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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA LUÍS HENRIQUE BARBOSA SOUZA EXPERIMENTO TERMODINAMICA DA SOLUBILIDADE CAMPINA GRANDE 1. INTRODUÇÃO O produto de solubilidade é simbolizado por KPS ou KS e é uma constante de equilíbrio entre um sólido não dissolvido e seus íons. O estudo do produto de solubilidade (KPS) sempre envolve um soluto pouco solúvel em solução. O produto de solubilidade é simbolizado por KPS ou KS e é uma constante de equilíbrio entre um sólido não dissolvido e seus íons. O estudo do produto de solubilidade (KPS) sempre envolve um soluto pouco solúvel em solução. Consideremos o fosfato de cálcio (Ca3(PO4)2), um sal que possui pouca solubilidade em condições ambientes. Ao ser colocado em meio aquoso, ele dissocia-se e forma alguns íons, conforme a equação iônica a seguir mostra: Ca3(PO4)2(s) → 3 Ca2+(aq) + 2 PO43-(aq) No entanto, visto que sua solubilidade é pequena, alguns desses íons formados tendem a unir-se novamente, o que ocasiona a precipitação do sal: 3 Ca2+(aq) + 2 PO43-(aq) → Ca3(PO4)2(s) A expressão matemática para calcular a constante do produto de solubilidade sempre usa a concentração molar de cada íon, elevada às suas respectivas quantidades molares: Kps = [Y+] b.[X-]a A partir da análise da constante do produto de solubilidade, é possível determinar a classificação de uma solução em saturada, insaturada ou saturada com corpo de fundo. Essa análise sempre relaciona o produto da solubilidade com o Kps. - Se o produto de solubilidade for menor ao valor do Kps, a solução será insaturada. - Se o produto de solubilidade for igual ao valor do Kps, a solução será saturada. - Se o produto de solubilidade for maior ao valor do Kps, a solução será saturada com corpo de fundo. A partir da análise da constante do produto de solubilidade, é possível determinar a classificação de uma solução em saturada, insaturada ou saturada com corpo de fundo. Essa análise sempre relaciona o produto da solubilidade com o Kps. - Se o produto de solubilidade for menor ao valor do Kps, a solução será insaturada. - Se o produto de solubilidade for igual ao valor do Kps, a solução será saturada. - Se o produto de solubilidade for maior ao valor do Kps, a solução será saturada com corpo de fundo. O que acontece nesse processo de solubilidade entre o soluto e solvente e um processo conhecido como solvatação e que quando um soluto se dissolve no solvente, as moléculas do solvente formam estruturas que envolvem as moléculas dos solutos. Existem também casos em que a solubilidade diminui com o aumento da temperatura, como a dissolução do gás oxigênio em água. Os gases, em geral, são pouco solúveis em líquidos. Existem, porém, dois fatores que alteram sua solubilidade: a pressão e a temperatura . A influência da pressão sobe um líquido pode ser enunciada pela Lei de Henry: “Em temperatura constante, a solubilidade de um gás em um líquido é diretamente proporcional à pressão parcial do gás acima do líquido.” Essa lei se aplica somente em certas condições, nas quais a concentração do soluto e sua pressão parcial são relativamente baixas, ou seja, quando o gás e a solução são ideais e quando não ocorre interação entre o soluto e o solvente. A lei de Henry pode ser expressa da seguinte forma: P=KX onde: X= fração molar de líquido do gás em solução (é a solubilidade do gás); {P=} pressão parcial na fase gasosa; {K=} constante de proporcionalidade (ou constante de Henry); Cada gás tem sua própria constante, que varia com a temperatura. Um exemplo disso ocorre quando se abre uma garrafa de refrigerante: a pressão é reduzida, acarretando a diminuição da solubilidade de CO2, que é liberado na forma de bolhas. Quando se fala em solubilidade, é comum a afirmação “semelhante dissolve semelhante”. Ou seja, uma substância polar tende a se dissolver num solvente polar e uma substância apolar tende a se dissolver em um solvente apolar. Sendo assim, fica mais fácil entender por que muitas substâncias inorgânicas, como os sais e os ácidos, que são polares dissolvem-se na água que é um solvente polar, como por exemplo, água e álcool. Já as substâncias orgânicas que, geralmente, são apolares dissolvem- se em solventes orgânicos também apolares; por exemplo, é possível dissolver a parafina na gasolina, a gasolina no querosene, mas o mesmo não acontece se o solvente for a água. O mesmo acontece com óleo e água, que não se misturam. 2. OBJETIVO Calcular a constante de equilíbrio para o processo de dissolução de um sal e utilizar no cálculo da energia livre de Gibbs e a partir da mesma, calcular a entalpia e a entropia desse processo. 3. MATERIAIS E REAGENTES https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Temperatura https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Henry https://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_parcial https://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o_molar Água destilada Nitrato de potássio (KNO3) Termômetro Pipeta Tubo de ensaio Vidro de relógio Bastão de vidro Pisseta Béquer Placa aquecedora 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Nosso presente experimento consistiu inicialmente em pesarmos 20g de KNO3 onde colocamos em um tubo de ensaio. No próximo passo aquecemos uma pequena quantidade de água, de aproximadamente 15 mL de água, onde misturamos a água e o KNO3. Feito isso mexemos vagarosamente a mistura ate que todo o nitrato de potássio ficasse dissolvido. Logo após o nitrato de potássio ter sido totalmente dissolvido retiramos da placa aquecedora, onde observamos e anotamos o seu volume atingido. Com o auxílio de um termômetro fomos mexendo vagarosamente a solução até que a mesma fosse abaixando a sua temperatura, até que surgisse os primeiros cristais no interior do tubo de ensaio onde também registramos a temperatura do início desse processo. Feito isso, adicionamos 5 mL de água, aquecendo a substancia ate que se dissolvesse completamente e novamente anotamos os valores necessários, logo após a dissolução, novamente resfriamos ate o aparecimento dos primeiros cristais. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Temperatura e tempo de cristalização Sal (KNO3) T. Crist Volume (mL) I 60 25 II 57 30 III 48 34 IV 41 39 V 38 43 Com os dados encontrados agora podemos utilizá-los para calcular as molaridades em cada situação, além de encontramos os valores do inverso da temperatura: 1ª SITUAÇÃO (ENCONTRO DAS MOLARIDADES PARA CADA ETAPA) M1 = = = 7, 9127 mol/L M2 = = = 6,5939 mol/L M3 = = = 5,8182 mol/L M4 = = = 5,0722 mol/L M5 = = = 4,6004 mol/L Agora efetuaremos alguns cálculos com o inverso das temperaturas que foram atingidas durante todo o experimento: 2ª SITUAÇÃO (INVERSO DA TEMPERATURA) = 3,001 x 10 -3 K 3,002 x 10-3 K = 3,113 x 10 -3 K = 3,183 x 10 -3 K = 3,213 x 10 -3 K Como podemos notar ao analisar os dados obtidos, percebemos que à medida que aumentamos o volume de água em cada tubo, observamos que a molaridade também diminui. Mais como o aquecimento e o resfriamento de cada item temos a formação de cristais só que cada vez em menores volumes e que demoram cada vez mais para aparecer. 6. APLICAÇÕES DOS RESULTADOS EXPERIMENTAIS 1) Utilizando a equação, calcule o Kps para cada temperatura. Para que possamos responder à questão referente primeiro precisamos determinar a reação química que ocorre durante o experimento. KNO3 → K + + NO3- K = (K+) (NO3-) K = (S)(S) K = S2, sendo assim temos que S2 = M TEMPERATURAT1 K1 = (𝟕, 𝟗𝟏𝟐𝟕) 2 = 62,61 TEMPERATURA T2 𝐾2 = (𝟔, 𝟓𝟗𝟑𝟗) 2 = 43,48 TEMPERATURA T3 𝐾3 = (𝟓, 𝟖𝟏𝟖𝟐) 2 = 𝟑𝟑, 𝟖5 TEMPERATURA T4 = 𝐾4 = (𝟓, 0722) 2 = 10,1444 TEMPERATURA T5 K5 = (4,6004) 2 = 21,1636 2) Utilizando a equação, calcule ΔG0 para cada temperatura 𝜟𝑮0 = − 𝑹𝑻𝒍𝒏K Para realizarmos esse cálculo precisamos do lnK, então: Agora podemos calcula a variação de energia para cada tipo de temperatura: 3) Faça um gráfico de lnKps pelo inverso da temperatura e determine 𝜟H0 para o processo, a partir da inclinação da reta. 4) Discuta o experimento de uma forma crítica, ou seja, observe os pontos fracos e fortes do experimento e a partir daí dê sugestões para corrigi-los. Para o experimento se tornar mais explicito em relação aos resultados esperados, é preciso rever a questão dos reagentes utilizados e as suas respectivas datas de validade. Como no nosso experimento a formação dos cristais demorou um pouco e tivemos dificuldades em visualiza-los durante a prática, o mesmo atingiu o objetivo apenas em outro dia, onde podemos observar com clareza os cristais já formados. 5) Explique corretamente o que significa o aparecimento dos primeiros cristais. Com as diferenças de temperaturas conseguimos realizar a formação dos mesmos pois ao logo do tempo vamos atingindo os pontos de saturação, onde a mesma fica supersaturada e com isso ocorre a formação de precipitados, que são os cristais observados. 6) Diga-me corretamente o que se entende por constante de equilíbrio, especificamente Kps. É um valor que relaciona as concentrações das espécies reagentes e do produto no momento em que ocorre o equilíbrio. 7) O processo de dissolução é endotérmico ou exotérmico? É espontâneo? Porque? Trata-se de um processo endotérmico onde ocorre a absorção de calor para a formação dos cristais, se tornando um processo não espontâneo pois os valores de Gibbs são todos positivos. CONCLUSÃO Com o presente experimento podemos observar e calcular as diversas energias envolvidas em um processo de dissolução até a formação de precipitados bem explícitos. O nosso experimento conseguiu atingir todos os nossos objetivos, apesar de não vermos os cristais 100% na hora do experimento. REFERÊNCIAS 1 - Química geral: conceitos essenciais / Raymond Chang; tradução: Maria José Ferreira Rebelo... [et al.]. – 4. Ed. – Porto Alegre: AMGH, 2010. XX, 778 p.; 28 cm. 2 Manual de prática de Físico-Química experimental (UEPB)
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