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O termo diversidade religiosa é usado para representar a enorme pluralidade de religiões
espalhadas pelo mundo, são manifestadas em diferentes formas como: Cultos, rituais,
cerimônias e varia de acordo com a crença e cultura de cada região.
Conforme Silva (2004, p. 2) Somos diversos. Essa verdade fundamental é sempre
ameaçada por ações individuais e coletivas de intolerância. Somos diversos historicamente,
etnicamente, linguisticamente e, da mesma forma, somos diversos religiosamente. A
diversidade religiosa é profunda.
A intolerância cresce cada vez mais no mundo, dados da pesquisa feita em 198 países, no
ano de 2018 pela Pew Research Center, em Washington, indicam cristãos como a
comunidade mais perseguida no mundo, seguidos de mulçumanos, judeus, “outros” grupos
religiosos e comunidades não afiliadas a nenhuma religião.
Na constituição federal do Brasil, mais precisamente no artigo 5, fala que a liberdade de
consciência e de crença não pode ser violada, considerado crime previsto em lei desde
maio de 1997, com pena dosada de três anos de reclusão além de pagamento de multa,
desse modo, a lei garante que o culto religioso é livre para todos os brasileiros. O crime
contra religiões ainda é um grande problema no país, dados do disque 100, serviço de
proteção de direitos humanos, somente no primeiro semestre de 2019 foram registradas
354 denúncias, 67,7% a mais que o mesmo período do ano anterior, a maior parte desses
relatos foram de praticantes de religiões de matrizes africana, as quais são os maiores alvos
deste tipo de crime com 59% dos casos.
Segundo os praticantes de religiões afro-brasileiras, vem crescendo o número de ataques
realizados por facções criminosas nos últimos anos. O problema já acontece desde a
década de 1990, mas era pouco visível porque as vítimas tinham medo de denunciar os
ataques. Recentemente, contudo, as ocorrências estão se tornando mais frequentes e
visíveis. Traficantes de drogas, convertidos a religiões neopentecostais, proíbem a prática
de religiões de matriz africana nas áreas dominadas por suas facções (ACN, 2018). Os
ataques a religiões afro-brasileiras estão diretamente ligados ao racismo e preconceito da
origem e tradição africana/afrodescendente.
O censo de 2010 mostrou que 64,6% dos brasileiros (cerca de 123 milhões) se declararam
católicos; 22,2% (cerca de 42,3 milhões) protestantes (evangélicos tradicionais,
pentecostais e neopentecostais); 8,0% (cerca de 15,3 milhões) declaram-se irreligiosas:
ateus, agnósticos ou deístas; 2,0% (cerca de 3,8 milhões) espíritas; 0,7% (1,4 milhão)
testemunhas de jeová; 0,3% (588 mil) seguidores do animismo afro-brasileiro como
candomblé, o tambor de mina, além de umbanda e etc... Tais dados levam a importância do
respeito a essa diversidade em nossa sociedade, como cita Silva (2004, p. 14) Ora, o
respeito à diversidade é um dos valores mais importantes do exercício da cidadania, como
não podemos esquecer. Só nesse respeito absoluto podemos entender que não existem
seitas (pois não existem grandes e pequenas religiões), não existe sincretismo (pois não
existe uma religião pura de influências de outras) e, acima de tudo, não existe para o
historiador ou para o filósofo uma religião melhor do que outra. Cada uma colaborou com
uma parte do pensamento religioso; cada uma expressa uma visão de um grupo e cada
uma teve e tem seu valor específico, exatamente por serem diferentes. Ensino de religiões,
estudo de diversidades, exercícios de alteridade: estes, sim, podem ser conteúdos
trabalhados na escola pública. Da mesma forma que o professor de literatura faz referência
a diversas escolas literárias; da mesma forma que o professor de História enfatiza diversos
povos, assim o ensino de religiões deve enfatizar diversas expressões religiosas,
considerando que as religiões fazem parte da aventura humana.
A diversidade religiosa presente nas escolas e no ensino da história permitem o
reconhecimento que questões religiosas estão presentes em nossa vida cotidiana e fornece
elementos para construção de identidade, de representações coletivas e também seu lugar
na cultura, pois ela é influenciada além de influenciar a cultura daqueles em seu entorno.
Em 2019, na cidade de Florianópolis, SC, foi noticiado pelos veículos de comunicação NSC
total e o sítio eletrônico tudosobrefloripa.com, o crime de intolerância religiosa contra uma
estátua de Iemanjá (Divindade de religiões de matrizes africanas), praticado por uma mulher
flagrada por imagens de vídeo. A principal suspeita é a de que a atitude tenha sido
provocada pelo ódio de fundamentalistas evangélicos, que não conseguem conviver com
diferentes correntes de pensamento.
Na minha área futura de atuação, Letras, é possível utilizar textos/estudos já existentes,
como, também produzir novas pesquisas sobre a diversidade religiosa a fim de disseminar
ainda mais o conhecimento e riqueza cultural deste assunto, visando a diminuição da
intolerância por meio da educação e aprendizado.

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