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Yohanan Ferreira Breves Acadêmico de Direito Tipos de Provas: - Depoimento Pessoal (artigos 385 ao 388, NCPC/2015); - Confissão (artigos 389 ao 395, NCPC/2015); - Prova Testemunhal (artigos 442 ao 463, NCPC/2015); - Prova Documental (artigos 405 ao 441, NCPC/2015); - Prova Pericial (artigos 464 ao 484, NCPC/2015). Depoimento Pessoal: Quando se opta pelo depoimento pessoal o objetivo principal é obter a confissão do depoente. Quem presta o depoimento primeiro deve ser ouvido sozinho (art. 385, §2°, NCPC/2015). Se o convocado para depor se ausentar, presumir-se-á a chamada "confissão ficta" (art. 385, §1°, NCPC/2015). Atenção!!! Não se deve confundir depoimento pessoal com interrogatório, no interrogatório, por exemplo, a ausência não gera presunção de confissão (art. 139, inciso VIII NCPC/2015). Confissão: A confissão se subdivide em judicial e extrajudicial: Judicial -> é aquela obtida dentro do processo. A) Judicial Provocada: oriunda de depoimento pessoal; A.1) Real: quando é feita expressamente pelo depoente; A.2) Ficta: quando se presume a confissão pelo silêncio ou ausência do depoente. B) Judicial Espontânea: por livre iniciativa, e pode ser oral ou escrita. Extrajudicial -> quando a confissão é obtida fora do processo, e pode ser oral ou escrita. OBS: a confissão é indivisível e irrevogável, mas pode ser anulada em caso de erro de fato ou coação (artigos 393 e 395, NCPC/2015). Prova Testemunhal: O interessado deve elaborar seu rol de testemunhas (art. 450, NCPC/2015). Em caso de falecimento, doença ou perda de testemunha, é permitido substituí-la (art. 451, NCPC/2015). As testemunhas não podem ser incapazes, impedidas ou suspeitas (art. 447, NCPC/2015). E somando a isso, o juiz poderá ouvir um informante, e à informação o juiz atribuirá o valor adequado (art. 447, §4° e §5°, NCPC). A testemunha é ouvida na audiência de instrução e julgamento (art. 453, NCPC), mas as testemunhas egrégias ou especiais são ouvidas em sua residência ou onde exercem sua função (art. 454, NCPC). Para que essas testemunhas consideradas "importantes" sejam ouvidas, o juiz primeiro solicitará que a autoridade indique o dia, a hora e o local onde deseja ser ouvida (art. 454 §1° NCPC/2015), se a autoridade não se manifestar em até 1 mês ou se a autoridade indicar suas preferências, mas não comparecer, o juiz, por conta própria, designará o dia, a hora e o local, dando preferência à sede do juízo (art. 454, §2° é §3°, NCPC/2015). O responsável por realizar a intimação da testemunha é seu advogado, caso a testemunha se recuse a comparecer, poderá ser conduzida de forma coercitiva, o advogado, por sua vez, se esquecer de intimar a testemunha, será deduzida a sua desistência de oitiva da testemunha (art. 455, NCPC/2015). Durante o testemunho, o advogado poderá contraditar a testemunha da parte contrária, deverá fazer perguntas diretamente à testemunha e poderá solicitar que as perguntas indeferidas pelo juiz sejam transcritas em termo (arts. 457 459, NCPC/2015). O magistrado que preside a audiência ouvirá primeiro a testemunha do autor e depois a do réu, podendo inverter a ordem caso haja anuência das partes (art. 456, caput e parágrafo único, NCPC/2015). O procedimento conhecido como "acareação" será feito quando as testemunhas apresentarem informações que divergem daquelas apresentadas pelo autor, quando as testemunhas forem do autor, ou pelo réu, quando as testemunhas forem do réu, no procedimento de acareação o magistrado buscará apenas um esclarecimento, e saber o porquê das versões contadas divergirem uma da outra (art. 461, NCPC/2015). Prova Documental: É proibida a chamada "guarda de trunfo", que basicamente é o fato de uma das partes guardar uma prova como se fosse uma "carta na manga", quando isso ocorrer será aplicada a pena de preclusão, pois viola o princípio da boa-fé objetiva. A falsidade da prova deverá ser suscitada na contestação ou na réplica (art 430, NCPC/2015), e pode ser arguida de forma incidental, como mera alegação (art. 19, inciso II, NCPC/2015), ou de forma incidental, mas por meio de Ação Declaratória Incidental (ADI), conforme o estabelecido no artigo 430, Parágrafo Único do NCPC/2015. De qualquer uma das formas, ao alegar falsidade a parte deverá expor os motivos (art. 431, NCPC/2015), e depois que a outra parte for ouvida (prazo de 15 dias), será realizado o exame pericial, este que será considerado como improcedente quando a parte que apresentou a prova concordar em retirá-lá, pois tratar-se-á do chamado "arrependimento eficaz" (art. 432, NCPC/2015). Quando a falsidade for suscitada como questão principal, por meio de ADI, deverá constar na sentença (art. 433, NCPC/2015). Os momentos ideais para produzir provas são: na interposição de petição inicial e contestação, ou a qualquer momento quando se tratar de documentos novos (art. 434 e 435, NCPC/2015). Quando a parte for intimada a falar sobre os documentos ela poderá: - impugnar a admissibilidade; - impugnar autenticidade; - suscitar falsidade; - manifestar-se (o réu na contestação e o autor na réplica - art. 437, NCPC/2015). Ao questionar autenticidade ou suscitar falsidade, deve-se apresentar as devidas fundamentações (art. 436, NCPC/2015). Prova Pericial: Quanto a prova pericial sabe-se que: 1° Ao juiz é permitido indeferir a perícia (art. 464, §1°, NCPC/2015); 2° A prova pericial pode ser substituída por uma prova técnica simplificada (art. 464, §2°, NCPC/2015); 3° O perito é auxiliar da justiça e deve ser imparcial (arts. 156 a 158, NCPC/2015); 4° As partes podem entrar em um acordo para escolher o perito (arts. 471 e 190 do NCPC/2015); 5° O juiz poderá dispensar a prova pericial (art. 472, NCPC/2015); 6° Uma nova perícia pode ser solicitada pelas partes, ou de ofício pelo juiz, quando a primeira não for conclusiva ou esclarecedora. 7° O perito deve ser pago pela parte que solicitar (art. 95, NCPC/2015); 8° O juiz poderá inspecionar presencialmente, a requerimento ou de ofício, em qualquer fase do processo (art. 481, NCPC/2015).
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