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Cefaleias: Tipos e Tratamentos

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CEFALÉIAS 
Pode apresentar-se como sintoma isolado, fazer parte de 
uma síndrome clinica ou sinalizar uma condição oculta 
Condição de alta prevalência – cerca de 46%, com leve 
predomínio no sexo feminino 
PRIMARIAS – ocorrem sem relações temporal e causal 
com qualquer outro transtorno 
1. Enxaqueca ou migrânea 
2. Tensional 
3. Em salvas 
4. Outras 
SECUNDARIAS – decorrem de outros distúrbios, como 
neoplasias, infecções ou traumas 
1. Trauma crânio e/ou cervical 
2. Doença vascular craniana ou cervical 
3. Doença intracraniana não vascular 
4. Uso de substancia 
química/drogas/medicamentos 
5. Infecção 
6. Transtornos de homeostase 
7. Transtorno de ossos cranianos, pescoço, olhos, 
ouvidos, nariz, seios da face, dentes, boca, ATM 
e outras 
8. Transtorno psiquiátrico 
ANAMNESE 
A maioria das cefaleias não oferecem risco de vida e 
90% são constituídas por: tensional, migrânea e cefaleia 
por abuso de analgésico 
Definir as características da dor (tipo, localização, início, 
intensidade, tempo de ascensão, duração, frequência de 
crises, irradiação, fatores desencadeantes, de 
exacerbação e de alivio), sintomas anteriores e 
associados, aura, fatores ambientais relacionados, relação 
com período menstrual/gestação, antecedentes pessoais 
e familiares, além do impacto na qualidade de vida 
 
PADRÕES 
• Aguda emergente – secundaria 
• Aguda recorrente - primaria 
• Crônica progressiva - secundaria 
• Crônica não progressiva - primaria 
CEFALEIA TENSIONAL 
Dor em aperto/pressão, não pulsátil, bilateral, frontal, 
occipital ou na coluna cervical, tende a reduzir com 
aumento da idade 
Fatores precipitantes – estresse, depressão, fadiga e 
anormalidades da coluna vertebral 
TRATAMENTO 
AINH – ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, dipirona / 
inibidores da ciclo-oxigenase-2 – celecoxib, rofecoxib 
Profilaxia - antidepressivos – amitriptilina, nortriptilina, 
clomipramina 
CEFALEIA MIGRÂNEA / ENXAQUECA 
Intensa limitando atividades diárias, pulsátil, unilateral, 
temporal, frontal ou occipital 
Sintomas associados geralmente encontrados na 
migranea – alterações do humor, apetite e libido, fadiga 
e bocejos 
 Não são caracterizados como aura pois não 
decorrem de disfunção neurológica 
Fatores precipitantes – estresse emocional, fatores 
ambientais (odores, luzes) e alterações hormonais 
Náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia e osmofobia são 
achados comuns 
O mais comum é que seja sem aura (sintomas visuais – 
escotomas, fotopsias, distorções de forma, na 
sensibilidade, na linguagem e déficits motores unilaterais) 
Aura – manifestação de disfunção cerebral focal e tende 
a aumentar de intensidade – sintomas visuais, do olfato, 
da função sensitiva e do sistema motor 
• Podem durar de 5 a 60 minutos, individualmente 
Dura mais de 72 horas ou o paciente tem mais de uma 
crise com acalmia de menos de 4 horas 
TRATAMENTO 
Analgésicos comuns e anti-inflamatórios não hormonais – 
dipirona, paracetamol, aspirina (via endovenosa apenas 
quando crise muito intensa) 
Antiemeticos – bromoprida e medicamentos com 
combinação de analgésicos vasoconstritores ou agonistas 
serotonerticos 
Repouso, gelo, café, acupuntura e sono 
Profilaxia – betabloqueadores, antidepressivos tricíclicos, 
flunarizina 
CEFALEIA EM SALVAS 
Intensa, tipo choque ou apunhalada, unilateral, temporal 
ou ocular, indivíduos entre 20 a 40 anos e predomínio 
em homens 
1 ataque a cada dois dias até 8 por dia 
• 15 a 180 minutos, podendo durar de duas 
semanas a 3 meses 
Predomina na primavera e no outono 
Pode ter como sintomas associados – lacrimejamento, 
rinorreia, obstrução nasal, hiperemia conjuntival 
ipsolaterais à dor, bradicardia, HA e rubor facial 
Fatores precipitantes - álcool, altas altitudes e 
vasodilatadores, tabagismo, TCE 
Presença de pontos dolorosos 
TRATAMENTO 
Inalação de O2 puro com máscara, tartarato de 
ergotamina – casos de dor prolongada; em casos de 
persistência da dor indica-se triptanos (sumatriptano e 
zolmitriptano) 
Profilaxia – verapamila, carbonato de lítio (crônica) 
NEURALGIA DO TRIGÊMEO 
Intensa, não pulsátil, tipo choque ou apunhalada, unilateral, 
raramente bilateral, ocular ou região malar 
Zumbido ou perda auditiva pode indicar lesão estrutural 
associada no tronco encefálico 
Pode ser desencadeada por estímulos tateis, como 
toque, fazer a barba, deglutição 
Paresia, alterações sensitivas, perda visual ou disfunção 
esfincteriana em pacientes com neuralgia trigeminal pode 
sugerir esclerose múltipla 
DOR FACIAL ATÍPICA 
Em aperto/pressão, não pulsátil, unilateral, na coluna 
cervical ou região malar 
Fatores precipitantes – estresse, bruxismo, tratamento 
dentário prolongado e aparelhos ortodônticos 
RED FLAGS 
1. Cefaleia com início após os 40 anos 
2. A pior cefaleia da vida ou explosiva (em 
trovoada) 
3. Mudança no padrão clinico de cefaleia 
preexistente 
4. Cefaleia em paciente com HF de aneurisma 
cerebral 
5. Cefaleia associada a febre, encefalopatia, rigidez 
de nuca / erupções cutâneas, ou cefaleia pós 
trauma cranioencefalico, durante gravidez ou 
pós-parto 
6. Em paciente imunossuprimido 
7. Associada à mudança de posição e à manobra 
de Valsalva 
8. Exame neurológico anormal 
9. Déficit neurológico focal persistente 
10. Cefaleia noturna ou com piora ao deitar 
IDADE DE INICIO 
Comumente associada à infecção viral e a TCE leve em 
crianças 
Primarias e de origem idiopática são as mais comuns; 
entre adultos, a do tipo tensional ou por uso excessivo 
de medicação são mais frequentes e, nos idosos, a 
incidência de secundarias é maior, como neuralgia do 
trigêmeo 
DURAÇÃO E FREQUÊNCIA DA DOR 
Em geral são episódicas durando de minutos a horas. 
Crônicas – em mais de 15 dias por mês por, pelo menos, 
3 meses ou mais de 180 dias no ano 
Cefaleias secundarias tendem a ser continuas, com 
exacerbação aguda (exercício, mudança de posição e 
manobra de Valsalva) 
TEMPO DE INICIO ATÉ ATINGIR A INTENSIDADE 
MÁXIMA DA DOR 
 
Cefaleias em trovoada – pior da vida, pico de intensidade 
em até 60 segundos  causas mais comuns: 
hemorragia subaracnóidea, trombose de seio venoso, 
apoplexia hipofisária, dissecção carotídea, vasoconstrição 
cerebral reversível e encefalopatia posterior reversível 
LOCALIZAÇÃO 
Dor occipital ou unilateral, que se torna holocraniana 
durante manobra de Valsalva, sugere provável aumento 
da pressão intracraniana 
Dor periocular e/ou temporal é típica das cefaleias 
trigemino-autonomicas, como em salvas, hemicrania 
paroxística, hemicrania continua, SUNCT 
SINTOMAS E SINAIS ASSOCIADOS 
Sinais meníngeos são vistos na meningite e na 
hemorragia subaracnoide 
HISTORIA FAMILIAR 
Migranea – padrão genético 
 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
Infecções, neoplasias, medicamentos, traumas, cirurgias 
cranianas, punção lombar recente, doenças oculares, da 
orelha, nariz e garganta, coluna cervical, endócrinas, 
mudanças na alimentação, sono, trabalho e estresse 
ambiental 
TRATAMENTOS PRÉVIOS 
Uso abusivo de analgésicos 
EXAMES COMPLEMENTARES 
Na presença de sinais de alerta para cefaleias secundarias, 
nas em trovoada e nas relacionadas ao ato sexual 
EXAME FISICO 
Inspeção estática e dinâmica do crânio e pescoço, 
aferição da PA e FC, ausculta do crânio, carótidas, 
cardíaca e pulmonar, exame neurológico completo e 
exame cefaliatrico 
EXAME DO ESTADO MENTAL 
Alterações são mais prováveis nas cefaleias secundarias 
porem a migrânea pode estar associada a mudanças 
cognitivas durante (apático, deprimido, ansioso, hostil, 
letárgico) e depois (amnesia, alucinações, mudanças 
comportamentais) 
EXAMES DE NERVOS CRANIANOS 
 
EXAME CEFALIATRICO 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA 
Observar a posição da cabeça em relação ao tronco, 
redução da amplitude do movimento em região cervical, 
avaliar presença de cicatrizes, manchas, inspeção da 
cavidade oral e da arcada dentaria 
PALPAÇÃOSão avaliados os ossos (frontal, maxilar e mandibular) 
articulação temporomandibular, músculos, nervos 
periféricos, ramos do trigêmeo e artérias 
PERCUSSÃO 
Seios das faces maxilar e frontal – descartar sinusopatia 
 
AUSCULTA 
Artérias carótidas a procura de sopros cervicais 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 
WATANABE, Nancy et al. Semiologia Cefaliátrica.

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