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_A DOR NO IDOSO -

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A DOR DO IDOSO
Patos de Minas
 2009
Profa. Fabiana A. Silva da Cruz
Fisioterapeuta
Mestre em Gerontologia
*
 
 
 
CONCEITO
“ ...EXPERIÊNCIA SENSORIAL E EMOCIONAL 
 DESAGRADÁVEL, DEVIDA À LESÃO 
 EFETIVA OU POTENCIAL DOS TECIDOS... “
( MERSKEY, 1986. )
“... É UM SINTOMA COMPLEXO, INDIVIDUAL E SUBJETIVO,
 CUJA INTERPRETAÇÃO ENVOLVE ASPECTOSSENSITIVOS,
 EMOCIONAIS E CULTURAIS QUE SÓ PODE SER 
 COMPARTILHADA A PARTIR DO RELATO DE QUEM O 
 SENTE.”
( PIMENTA, 1994.)
*
 
 
 
PREVALÊNCIA DA DOR EM PESSOAS IDOSAS
Distúrbios do aparelho de locomoção: 50% referem dor 
						 devido à artrite
Outros: doenças reumatóides, fibromialgia, dor cervical e 
	 lombar devido a processos degenerativos ou à 
	 fraturas osteoporóticas, síndromes musculares 
	 dolorosas.
SNC ou Periférico: dor neurogênica
			 dor por desaferentação
			 dor talâmica 
*
 
 
 
PREVALÊNCIA DA DOR EM PESSOAS IDOSAS
Origem Vascular: arterite temporal
			angina de peito
			claudicação intermitente
			enxaqueca 
Dor oncológica: a maioria dos pacientes de câncer
		 sofre dores antes de morrer 
*
 
 
 
DOR CRÔNICA
Idosos da Comunidade: 30 à 40%
Idosos Institucionalizados: 45% à 85%
 PRINCIPAIS CONDIÇÕES CRÔNICAS DO IDOSO:
1- ARTRITE 
2- HIPERTENSÃO
3- COMPROMETIMENTO AUDITIVO
4- CONDIÇÕES CARDÍACAS
5- COMPROMETIMENTO ORTOPÉDICO
6- SINUSITE
7- CATARATA
8- DIABETES MELITTUS
9- COMPROMETIMENTO VISUAL
10- ZUMBIDO
*
 
 
 
NOÇÕES GERAIS
FATORES EMOCIONAIS
FATORES COGNITIVOS
FATORES SÓCIO-CULTURAIS
FATORES COMPORTAMENTAIS
+
=
+
+
PERCEPÇÃO INDIVIDUALIZADA DA DOR
*
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DA DOR
DOR LOCALIZADA: se limita à sua sede de origem – 
			tendinite, bursite, artrite.
DOR RADICULAR: projeta-se ao longo do trajeto de um nervo
			 no respectivo dermátomo - ciatalgia
DOR IRRADIADA: tem origem em estruturas somáticas e 
			 viscerais e se projeta para outra região 
			 dentro do mesmo segmento - infarto
DOR SIMPÁTICA REFLEXA: não acompanha os dermátomos,
				 hiperalgesia ou hiperestesia 
				 acompanha alterações tróficas e
				 vasomotoras. 
DOR PSICOGÊNICA: na ausência de fatores somáticos
			 ou viscerais.
*
 
 
 
BASES PSICOFISIOLÓGICAS DA DOR
TEORIA DO CONTROLE DA BARREIRA
( WALL E MELZACK, 1984.)
MEDO, ANSIEDADE E MOTIVAÇÃO PARA 
FUGIR DA FONTE CAUSADORA DA DOR.
LUTA OU FUGA - SN SIMPÁTICO
Liberação de noradrenalina junto ás
terminações nervosas do SNS, 
sensibiliza os nociceptores, 
intensificando a transmissão e a 
 percepção da dor.
*
 
 
 
ALTERAÇÕES DOS SISTEMAS SENSORIAIS E DE 
CONTROLE DA DOR QUE ACOMPANHAM A SENESCÊNCIA
O declínio sensorial progressivo é aceito como parte 
Inevitável do processo envelhecimento.
*
 
 
 
*
 
 
 
PERSONALIDADE,
INTERPRETAÇÃO DA DOR,
PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO.
 
 (Harkins e cols.,1990)
*
 
 
 
Desequilíbrio relativo de estímulos sensoriais recebidos por fibras de pequeno e grande diâmetro
Modulação menos eficiente dos sinais nociceptivos 
*
 
 
 
FATORES PSICOLÓGICOS E EMOCIONAIS 
 As respostas individuais diante da dor variam consideravelmente. 
 Depressão ( primária ou secundária) e Dor Crônica. 
 Mesmo na ausência de doenças, 10% das pessoas acima de 65 
 anos sofrem de depressão.
 Para os idosos que apresentam patologias associadas estes 
 valores sobem para 30 a 50%.
 Até 83% dos idosos que apresentam a dor crônica, têm 
 depressão.
(Herman e Roger, 2002)
*
 
 
 
ASPECTOS COGNITIVOS, COMPORTAMENTAIS E 
FATORES LIGADOS Á PERSONALIDADE 
 A interpretação da dor afeta profundamente sua intensidade bem 
 como, o resultado das intervenções terapêuticas.
 O significado atribuído a dor é capaz de aumentar ou diminuir a
 intensidade do sofrimento.
 O comportamento adotado durante o período de dor influencia 
 significativamente os pensamentos e sentimentos de uma pessoa.
 A dor provoca distúrbios emocionais e de personalidade.
(Herman e Roger, 2002)
*
 
 
 
FATORES PSICOSSOCIAIS
 O idoso que dispõem de fortes laços sociais com familiares e com 
 amigos encontra menos dificuldade para interpretar sua 
 experiência de dor de forma mais positiva. 
 A falta de apoio social implica em solidão e isolamento,
 sentimento de inutilidade, abandono e indignidade
 
(Chapman e Turner, 1990)
*
A dor seria um 
companheiro inevitável 
da velhice?
*
 
 
 
AVALIAÇÃO DA DOR
 A dor como principal responsável pela restrição da 
 capacidade funcional.
A DOR NÃO É FUNÇÃO DA IDADE........
 Identificar fatores etiológicos, sempre que possível.
 Descoberta de eventuais fatores que contribuem para a dor.
 Avaliar o impacto que a dor exerce sobre as funções físicas 
 do idoso.
 Entender como o idoso resolve seus problemas.
 Planejamento do tratamento.
*
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA
 Duração
 Localização
 Fator desencadeante
 Caráter (queimação, pontada)
 Intensidade/ gravidade
 Evolução
 Efeito sobre as atividades funcionais
 Impacto sobre a personalidade
 Fatores que agravam ou que aliviam
 Relações com o horário
 Efeitos sobre o sono
 Uso de Medicamentos
*
 
 
 
EXAME FÍSICO
 Aspecto Geral
 Postura
 Motricidade
 Força Muscular
 Sinais neurológicos
 Relação da dor com os dermátomos
 Sistema sômato-sensorial
 Reflexos
 Equilíbrio
 Marcha
 Cognitivo
 Papel da dor nas AVDs e AIVDs
 História de câncer
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CLASSIFICAÇÃO DA INTENSIDADE DA DOR
Desenhos mostrando a dor, 
Escalas visuais, 
Escalas numéricas,
Escalas faciais e
Questionário de dor McGill (MPQ)
*
ESCALA VISUAL ANALÓGICA
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ESCALA NUMÉRICA 
A escala numérica consiste numa régua dividida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10.
Esta régua pode apresentar-se ao doente na horizontal ou na vertical.
Pretende-se que o doente faça a equivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, sendo que o “0” corresponde a classificação “Sem Dor” e a 10 a classificação “Dor Máxima” (Dor de intensidade máxima imaginável)
A classificação numérica indicada pelo doente será assinalada na folha de registro.
*
ESCALA QUALITATIVA
Na escala qualitativa solicita-se ao doente que classifique a intensidade da sua Dor de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”, “Dor Ligeira”, “Dor Moderada”, “Dor Intensa” ou “Dor Máxima”. 
Estes adjetivos devem ser registrados na folha de registro.
*
ESCALA DE FACES
Na escala de faces é solicitado ao doente que classifique a intensidade de sua dor de acordo com a mímica representada em cada face desenhada, sendo a expressão de felicidade corresponde a classificação “Sem Dor” e a expressão de máxima tristeza corresponde a classificação “Dor Máxima”.
Registra-se o número equivalente à face selecionada pelo doente
*
 O questionário de dor McGill (MPQ) foi elaborado em 1975 por Melzack, na Universidade McGill, em Montreal, Canadá, com o objetivo de fornecer medidas qualitativas de dor que possam ser analisadas estatisticamente. Esse é um dos questionários mais referenciados mundialmente e usados na prática clínica. 
 O MPQ avalia as qualidades sensoriais, afetivas, temporais e miscelânea da dor. Além disso, apresenta em seu escopo uma avaliação da distribuição espacial e da intensidade da dor (“sem dor” a “cruciante”). 
 Há grande evidência da validade, confiabilidade e habilidade discriminativa do MPQ quando usado com adultos jovens. 
*
Todos os profissionais da saúde têm a responsabilidade moral de promover um acompanhamento adequado da dor em pacientes. Os pacientes têm direito primário ao tratamento, para não sentir uma dor desnecessária. Sentir dor é desumano, destrói a autonomia e é humilhante. Em seu extremo, a dor destrói o espírito e impede o indivíduo de viver. 
 (ALEXANDER, 2004)
*
Utilizado para avaliação dos aspectos sensoriais, afetivos e avaliativos da dor, inclui um diagrama corporal para localização da experiência dolorosa, uma escala de intensidade e 78 descritores de dor agrupados em 4 grandes grupos e 20 subgrupos.
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Sensorial: 1-10 Avaliativa: 16
Afetiva: 11-15 Mista: 17-20
*
 
 
 
TRATAMENTO
 MEDICAMENTOSO 
 X 
 FISIOTERAPIA
 Equilíbrio das vias de 
 transmissão da dor
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RECURSOS ELETROTERMOTERÁPICOS
TENS
Impulsos elétricos sobre a pele, de baixa frequência, sobre os nervos ou raízes espinhais que inervam a sede da dor.
Teoria da barreira para a dor: a ativação seletiva de fibras nervosas é capaz de modular a transmissão e a percepção dos impulsos dolorosos.
Alguns estudos demonstram que a Tens é menos eficaz nas pessoas idosas.
*
 
 
 
 O período de eletroestimulação precisa ser muito mais
 longo – horas.
 Diminuição da produção de opiáceos endógenos pela 
 Tens – atrofia dos sistemas endofinérgicos.
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 Tens e exercícios físicos possuem bases neurofisiológicas
 comuns.
 È mais eficaz na dor aguda do que na dor crônica.
Contra-indicação: uso de marca-passo, demencia ou 
 confusão mental.
 AVE, AIT e Epilepsia – monitorização rigorosa.
*
 
 
 
CALOR
 Efeitos analgésicos, antiespasmódicos e sedativos.
 Associado à massagem e/ou à hidroterapia.
 Contra-indicação: diminuição da sensibilidade térmica,
 áreas de alt. da perfusão vascular –
			 edema ou isquemia,
			 uso de vasodilatadores.
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EXERCÍCIOS
Prevenir ou compensar os efeitos nocivo da falta do uso
O fato de se evitar atividade física tem mais a ver com medo e ansiedade do que com deficiência propriamente dita.
Cuidado com os traumatismos e prevenir fadiga muscular.
Nível de exigência de acordo com o paciente para evitar o fracasso.
O fracasso é capaz de aumentar a percepção da dor.
Técnicas de relaxamento.
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CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA
 DE SER O QUE É...
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