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Aula 04 – Farmacotécnica • Conceitos São corpos sólidos de vários pesos e formas, adaptados para introdução no reto, vagina ou no orifício uretral do corpo (velas). Como vantagens, tem-se a possibilidade de possuir ação local e ação sistêmica, dependendo do tipo de base e ativo, em que se esse último tiver maior afinidade com a base, ele tende a permanecer associado e não sair logo após ser fundido, e então princípio ativo é liberado de maneira lenta, realizando efeito local, utilizando uma base de natureza hidrofílica. Quando a base lipofílica é utilizada, tem-se a rápida fusão e entrada para a corrente sanguínea. → Fármacos destruídos por enzimas e pH do estômago, sendo mais facilmente aplicados quando em comparação com o uso de injetáveis além disso, podem ser utilizados fármacos irritantes para o estômago. Parte do que é absorvido pela via retal não sofre metabolismo de primeira passagem, não conseguindo ser determinada a porcentagem que não passa pelo metabolismo de 1ª passagem. Existem as veias hemorroidais inferiores, em que ele consegue ir direto para a circulação, sem passar pelo plexo mesentérico e ir para o fígado, então se a administração é de um fármaco ativo, tem-se benefícios, mas se o pró-fármaco é usado, tem-se o problema de que ele não vai passar completamente pelo metabolismo que o transforma em fármaco. Também não é necessário mascarar sabor nem odor de fármacos. • Formas de supositórios e suas características Tem-se o formato cônico que atualmente é menos utilizado, sendo o formato mais usado o caracterizado como torpedo, todos possuem superfície lisa, não rugosa, sem cristalização do fármaco (devendo estar finamente disperso, não ficando amorfo, mas sim em quantidades de volume menor, não ficando maior de maneira que se torne perceptível) e com consistência manuseável e aplicável (deve ser relativamente dura para que possa ser tocado e aplicado, e como se tem um material específico para fundir mediante exposição de temperatura corporal, apresentando um aspecto homogêneo. • Propriedades ideais das bases para supositório Química e fisicamente estáveis, não reativas e compatíveis com fármacos e excipientes, inodoras, aspecto esteticamente atraente, não sensibilizante, não irritante e atóxica, boa capacidade de contração, capacidade de fundir, dissolver ou emulsionar, hidrofilia, viscosidade adequada ao manuseio e aplicação e ação do fármaco, facilidade em libertar o fármaco. Manteiga de cacau com cera de abelha. • Classificação das bases - Lipofílicas: devem fundir a temperatura próxima de 37 graus C, precisando fundir em menos de 10 minutos depois de aplicado, liberando o PA rapidamente. O intervalo de temperatura entre fusão e solidificação seja baixa, entre 2 e 4°C, para que não aconteça sedimentação de princípio ativo, no caso da manipulação. A viscosidade ideal para evitar sedimentação, consistência adequada para manuseio e as bases devem possuir a mínima acidez e insaturação (mede a quantidade de iodo necessária para reagir com todas as insaturações), porque quanto mais baixo, menos degradação e irritação, bem como maior estabilidade química se tem. - Hidrofílicas Bases de glicerina Bases de polietilenoglicol (macrogol ou PEG) Bases dispersíveis em água ou tensoativos • Adjuvantes Usa-se conservantes apenas para quando nas bases estiverem presentes a água ou substâncias suscetíveis a contaminação por microrganismos. Os antioxidantes são utilizados quando se tem alto índice de iodo, ativo facilmente oxidável, para evitar a degradação desses componentes, tal como eventualmente, se utilizam os emulgentes, não sendo utilizados quando a base é completamente lipofílica ou hidrofílica. • Preparo dos supositórios No processo por fusão, tem-se a consideração de uma capacidade volumétrica das formas, descritas por uma capacidade em peso, não em volume, e então, utiliza-se o fator de densidade, que é a relação entre a densidade do ativo e a densidade do veículo, como a referência da manteiga de cacau (porque constitui boas características de medição). Quando o ativo é adicionado ao veículo, ocorre o deslocamento de volume deste correspondente ao volume ocupado pelo ativo. Para saber a quantidade de veículo ou base para ser retirado para que se torne possível preencher e adicionar com o princípio ativo sem transbordar. A soma de veículo que foi retirado, deve ser igual ao volume de ativo a ser adicionado, então o fator densidade apresenta a relação/razão da quantidade de ativo adicionado sobre volume de veículo retirado. Supositórios de uso infantil tem capacidade para 1 grama e no caso dos adultos, tem-se o peso máximo de 2 gramas. Existe outra forma de determinar o fator de densidade: A base é preparada a partir da fusão ou mistura por fusão, considerando, se for o caso, os adjuvantes e quando a base já está liquefeita, é disperso o ativo ou suspenso, podendo inclusive ser feita uma emulsão. O ativo não precisa ser aquecido para ser adicionado, porque a temperatura é baixa, o aquecimento é continuado durante a incorporação e após isso, pode ser necessário fazer a fusão e incorporação com gral e pistilo em banho maria. Após isso, inicia-se o processo de moldar, após dissolver ou suspender, é necessário deixa o material esfriar para aumentar a viscosidade, de maneira a evitar a sedimentação do ativo e em seguida, se tem a solidificação, até que possa ser realizado o manuseio. • Material de acondicionamento Pode ser de plástico, como o polietileno, cloreto Polivinilo (PVC), celofane e alumínio. É necessário realizar a remoção da embalagem. Uma forma de diminuir a capacidade irritante e facilitar a administração é umedecer o supositório com água ou gel lubrificante à base de água. Em aplicações vaginais, alguns não possuam a mucoadesividade, é possível a possibilidade de permanecer deitada para que a liberação do ativo aconteça, quando o comprimido tem mucoadesividade, quando o comprimido entra em contato com a mucosa, cria-se uma camada de gelatina, ele passa a permanecer sob ação e liberação do ativo. • Avaliação de qualidade - Características organolépticas (cor, odor e aspecto) - Ensaio de peso (+ ou – 5%) - Identificação e dosagem (+ ou – 10%) - Ensaio de resistência: o supositório é colocado entre duas placas e é submetido a um peso específico, deixando claro que esse peso não é tão forte. - Comportamento de fusão (dissolução): qual o ponto de fusão do supositório - Liberação: referente ao PA, onde o supositório fica submetido a contato com líquido e em rotação, em temperatura de 37°C e se mede a quantidade de ativo liberado pela forma farmacêutica.
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