anel é fechado pelo músculo ob-
turado e com membrana biológica. 
 ➤ Diafragmática: O anel é fechado pela sutura 
do músculo e centro tendíneo com uso de 
membrana biológica. É importante reestabelecer 
a pressão negativa intratorácica. 
● Hérnia Incisional: Adquirida e causada pelo 
manejo de laparotomias prolongadas, infecções, 
fragilidade tecidual, suturas que afetam a cir-
culação, medicamentos tópicos, técnica cirúrgica 
inadequada, pontos mal fixados, nó mal feito. 
 ➤ Tratamento: Proteger vísceras expostas, flui-
doterapia, antibioticoterapia, liberação de ade-
rências, reavivar bordas e remover sujidades. 
● Prognóstico: Favorável quando redutíveis e 
reservado em outras situações. 
● Hérnias em Grandes Animais: As mais 
comuns e suas etiologias. 
 ➤ Umbilical: Por fusão incompleta ou retar-
dada das pregas laterais no músculo reto do ab-
dômen. Pode ser desencadeado por manejo ina-
dequado do cordão umbilical e aumento da pres-
são abdominal. 
 ☞ Sinais: Aumento globoso na região umbilical 
de dimensão variável, mole, indolor e geralmente 
redutível. 
 ➤ Inguinal: Passagem por meio do canal ingui-
nal interno, afetando maioria machos. Pode ser 
estrangulada e exige cirurgia de emergência. Cos-
tuma ser congênita, espontânea e determinada 
pelo esforço em atividade reprodutiva. É predis-
posto por aumento da pressão e da largura do anel 
Rita 
 ☞ Sinais: Testículo aumentado e frio, dor ab-
dominal moderada a severa. Pode haver necrose 
intestinal e após 12h há risco de morte.

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