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Resumo Hemograma

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Definição do hemograma. Para que serve? Qual o material biológico utilizado? Qual o 
anticoagulante utilizado? Os exames que fazem parte do eritrograma, leucograma e 
plaquetograma, indicando o que cada um dos parâmetros significam e as dúvidas que 
surgirem. 
Para que serve? 
É um tipo de exame que analisa informações específicas sobre os tipos e quantidades 
dos componentes no sangue, como: Glóbulos Vermelhos, Glóbulos Brancos, Plaquetas. 
O material de coleta é 5,0ml de sangue é feita em um tubo a vácuo roxo com um 
anticoagulante EDTA, não deixando o sangue coagular. Em crianças pode ser utilizada 
microcoleta em tubo Microtainer. 
Utiliza o sangue total. 
É composto por Eritrograma, Leucograma e Plaquetograma. 
É possível identificar processos infecciosos, como os linfócitos aumentados na gripe, 
alergia e o aumento de eosinófilos, anemias, leucemias e etc. 
É a parte do exame que avalia a série vermelha, através do número de glóbulos 
vermelhos, dosagens de hemoglobina e hematócrito e os índices hematimétricos 
(avaliação do tamanho das hemácias e da distribuição da hemoglobina nelas). 
Através do eritrograma é possível diagnosticar anemias e acompanhá-las e poliglobulias 
(quando a [ ] de hemoglobina é maior que os valores de referências). 
Valor de Referência para diagnosticar poliglobulia: 
Mulheres: >16g/dl 
Homens: >18g/dl 
Crianças: >22g/dl 
Hematócrito representa em % o volume de hemácias em relação ao volume total de 
sangue. 
Os índices hematimétricos são importantes para acompanhar os casos 
anêmicos. Os contadores automatizados medem o VCM (volume 
corpuscular médio) e calculam os demais índices, por isso o VCM e a 
hemoglobina são os parâmetros de escolha para avaliação da anemia. 
O VCM indica o índice de tamanho da hemácia, para estar em dosagens 
normais ele precisa indicar hemácias normocíticas. 
Existem ainda outros índices como: 
RDW - red cell distribution width, o qual corresponde à amplitude de 
distribuição do tamanho das hemácias; 
HCM e CHCM são índices de cor, refletindo a concentração de 
hemoglobina presente nas hemácias. Valores de CHCM abaixo de 30%: 
indicam hipocromia, condição em que as hemácias estão menos coradas 
que as normais por apresentarem uma concentração hemoglobínica 
subnormal. 
 
As alterações de tamanho dos eritrócitos são chamadas de anisocitose e as 
de forma de poiquilocitose. 
Microcitose: É a denominação utilizada para os eritrócitos de tamanho 
menor do que o normal. 
Macrocitose: Esta é a denominação utilizada para referir eritrócitos de 
tamanho acima dos limites normais. O volume corpuscular médio varia de 
80-99 fl (femto litro, ou seja, 80-99x10-15 litro); quando o VCM excede 
100 fl dizemos que há macrocitose. 
 
ALTERAÇÕES NA COLORAÇÃO 
Hipocromia: O termo hipocromia refere-se à presença de eritrócitos com 
coloração mais pálida que o normal. 
Policromasia: Policromasia ou policromatofilia é o termo utilizado para 
descrever a coloração róseo-azulada dos eritrócitos imaturos, 
particularmente os reticulócitos jovens. Essas células, devido à presença de 
RNA ribossômico e hemoglobina, absorvem simultaneamente corantes 
básicos e eosina. 
 
ALTERAÇÕES NA FORMA (POIQUILOCITOSE) 
Esferócitos: Esferócitos são eritrócitos de forma esférica porque perderam 
porções de membrana. 
Eliptócitos e ovalócitos: Embora muitas vezes eliptócitos e ovalócitos sejam 
usados como sinônimos, o termo eliptócito refere-se às células cujo maior 
eixo é pelo menos duas vezes o menor. Os ovalócitos são as células cujo 
maior eixo é inferior ao dobro do eixo menor. Os eliptócitos ou ovalócitos 
podem aparecer em várias condições hereditárias e adquiridas. 
Estomatócitos: Os estomatócitos são células que apresentam uma fenda 
semelhante a uma boca na região central da célula. Podem ocorrer de forma 
esporádica em indivíduos normais, e em numerosas situações clínicas, sendo 
as mais comuns o abuso de álcool e a hepatopatia alcoólica. 
Eritrócitos em alvo: Distribuição anormal de hemoglobina pode resultar na 
formação de uma célula com uma mancha central de hemoglobina rodeada 
por uma área de palidez, chamada célula em alvo. 
Hemácias em lágrima ou dacriócitos: As hemácias em forma de lágrima ou 
dacriócitos aparecem quando existe fi brose da medula óssea ou 
diseritropoese grave. Podem ocorrer, também, em algumas anemias 
hemolíticas e nas anemias megaloblásticas. 
Eritrócitos falciformes (drepanócitos): Aparecem nas doenças falciformes 
(SS, SC, S-talassemia e outras combinações de hemoglobinas anormais 
com a hemoglobina S). A desoxi-hemoglobina S tende a formar polímeros 
que se alinham em fi bras paralelas, que tracionam a membrana do eritrócito 
que adquire a forma de foice ou crescente, característica dessas doenças. 
Células espiculadas: Barbara Bein recomenda que as células espiculadas 
sejam denominadas utilizando os termos sugeridos por Bessis: equinócitos 
ou hemácias crenadas (dez a trinta pequenas espículas regulares), 
acantócitos (duas a vinte espículas de comprimento e distribuição 
irregulares), queratócitos (geralmente um par de espículas, às vezes quatro 
ou seis), e esquizócitos (fragmentos eritrocitários, muitos dos quais 
espiculados). A causa mais comum de hemácias crenadas é o artefato de 
estocagem, mas pode ocorrer em pacientes urêmicos e em pacientes em 
estado crítico. Os acantócitos podem ser observados na 
abetalipoproteinemia, nas doenças hepáticas e pós-esplenectomia, e 
decorrem de alteração no conteúdo lipídico da membrana celular. Os 
queratócitos e esquizócitos são células fragmentadas por trauma na 
microvasculatura, decorrente de depósito de fi brina ou trauma mecânico na 
circulação por anormalidades do coração e grandes vasos. O exame do 
esfregaço de sangue é o método mais prático para detectar esquizócitos. 
 
INCLUSÕES ERITROCITÁRIAS 
As células vermelhas podem apresentar inclusões devido à presença de 
remanescentes de material nuclear ou de mitocôndrias ou à presença de 
micro-organismos no seu interior. 
Corpúsculos de Howell-Jolly. Os corpúsculos de Howell-Jolly são 
remanescentes de material nuclear presentes no interior dos eritrócitos. Eles 
são pequenos, basofílicos e geralmente únicos. Normalmente são removidos 
pelo baço. Aparecem no sangue periférico após esplenectomia ou em 
situações de hipoesplenismo ou asplenia funcional, por exemplo, nas 
doenças falciformes. 
Pontilhado basófilo. Consiste de pequenas e numerosas inclusões contendo 
RNA dispersas no citoplasma dos eritrócitos. Podem aparecer como 
pontilhado fino em diferentes condições clínicas, que incluem anemias 
hemolíticas, megaloblásticas e diseritropoéticas, mielofi brose idiopática... 
Anéis de Cabot: Os anéis de Cabot são restos nucleares semelhantes a anéis 
azulados que podem ser observados nas anemias megaloblásticas, nas 
anemias hemolíticas e após esplenectomia. 
Corpúsculos de Pappenheimer: São inclusões basofílicas, pequenas, 
compostas de hemossiderina, presentes na periferia da célula que 
correspondem aos grânulos sideróticos dos siderócitos. Estão presentes na 
sobrecarga de ferro e no hipoesplenismo. 
Microrganismo: Além dos remanescentes nucleares e de mitocôndrias 
podem ser observados no interior dos eritrócitos protozoários parasitas 
assim como outros micro-organismos. 
 
 
 
 
 
 
 
Valores de Referência: 
Eritrócitos : 4,0 - 5,0 tera⁄L Mulher 
 : 4,5 - 6,0 tera⁄L Homem 
Hemoglobina : 12,0 -16,0 g⁄dL Mulher 
 : 14,0 - 18,0 g⁄dL Homem 
Hematócrito : 36,0 - 45,0 % Mulher 
 : 41,0 - 50,0 % Homem 
VCM : 80,0 - 100,0 fL 
HCM : 26,0 - 32,0 pg 
CHCM : 32,0 - 36,0 % 
RDW : 11,6 - 14,8 % 
 
 
 
É a parte do hemograma que avalia os glóbulos brancos, compreendendo a 
contagem global e diferencial dos leucócitos, além de suas avaliações no 
esfragaçosanguíneo diante do microscópio. 
 
Este exame é indicado no diagnóstico e acompanhamento dos processos 
infecciosos, inflamatórios, alérgicos, tóxicos e neoplásicos. 
 
Leucopenia é definida pela contagem de leucócitos abaixo de 4 000 por mm
3 
 Leucocitose corresponde à contagem acima de 10 000 leucócitos por mm
3
. 
 
Os glóbulos brancos são divididos em: 
Granulócitos: neutrófilos (segmentados), eosinófilos e basófilos. Os 
neutrófilos jovens são formas não segmentadas (bastonetes, 
metamielócitos, mielócitos e pró-mielócitos). 
Não granulócitos: linfócitos e monócitos. 
 
 
O número global de leucócitos no RN é alto e começa a cair no fim de 2 a 3 
dias. 
 
 
A seguir, são apresentados os intervalos de normalidade com os valores de referência 
para adultos do sexo masculino. 
• hemoglobina (g/dL) = 14 - 18 
• hematócrito (%) = 42 - 52 
• eritrócitos (× 106/µl) = 4,7 - 6,1 
• volume corpuscular médio (VCM) (fL) = 80 - 100 
• hemoglobina corpuscular média (HCM) (pg) = 27 - 31 
• concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) (%) = 32 - 36 
 
Diagnóstico de anemia: Caracterizada por hemoglobina < 13,5 g/dL e/ou hematócrito 
< 41 % em homens, e hemoglobina < 12,0 g/dL e/ou hematócrito < 36% em mulheres. 
Volume Corpuscular Médio (VCM): Considera-se normal de 80-100 fL. 
 < 80 fL = Microcitose: Anemia ferropriva; talassemias; anemia sideroblásticas; 
anemia de doença crônica (tardia); deficiência de cobre; 
 80-100 fL = Normocitose: Anemia ferropriva (precoce); anemia de doença crônica; 
perda aguda de sangue; doença renal crônica; anemia aplásica e supressão medular; 
hipotireoidismo; hipopituitarismo; 
 > 100 fL = Macrocitose: Abuso de álcool; deficiência de ácido fólico; deficiência de 
vitamina B12; reticulocitose (recuperação de anemias hemolíticas, carenciais e 
sangramentos); síndromes mielodisplásicas; leucemia mielóide aguda; hepatopatia 
crônica; medicamentos (ex.: zidovudina, hidroxiureia); hipotireoidismo; 
 >115 fL: Macrocitose > 115 fL é quase que exclusivamente causada por deficiência 
de vitamina B12 e/ou ácido fólico. 
Você sabe o impacto de um “simples” hemograma? 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): Considera-se normal de 28-34 g/dL de 
hemácias. 
 < 28 = Hipocromia: Anemia ferropriva; talassemias; 
 > 34 = Hipercromia: Costuma acompanhar macrocitoses. 
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM): Considera-se normal 
de 31-36 g/dL de hemácias. 
 < 31: Anemia ferropriva; talassemias; 
 > 36: Esferocitose (hereditária ou adquirida); doença falciforme e hemoglobinopatia 
C. 
Reticulócitos: revela a atividade medular de produção de eritrócitos, estando 
aumentado em estados hiperproliferativos e diminuído em estados hipoproliferativos: 
 Aumentados: Reflete uma resposta hematopoiética aumentada (hemólise contínua ou 
perda de sangue); 
 Diminuídos: Reflete uma resposta hematopoiética inadequada (anemia aplásica, 
invasão medular, infecção, quimioterapia e outras causas de supressão medulares). 
Série Branca: pode sugerir a causa diagnóstica subjacente: 
 Leucopenia: Pode sugerir anemia aplásica; 
 Leucocitose: Pode refletir presença de infecção, inflamação sistêmica ou neoplasia 
hematológica; 
 Monocitose: Pode refletir a presença de síndrome mielodisplásica; 
 Neutropenia: Pode ser consequente de tratamento quimioterápico; 
 Linfopenia: Pode ser consequente a infecção por HIV ou outros vírus. 
Plaquetas: 
 Trombocitopenia: Pode sugerir: anemia aplásica, supressão medular, sepse, 
deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, e hiperesplenismo; 
 Trombocitose: Pode refletir resposta medular, sugerindo: deficiência de ferro, 
anemia de doença crônica, sepse, neoplasia e doenças mieloproliferativas e 
mielodisplásicas. 
https://pebmed.com.br/voce-sabe-o-impacto-de-um-simples-hemograma/
https://pebmed.com.br/conheca-novas-recomendacoes-da-sbp-sobre-anemia-ferropriva/
https://pebmed.com.br/o-que-todo-clinico-deve-saber-sobre-anemia-aplasica/
https://pebmed.com.br/tag/sepse/
Valores de Referência no Hemograma 
Parâmetro Homem Mulher 
Hemoglobina (g/dL) 15.7 ± 1.7 13.8 ± 1.5 
Hematócrito (%) 46.0 ± 4.0 40.0 ± 4.0 
Hematimetria (milhões/microL) 5.2 ± 0.7 4.6 ± 0.5 
Reticulócitos (%) 1.6 ± 0.5 1.4 ± 0.5 
Volume Corpuscular Médio (VCM) (fL) 88.0 ± 8.0 88.0 ± 8.0 
Hemoglobina Corpuscular Média (pg/hemácia) 30.4 ± 2.8 30.4 ± 2.8 
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (g/dL de 
hemácia) 
34.4 ± 1.1 34.4 ± 1.1 
Índice de anisocitose (RDW) 13.1 ± 1.4 13.1 ± 1.4 
 
Valores de Referência: 
Leucócitos totais: 3.500 - 11.000 ⁄µL 
Neutrófilos 
Promielócitos : 0 - 0⁄µL 
Mielócitos : 0 - 0⁄µL 
Metamielócitos : 0 - 0⁄µL 
Bastonetes : 0 - 500⁄µL 
Segmentados : 1.500 - 7.000⁄µL 
Linfócitos : 800 - 4.000⁄µL 
Monócitos : 100 - 1.000⁄µL 
Eosinófilos : 35 - 500⁄µL 
Basófilos : 0 - 100⁄µL 
Blastos : 0 - 0⁄µL 
 
O PLAQUETOGRAMA se refere à dosagem das plaquetas, estas são fragmentos de 
células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando um tecido de 
qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao 
local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou 
tampão, que imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o 
organismo tem tempo de reparar o tecido lesado sem que haja muita perda de sangue. A 
dosagem de plaquetas é importante principalmente antes de cirurgias e, para avaliar 
quadros de sangramentos sem causa definida. 
Valores de Referência: 
PLAQUETAS : 150.000 - 500.000 ⁄uL 
Plaquetócrito: 0,100 - 0,500%. 
Volume plaquetário médio: 6,00 - 10,00 fL. 
PDW (Indice de anisocitose plaquetária): 10,00 - 18,00%. 
 
A anemia é uma doença caracterizada pela diminuição de hemoglobina na corrente 
sanguínea, o que pode ter diversas causas, desde uma alteração genética até a má 
alimentação. Para identificar e confirmar o diagnóstico de anemia, o médico geralmente 
pede uma análise de sangue para avaliar a quantidade de hemoglobina, sendo 
considerado anemia quando o valor é menor que 12 g/dL em mulheres ou 13 g/dL em 
homens. 
1. Anemias macrocíticas 
As anemias macrocíticas são aquelas em que as hemácias apresentam um tamanho 
maior do que o normal, sendo normalmente visto no exame VCM (Volume Corpuscular 
Médio) acima do valor de referência, que é entre 80 e 100 fl. Os principais tipos de 
anemias macrocíticas são: 
Anemia megaloblástica 
É um tipo de anemia caracterizado pelo tamanho anormal dos glóbulos vermelhos e 
diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas, provocado pela baixa ingestão de 
vitamina B12, mais comum em vegetarianos. Além dos sintomas clássicos, pode 
surgir dor na barriga, queda de cabelo, cansaço e feridas na boca, por exemplo. 
Anemia de Fanconi 
É um tipo de anemia genética caracterizada pelo tamanho anormal dos glóbulos 
vermelhos e diminuição dos glóbulos brancos e plaquetas, provocado pela deficiência 
de vitamina B12. Os sintomas incluem dor na barriga, queda de cabelo, cansaço e 
feridas na boca, por exemplo. 
Anemia perniciosa 
A anemia perniciosa é um tipo de anemia megaloblástica que acontece quando a pessoa 
ingere vitamina B12, mas o corpo não consegue absorvê-la, podendo resultar em 
graves danos neurológicos, se não houver o tratamento adequado. 
 
2. Anemias microcíticas 
As anemias microcíticas são aquelas em que as hemácias possuem tamanho menor que 
o normal, apresentando diminuição do VCM e da concentração de hemoglobina dentro 
das hemácias. As principais anemias microcíticas são: 
Anemia ferropriva 
É um dos tipos mais comuns de anemia, que é causado pela baixo consumo de 
alimentos com ferro, como carne vermelha, ovo ou espinafre. No entanto, este tipo de 
anemia também pode surgir após uma hemorragia ou menstruação severa, devido à 
perda de ferro pelo sangue. 
Talassemia 
A talassemia é um tipo de anemia microcíticacausada por alterações genéticas que 
resultam em defeitos no processo de síntese da hemoglobina, podendo causar fadiga, 
irritabilidade, atraso no crescimento, falta de apetite e enfraquecimento do sistema 
imunológico, por exemplo. 
A talassemia pode ser classificada em alguns tipos de acordo com a cadeia da 
hemoglobina que teve seu desenvolvimento prejudicado, podendo fazer com que os 
sintomas apresentados pela pessoa sejam menos ou mais graves. 
 
3. Anemias normocíticas 
As anemias normocíticas são aquelas em que o tamanho das hemácias é normal, sendo o 
resultado do VCM e HCM próximos ao limite do normal ou apresentam pouca variação 
em relação aos valores normais. Os principais tipos de anemia normocítica são: 
Anemia hemolítica 
Este tipo de anemia produz anticorpos que destroem as células sanguíneas. Ela é mais 
comum em mulheres do que em homens e gera sintomas como palidez, tontura, marcas 
roxas na pele, pele e olhos secos e outros. 
Anemia falciforme 
É uma anemia genética causada pela destruição das células vermelhas do sangue o que 
gera sintomas como icterícia, inchaço nas mãos e nos pés e dor em todo o corpo. 
Anemia aplástica 
É uma doença auto-imune onde a medula óssea diminui a produção de células 
sanguíneas, causando sintomas como manchas roxas na pele, hematomas frequentes e 
sangramentos que demoram muito para parar. 
A leucemia é uma doença maligna que envolve uma produção excessiva de leucócitos 
imaturos ou anormais que, com o tempo, suprime a produção de células sanguíneas 
normais e resulta em sintomas relacionados a citopenias. 
A malignização costuma ocorrer nas células-tronco pluripotentes, embora, de vez em 
quando, ocorra na célula-tronco diferenciada com capacidade mais limitada de 
autorrenovação. Proliferação anormal, expansão clonal, diferenciação aberrante e 
diminuição da apoptose (morte celular programada) levam à substituição dos 
elementos sanguíneos normais por células malignas. 
Sob esse aspecto, a doença pode ser do tipo crônica (que geralmente agrava-se 
lentamente) ou aguda (que costuma piorar de maneira rápida): 
 
 Crônica: no início da doença, as células leucêmicas ainda conseguem fazer 
algum trabalho dos glóbulos brancos normais. Médicos geralmente descobrem a 
doença durante exame de sangue de rotina. Lentamente, a leucemia crônica se 
agrava. À medida que o número de células leucêmicas aumenta, aparecem 
inchaço nos linfonodos (ínguas) ou infecções. Quando surgem, os sintomas são 
brandos, agravando-se gradualmente. 
 Aguda: as células leucêmicas não podem fazer nenhum trabalho das células 
sanguíneas normais. O número de células leucêmicas cresce de maneira rápida e 
a doença agrava-se num curto intervalo de tempo. 
 
 
Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de leucemia: 
 
 Leucemia linfoide crônica: afeta células linfoides e se desenvolve de forma 
lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais 
de 55 anos. Raramente afeta crianças. 
 Leucemia mieloide crônica: afeta células mieloides e se desenvolve 
vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos. 
 Leucemia linfoide aguda: afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. 
É o tipo mais comum em crianças pequenas, mas também ocorre em adultos. 
 Leucemia mieloide aguda: afeta as células mieloides e avança rapidamente. 
Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o 
aumento da idade. 
Diagnóstico 
 O principal exame de sangue para confirmação da suspeita de leucemia é o 
hemograma. Em caso positivo, o hemograma estará alterado, mostrando na 
maioria das vezes um aumento do número de leucócitos (na minoria das vezes o 
número estará diminuído), associado ou não à diminuição das hemácias e 
plaquetas. Outras análises laboratoriais devem ser realizadas, como exames de 
bioquímica e da coagulação, e poderão estar alteradas. 
 A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea (mielograma). 
Nesse exame, retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do 
material esponjoso de dentro do osso, para análise citológica (avaliação da forma 
das células), citogenética (avaliação dos cromossomos das células), molecular 
(avaliação de mutações genéticas) e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das 
células). 
 Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea. 
Nesse caso, um pequeno pedaço do osso da bacia é enviado para análise por um 
patologista. 
 
Valores de Referência 
Caso o resultado do hemograma indique que o nível de hemoglobina está baixo (menor 
que 12g/dl), plaquetas baixas (menor que 100.000/mm³) e mais de 20% de blastos, há 
uma grande probabilidade de ser uma leucemia aguda. 
Na LMC, o nível de leucócitos é alto com aparecimento de leucócitos jovens. Sendo 
que há uma maior quantidade de elementos jovens em comparação com os mais velhos, 
chamado de desvio escalonado. 
Enquanto que na LLC, há um aumento de 40% dos linfócitos em comparação com o 
hemograma de uma pessoa saudável. 
 
 
http://abrale.org.br/lmc/o-que-e
http://abrale.org.br/llc/o-que-e

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