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Ma Mang - Anotações aulas- 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 e 27

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Formação Econômica Social I
O NÃO desenvolvimento manufatureiro na metrópole portuguesa (aula 16)
- De Ericeira a Pombal, ao sabor das crises comerciais (iluminismo português)
- CF: acerca da mineração no Brasil (ouro dá potencial mas Portugal fica no mercantilismo inferior)
 	- Não desenvolvimento manufatureiro
 	- Falta de conhecimento técnico
- Libby: mesmo economia de acomodação existia uma gama de atividades importantes, dentre elas a manufatura (que obviamente não era muito complexa)
- Contexto: Império
 	- 1550 a 1630: estabilidade no Império do Oriente
 	<>mudança crucial século XVII: chegada da holanda, Inglaterra, e outros
 	- 1640 em diante: restauração e fragilidade política
 	<>ter de “escolher entre Oriente e Atlântico”
- Godinho: caminho das índias diminui rentabilidade (concorrência)
- Portugal precisa se voltar para América: açúcar no Brasil, o primeiro papel econômico Atlântico
- Crise comercia: açúcar, tabaco, prata
- Expulsão dos holandeses, açúcar nas Antilhas (concorrência), novas potências coloniais (mercantilismo de Cromwell)
- Perda de mercados, elevação de custos (escravos)
- Godinho: 1670 produtos de exportação se acumulam em Lisboa (queda de preços, havendo até necessidade de vender abaixo do custo)
 	- Deflação do século XVII (Hamilton -> queda de preços)
 	- Decadência e crise (Godinho: alteração dos preços relativos)
 	<>curva de preço do trigo e encarecimento dos escravos
- Portugal “cai” na real que não deveria praticar mais mercantilismo inferior (praticamente, pois eles enxergam que só usam produtos importados) -> solução: introduzir manufatura local de mais setores (pois sempre há manufatura, mas no início em baixa escala)
 	- Reação à crise: aumentar exportações
 	<>mudar pauta de exportações: estímulo às descobertas de ouro no Brasil
<>barateamento, aumentar valor nominal da moeda (efeito proteção à manufatura interna)
 	-desvalorização do câmbio, estimula exportação
<>cobertura em espécie: Portugal interessa-se pela prata do Sacramento
<>diminuição das importações: proibição de compra de artigos de luxo, substituição de importações (política industrial)
<>asiento: monopólio do tráfico de escravos para espanhois
<>Godinho: Portugal cai em si que precisa parar com “mercantilismo inferior” (tenta o Colbetismo)
- Godinho: fracasso da política colbertiana
- 1690 a 1705: recuperação e prosperidade mercantil (permitiu até assinar o tratado de Methuen, panos e vinhos)
- Surto de produção e comércio de vinho nas américas (“industriais” sedem lugar aos senhores produtores de vinho!)
- Ouro no Brasil torna-se tentação (aumenta o déficit comercial e mata o estímulo industrial)
<>volta exportação de primários: agricultura + comércio (paga o déficit com ouro)
 	-praticamente um “foda-se a industrialização”
- Godinho: sem crise, cessa a política e o incentivo industrial
 	- Desenvolvimento manufatureiro = “elo” de ligação entre ciclo de açúcar e ouro
 	- 1765 -> escassez de ouro -> novamente constitui um ritmo fundamental da economia
- Pombal: este ganha prestígio pessoal (competência + “manipulação”)
- Reforço do mercantilismo (corrige tratado de Methuen, política de companhias, monopólios)
<>embora houvesse pequenos comércios que violavam o Pacto Colonial (governo estava na euforia do ouro)
<>Companhias para proteger o lucro dos grandes comerciantes portugueses
<>reforça o Estado Absoluto (“manipulando” rei fraco)
 	- 1770 -> Predomínio da legislação industrial
<>Portugal era meio zuado, manufatura não tão desenvolvida, geralmente familiar
<>ou seja, Pombal não resultou em tanta mudança assim
<>não foi revolução técnica
<>tentativa de conter importações, via produção industrial interna (ou seja, crise tava rolando de novo)
<>CRISE: depressão econômica
 	-governo incentiva manufatura interna para conter importação
<>dura às penas até 1805, até a Revolução Industrial, mas os baixos preços ferraram todo o esquema
 	-dá-se renascimento agrícola?
<>paradoxo do iluminismo: liberdade e escravidão, representação e absolutismo, liberalismo e monopólio
- Iluminismo e burguesia europeia
 	- Entretanto era incompatível com a realidade do Brasil
<>senhos de terras + burgueses irrelevantes (que geralmente dependiam do Estado
<>limite do liberalismo era constituído pela escravidão
Crise do Antigo Sistema Colonial [ASC] (aula 17)
- Sua internalização, renascimento agrícola e liberalismo econômico
- CF: um clima de euforia que aparece na colônia, paradoxalmente estabelecidas
 	- Crise na Europa (externo) e aquecimento econômico na colônia (interno)
- Do capitalismo comercial ao industrial (crise do ASC)
- Novais: sentido PROFUNDO da colonização (colonização moderna: do comercial ao capitalista)
 	- ASC é engrenagem do Antigo Regime [AR]
 	- Estados nacionais, mercantilismo para superar crise feudal
 	- ASC como fator de acumulação primitiva
 	<>exclusivo metropolitano, escravidão e tráfico de escravos
 	- Contradição
<>promove acumulação primitiva (colonização) VS exploração colonial que viabiliza e une o mundo ultramarino à sociedade senhor-escravo
<>burguesia não se relaciona com a sociedade senhor-escravo
-mercantilismo e escravidão são os dois limites do crecimento da economia de mercado
<>concentração de renda é o que possibilita a continuidade de processo produtivo (no caso, o excedente das lavouras vai para a burguesia produtiva) e ainda assim manter seus processo de produção (ou seja, senhor de escravos pode consumir produtos burgueses e prosseguir com sua própria produção)
-demanda interna reduzidíssima, ou seja, dependente da demanda externa quase que exclusivamente
- Enquanto a produção europeia se dá via artesanal/manufatureira não há problemas dentro do sistema, pois permite a acumulação primitiva e não há excedente dos produtos manufaturados, o prolema surge quando a produção excede muito a demanda (revolução industrial), exigindo-se que a população como um todo consuma (além do que também implica em melhores relações mercantis)
 	<>então o sistema como um todo entra em crise
<>Revolução Industrial [RI] -> inimigos da RI= exclusivo metropolitano e regime escravista de trabalho
<>AR começa a se portar como entrave, pois tem-se o progresso burguês, que torna-se incompatível com o Estado Absolutista, ou seja, crise no AR e no ASC (burguesia toma consciência de si mesma)
D-M-D’ -> Monopólio, acumulação primitiva
D-M-... (meios produção + força trabalho) ...-M’-D’ ->liberalismo, mais-valia e excedente gerada endogenamente
- Externo: cresce a forma de capitalismo, RI e crise do ASC
- Interno: euforia, renascimento agrícola, liberalismo econômico (no caso, a crise da Coroa)
- Renascimento Agrícola
- Guerra de independência dos EUA, guerras napoleônicas, independência da América Espanhola, colapso de São Domingos
- Revolução Francesa, RI, aumenta a população europeia, incrementa atividade econômica e comercial (surgem mais mercados para os produtos coloniais)
- Liberalismo Econômico
 	- Política “liberal” de D. João V 	
<>abertura dos portos (necessidade, Brasil não tem mais a metrópole, Portugal), trataddos de 1810 com a Inglaterra (“liberalismo”, mais vantagem para a Inglaterra que os outros), criação Banco do Brasil (numerário restrito, G-T) e alguns outros (que num deu tempo de anotar)
 	- Abertura dos Portos (necessidade)
- Tratados de 1810 (Inglaterra favorecida, 15% em detrimento do resto, presença inglesa no Brasil)
- Banco do Brasil: necessidade de instuição para “controlar” o novo numerário (de mais ou menos 9k passou para mais ou menos 80k contos de réis)
 	<>circulação de moeda para estimular negócios
 	<>emissão para cobrir déficits do governo (1814 a 1820)
- Falsa Euforia
 	- Não modernização da economia do Brasil (política tributária X política cambial)
<>política cambial ajuda indiretamenteo desenvolvimento interno, isto é, se tá caro importar então estimula produção nacional
<>Simonsen: deveria ter tido protecionismo
<>CF: idem a Simonsen
<>Logo, conclui-se: faltou proteção tarifária
 	- Dificuldade financeira (déficit comercial, déficit público)
<>déficit -> dívida externa -> desvalorização cambial -> diminui receita do governo (fudeu, Brasil tava em guerra ainda por cima, Cisplatina) -> emissão adoidada -> sobe inflação -> pressiona câmbio para baixo -> pressão na população urbana (querendo ou não, os senhores das grandes lavouras eram em grande parte auto-suficientes)
- Política Industrial
- Revogação do decreto de 1785
- Isenção de impostos sobre matérias-primas direcionadas a fábricas nacionais
- Isenção de impostos na exportação de manufaturados; são usados exclusivamente artigos nacionais nas fardas
- Privilégios exclusivos aos inventores e/ou introdutores de novas máquinas
- Loteria para as manufaturas (esquema de subsídio para determinado setor)
- Política Imigratória
 	- Vínculo com política industrial
 	- Núcleos coloniais (viveiros de mão-de-obra)
 	- Estrangeiro recebe terra por sesmarias
- Entretanto falha, pois não atende os interesses dominantes e as grandes lavouras acabam “tomando” essa mão-de-obra
 
Cenário Externo (1)
 	- Revolução industrial
 	- Crise do ASC
 
Cenário Interno (2)
 	- Renascimento agrícola
 	- Liberalismo econômico
 
Problemas (3)
 	- Não modernização (problemas na política tributária e cambial)
 	- Problemas financeiros (déficit comercial e público)
 
Solução: Cafeicultura (4)
 
(1) -> (2) -> (3) -> (4)
Primeira metade do século XIX (aula 18)
- CF vs Buesco
- Emergência de interesses internos: parecer de Rodrigues Brito
- CF (cap 19): não existe base técnica (da parte dos portugueses), a industrialização exigiria a ampliação da capacidade para importar, que por sua vez depende então da capacidade do setor exportador (no caso viria a se tornar o café o ator principal)
- Entretanto a “sanção” da exportação não é condição suficiente, embora seja necessária
 	<>devido à classe dirigente dos grandes proprietáris rurais escravistas
<>não dá para afirmar ao certo se daria certo ou não, visto que tal sanção não ocorreu
- Problemas: ou não tem mercado (ex: siderurgia) ou não tem competitividade (produto nacional X produto importado)
- Não obstante, a baixa dos preços de tecido importado não consegue vencer (o produto nacional perde mesmo com o câmbio desvalorizado)
 	<>solução: reduzir cotas de importação
- Resultado: cresce o setor de subsistência -> processo de involução econômica
 	<>queda da renda per capita (Ypc)
- Buescu: resgate do período com variáveis políticas, sociais, culturais e econômicas
 	- Sobre CF: não nega período de estagnação
<>mas a decadência não é o fruto que gerará o próprio crescimento a partir de +/- 1850?
- Formação da elite intelectual
- Difusão de ideias
- Implantação de sistema educacional
- Crescimento da classe média
- Aumenta imigração (brancos)
- Surto do café
- Abolição do tráfico negreiro
- Novos quadros jurídico-econômicos
 	<>transferência da Corte para o Brasil (trazendo também o “iluminismo”)
<>enbranquecimeto da população e aumento da classe média (vinda desses últimos com a Corte)
<>capital acumulado do tráfico negreiro que é “transferido” para a manufatura (abolição em 1850)
 	- Separação entre cidadão e Estado (metrópole espoliadora)
 	- Aproximação do poder político com o poder econômico
- Ypc: tanto para CF quanto para Buescu se assemelha a uma equação de segundo grau, com o ponto de mínimo próximo de 1800 (há diferenças de data entre os dois, mas o formato é semelhante para ambos)
- Rodrigues Brito: “um libelo contra o colonialismo” [libelo=acusação]
 	- cunha entre Portugal e Brasil
- F Novais: não dá para explorar a colônia sem desenvolvê-la, pouco a pouco se vão revelando as oposições entre colônia e metrópole
- “da falta de liberdade” -> lavradores livres para cultivar o que quiserem, construir obras e fábricas (contra o decreto da Maria), mandar para quem e para onde quiserem, e buscar melhores preços
 	<>governo não cede nenhum desses pedidos
<>lavradores queriam liberalismo (mas sem abrir mão do modo de produção com trabalho escravo)
<>esses pedidos não se entendiam com a política mercantilista
 	- Com a vinda da Coroa tem-se o acompanhamento do “liberalismo” aos poucos
- Burocracia estatal ineficaz -> faz com que os indivíduos percam lucros, incentivando / acostumando-os a burlarem as leis (torna-se comum ser o “mau cidadão”)
- Manifestação em nome do liberalismo sob “tutela” de pensadores, como Smith, que implicam no abandono dos próprios fundamentos do colonialismo, sobretudo dos molde mercantis
<>liberalismo econônomico, pois muda as regras de modo a excluir a metrópole, mantendo o caráter agroexportador e o modo de produção escravista
-liberal (monarca constitucional), mas mantém a ”exportação do modo colonial”
 
Primeira metade do século XIX – A presença inglesa no Brasil (aula 19)
- O “liberalismo” de uma potência imperialista
- Visconde Palmeston: as nações do mundo (Portugal, Brasil, China, etc) são “burras e semi-civilizadas”, precisam da intervenção inglesa como meio de controle, que é à base da força
- Construindo a ascendência sobre Portugal
 	- Desde 1642 tem-se um alinhamento de Portugal à Inglaterra
<>Manchester: ingleses possuem muitos privilégios (como imunidade legislativa, favorecimento comercial, e outros)
-não havia cláusulas econômicas que beneficiassem Portugal, somente o reconhecimento de independência
 	- 1654: Portugal vira vassalo comercial da Inglaterra (era Cromwell)
- 1661: Portugal paga dote gigante com casamento, mantém-se como vassalo comercial; entretato Portugal consegue uma garant de proteção da Inglaterra contra qualquer ataque
- 1703 (tratado de Methuen): “início” dos proveitos lucrativos da Inglaterra sobre Portugal (na verdade Inglaterra já fazia isso desde 1642)
- Mas em meados do século XVIII Portugal tenta ganhar mais autonomia, dando margem para política de neutralidade (época de Pombal, que utiliza-se de monopólios, maior centralização do Estado e entre outras medidas)
 	<>Portugal X França
-ferrou com a “independência” da política externa -> antigos tratados reafirmados
-França X Inglaterra -> disputa por Portugal, alvo estratégico e comercial
-Maria “louca” e D João “frouxo” -> corte decadente
- Corte vem para o Brasil
 	- Sobre a baixa dos preços
<>desaparecimento do entreposto português, Portugal some como metróple da colônia (CF)
 	<>conjuntura de excesso de oferta, Revolução Industrial (Olga Pantaleão)
 	- Abertura dos Portos (Olga Pantaleão)
 	<>problemas na infra-estrutura colonial
 	-privilégios e monopólios ineficientes (ex: descarregamento de navios)
 	-armazenagem
 	-burocracia alfandegária
 	-transporte de mercadorias
 	-em suma, era um caos os portos
 	<>efeitos do Bloqueio Continental
 	-Inglaterra trouxe de tudo para o Brasil (um monte de coisa inútil)
 	<>devido ao excesso de produtos na própria Inglaterra
<>tratados de 1810: garantiam privilégio à Inglaterra mesmo depois dos conflitos europeus, ou seja, ela ganhava privilégios sobre outros países (França, Holanda, Inglaterra tinha medo que eles virassem amiguinhos do Brasil) mesmo em épocas de paz
-serviram também para resolver os problemas da infra-estrutura portuária
-tarifa preferencial 15% (Olga Pantaleão)
 	<>impediu o desenvolvimento da indústria no Brasil
-mesmo a taxa não fazia o preço ser alto o suficiente para que o produto nacional pudesse competir (a Revolução Industrial abaixara os preços demais, além do que possuiamais qualidade em termos gerais)
 	-ingleses com privilégios no Brasil
 	<>manifesto do príncipe-regente para clero, nobreza e povo
-em suma, defende o liberalismo (contra o mercantilismo) para achar justificativa de diminuir as barreiras alfandegárias
 	<>melhora condições de entrada de produtos inglesesa
 	<>privilégios para os cidadãos ingleses
 	<>facilidades comerciais para a Inglaterrra
 	<>privilégio da legislação extra-territorial não-recíproca
<>abolição gradual do tráfico de escravos (só pode traficar se os escravos forem provenientes de colônias portuguesas), atentar para porque os ingleses quiseram a abolição, sendo que eles eram grandes traficantes de escravos e lucraram bastante
<>tratado de Viena -> proibir sempre qualquer fonte que seja ao norte da linha de equador (independentemente do resto)
- Importância do Brasil
- Antes de 1815 (porque depois a paz mundial abre muitos mercados) Brasil representava uma parcela relativamente grande (mais que Ásia, EUA e Américas, não juntas, mas individualmente)
- Tratado de 1827 (Brasil e Inglaterra)
 	- Manutenção dos privilégios ingleses no Brasil independente
- 1844 (Tarifa Alves Branco)
 	- Acaba com a tarifa preferencial da Inglaterra
- Século XIX no Brasil ó a primeira metade do século é sem dúvida inglês por excelência 	
 	- Mas Portugal não tomou passivamente todas as restrições provenientes dos tratados
<>malandramente eles conseguiam cobrar/taxar os produtos ingleses por vias indiretas, como por exemplo via armazenagem, transportes e entre outras
Emancipação Política [Primeira metade do Século XIX] (aula 20)
- Emancipação Política -> fato “mais estudado e menos conhecido”
- Lúcia Neves: processo de emancipação como continuidade de outrora (o Pacto Colonial)
- Emília Costa: crise do ASC
 	- Mudanças nas relações políticas e comerciais
<>máquinas são incompatíveis com a persistência dos mercados fechados, monopólios e privilégios (mais do que o próprio trabalho escravo, o problema era muito mais os privilégios comerciais do mercantilismo)
 	- Entretanto houve segmentos que não entram em conflito com o capitalismo comercial
 	- Rompimento dos exclusivos metropolitanos
 	- Enriquecimento e aumento das populações coloniais (integração diferenciada)
- Processo em que ideário burguês se sobressai, mas no Brasil tem a elite agrária, ou seja, de certa maneira não é idêntico ao que ocorre na europa, que era mainly burguesia e tals, tanto é que no Brasil havia um convívio possível entre o liberalismo e o escravo
- Rodrigues Brito: iluminismo => no Brasil expressa o anti-colonialismo (depois de conseguir o que queriam podiam até ter um rei absoluto)
- Movimentos revolucionários da pré-independência (interesses internos)
- Incofindência Mineira (1789): descontentamento com tributos (mais forte do que os descontentamentos iluministas sobre o colonialismo)
- Inconfidência Baiana (1798): tentava viabilizar a adesão de segmentos sociais tidos e mantidos às margens da vida política (usar os “pobres e zuados” como linha de frente da revolução e depois voltar como se nada tivesse acontecido, ou seja, manter as diferenças sociais, outrora já oficializados pelo colonialismo)
 	<>Estado reprime e mosta que “revoltar se podia ser bemmm ruim”
 	-os pobres se ferravam muito mais que os da elite ou ricos
- Revolução de 1817: para Costa, os insucessos das revoltas até independência são devidos em geral pela elite não utilizar o povão, pois a elite tinha medo de que o povão pudesse entender de fato o que eram os direitos dos homens
 	<>era o medo que os pobres e a elite realmente se tornassem homens iguais
<>conclusão: usar o Príncipe para alcançar os objetivos -> emancipação da metrópole para isso ser necessário recorrer à rebelião popular
 	- Brasil não queria mais responder ao Congresso Português
- Elites e a independência
- Graças à grande separação entre revolucionários (elite) e povos não houve problemas para a continuação do modo de produção colonial
- Independência não foi revolução, (semelhante ao “povo assistiu bestializado”), em que o grupo responsável era geralmente da elite, livres e capazes de ler (modo de veiculação das ideias era via escrita)
- Escravidão
- Iluminismo defendida pela aristocracia rural (principalmente) e uma fraca burguesia (bastante dependente do Estado)
 	<>para aristocracia rural a escravidão era o limite do liberalismo do Brasil
<>”liberalismo brasileira” foi algo enraizado na vida econômica e política enquanto necessária à sua sobrevivência
<>os três pilares do liberalismo:
-liberalismo econômico: comercializar com quem quiser (Fim do Pacto Colonial), semelhante ao liberalismo europeu
-liberalismo político: constituição liberal-oligárquica (mas será? D Pedro era centralizador, ou seja, não era tão representativo), talvez um pouco diferente ao europeu
-mercado de trabalho: escravidão X trabalho livre (o pilar que é certeza distinta do liberalismo europeu, a ovelha negra)
- Poítica Liberal de D João
 	- Disposições que garantiam o Pacto Colonial foram revogadas uma a uma
 	- Independência antes de 1822, na abertura dos portos
- Controvérsia: outra linha, dizia-se que D João dava uma mão para o comércio estrangeiro (principalmente ingleses) e com a outra atrapalhava esse processo, ajudando assim aos portugueses
- D João tenta agradar todo mundo => no final só consegue deixar todo mundo puto
 	<>conclusão: revolução liberal do Porto foi fundamentalmente antiliberal!
-portugueses descontentes com a liberalização de D João em relação aos ingleses
-liberal em si pois vai contra o absolutismo
-antiliberal pois visa transformar o Brasil em “colônia novamente”
 	- Exigência Britânica / Interesses Brasil: liberalismo econômico, ruptura Pacto Colonial
VS
 Exigência Fiscal / Interesses Portugal: mercantilismo
 	<>logo: dá-se independência
 
- Questão do empregos
- Aparentemente já não é mais do arbítrio do Governo como se dará a distinção e configuração do comércio, indústria e escravos (os portugueses possuiam conhecimento disso)
- Espião de D João e o Partido Negro
- Expõe ao rei a aparição / existência de três partidos, sendo o terceiro (não oficial) o partido dos negros e pessoas de cor (que é maior e mais forte numericamente)
<>pretar atenção nos movimentos desse partido é muito mais importante do que prestar atenção nos conflitos entre brasileiros X portugueses
<>ou seja, não se deve mencionar o ideário iluminista que possuir liberdade em sua pauta
 	-exemplo máximo do que ocorre quanto os caras querem liberdade: Haiti
- Império das Estrelas
 	- Por que o Brasil se manteve unido? Por que usou monarquia constitucional?
Primeira metade do século XIX – Emancipação Política parte 2 (aula 21)
- O “partido negro”; a outra: independência; D Pedro I
- Partido Negro (relembrar aula 20); “o terceiro” partido; maior numericamente, medo do popular
 	- Liberdade é uma palavra perigosa numa sociedade escravocrata
- Escravo na Bahia; se usar escravos para libertar Brasil da escravidão de Portugal por que então não usar também o contexto para libertar os negros da escravidão do Brasil?
- Independência: brasilienses X portugueses (sempre considerando como maioria em cada grupo)
 	- Portugueses: era um grupo com interesses relativamente coesos
- Brasilienses: grupo com maior divisão étinica, ideológica, política e social entre os integrantes
- Independência na Bahia
 	- Monarquia Constitucional em Portugal
 	- Estabelece o parlamento português
- Juntas Provisórias nas provícias do Brasil
 	- Na Bahia -> maioria eram brasileiros e havia um brasileiro no comando das armas
 	- Em fevereiro de 1822“forçaram” (Portugal) um português no comando das armas
 	<>baianos acharam inaceitável a nomeação do milico português
<>portugueses (compostos por tropas militares, civis, comerciantes e que controlavam quase todo o território da província) X brasilienses (grupo heterogêneo, militares, comerciantes, burguesia, senhores endividados e até alguns escravos, claro, nas devidas proporções)
- A guerra permitiu a “união” entre as diferentes classes, mas não foi o suficiente para acabar com as tensões e as divisões entre os brasilienses
- Conclusão: alta elite toma iniciativa (acordo com D Pedro I) para evitar que o movimento / revolução virasse anarquia; ou seja, fazer a revolução antes que o povo a faça
<>não usar escravos nem a pau, com medo de ocorrer um “motim” nacional e generalizado; estavam querendo recrutar escravos para a linha de frente da revolução
- Partido Negro era construção ideológica da elite, mas ainda assim não deixava de ser um problema real
- Na época havia até ideais dos escravos usarem o conflito entre brasilienses X portugueses para conseguirem a liberdade (alguns de fato conseguem)
- Independência não gerou paz para os senhores, embora divididos, os escravos tinham cada vez mais ideais de libertação; 1835 (Revolta dos Malês)
- Império das Estrelas
- Coimbranos (portugueses e brasilienses que tinham um ideal reformador, identificados com política luso-brasileira do que um real separatismo político, pelo menos nesse período)
 	<>liberalismo moderado praticamente SEM intervenção do povo
- Brasilienses (em geral eram sem faculdades, indivíduos abertos a novas ideias, posturas radicais, eram em termos gerais patriotas) -> idealizadores do separatismo político
- Coimbranos X Portugueses: estes queriam retrocesso (Portugal como centro novamente), enquanto que para aqueles devia manter uma relação Portugal-Brasil, mas sem a faceta do Antigo Sistema Colonial e muito menos voltar ao mercantilismo
- Brasilienses: radicais (perdi...)
- No Brasil havia basicamente: não separatistas (contra a independência) e os separatistas. estes por sua vez divididos em:
<>corcundas: queriam rei, corcundas no sentido de serem seguidores incondicionais do rei
<>republicanos: ruins na época
<>monárquico-constitucionais: querem liberdade com estabilidade e não querem domocracia e nem despotismo (formam a maioria, incluindo José Bonifácio)
<>federalistas: “bispos sem papa”; querem um monte de repúblicas cada um com seus “corcundas despósticos”
-para Bonifácio o que dava medo eram os federalistas, muito maior em número e força que os corcundas e republicanos
- Erro achar que independência foi só entre 1820 a 1822; na verdade 1823 e 1824 foram fundamentais para a consolidação do Império (ocorreu a dissolução da Constituinte, outorga da Constituição de 24, Conferedeção do Equador) cujos episódios fundamentais para a questão da distribuição do poder desse novo Estado
 	<>governo autoritário de D Pedro I X autogoverno provincial
- Pernambuco; forte econômico e politicamente, eram mais inclinados ao federalismo (ou seja, em suma o federalismo dos pernambucanos não podiam ser usados como justificativa)
- (Pernambuco+Bahia) X Rio de Janeiro, em que os planos deste soava como um novo “Pacto Colonial”
<>praticamente trocar Portugal por Rio de Janeiro somente como região, a concentração e o modo político inalterados
<>Pernambuco: federalismo perdeu para “centralização”
 	- Federalismo mostrou-se forte no Nordeste e Sul, mas foi negligenciada historicamente
 	- Conservadores vencem (Rio de Janeiro), em detrimento das “anarquias federalistas”
 	- Frei Caneca: 1824, Brasil independente mas ainda não constituído
 	<>não era apenas “birra”, havia de fato dois projetos para a nação
<>havia certamente um sistema com fortes elementos federativas (Ato Adicional e posterior proclamação da República), pode-se então dizer derrota do federalismo?
- Coroa
 	- D Pedro I mostra autoritarismo desde o início
<>soube usar os interesses dos coimbranos e brasilienses para dar um jeito na Corte portuguesa (Assembleia) e consegur reviver um império dual em termos do Antigo Regime
- Caneca X Bonifácio: Caneca supõe que D Pedro I é “marionete” de Bonifácio, sendo que a tática de tirar D Pedro I da política do gabinete ser real, mas que não se efetua, pois Pedrão tirou Bonifácio rapidamente da jogada, outorgou a 24, e entre outros
Economia cafeeira I (aula 22)
- População Brasileira
 	1600 	1850 	1900
 	100k 	7.256k 	17.318k
 	- De 1700 a 1800 passou de 300k para 3.250k (devido principalmente à mineração)
- Pauta de exportação
 	[dados em %] Café 	Açúcar 	Algodão 	Borracha
 	1820/30 	18 	30 	20 	-
 	1830/40 	43 	24 	10 	-
 	1880/90 	61.5 	10 	4.2 	8 (Boom a partir de 1850)
- Desenvolvimento: oeste velho (Campinas), oeste novo (Ribeirão Preto) e vale do Paraíba
 	- Marcha que vai do sul de MG e RJ para o oeste paulista
- Exportação de café no Brasil
 	- 1820, 30, 40 e 50 com crescimento razoável
 	- 1860, 70 certa estagnação (pouco crescimento)
 	- 1870 a 1910 crescimento bem acentuado
- Produção
- A partir de 1810 cresceu rapidamente, mas ao final dos anos 40 estagna devido ao transporte precário e à falta de mão-de-obra [mdo] (justificativa de porque até 1870 o crescimento não foi tão acentuado)
- Entrada de escravos:
 	- 1530-1600: 714/ano
 	- 1600-1700: 5.600/ano
 	- 1700-1780: 16.070/ano -> mineração, do auge à decadência
- 1780-1855: 28.185/ano -> início do café, reutiliza a mdo escrava (que estava ociosa devido à mineração e também se compra mais)
<>o estoque de escravos é devido principalmente à mdo escrava ociosa da mineração (o tráfico é mais forte antes de 1850)
-a partir de 1850: abolição do tráfico, logo há a queda do estoque de escravos
-há o tráfico interno de escravos
-há também a entrada de imigrantes
- Expansão do café (CF)
 	- Não havia indícios de que o Brasil iria ter uma “nova guia econômica” (no caso o café)
 	- Estagnação econômica depois do auge de mineração
<>de 75 anos de rápido crescimento substituído por lento crescimento vegetativo
 	- Falsa euforia
- Para superar estagnação precisava que o Brasil se realinhasse ao comércio internacional
<>fala de desenvolvimento autopropulsionado, know-how interno, etc, logo o que salvaria o Brasil é só comércio externo
<>ora, não podia ser produto manufaturado ou qualquer outro com valor agregado alto pois o fator básico do Brasil é terra
 	-Brasil “volta aos trilhos”, volta às características de agroexportador
<>ressaltando que não é literal a volta, pois o contexto internacional já havia mudado, não possibilitando qualquer volta do tipo Pacto Colonial
<>muda-se também a mdo, que passa a ser de imigrantes (não assalariada ainda mas pelo menos mais próxima de ser uma ao contrário da mdo escrava)
 	- Café também se identifica com a “falsa euforia”
<>importância comercial devido à revolução do Haiti (que era grande exportador)
<>Haiti volta, acaba com parte da alegria ó parte da “falsa euforia”
<>mas mesmo assim Brasil continuou produzindo, mesmo com baixos preços
 	-provavelmente devido à mdo escrava ociosa
<>entre 1820 e 1850 a quantidade exportada cresceu 5 vezes, mesmo com uma queda de cerca de 40% do preço
<>mdo começa a se revelar como problema (mas não é o único)
<>forma nova classe empresária, que aprende que o governo pode virar um instrumento de ação econômica (de seus interesses)
 	-proximidade do governo da capital
 	-o processo é lento e se consagra na República
- CP e CF
- Imobilização de capitais de 4 a 5 anos, que para CP é na forma de plantatio, já para CF considerava que havia baixo grau de capitalização
- Logo, para CP era necessárioexistir empresários dispostos a investir sob tais condições (ficar com capital congelado por um bom tempo), e já para CF o café é proveniente dos agricultores de subsistência que “não se importam” em alocar parte das terras com o café (mesmo levando 4 a 5 anos), justificando pois a produção mesmo com a queda dos preços
- Discussão acerca do término do escravismo
 	- Escravismo X Capitalismo -> supostamente os dois são imcopatíveis
 	<>perspectiva interna e perspectiva externa
-perspectiva externa: argumento básico, Inglaterra vira capitalista, por isso combate o escravismo, economias centrais X escravismo
-perspectiva interna: argumento da racionalidade econômica capitalista, limites à racionalização da produção e ao cálculo econômico (“economia de desperdício”, escravos são vagabundos se não forem forçados, desperdício de recursos) e limites à produção de mais-valia relativa
Obs: CP não se enquadra na perspectiva externa pois não discute as razões da Inglaterra (e nem sua índole)
-mas encaixa na perspectiva interna: escravos = investimento adiantado com produção sob risco; já o trabalho livre é o inverso
 	- Disponibilidade de mdo (no caso escassez de mdo)
 	<>abordagem direta e abordagem indireta
-abordagem direta: extinção do tráfico + condições da oferta interna => solução é a imigração
<>CF: enfraquecimento da velha aristocracia -> fim do escravismo é péssimo para os senhores pois perdem muito capital, logo foi uma medida mais política do que econômica
-abordagem indireta: escravismo é criação capitalista, Revolução Industrial e indiferença do capitalismo e fim do escravismo com determinação endógena (caso a caso)
<>Paula: não precisa de escravos necessariamente, basta uma mdo barata, no caso poderia ser trabalho livre e/ou de imigrantes
-antes havia a acumulação originária, logo tráfico precisa de escravismo, mas com a Revolução Industrial não precisa mais de tráfico, concluindo-se que o capitalismo é indiferente ao escravismo (lembrando que só é necessário uma mdo barata)
- Extinção do tráfico de escravos no Brasil
 	- CP: fator determinante externo -> é a Inglaterra
<>escravidão perde base moral -> espírito anti-escravocrata (“opinião pública”, maluco fala mal mas no fundo ainda mantém o escravo)
<>medo dos livres em relação aos escravos
<>ambiguidade -> explosão do nacionalismo (brasileiros criando sentimento patriota contra as influências inglesas) que vem a reforçar a escravidão (além do que havia a crescente necessidade de mdo por parte do café)
<>extinção por parte da pressão da Inglaterra, os traficantes de escravos são tomados como culpados do tráfico! Ou seja, melhor para os senhores que foram financiados por aqueles e agora não precisam pagar a dívida
-logo a extinção redireciona os capitais que outrora eram destinados ao tráfico
Economia cafeeira II – Abolição da escravidão (aula 23)
- 15 min perdido!
- Paula Beiguelman: fatos determinantes do fim da escravidão são internos
 	- Ação irrelevante dos navios ingleses
- Agropecuária decadente no Norte e Nordeste e economia açucareira madura, cujo fim do tráfico seria bom para os senhores endividados (pois não precisam mais pagar os traficantes, visto que estes tornam-se foras da lei)
- Centro-sul, onde está o surgimento da nova elite do café
- Interesse econômico e escravistas internos, caso não tivessem apoiado o fim do tráfico pelo menos em última instância não impuseram resistência
- A pressão inglesa não é determinante, apenas influi no encaminhamento político-partidário
<>é um episódio da disputa livre-cambista contra pacto colonial às avessas, no mercado açucareiro
 	- A partid de 1850 há queda do estoque nacional de escravos
<>detalhe é que aparentemente o número de escravos aparenta ser constante nas regiões do café (devido ao tráfico interno) até final da década de 1880, onde começa a cair
<>já no Nordeste há uma queda a partir já de 1850
<>há também o tráfico interno, alforria, mortes e entre outras causas, mas no geral no final de 1880 o número despenca
- CP: fim do tráfico implica logicamente em fim da escravidão
 	- Escravidão aparece em primeiro plano no debate nacional após 1850
- Tráfico interno de escravos para as regiões cafeeiras (mão-de-obra [mdo] necessário, atrasa necessidade de outras formas de mdo, pois supre demanda de mdo inicial)
 	<>cenrtro-sul torna-se detentores (principais) da escravidão
- 1865: apelo da Junta Francesa de emancipação e D. Pedro mostra se favorável
 	<>Guerra do Paraguai: ofusca debate e adia sua realização
- 1868: novo partido (partido republicano) que usa emancipação como parte de seu programa
 	<>aumenta radicalização com o fim da guerra
- 1871: Lei do Ventre Livre
<>manobra diversionista (prolonga escravidão indiretamente; a pergunta seria, como que um bebê livre consegue sobreviver se seus pais ainda são escravos? Eles (bebês) estariam sob tutela do senhor até completar 8 anos, e depois, por falta de opção eles “teriam” de continuar trabalhando para o senhor
<>na verdade contribui para a manutenção da escravidão, mas alivia as tensões dos emancipacionistas
 	-1880: recrudesce escassez de mdo
<>campanhas abolicionistas vão para as ruas (sociedades abolicionistas, jornais, revistas, etc)
<>os próprios escravos começam a revoltar-se (fugas coletivas)
<>havia gente que “forçava” o escravo a fugir (“levar o escravo embora pela mão”)
<>não houve intervenção das Forças Armadas
 	- 1885: Lei dos Sexagenários (mesmo fim que o do Ventre Livre, diversion)
 	<>sociedade esperta, não aceita ou não cai de novo
 	- 1850 (pressão inglesa) -> 1871 (manobra evasiva) -> 1888 (movimento abolicionista)
<>opinião pública abolicionista crescente, cujo “estopim” teria sido a pressão inglesa
- Paula Beiguelman
 	- Diferentemente de CP, “estopim” não é exógeno
 	- 1871: Lei do Ventre Livre
 	<>abalou de fato o sistema: justifica queda de mdo no longo prazo
-café precisando cada vez mais de mdo, fim do tráfico de escravos, tudo corrobora devido à escassez de mdo
 	<>processo causado diretamente pela Coroa
 	-“criando do nada” a ideia anti-escravocrata e criar um irreversível
- D Pedro (espécie de grilo falante) seria a consciência social contra escravidão (subjetivamente)
- Estado é instrumento histórico que atende às exigências estruturais do desenvolvimento econômico (diretamente)
 	<>catástrofe para os que defendiam e dependiam da escravidão
- D Pedro II era?
<>CP: medíocre intelectualmente, vaidoso dos intelectos internacionais e seria assim um manipulado da elite intelectual externo (a exemplo da Junta Francesa)
<>Zé Murilo: escravidão é motivo de escárnio de inimigo e de fraqueza perante os aliados (devido ao encontro com Flores e Mitre em uruguaiana)
 	- “Paralmentarismo às avessas”
<>os dois partidos não votariam contra escravidão, mas poder moderador dá um jeito de fazer as ideias abolicionista “entrarem em vigor”
<>moderador não é absoluto (D Pedro não podia fazer o que dava na telha), logo implica que suas consequências (Lei do Ventre Livre) era no mínimo aceitável perante os partidos opositores (ambos)
 	- Lei do Ventre Livre: depreciação do investimento servil
 	não pode mais criar escravos
 	 	perde força os interesses contra abolição
setor cafeeiro paulista direcionando solução para a imigração (mdo)
- 1888: Abolição
 	<>Vale do Paraíba: saturado de escravos
<>Oeste Velho: abastecido em parte por escravos, mas sem ainda a completude da mdo
<>Oeste Novo: sem estrutura de mdo pronta (não tinham muitos escravos e outras formas de mdo)
 	-aliança entre o Vale do Paraíba e o Estado Novo
<>taxação elevada de escravos que entravam em SP (praticamente uma proibição)
<>desinteresse da lavoura vanguarda pela mdo escrava
<>Vale do Paraíbanão precisa mais de escravos, e para o Oeste Novo incentiva a solução imigrantista (eles tinham recursos para pagar os salários)
 	<>Nordeste açucareiro: apegado à mdo escrava
 	-processo de concentração, elite perde seu capital e ocorre concentração
- 1886: Oeste Novo e o executivo provincial
 	<>aparição da sociedade que promoverá a imigração
<>polícia provincial não reprime o abolicionismo (ocorre fugas em massa), pois encontra-se no poder da elite do Oeste Novo
- 1850 (articulação de interesses escravistas internos) -> 1871 (Coroa fode a elite “normal [senhores do nordeste, norte e outros] e Oeste novo opta por imigração [foi quase forçada a] -> 1888 (premissa para a imigração subencionada pelo Estado [que vira praticamente um “agente de viagens”]
- Sidney C
- Lei do Ventre Livre foi um reconhecimento legal de uma série de direitos que os escravos já haviam adquirido via costume, e a aceitação de alguns objetivos das lutas dos negros
<>reconhecia inclusive os bens acumulados pelos escravos; incluindo comprar alforria e entre outros
<>conjunto de “direitos” dos escravos que tornaram-se de fato direitos via legislação
 
Economia cafeeira III – Mão-de-obra (aula 24)
- Imigração; trabalho livre nacional
- “Brasileiros”, se tem comida e seu entretenimento não ligam para mais nada (o jeca-tatu)
- “Imigrantes”, indivíduos que não tinham trabalho em seus países de origem, por isso emigram na primeira oportunidade
- Não são os melhres trabalhadores possíveis: ou já tinham dívidas, sonhos exagerados, ou não se adaptavam ao trabalho e entre outros
- Ex-escravo: uma vez livres não se “rebaixavam” a nenhum contrato com fazendeiro algum
 	- Depois de 1888, quando trabalham, são os vulgos atuais “funcionários públicos”
- Todos com pena dos cafeicultores
- Imigrantes italianos: todos em geral são dedicados e sem muitas vaidades
- Entrada de imigrantes em geral a partir de 1880
- imigração: núcleos coloniais, sistemas de parcerias e grande imigração subvencionada
- Evoluem nessa sequência ao longo do tempo, mas em nenhum momento são excludentes entre si
- Núcleos coloniais: colonização com base na pequena propriedade agrícola
- Objetivos: povoar, dignificar o trabalho manual, social (formar a “classe média”), político militar (defesa de fronteiras) e econômico *abastecimento e ser um viveiro de mão-de-obra (mdo) indiretamente
- Antes de 1808: Pombal, fixação de fronteiras, terras e subsídios, e da agricultura ao pastoreio ou extração
- Pós 1808: núcleos (diretriz oficial da colonização), objetivos clássicos
- CF: falham sistematicamente -> círculo vicioso
<>para se ter maior sucesso dos núcleos -> deveria haver um desenvolvimento dos mercados -> que demanda expansão do setor exportador -> que demanda a solução da mdo -> que demanda por sua vez o sucesso dos núclos coloniais
<>uma forma de sucesso seria os núcleos produzirem direto para a exportação, mas dessa forma não seria solução para os cafeicultores
<>falha é da perspectiva da grande lavoura
 	-formou-se colônias de forma razoável de 1824 a 1889
 	-houve formação de colônias espontâneas mesmo durante regências
 	-para imigrante a propriedade de terra é bastante vantajosa
OBS: tentaram contratar indivíduos para serviços e formar grupos de serviços em SP, mas falharam, tentaram copiar as colônias do sul
- Sistema de parcerias: 1840, devido ao fim do tráfico e também ao insucesso dos núclos
- Em vez de esperar amadurecer núcleos, fazendas contratam os caras direto da Europa para realizarem trabalhar
<>sempre tentam usar o Estado para seus interesses (pagar em parte o processo, financiar e entre outros)
 	- Trabalhador imigrante: passagens + sustento no início = dívida
<>são colocados em cafezais já constituídos e alocados em terras (moradia e produção de subsistência) em terras não muito boas (pois as melhores eram alocadas ao café)
<>o imigrante para ao “senhor” com o lucro do café e o excedente, se porventura houver, da produção de subsistência
 	- Problemas:
<>renda incerta (dependia da safra de café, ou seja, influência do clima, “envelhecimento” do café, prazo de venda, etc)
<>endividamento inicial impede mobilidade espacial do imigrante
<>escravidão disfarçada: desconfianças, fraudes nas dívidas, preços dos mantimentos vendidas nas fazendas muito altas, etc
<>recrutamento ruim (os malucos achavam qualquer mané na europa e mandavam para cá, então os senhores de café se ferravam)
<>revoltas frequentes dos colonos imigrantes, prejudicava produção dos cafeicultores
 	- Thomas Dwartz: (“Memórias de um colono”)
<>imigrante endividado, sem leis em SP -> viram propriedades (mercadorias/”escravos”
 	-geralmente dívida era aumentada pelo câmbio desfavorável
- Grande imigração subvencionada: Problemas de abastecimento de mdo dos núcleos e sistemas de parcerias e a crescente demanda por mdo
- Estímulos: expansão do café e surto de algodão (1860), exportação de café e a Lei do Ventre Livre (1870)
<>solução: abaixar o ônus das passagens, sistema misto (meação + “assalariado”[que dá uma renda certa para o imigrante])
<>o Oeste Novo e os cultivos intercalares
-visão de Paula B. (Lei do Ventre Livre somado ao Oeste Novo impulsionando a solução para o imigrantismo)
 	- Mudança de mentalidade: não é substituir simplesmente o escravo pelo branco
<>é necessário incentivar o trabalho livre com possibilidade de acumulação econômica
<>problema: mobilidade social e espacial
<>se o governo arca com custos: logo garante-se mdo infinita, pois o fazendeiro não paga
 	-surgimento da grande imigração subvencionada
<>sociedade promotora da imigração (1886)
 	-quando grupo do Oeste Novo chega ao executivo provincial
-não há distinção entre os bons e ruins do Oeste Novo, Velho e Vale do Paraíba
 	<>motivação econômica com recursos disponíveis
<>com a mdo resolvida há melhora e aumenta a produção do café (até esbarrar na superprodução, mas que não é o caso no momento)
-a unificação italiana (pessoal do sul, mais pobre) gerou a mdo possível para emigração
-entrou mais trabalhador imigrante durante o período subvencionado
 	<>1910: imigração japonesa semelhante à italiana
- CF: MDO nacional
 	- Amplo setor de subsistência articulado à agroexportação
 	<>roça e pecuária dispersa pelo território
 	-vínculo da roça (pequena) -> pecuária (proprietário latifundiário)
 	-espécie de poder/hierarquia social (depois viraram os currais) e político
- Café não pega essa mdo, pois era difícil conseguir (devido a dispersão ao longo do território), precisa “comprar” dos latifundiários (estes não querem perder a relação social e de poder para com os trabalhadores)
- Paula Beiguelman: SP
- No café não se usa trabalho livre: assimila trabalho escravo, e o trabalhador nacional livre (Jeca Tatu) é provisório
- Trabalho livre é vagabundo para o café; falta motivação econômica (Jeca não tá nem ae para o capitalismo)
- Trabalho livre é trabalho reserva para o escravo e o imigrante
- Trabalho nacional VS Trabalho imigrante
 	<>1890: emigrante representado em toda a hierarquina econômica
 	-cria sentimento de xenofobia (luta contra carcamanos)
- Anna Lanna: proposta imigrantista foi além de SP
 	- Mas em várias regiões (MG) dava errado e os emigrantes iam para SP
- Devido a fracassos, cafeicultores queriam aprovação de leis eficazes para reprimir o ócio e a vadiagem (versão brasileira da “Lei dos Pobres”)
 
Economia cafeeira IV – (aula 25)
- Complexo cafeeiro (café e população; ferrovias e bancos); condições externas
- Mdo (escravo, imigrante, elemento nacional); população; ferrovias; sistemas bancários; condições externas; mecanização da produção; empresas de serviços (transporte urbano, iluminação a gás)
- Complexo cafeeiro
- Conjunto de processos paralelos (movimento mais amplo de capital de SP devido às grandes e crescentes exportaçõesdo caféno planalto paulista a partir de 1850
- Movimento claro em 1870 e manifesta-se na diversificação dos investimentos utilizando o capital proveniente do café
- Movimento marcado pela multiplicidade de atividades dos empresários
- Produção:
 	<>SP: 1850 (30%) -> 1900 (52%) ->1915 (70%) -> 1935 (67%)
<>RJ: 1850 (70%) -> 1900 (48%) ->1915 (6%) -> 1935 (4,5%)
<>ganho de importância de SP em relação a RJ
- Sérgio Silva: a partir de 1870 e 1880 o café torna-se centro motor do desenvolvimento capitalista no Brasil
- Café e população (Sérgio Milliel)
 	- 1836: Vale do Paraíba (88%) e área central (12%)
 	- 1886: marcha para oeste paulista
 
	(imagem)
- Monbeig: Vale do Paraíba e região oeste (devido a mdo ruim e terras mal cuidadas, apresentava, o primeiro, uma produção bem inferior que o da região oeste)
- Café e Ferrovias
 	- Deficiência dos meios de transporte e comunicação
 	<>estradas horríveis que davam passagem só para burros
 	- Fretes e mdo
<>20% da força de trabalho eram tirados da produção para serem utilizados nos tropeiros
<>logo, a abertura e melhoria das estradas demandava mais mdo (mais tropeiros)
-chegaram inclusive a alugar escravos de outros senhores e a utilizar os africanos livres
 	<>o preço de transporte representava até 1/3 do preço do café
 	- 1870: ano em que o preço do escravo chegou ao pico
 	 	<>expansão mais para o interior do café
 	- Ferrovias
<>superação da crise (reforça economia escravista e mercantil; não precisa mais de mdo como tropeiro, logo volta para a produção)
<>recolocação da crise (estimula o desenvolvimento do café e capitalista)
 	<>estímulo à entrada de mdo
 	<>avança setor assalariado em meio à economia escravista
- Expansão ferroviária
 	- 1835: primeira lei autorizando concessão
 	<>mas o capital do café ainda estava em formação
<>até 1854 não deu certo, parte culpa dos concessionários e parte do governo (aqueles demandavam rendimento garantido e estes não davam)
 	- 1854: primeira malha ferroviária (14,5 km) de Mauá
- CF: Brasil= economia estagnada, logo é difícil de conseguir atrair capital externo (precisaria pagar boa taxa de juros como isca, mas que por sua vez precisa de capital nacional para pagar tal rendimento, que por sua vez já teria, se houvesse a malha ferroviária [capital do café])
 	<>ou seja, novamente um looping em ciclo vicioso
 	<>solução é utilizar o capital interno
- Sérgio Silva: a partir de 1850 o capital internacional não é mais somente entre mercadorias, ou seja, há fluxo de capital como investimento
<>papel dominante do capital passa a ser a exportação de capital no mercado mundial
 	-1852: Lei que garante taxa de juros sobre investimento externo (5% + 2%)
 	<>isenção de imposto de importação de materiais para construção das ferrovias
<>estradas de ferro com vínculo com o café, mesmo quando elas não são criadas diretamente para tal fim ou com o capital proveniente do próprio café
<>garantia de juros era bastante atrativa (senão o único atrativo), sendo que são criadas várias estradas de ferro não lucrativas (inúteis)
 	-era visto como um investimento financeiro
 	- 1865 a 1873: havia relativamente poucas estradas de ferro
<>a partir de 1873: febre das estradas de ferro do café (até 1865 havia cerca de 600 km, até 1925 havia 30000 km)
<>ferrovias do café agora tem origem mais explícita vinculada ao capital do café
 	- Não há domínio do capial comercial em SP (diferentemente do RJ)
<>havia a ajuda do capital do açúcar para o café (açúcar deixou como “herança” o capital e os empresários)
- A demanda de café absorvendo quase sempre a oferta crescente de café (por enquanto não se chega à superprodução) permitiu o adiamento e a não explicitação do conflito entre café VS estradas de ferro (tarifas e tx’s de câmbio)
- Expansão creditícia
 	- No iníco (até 1870)
<>comerciante: (comissário), intermediário (comissão de 3%), adiantador de recursos (emprestador, que era pago após a venda da safra)
<>usurário: é o capitalistal; empresta o capital a taxa de juros (baseado em relações pessoais e geralmente de curto prazo a uma taxa alta)
 	- Pós 1870: expansão de fato bancária, mas ainda preso ao centro financeiro RJ
- Pós 1880: formação de capital bancário de SP somado ao capital em geral proveniente do café ó levou ao movimento mais amplo da diversificação de atividades
 	- Capital bancário: empréstimos de longo prazo e a uma taxa de juros mais baixa
<>até 1885: problemas como juros cobrados estranhos e uso de garantias de modo absurdas (tanto para o banco quanto para o tomador)
<>pós 1885: diversificação de garantias (aceita safra, equipamentos, etc)
 	-cafeicultores: passa do uso do escravo para a mdo livre (imigrante)
 	-logo passa-se o foco da riqueza do escravo para a terra
- Expansão do café, e consequentemente do capital do café, não foi acompanhada por emissão de moeda (que permanceu praticamente constante entre 1869 a 1888)
 	<>bancos emitem papeís
 	<>transfere moeda emitida para SP
 	<>uso de meios de pagamentos alternativos
 	<>logo, sistema bancário = salvação do crescimento/expansão do café
<>implantação de ferrovias + imigração + terra roxa + desenvolvimento do capitalismo financeiro ó rápida expansão
Economia cafeeira V – (aula 26)
- CF: ritmo de crescimento da renda; fluxo de renda, tendência ao desiquilíbrio externo
- Café: começa com mão-de-obra escrava e passa por transformação
- Ritmo de crescimento da renda
 	- Café, açúcar, cacau, borracha, algodão, fumo
 	<>1840: representava 89% da exportação
 	<>1889: representava 95% da exportação
- Crescimento (a partir de 1890) com uma taxa maior (passou de 0,8% para 3,3%), ocorreu um aumento da quantidade exportada e um aumento de preços
- Vários produtos importados sofrem uma queda de preços
- A renda da expotarção chegava a quase cinco vezes (Yexport + 400%) da base (devido ao crescimento de 3,3%)
- Café tem um crescimento muito superior ao restante (açúcar, por exemplo, representava 30%)
- Por setor (CF):
<>Nordeste: açúcar, algodão, subsistência (renda de exportação (Yx) cresce menos que a população)
-renda per capita cai, entretanto a renda de subsistência (Ysub) não é quantificável
<>1st suposição: crescimento da renda de subsistência se dá de 1 para 1, ou seja, renda per capita (Ypc) não diminui nem aumenta
 	-logo: Yx caiu, visto que no geral Ypc caiu (Ypc=Yx+Ysub)
<>2nd suposição: transferência de indivíduos (mdo) do setor de exportação para o de subsistência
-logo: renda per capita do setor de exportação se mantém constante, mas Ypc do Nordeste em geral cai, pois os indivíduos vão para o setor de subsistência, que tem uma produtividade muito menor (mesmo quando se mantém crescimento de 1 para 1)
 	<>Sul: erva-mate, charque, subsistência
 	<>Centro: café
 	<>Bahia: cacau, fumo, açúcar, pecuária
 	<>Amazonas: borracha
- Ypc crescendo a 1,5% (compilação de cálculos dessas 5 regiões citadas por CF) é bastante baixo, se comparado com a Europa
<>atraso devido principalmente à estagnação econômica entre 1775 e 1850, ou seja, o crescimento de 1850 a 1950 foi relativamente bom (segundo CF, caso crescesse a partir de 1775 a essa taxa então supostamente o Brasil poderia ter uma Ypc equivalente a europeia), mas não o suficiente para cobrir o “buraco” deixado pela estagnação
- Fluxo de renda
- Economia de exportação baseado em trabalho escravo e subsistência: renda monetária com fluxo para fora e quase inexistente, respectivamente
- Economia cafeeira: intensidade crescente e uso de trabalhadores assalariados
 	<>salários (w) da cafeicultura começam a gerar um núcleo de demanda interno
<>crescimento da exportação de café: há mais lucros, logo aumenta a produção de café, quedemanda mais mdo (gerando mais w’s), que por sua vez fortalece a aumenta o núcleo de demanda interno
-crescente massa de salários monetários (lembrar que é aumentar a QUANTIDADE de salários e não os salários, visto que eles permaneciam praticamente estáveis), absorção da mdo proveniente da subsistência (trabalhador nacional, são esses brasileiros que permitem a constância do w real): logo tem-se uma tendência contrária ao que ocorre no Nordeste (eles “perdiam” mdo da exportação para importação)
<>quando o preço do café de exportação aumenta, os lucros são retidos peos cafeicultores e com eles é aumentado a produção de café, aumentando assim a massa de w’s
<>quando o preço do café de exportação cai, o prejuízo é dividido pela coletividade
- Tendências ao desiquilíbrio
- Eichengreen: padrão ouro como base de operação monetária internacional a partir de 1870, surge então o câmbio fixo baseado em padrão ouro
<>estabilidade da taxa de câmbio é essencial para o fluxo internacional de capital (nenhum maluco está disposta a correr o risco de perder capital via desvalorização cambial, e é o que permite, por exemplo, a Inglaterra investir em ferrovias no Brasil)
 	- Balança comercial
 	<>1821 a 1861 ó cerca de 41 períodos fiscais ó 32 dos quais havia déficit (78%)
 	<>1861 a 1900 ó cerca de 41 períodos fiscais ó 1 somente com déficit (2,5%)
 	- não houve problema deficitário nessa época do padrão ouro
 	- Padrão ouro
<>características do fluxo de renda implicam em problemas no funcionamento da economia do Brasil, é foda o Brasil manter o padrão ouro, logo compromete a conversão de moedas
-diferentemente da Europa (cujas economias não dependiam tanto da exportação e importação), o Brasil os setores de exportação e importação eram bastante representativos na economia
-mil-réis não conversível
 	<>saldo dos países é zerado pela movimentação metálica
 	<>Brasil tem tendências ao desiquilíbrio
<>se houver queda nas exportações há uma diminuição da liquidez do mercado interno ó economia entra em recessão
-ressaltar que isso não acontecia na economia agroexportadora baseada em trabalho escravo, pois se caia a exportação de açúcar o senhor de engenho importava menos e com isso havia um ajuste automático
-a falta de divisas compromete a importação dos bens necessários à massa de mdo assalariada e a falta de moeda compromete os salários
<>ação do multiplicador de dispêndia aliado ao elevado coeficiente de importação
-os indivíduos da mdo precisam importar, mas não há divisas provenientes da exportação para pagar
-logo, (EX-IM) implica no aperto de liquidez para manutenção do padrão ouro
 	<>em caso de déficit o Brasil teria de mandar ouro para fora
 	<>efeito nos países
-desenvolvidos: cai exportação ó cai importação ó cai o preço dos produtos importados ó aumenta repatriação de capitais que estavam no exterior
-agroexportador: cai exportação (via queda de preço e/ou quantidade de exportação) ó cai a relação (preço de exportação)/(preço de importação) ó aumenta (IM-EX) ó “some” o capital outrora no país (devido à reptriação)
-padrão ouro não se mantém na crise
<>as tendências ao desequilíbrio externo eram corrigidos via reajustes da taxa cambial
 	- Marcondes: assimetria dos ajustes do sistema
 	<>países centrais estavam de boa
<>países agroexportadores ficavam de boa até chegar em (EX-IM)<0, ae podiam até entrar em recessão
<>aumenta (IM-EX) ó diminui reservas ó diminui liquidez ó diminui preços internos ó ajuste (preço do ouro)>(preços internos)
 	-via padrão ouro havia o ajuste sem a socialização de perdas
<>aumenta (IM-EX) ó diminui reservas ó diminui liquidez ó diminui preços internos ó ajuste (preço do ouro)>(preços internos), o que estimula a exportação!
-este era o ajuste que ocorria de fato (desvalorização cambial que favorecia a exportação
-ajuste patológico: deterioração dos termos de troca
 	<>socialização das perdas do setor exportador
<>cafeicultor recebe a mesma quantia em moeda nacional, mas todos se ferram com o aumento dos preços de importação
 	- Padrão ouro clássico
<>países centrais certeiramente fariam de tudo para manter o ouro nos cofres de seus bancos
 	-logo, haveria certificaria a conversibilidade da moeda
-BC’s desse países não encontravam oposição para fazer valer as regras políticas-monetárias (trabalhadores de lá também se ferravam)
 	<>sem socialização de perdas, mantendo-se o câmbio fixo
 	<>com socialização de perdas via desvalorização do câmbio
- Em suma: 	
- Aumenta exportação ó expansão do café + concentração de renda (menos que na época do açúcar, pois há salários aqui)
- Diminui exportação ó crise e socialização das perdas
 	<>os “importadores” pagam as perdas dos cafeicultores
<>mas o impacto no produto é amenizado, não gerando tanto desemprego na economia (por exemplo, foi uma das “defesas” contra a crise de 30)
<>política anti-cíclica sem querer (os malucos tavam só defendendo o interesse do café!)
 	
 
Mudança ddo Regime Político – (aula 27)
- De “fósforos” e cacetistas
- Aristides Lobos: “o povo assistiu bestializado à proclamação”
- Golge republicano foi militar em sua execução, mas mesmo assim contou com apenas alguns militares
- Celso Castro
- Deodoro, antes da proclamação, afirmava que o Brasil não estava preparado para uma república (“monarquia era único sustentáculo do Brasil, se o país era ruim com ela, pior ficaria sem ela)
- Miriam D
- Já no século XIX havia um sistema federativa, porque deveria haver a proclamação da república num sistema federalista?
- Emilia Viotti Costa: questionando versões tradicionais
- Abolição e república são ambas sintomas de uma mesma realidade (ambas foram repercussões das mudanças estruturais econômicas do país)
<>pode-se definir, em parte, que a abolição abalou as classes rurais tradicionais, o que precipitou a queda do trono o qual sustentavam
<>diferenciação no interior da classe dominante
 	-classes médias, grupos ligados à indústria, camadas urbanas mais pobres
 	-fazendeiros do café nas diversas regiões
 	- Novas aspirações
 	<>protecionismo, políticas imigratórias, representação política da classe urbana
 	- Conflito crucial:
<>Café do Vale do Paraíba+Engenhos de açúcar VS Café do Oeste Novo
-(parcela do exército) + (fazendeiros do Oeste paulista) + (classe média urbana) ó mudança contou com o desprestígio da Monarquia e o enfraquecimento das oligarquias tradicionais
-ressaltar que os 3 pilares da República possuiam diversas diferenças entre si, ocorrendo instabilidade da República nos primeiros anos e a debilidade da classe média urbana, que propiciou a dominância dos cafeicultores até 1930
- Ordenamento político monárquico (Iglesias)
- Império descentralizado em certo ponto pois havia assembleias legislativas nas províncias, mas que em realidade era fictício, visto que era o Imperador quem nomeava
 	<>sob ângulo político a verdade foi centralização (parlamentarismo às avessas)
 	<>o império foi centralizador nomeando-se os poderes de cima para baixo
- Processo política eleitoral
- Chefe de estado troca de ministroas sem haver decisão parlamentar para tal (poder moderador)
- Constituição de 1824: voto censitário para homens-bons (de acordo com renda) de modo indireto (votante -> eleitor -> deputado -> senador) e representativo
- 1840: eleições do cacete
<>grupos armados com cacetes que desciam porrada nos votantes da oposição (os caras que desciam o cacete eram conhecidos como cacetistas)
- Fósforos: se riscavam em qualquer urna, votavam por quem não estava na região, desaparecido, doente, morto, ou qualquer outra coisa
- Lei Saraiva
<>passa a ser eleição direta, excluindo o voto generalizado e o sufrágio universal (supostamente antes a culpa dos políticos ruins era dos eleitores)
<>elimina o voto da massa, ou seja, políticasob dirigência das oligarquias
 	- Passando para a República temos uma maior representatividade política?
<>não exatamente, apesar de não ser mais censitário ainda houve exclusão dos analfabetos, mulheres, menores de idade, e os eleitores, em número, não eram muito maiores que os da monarquia
<>as fraudes persistiam, além de invalidações políticas da oposição (“degolar”) que porventura conseguissem chegar ao poder
-multiplicação dos fósforos adoidados (escravos com nomes de europeus iam votar, por exemplo)
- Conclusão: a política eleitoral era viciada e excludente, só tiraram a Monarquia da jogada
<>problema da República é substituir o poder único (no caso o Imperador e o poder moderador) que era capaz de manter a unidade e a excludência na própria república

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