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Anatomia e Fisiologia do Sistema Urinário

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Aparelh� Urogenita�
● Unidade funcional dos rins, o néfron e conceitos de filtração, reabsorção e secreção.
● Anatomofisiologia e histofisiologia do ureter, bexiga e uretra; infecções das vias urinárias.
● Estrutura e função do rim e das vias urinárias.
● Desenvolvimento embriológico do sistema urinário e patologia associadas (Rim em ferradura; Rim ectópico; Rim
supranumerário).
● Controle da micção e incontinência urinária
● Histologia e função do corpúsculo renal e do néfron. Urolitíase. (PLA) Taxa de filtração glomerular e depuração (clearance).
Transporte tubular e a homeostase do sódio, cálcio e potássio, insuficiência renal aguda e crônica.
● Controle da Osmolaridade e do Volume dos Fluídos Corporais e ação dos diuréticos. Papel dos rins no controle da pressão
arterial. Homeostasia hidroeletrolítica e ácido básico.
ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS RINS
Os rins são os órgãos do sistema urinário responsáveis pela formação da urina. Apresentam um formato que lembra o de
um feijão, e possuem um tamanho compreendido entre 10 cm e 13 cm de comprimento e peso de 120 g a 180 g.
Externamente, percebe-se que o rim é revestido pela cápsula verdadeira, pela gordura perirrenal e pela fáscia renal.
Internamente, percebe-se duas porções distintas, o córtex e a medula, regiões onde estão os néfrons, unidades funcionais
dos rins.
A anatomia interna dos rins é dividida em duas zonas, o córtex e a medula renal.
● O córtex renal corresponde à camada mais externa, logo após a cápsula fibrosa do rim. O córtex apresenta
coloração avermelhada e textura lisa.
● No córtex renal são encontrados os néfrons. O néfron é a unidade funcional básica do rim, responsável pela
● formação da urina. Cada rim possui milhares de néfrons.
● A medula é formada pelas pirâmides renais, que possuem ápices que convergem formando as papilas, que se
projetam em cálice menor. Os cálices menores unem-se e formam cálices maiores, os quais desembocam na
pelve renal. A região do córtex, por sua vez, estende-se da cápsula até a base das pirâmides
● As pirâmides renais são agrupamentos de ductos que coletam a urina formada nos néfrons. A base das pirâmides
é voltada para o córtex e o ápice para a medula. No vértice de cada pirâmide localiza-se a papila renal.
A fáscia renal e os tecidos adiposos adjacentes
Existem dois tipos de gordura que podem ser encontradas na periferia dos rins. Elas são conhecidas como gordura
pararrenal e gordura perirrenal.
1. A gordura pararrenal é o tecido adiposo mais lateral que envolve a gordura perirrenal e a fáscia renal. Ela é vista
mais frequentemente no aspecto posterior do rim, e atua como uma almofada para o órgão, mantendo-o ainda em
sua posição.
2. A gordura perirrenal está ligada com a gordura que existe no seio renal, e é conectada à mesma no hilo. Ela
envolve o rim e a glândula suprarrenal completamente, possuindo basicamente a mesma função da gordura
pararrenal.
3. A fáscia renal é a divisão entre o tecido renal e a gordura perirrenal, e envolve ambos os rins e as glândulas
suprarrenais, antes de continuar com a fáscia do diafragma. Da mesma forma que o tecido adiposo adjacente aos
rins, ela mantém os órgãos em suas posições.
UNIDADE FUNCIONAL DOS RINS
O néfron é a unidade funcional do rim, ou seja, a estrutura
responsável pela formação da urina nesses órgãos. Cada rim possui
uma média de 1.200.000 néfrons. Sua principal função é filtrar os
elementos do plasma sanguíneo e eliminar através da urina as
excretas indesejadas.
COMO FUNCIONA O NÉFRON?
O sangue flui para dentro do rim pela artéria renal, que forma arteríola
capilares aferentes que são associados ao glomérulo. A pressão
arterial faz com que água e outros solutos do sangue sejam filtrados
para a cápsula de Bowman.
O líquido filtrado (filtrado glomerular) flui para o túbulo proximal onde
ocorre a reabsorção de nutrientes. Em seguida, flui uma longa alça
tubular (Alça de Henle) onde ocorre troca contínua para manutenção
dos constituintes líquidos. Em terceiro lugar para o túbulo distal, onde
ocorre a secreção de íons e toxinas.
Finalmente, do túbulo distal o líquido é esvaziado no túbulo
coletor, onde a urina já está formada e passa para a pelve
renal.
ESTRUTURAS DOS NÉFRONS
Esta estrutura é formada por um corpúsculo renal, que
compreende o glomérulo e a cápsula de Bowman e, por
túbulos renais, que compreende o túbulo contorcido
proximal, alça de Henle, túbulo contorcido distal e túbulo
coletor.
Glomérulo
O glomérulo renal é uma rede de capilares sanguíneos
presentes dentro de cápsula renal, onde água e resíduos
serão filtrados do sangue para formar o filtrado glomerular. O
glomérulo é responsável pela filtração sanguínea e é
composto por um tubo de capilares.
• Rede Capilar que emerge de uma arteríola aferente;
• É revestido pela Cápsula de Bowman (Filtração dos capilares glomerulares para a cápsula de Bowman)
Corpúsculo Renal
É uma estrutura composta por outras duas: o glomérulo e a cápsula de glomerular.
Cápsula glomerular – Cápsula renal – Cápsula de Bowman
Todos os nomes acima referem-se à mesma estrutura. A cápsula renal envolve o glomérulo e tem como função coletar o
líquido coletado a partir do glomérulo.
Túbulo contorcido proximal
É onde a maior parte da água que foi retirada do sangue é reabsorvida e retorna ao sangue. Cerca de dois terços da água
que foi tirada lá na cápsula renal, retornam agora para o sangue. É nessa estrutura que a glicose é reabsorvida e volta para
o sangue assim como a água.
Alça de henle
A alça de Henle é um tubo em forma de U. Sua principal função é transferir fluidos do túbulo proximal pelo túbulo distal.
URETERES
● Longos tubos fibromusculares que conectam cada rim à bexiga.
● Medem, aproximadamente, 24 a 30 cm de comprimento.
● A urina formada nos rins, através dos néfrons, flui para dentro da pelve renal e, em seguida, para dentro dos
ureteres.
● Sua principal função é transportar a urina dos rins para a bexiga por movimentos peristálticos.
● Descem do abdômen superior, onde estão os rins, até a pelve, por trás dos órgãos gastrointestinais.
Por seu trajeto, o ureter se divide em duas partes, a abdominal e a pélvica. Possui três camadas, a saber:
1. Camada mucosa: Constitui a parte interna do órgão;
2. Camada muscular: A segunda camada do ureter, composta por duas camadas musculares lisas, uma interna e
outra externa;
3. Camada adventícia: Camada mais externa, onde se encontram os vasos sanguíneos e fibras nervosas.
TRAJETO DOS URETERES
1. Partem da pelve renal em direção a bexiga posteriormente ao duodeno.
2. Os ureteres perfuram a parede da bexiga urinária de uma direção lateral para medial e posterior para anterior. Sua
entrada é oblíqua e forma o orifício do ureter na bexiga urinária
HISTOLOGIA DOS URETERES
O lúmen de cada ureter é revestido por uma camada
mucosa de epitélio transicional, que acomoda o aumento
de pressão quando um maior volume de urina deixa o
rim. Isso ajuda a minimizar o risco de ruptura dos
ureteres. Além disso, esses condutos possuem várias
pregas internas, criadas por múltiplas camadas de
músculo liso ao longo da parede ureteral.
Epitélio transicional e duas camadas musculares
(longitudinal e circular)
Epitélio transicional = Epitélio misto, polimorfo ou de
transição.
BEXIGA
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está
localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade
abdominal. É um órgão muscular oco, elástico, que nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres, está
à frente da vagina e abaixo do útero.
A bexiga tem quatro superfícies anatômicas: superior, inferior, ântero lateral direita e ântero lateral esquerdo. Para além
disso, pode ainda ser dividida em quatro partes: ápice (anterior), corpo, fundo (posterior) e colo.
1. Corpo, delimitado anteriormente pelo ápice e posteriormente pelo fundo
2. Colo, localizado inferiormente na região do orifício interno da uretra, emerge da uniãodas superfícies inferolaterais
direita e esquerda.
A saída da bexiga urinária contém um músculo circular chamado esfíncter interno, que se contrai involuntariamente,
prevenindo o esvaziamento. Inferiormente a esse músculo, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo,
que é controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A capacidade média da bexiga urinária
é de 700 – 800 ml; é menor nas mulheres porque o útero ocupa o espaço imediatamente acima da bexiga.
HISTOLOGIA DA BEXIGA
Músculo Detrusor constitui a parede da bexiga, ele forma o esfíncter interno da uretra em torno do colo da bexiga. Ele
contrai em torno dos orifícios ureterais quando a bexiga contrai de forma a prevenir refluxo vesicoureteral (refluxo de urina
para os ureteres).
➔ Possui também um epitélio misto, polimorfo ou de transição
➔ Possui uma camada de músculo liso (longitudinal interna e circular externas – mal definidas)
➔ Possui um mesotélio como membrana protetora
URETRA
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande
quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é
diferente entre os dois sexos.
URETRA MASCULINA
● A uretra masculina é muito mais longa (20 centímetros) e tem quatro partes:
● Pré-prostática (intramural) - parte da uretra que se estende desde o orifício interno da uretra até à próstata
● Prostática - parte da uretra que penetra a próstata e na qual está se junta ao ducto ejaculatório do sistema
reprodutor masculino
● Membranosa - parte da uretra que passa através do espaço perineal profundo e onde é rodeada pelo esfíncter
externo da uretra
● Esponjosa (peniana) - uretra que viaja através do corpo esponjoso do pénis
URETRA FEMININA
● É muito pequena (4 centímetros) o que é um fator predisponente para contrair infeções do trato urinário.
● A uretra feminina passa primeiro através do assoalho pélvico e depois através do espaço perineal profundo onde
está rodeada pelo esfíncter externo da uretra.
● A uretra abre-se através do orifício externo da uretra encontrado entre os pequenos lábios, anteriormente à
abertura vaginal.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO SISTEMA URINÁRIO
O sistema urinário começa a se desenvolver antes do sistema genital e é formado por rins, ureteres, bexiga urinária e
uretra.
Três conjuntos de órgãos excretores (ou rins) se desenvolvem nos embriões humanos:
1. Pronefro
● Transitório, aparece no início da 4ª semana de desenvolvimento; É o primeiro rim;
● No final do primeiro mês, todos os indícios do sistema pronéfrico também desapareceram.
● Os glomérulos não chegam a se estabelecer.
● Se degenera, porém os ductos protéfricos persistem e é utilizada pelo próximo conjunto de rins.
2. Mesonefro
● Aparece no final de 4ª semana; Rins provisórios;
● Formado por glomérulo e túbulos mesonéfricos.
● Sua atuação excretora nos humanos parece ainda questionada;
● Unidades mesonéfricas formam a cápsula de Bowman primitiva;
● Seus ductos (de Wolff) permitirão a formação da genitália masculina.
3. Metanefro
● Desenvolve-se na região lombar do embrião desde o começo da quinta semana e dele derivam os néfrons
definitivos.
● Os ureteres e o rim definitivo surgem de esboços diferentes por interações combinadas entre ambos.
● Broto ureteral: deriva do duto mesonéfrico de Wolff, próximo de sua desembocadura na cloaca, que cresce até se
encontrar com o esboço metanefrogênico.
● Do tronco do broto ureteral se origina o ureter e sua extremidade se dilata e forma a pélvis renal, os cálices
maiores, os cálices menores e os tubos coletores.
MALFORMAÇÕES DO SISTEMA URINÁRIO
AGENESIA RENAL UNILATERAL
● A agenesia renal unilateral consiste na ausência congênita de um rim, sendo que esta malformação é compatível
com a vida. A criança tende a apresentar hipertrofia compensatória, uma vez que necessita compensar a ausência
do outro rim. Alguns pacientes não apresentam sintomas, porém outros podem apresentar hidronefrose que é
caracterizada pela dilatação do trato urinário, nefrolitíase (cálculos renais) e estenose de ureter que é caracterizado
pelo estreitamento de um segmento da uretra, resultando em diminuição ou interrupção completa do fluxo urinário,
bem como hipertensão
AGENESIA RENAL BILATERAL
● Anomalia associada a oligoidrâmnio (pouca quantidade de líquido amniótico), porque pouca ou nenhuma urina, é
excretada na cavidade amniótica. Esta anomalia, provavelmente, tem uma etiologia multifatorial.
RIM EM FERRADURA
● O rim em ferradura é uma alteração ocasionada por um defeito na fusão renal durante a quinta semana de
gestação do período embrionário, acometendo aproximadamente 0,25% da população em geral e sendo mais
prevalente em homens (2:1)(7-8). O mais comum é que a fusão renal ocorra no polo inferior (90% dos casos) e, na
maioria dos casos, o istmo contém parênquima renal funcionante, gerando um desafio para separar os rins
cirurgicamente de forma segura
RINS ECTÓPICOS
● A ectopia renal refere-se a um rim situado em qualquer local que não seja a fossa renal. Ocorre em
aproximadamente 1 a cada 1000 nascimentos, mas apenas 1 de cada 10 deles já foi diagnosticado . O rim ectópico
pode ser pélvico, ilíaco, abdominal, intratorácico, contralateral ou cruzado 2.
CONTROLE DA MICÇÃO
Trajeto da Urina
Ducto coletor - Pelve Renal - Ureter - Bexiga
Inervação da Bexiga
● Diferentes níveis do SNC: Ponte +Medula +Centros superiores
● É inervado por três tipos de fibras: +Simpática +Parassimpática +Somática
A micção
● Controlada pelo tronco encefálico +Centro pontino de micção (CPM)
● Via final comum para os motoneurônios medulares da bexiga
● A micção depende de um reflexo espino-bulbo-espinal liberado pelo CPM, que recebe influências, na maior parte
inibitórias, do córtex cerebral, do cerebelo, dos gânglios da base, do tálamo e do hipotálamo (influências supra
pontinas).
Sistema Nervoso Autônomo na Micção
Parassimpático
● Liberação de acetilcolina.
● Contração vesical.
● Em condições normais, ocorre apenas durante a micção.
● Durante a fase de enchimento, este sistema permanece inativo.
Simpático
● Estimulação adrenérgica.
● Ação inibitória (relaxamento da bexiga).
Durante a fase de micção, há a tentativa de redução da atividade simpática.

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