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Biossegurança

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Biossegurança
Biossegurança 
· Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar reduzir ou minimizar o risco proveniente de atividades que envolvam agentes de risco biológico. 
Risco Biológico
· São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças
Materiais Biológicos
· Sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva).
Classificação de áreas com identificação de risco 
· Áreas críticas: oferece risco potencial para aquisição de infecção seja pelos procedimentos invasivos realizados, ou pela presença de pacientes susceptíveis às infecções. 
· Ex: ambiente de procedimentos invasivos, sala de expurgo, sala de preparo de material, sala de escovação, laboratório de prótese, UTI, pronto socorro 
· Áreas semi-críticas: possui menor risco de infecção, são ocupadas por pacientes que não exigem cuidados intensivos ou de isolamento. 
· Ex: ambiente radiológico, sala de fotografia, sala de espera
· Áreas não-críticas: todas as áreas não ocupadas por pacientes e aquelas destinadas a exames de pacientes.
· Ex: áreas administrativas e de circulação 
Definição de risco biológico grau 1, 2, 3 e 4 em relação ao risco individual, risco para a comunidade e infectividade 
	Aspectos
	Grau 1
	Grau 2
	Grau 3
	Grau 4
	Risco individual
	Ausente ou muito baixo
	Moderado
	Alto
	Elevado
	Risco para comunidade
	Ausente
	Ausente
	Moderado
	Elevado
	Infectividade
	Baixa probabilidade de infectar homens e animais
	Dispõe-se de medidas profiláticas e terapêuticas
	Propaga de indivíduo para indivíduo (medidas de profilaxia e terapêutica)
	Alta patogenicidade e fácil propagação (não existem medidas de profilaxia ou terapêuticas
	Exemplos
	Bacillus subtilis
	Vírus da febre amarela, das hepatites B, C e E, Schistosoma Mansoni, dengue e H1N1
	HIV, Mycobacterium tuberculosis, H5N1
	Vírus ebola, varíola
Equipamentos de proteção individual
· LUVAS: Previnem a contaminação das mãos do trabalhador ao manipular, por exemplo, material biológico potencialmente patogênico e produtos químicos.
· AVENTAL: São de uso obrigatório para todos que trabalham nos ambientes laboratoriais onde ocorra a manipulação de microrganismos patogênicos, manejo de animais, lavagem de material, esterilização, manipulação de produtos químicos (devem ser impermeáveis) e de mangas compridas, cobrindo os braços, o dorso, as costas e a parte superior das pernas.
· ÓCULOS: Servem para proteger os olhos contra impactos, respingos e aerossóis. É importante que sejam de qualidade comprovada, a fim de proporcionar ao usuário visão transparente, sem distorções e opacidade.
· MÁSCARA CIRÚRGICA: A máscara cirúrgica deve ser utilizada por todos os profissionais que ingressam no quarto de isolamento. Essa máscara deve ser descartada imediatamente após o uso
· MÁSCARA/PROTETOR FACIAL: Oferecem uma proteção à face do trabalhador contra risco de impactos (partículas sólidas, quentes ou frias), de substâncias nocivas (poeiras, líquidos e vapores), como também das radiações (raios infravermelho e ultravioleta, etc.).
· GORRO: Recomenda-se o uso de gorro a fim de minimizar a exposição dos cabelos do profissional a respingo de sangue, secreções corporais e excreções durante a assistência.
· SAPATOS, BOTAS, BOTINAS: São destinados à proteção dos pés contra umidade, respingos, derramamentos e impactos de objetos diversos, não sendo permitido o uso de tamancos, sandálias e chinelos em laboratórios.
· PROPÉS: O Propé tem como finalidade de uso evitar o desprendimento de sujidades em áreas especiais e restritas, que tenham essa necessidade. Protegem também os pés contra eventuais fluídos corpóreos ou outros tipos de contaminação provenientes do meio externo.
Isolamento e precauções 
Precauções padrão 
Devem ser aplicadas no atendimento a todos os pacientes, na presença de risco de contato com sangue; fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor); pele com solução de continuidade; e mucosas.
· Higienização das mãos: antes e após contato com o paciente, após contato com sangue, outros líquidos orgânicos, e itens contaminados; após a retirada de luvas, entre um paciente e outro e no mesmo paciente, caso haja risco de contaminação cruzada entre diferentes sítios anatômicos. 
· Luvas: usar luvas limpas, quando houver possibilidade de contato com sangue, outros líquidos ou itens e superfícies contaminados; trocar de luvas entre procedimentos; retirar as luvas após o uso e lavar as mãos obrigatoriamente. 
· Máscara e óculos de proteção: recomendados para proteção individual, durante procedimentos que envolvam riscos de respingos. 
· Avental: avental limpo para proteção individual sempre que houver risco de contaminação com sangue ou líquidos orgânicos. Quando houver sujidade visível, retirar o avental o mais rápido possível e lavar as mãos. 
· Artigos e equipamentos de assistência ao paciente: realizar limpeza e desinfecção ou esterilização, de acordo com a classificação do artigo, após o uso e entre pacientes. 
· Ambiente: seguir os procedimentos de rotina para adequada limpeza e descontaminação das superfícies ambientais. 
· Roupas: ensacar as roupas usadas e contaminadas com material biológico (sangue, líquidos orgânicos e excreções), de forma a prevenir exposição. 
· Material pérfuro-cortante: manusear com cuidado os materiais pérfuro-cortantes, proceder o descarte adequado em recipientes rígidos e resistentes à perfuração. Seguir adequadamente as orientações para montagem e preenchimento destes recipientes, não ultrapassando o limite indicado. 
· Quarto privativo: indicado conforme orientação da CCIH - nos casos em que o paciente não tem controle das eliminações de fezes ou urina.
Precauções específicas 
Elaboradas de acordo com o mecanismo de transmissão das patologias e designadas para pacientes suspeitos ou sabidamente infectados ou colonizados - por patógenos transmissíveis e de importância epidemiológica - baseada em três vias principais de transmissão: transmissão por contato, transmissão respiratória por gotículas, transmissão respiratória por aerossóis.
Precaução de contato 
· Indicações: Infecção (ou suspeita de infecção) ou colonização por bactérias multirresistentes ou microorganismos epidemiologicamente importantes (como rotavírus, vírus sincicial respiratório, herpes simples localizado, diarréia aguda, furunculose, infecção de ferida operatória, escabiose, pediculose), passíveis de transmissão por contato direto. 
· Internação de paciente: quando possível, em quarto privativo ou em quarto com paciente que apresente infecção pelo mesmo microrganismo (coorte). 
· Tipo de EPI usado:
· Higienização das mãos: deve ser enfatizada a importância desta ação; utilizar anti-séptico como o álcool-gel ou soluções degermantes (clorexidina a 2% ou PVPI 10%) - consulte o módulo IV - Prevenção de Infecções em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). 
· Luvas: usar luvas limpas, não estéreis, ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente; trocar de luvas após contato com material biológico; retirar as luvas antes de deixar quarto. 
· Avental: usar avental limpo - não necessariamente estéril - ao entrar no quarto durante o atendimento ao paciente e retirá-lo antes de deixar o quarto. 
· Equipamentos de cuidado ao paciente: estetoscópio, esfignomanômetro e termômetro devem ser de uso individual. Caso não seja possível, devem ser limpos e desinfetados com álcool a 70%, entre pacientes. 
· Ambiente: itens com os quais o paciente teve contato e superfícies ambientais devem ser submetidos à desinfecção com álcool a 70% (ou produto compatível com a natureza da superfície) a cada plantão. 
· Visitas: restritas e reduzidas. 
· Transporte do paciente: limitado. O profissionalque transportar o paciente deve usar as precauções padrão e realizar desinfecção das superfícies após o uso do paciente. Manter as secreções contidas sempre que necessário.
· Exemplo de patógenos: Infecção ou colonização por bactérias multirresistentes. Escabiose e pediculose. Diarréias de causa infecciosa (shiguela, salmonela, rotavírus). Hepatite tipo A. HIV e hepatite tipo B na vigência de sangramento
Precaução respiratória por aerossóis 
· Indicações: Infecção respiratória suspeita ou confirmada por microorganismos transmitidos por aerossóis (partículas de tamanho menor ou igual a 5 micra), que permanecem suspensas no ar e podem ser dispersadas a longas distâncias - como varicela, sarampo e tuberculose. 
· Local de internação: quarto privativo com pressão negativa; filtragem do ar com filtros de alta eficiência (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a 12 trocas de ar por hora, manter as portas do quarto sempre fechadas. Caso a instituição não tenha quartos com estas características, manter o paciente em quarto privativo, com as portas bem fechadas e boa ventilação. 
· Proteção respiratória: usar máscaras com capacidade de filtragem e vedação lateral adequada (PFF2 - Proteção Facial Filtro 2 - ou N95 - regulamentação por entidades americanas). Estas máscaras podem ser reutilizadas pelo mesmo profissional por longos períodos - desde que se mantenham íntegras, secas e limpas. 
· Transporte de paciente: utilizar máscara tipo cirúrgica para o paciente. 
· Visitas: restritas e orientadas.
· Exemplo de patógenos: Tuberculose, sarampo e varicela
Precauções respiratórias por gotículas 
· Indicações: Pacientes portadores ou com infecção por microorganismos transmissíveis por gotículas, que podem ser gerados por tosse, espirro, conversação. Exemplos: parotidite, coqueluche, difteria, rubéola, meningite por meningococos, síndrome aguda respiratória grave (pneumonia asiática). 
· Internação de paciente: quarto privativo ou, caso não seja possível, em quarto de paciente com infecção pelo mesmo microorganismo (coorte); a distância mínima entre os leitos deve ser de um metro. 
· Máscara: deve ser utilizada quando a proximidade com o paciente for menor de um metro. 
· Transporte de paciente: limitado, mas quando necessário, utilizar máscara cirúrgica para o paciente. 
· Visitas: restritas e orientadas.
· Exemplo de patógenos: Rubéola, caxumba, meningite meningocócica, outras infecções de transmissão aérea por gotículas
Acidentes com materiais perfuro cortantes 
Exposição a material biológico é a exposição a sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não-infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue.
· Quanto ao tipo de fluido e tecido - fluidos biológicos de risco:
· Hepatite B, C e HIV: sangue, líquido orgânico contendo sangue visível e líquidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor e líquidos peritoneal, pleural, sinovial, pericárdico e amniótico).
· OBS: Devem ser observados os protocolos das especialidades médicas. 13 Materiais biológicos considerados potencialmente não infectantes 
· Hepatite B e C: escarro, suor, lágrima, urina,vômitos, fezes, secreção nasal, saliva, escarro, suor e lágrima exceto se tiver sangue. Quantidade de fluidos e tecidos; 
Cuidados com a área exposta
· Lavagem do local exposto com água e sabão nos casos de exposição percutânea ou cutânea. • Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou solução salina fisiológica. 
· Não há evidência de que o uso de antissépticos ou a expressão do local do ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de antisséptico não é contraindicado. 
· Não devem ser realizados procedimentos que aumentem a área exposta, tais como cortes e injeções locais. A utilização de soluções irritantes (éter, glutaraldeído, hipoclorito de sódio) também está contraindicada
Avaliação do acidente
· Estabelecer o material biológico envolvido: sangue, fluidos orgânicos potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue.
Tipo de acidente
· Perfurocortante
· Contato com mucosa
· Contato com pele com solução de continuidade.
Conhecimento da fonte 
· Fonte comprovadamente infectada 
· Fonte exposta à situação de risco 
· Fonte desconhecida, material biológico sem origem estabelecida.
Orientações e aconselhamento ao acidentado
· Com relação ao risco do acidente. 
· Possível uso de quimioprofilaxia.
· Consentimento para realização de exames sorológicos. 
· Comprometer o acidentado com seu acompanhamento durante seis meses. 
· Prevenção da transmissão secundária.
· Suporte emocional devido ao estresse pós-acidente.
· Orientar o acidentado a relatar de imediato os seguintes sintomas: linfoadenopatia, rash, dor de garganta, sintomas de gripe (sugestivos de soro-conversão aguda).
· Reforçar a prática de biossegurança e precauções básicas em serviço.
Notificação do Acidente
· Registro do acidente em CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho). 
· Preenchimento da ficha de notificação do Sinan (Portaria n.º 777) (BRASIL, 2004a).
Avaliação da exposição no acidente com material biológico
· Deve ocorrer imediatamente após o acidente e, inicialmente, basear-se em uma adequada anamnese do acidente, caracterização do paciente fonte, análise do risco, notificação do acidente e orientação de manejo e medidas de cuidado com o local exposto.
· A exposição ocupacional ao material biológico deve ser avaliada quanto ao potencial de transmissão de HIV, HBV e HCV com base nos seguintes critérios
· Tipo de exposição
· Tipo e quantidade de fluido e tecido.
· Status sorológico da fonte.
· Status sorológico do acidentado.
· Susceptibilidade do profissional exposto.
Carteira vacinal do trabalhador da saúde 
Hepatite B – É administrada em três doses. Via intramuscular, músculo deltóide com intervalo de 0, 1 e 6 meses. É indicado fazer a o Anti-HBs entre o 7º e 13º mês para documentar a viragem sorológica e a cada três anos para ratificar a imunidade para a Hepatite B.
Gripe (Influenza) – É administrada em dose única anualmente. Via intramuscular. É especialmente recomendada aos profissionais de saúde em contato com pacientes com doenças cardiorrespiratórias e imunodeprimidos.
Tétano e Difteria (dT adulto ou toxoide tetânico) – É administrada em três doses, via intramuscular sendo a 2ª dose realizada de 4 a 8 semanas após a primeira e a 3ª dose, de 6 a 12 meses após a segunda. O reforço deve ser feito em dose única a cada 10 anos.
Varicela – É administrada em duas doses com intervalo entre as doses de 4 a 8 semanas em via subcutânea. É contraindicado para gestantes e é aconselhável evitar gestação até um mês após receber a vacina.
Rubéola, Sarampo e Caxumba (MMR Tríplice Viral) – Administrada em dose única, via subcutânea. Recomenda-se uma 2ª dose para atingir melhores índices de proteção sendo intervalo de 30 dias. É contraindicada na gestação e recomenda-se evitar gestação até um mês após receber a vacina. Contraindicada para alérgico a ovo e neomicina.
Tuberculose (BCG) – Apesar de não existir estudos que comprovem sua eficiência na fase adulta, alguns autores ainda indicam a BCG (Bacille Calmette-Guérin) para prevenção da tuberculose em profissionais de saúde.
Tríplice bacteriana para adultos (DTP: Coqueluche, Tétano e Difteria) – Diante de surtos de coqueluche recentemente descritos, cujo reservatório identificado foi os profissionais de saúde, recomenda-se a vacinação, especialmente para os profissionais que lidam com recém-nascidos, imunodeprimidos etc.
Hepatite A – É administrada em duas doses com intervalo de zero a seis meses. Via intramuscular. Deve ser considerada para profissionais de saúde que manipulam alimentos, profissionais que trabalham em unidadesneonatais, creches e pacientes institucionalizados. Indicada na profilaxia pós-exposição.
Descarte de materiais 
De acordo com a Resolução RDC nº 33/03, os resíduos hospitalares são classificados como:
· Grupo A (potencialmente infectantes) - que tenham presença de agentes biológicos que apresentem risco de infecção. Ex.: bolsas de sangue contaminado;
· Grupo B (químicos) - que contenham substâncias químicas capazes de causar risco à saúde ou ao meio ambiente, independentemente de suas características inflamáveis, de corrosividade, reatividade e toxicidade. Por exemplo, medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X;
· Grupo C (rejeitos radioativos) - materiais que contenham radioatividade em carga acima do padrão e que não possam ser reutilizados, como exames de medicina nuclear;
· Grupo D (resíduos comuns) - qualquer lixo hospitalar que não tenha sido contaminado ou possa provocar acidentes, como gesso, luvas, gazes, materiais passíveis de reciclagem e papéis;
· Grupo E (perfurocortantes) - objetos e instrumentos que possam furar ou cortar, como lâminas, bisturis, agulhas e ampolas de vidro.
Precauções respiratórias
É o conjunto de medidas utilizadas para proteger o trabalhador da área da saúde contra elementos químicos e biológicos através da via inalatória. Dentre elas destacamos os equipamentos de proteção individual (EPI) e, dentro deles, os equipamentos de proteção respiratória (EPR).
O que são EPR?
São equipamentos de proteção individual utilizados para a proteção das vias aéreas com o objetivo de impedir a transmissão de agentes biológicos ou químicos. São máscaras de proteção facial, podendo vedar a face de forma parcial ou total.
Tipos de máscaras 
· Máscara cirúrgica: não é considerada uma EPR mas é um EPI. Possui fraca de capacidade de filtrar elementos aerossóis, deve ser usada para prevenir contaminação por gotículas ou sangue, a curta distância. Em paciente com necessidade de transporte ou isolados em ambiente hospitalar pela própria doença de base. 
· Máscara PFF2/N95: máscara facial parcial, protege nariz e boca com boa vedação. Tem filtro P2, que protege contra gotículas e aerossóis. Possui certificação no FDA/ANVISA. 
· Máscara PFF2/PFF3: máscara facial inteira, possui filtro P2 ou P3 removíveis que devem ser trocados periodicamente. Indicadas para as doenças de maior infectividade e mortalidade. 
· Máscara facial inteira: pode ser com motor e purificador, motor compressor, monitorizados ou não.
PFF2/N95                                                            PFF2/PFF3 Facial Inteira
                            
Formas de contaminação por agentes inalatórios 
· Gotículas: disseminação de gotículas (partículas maiores que 5um), geradas durante tosse, espirro, fala ou durante a execução de diversos procedimentos: inalação, aspiração, intubação, necropsias, entre outros. Elas se espalham por até 1 metro e atingem a via aérea superior. 
· Aerossóis: disseminação de gotículas (partículas menores que 5um) geradas durante tosse, espirro, fala ou durante a execução de diversos procedimentos: inalação, aspiração, intubação, necropsias, entre outros. Elas ficam em suspensão por horas, se disseminam por vários metros e atingem as vias aéreas profundas (inferiores).
Medidas de precaução contra agentes inalatórios 
· Prevenção de transmissão por gotículas: uso de máscara cirúrgica, internação do paciente em quarto privativo, transporte do paciente limitado e com máscara cirúrgica no paciente e equipe, restrição de visitas (monitoradas por profissionais). 
· Precaução de transmissão por aerossóis: utilizar máscaras PFF2 durante todo o atendimento, internação do paciente em quarto privativo com pressão negativa, durante o transporte do paciente o mesmo deve usar máscara cirúrgica. 
Cuidados com seu material EPR 
· Máscaras cirúrgicas: descartar após o uso.
· Máscaras PFF: não lavar. Enquanto suas condições estiverem boas, poderá ser reutilizada pelo mesmo profissional, seguindo uma sequência de colocação e retirada. 
Observações 
Os vírus ou bactérias ficam aderidos aos filtros. A respiração não é capaz de translocá-los para a face interna da máscara. Porém: mãos, água, produtos sim. Uma máscara cirúrgica pode ser utilizada sobre uma PFF, a fim de conservá-la. Mas nunca abaixo, pois atrapalharia sua vedação. 
Barba, bigode ou deformidades da face não permitem uma boa vedação, tornando então o dispositivo falho. 
Os EPR não devem ser higienizados. São descartáveis!
ORDEM PARAMENTAÇÃO: Higienizar as mãos -> máscara -> óculos -> gorro -> higienizar as mãos -> propé -> capote -> luva.
ORDEM DESPARAMENTAÇÃO: retirar as luvas -> capote -> propé -> higienizar as mãos -> gorro -> óculos -> máscara -> higienizar as mãos.

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