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TEORIA GERAL DA PROVA Art. 5º, inc. LVI, da CRFB: “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.” Prova ilegítima e prova ilícita? Darlan Barroso (2007, p. 435): “A prova ilegítima é aquela cujo conteúdo ou cuja forma não correspondem à verdade. Por sua vez, a prova obtida por meio ilícito é aquela em que o método empregado na sua obtenção ao arrepio da lei ou do ordenamento jurídico como um todo”. “A ilicitude da prova pode decorrer de duas causas: da obtenção por meios indevidos (exs.: emprego de violência ou grave ameaça, tortura, entre outras); e do meio empregado para a demonstração do fato (exs.: as interceptações telefônicas, a violação de sigilo bancário, sem autorização judicial, a violação de sigilo de correspondência)”. Fonte: Fonte: Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Direito Processual Civil Esquematizado. 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza). “A proibição da prova ilícita suscita importantes questões: se é ou não absoluta, se admite mitigações, decorrentes do princípio da proporcionalidade; se atinge tão somente a própria prova, ou se também macula as dela derivadas (teoria dos frutos da árvore contaminada)”. Embora haja enormes controvérsias doutrinárias a respeito, existe posição firmada do Supremo Tribunal Federal de que a prova obtida por meios ilícitos e as provas dela derivadas não podem ser admitidas no processo, salvo por razões de legítima defesa. Houve a adoção da teoria dos frutos da árvore contaminada: a ilicitude de uma prova impedirá que não só ela, mas também as provas dela derivadas, sejam utilizadas. Por exemplo, se forem apreendidos ilicitamente livros de contabilidade de uma empresa, uma perícia que venha a ser realizada neles também não poderá ser empregada”. Fonte: Fonte: Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Direito Processual Civil Esquematizado. 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza). Considera-se ilícita a interceptação eletrônica não autorizada judicialmente (conforme STJ, REsp 2.194/RJ; tratava-se, no caso, de gravação telefônica que comprovaria adultério de cônjuge). É lícita a prova consistente em gravação ambiental realizada por um dos interlocutores sem conhecimento do outro (STF, RE 583937 QO-RG, j. 19.11.2009, rel. Min. Cezar Peluso). Disposições gerais Função epistêmica da prova: instrumento de conhecimento para a verificação da ocorrência dos fatos. Interessa saber não como o juiz crê que os fatos ocorreram, mas como o juiz conheceu o fato (atividade probatória). Princípio da proibição do non liquet – art. 140 Hierarquia de provas? Não. Cada meio de prova tem o seu peso, podendo retratar a realidade dos fatos com maior grau de aptidão. Ex: prova pericial é “superior” à testemunhal – STJ, REsp 146.478/PR, 2.ª T., rel. Min. Franciulli Netto). “Não se acolheu entre nós o princípio da prova legal, segundo o qual cada uma tem um valor previamente fixado por lei, cabendo ao juiz decidir de acordo com isso, sem sopesá-la”. (Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Direito Processual Civil Esquematizado. 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza). Quem determina as provas necessárias para o julgamento do mérito? Art. 370. Conforme José Miguel Garcia Medina (2016, p. 652) “[...] a testemunha ouvida por iniciativa do juiz não é, ipso facto, “melhor” que a ouvida por indicação do autor, ou do réu. Princípio do convencimento motivado – art. 371. Importante a leitura do art. 489 (criteriologia decisional). CLASSIFICAÇÃO DAS PROVAS a) Quanto ao objeto podem ser diretas ou indiretas: - diretas: aquelas que se ligam diretamente ao fato que se pretende demonstrar, como o recibo ao pagamento ou o instrumento ao contrato; - indiretas: aquelas que não se prestam a demonstrar diretamente o fato a ser provado, mas algum outro fato a ele ligado e que, por meio de induções ou raciocínios, poderá levar à conclusão desejada. Exemplo: testemunhas que declaram estar o litigante viajando, em determinada data, e em razão disso não podendo ser ele o autor da conduta lesiva. b) Quanto ao sujeito a prova pode ser pessoal ou real: - prova pessoal é aquela prestada por uma pessoa a respeito de um fato, como a ouvida de testemunhas ou o depoimento pessoal das partes; - real é a obtida pelo exame de determinada coisa, como a inspeção judicial ou perícia feita sobre ela. c) Quanto à forma, pode ser oral ou escrita: - oral é a colhida verbalmente, como os depoimentos das partes e das testemunhas; - escrita é a que vem redigida, como os documentos e perícias. Fonte: Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Direito Processual Civil Esquematizado. 10. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2019. (Coleção esquematizado / coordenador Pedro Lenza). Art. 369: Atipicidade das provas - Verdade dos fatos. Art. 370: Juiz de ofício ou a requerimento das partes - Mérito. Art. 371: Princípio da comunhão das provas. O Enunciado nº 50 do FPPC: “Os destinatários da prova são aqueles que dela poderão fazer uso, sejam juízes, partes ou demais interessados, não sendo a única função influir eficazmente na convicção do juiz”. Art. 372: Prova emprestada. Art. 373: Regra estática do ônus. § 1º: Dinamização. Art. 374: Fatos que não dependem de provas. Art. 378: Colaboração com o PJ na busca da verdade. Art. 379: Não produção de prova contra si mesmo. Art. 380: Incumbência ao terceiro. CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PROVAS EM ESPÉCIE - Produção antecipada de prova: Art. 381/383. - Ata notarial: Art. 384. - Depoimento pessoal: Art. 385/388. Recusa a depor? § 1º, do art. 385, “pena de confesso”. - Confissão: art. 389. Admita verdadeiro fato contrário ao seu interesse e favorável ao do adversário. Art. 390: Pode ser espontânea ou provocada. § 1º: representante com poderes especiais. Art. 391: Prova contrário ao confitente e não quanto aos demais litisconsortes. Art. 393: Irrevogabilidade. Anulável somente em caso de erro de fato ou coação. Legitimidade da ação: parágrafo único do art. 393. - Exibição de documento ou coisa: Art. 396/404. Parte: art. 398. Terceiro: art. 401. - Prova documental: art. 405/429. Produção: art. 434. Momento: art. 435. Possibilidade de manifestação: art. 436. Arguição de falsidade: art. 430/433. Prazo: 15 dias, contados da intimação da juntada do documento. - Documentos eletrônicos: art. 439/441. Conversão à forma impressa e verificação à autenticidade. ➢ Ver Lei nº 11.419/06. - Prova testemunhal: Art. 442/463. Indeferimento da inquirição de testemunhas: art. 443. Art. 447. § 1º: Incapazes. § 2º: Impedidos. § 3º: Suspeitos. Não obrigatoriedade: art. 448. Produção de prova: rol – art. 450. Audiência de instrução e julgamento: art. 453. Substituição de testemunha: art. 451. Juiz como testemunha: art. 452. Exceção ao art. 453: art. 454. Ciência da testemunha: art. 455. Compromisso: art. 458. - Prova pericial: Art. 464/480. Exame, vistoria e avaliação. § 2º: Prova técnica simplificada. Art. 465, § 1º: Incumbência das partes no prazo de 15 dias a contar do despacho que nomeou o perito. Art. 468: Substituição do perito. Art. 469: Quesitos suplementares. Art. 472: Dispensa a prova pericial. Art. 473: Conteúdo do laudo pericial. Art. 475: Perícia complexa e possibilidade de mais um perito. Art. 477: Protocolo do laudo. 20 dias antecedentes à audiência de instrução e julgamento. §1: Manifestação das partes: 15 dias. Art. 480: Nova perícia. Inspeção Judicial: Art. 481/484. Em qualquer fase do processo, sobre fato que interesse à decisão da causa, poderá o juiz inspecionar pessoas ou coisas. O juiz pode ser assistido por um ou mais peritos. Poderá o auto circunstanciado ser instruído com desenho, gráfico ou fotografia.
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