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Produção de Moda, Eventos e Fotografia

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Indaial – 2021
Produção de Moda, 
eventos e FotograFia
Prof.ª Cristiani Maximiliano
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof.ª Cristiani Maximiliano
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
M464p
Maximiliano, Cristiani
Produção de moda, eventos e fotografia. / Cristiani Maximiliano. – 
Indaial: UNIASSELVI, 2021.
255 p.; il.
ISBN 978-65-5663-600-9
ISBN Digital 978-65-5663-599-6
1. Design de moda. - Brasil. II. Centro Universitário Leonardo da 
Vinci.
CDD 746.92
aPresentação
Caro acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático de Produção de 
Moda, Eventos e Fotografia. Sabemos que a comunicação visual é uma das 
mais antigas, senão a mais antiga, de que temos registros. Profissionais de 
comunicação, moda, design de moda, estilistas, entre outros, compreendem 
esse fato, pois, como já diz o velho ditado popular, “uma imagem, vale mais 
que mil palavras” – expressão que, certamente, faz todo o sentido ao pensar-
mos no universo do design de moda.
Assim, é importante refletir sobre o que seria dessa área se não fos-
sem as tantas “imagens” que nos rodeiam – em poucos minutos, pode surgir 
à mente uma série de imagens que transmitimos e consumimos diariamente, 
seja abrindo ou postando algo nas redes sociais, vestindo a sua “melhor ver-
são”, folheando uma revista ou simplesmente assistindo a algo.
No cenário do design de moda, consumimos e produzimos imagens 
constantemente e, conforme o fluxo digital prospera, temos que ser cada vez 
mais e mais criativos para acompanhar toda essa movimentação, buscando no-
vos recursos, técnicas, tecnologias e diferentes maneiras de vender “imagens”.
As imagens que são produzidas na área da moda têm uma essência 
indireta e, principalmente, direta em vendas. Contudo, é importante com-
preender o que são efetivamente essas “imagens”. Neste livro, visando ao 
design de moda, as imagens podem ser reduzidas às seguintes atividades:
• Imagens produzidas por stylist e produtores de moda (para campanhas 
de marcas, desfiles, editoriais de moda etc.).
• Os grandes eventos (feiras, workshops, palestras, inaugurações etc.), ou 
seja, espaços montados visual e fisicamente para comunicar, informar e 
gerar interações, mensurando aspectos sobre como geri-los e estruturá-los.
• Os desfiles de moda, como um dos eventos mais populares do segmento, as 
grandes produções, quais preocupações se ater, ou seja, a gestão como um todo.
• As fotografias da moda, em sua essência, como uma das mais poderosas 
imagens.
A quantidade de “imagens” da área do design da moda é significativa, 
porém, neste livro, buscamos uma síntese do que se consideram as mais 
relevantes. Vale destacar que os conteúdos abordados ora irão mencionar 
as ações como um todo, ora irão retratar de maneira mais particular as 
ações de alguns profissionais, que produzem com mais frequência e maior 
preocupação estética significativa em relação à mensagem a ser comunicada 
por meio da imagem, como stylist, produtor de moda e fotógrafo.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há novi-
dades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova diagra-
mação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também contribui 
para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilida-
de de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assun-
to em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Portanto, caro acadêmico, esperamos que todo o conteúdo abordado 
enriqueça a sua jornada de aprendizado, ao adentrar nesse universo de ima-
gens fascinantes do mundo do design de moda, ressaltando a importância 
do acesso aos conteúdos sugeridos ao longo dos temas e também da realiza-
ção das autoatividades propostas ao final dos tópicos.
Bons estudos!
Prof.ª Cristiani Maximiliano
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você 
terá contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complemen-
tares, entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
suMário
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL 
 DE MODA ................................................................................................................... 1
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA .................. 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 O STYLING ........................................................................................................................................... 3
2.1 CONCEITO ..................................................................................................................................... 3
2.2 PROFISSIONAL STYLIST ............................................................................................................. 6
3 A PRODUÇÃO DE MODA ............................................................................................................... 8
3.1 CONCEITO E PROFISSIONAL PRODUTOR DE MODA ........................................................ 8
4 ELABORAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE BRIEFING ............................................................... 14
4.1 ESTRUTURANDO O BRIEFING ................................................................................................ 15
4.2 INTERPRETAÇÃO DO BRIEFING ............................................................................................ 18
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 22
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 23
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA ........................................ 25
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 25
2 A CAMPANHA DE MODA ............................................................................................................. 25
2.1 A PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA E O CATÁLOGO DE MODA .......................................... 28
2.1.1 Produzindo um catálogo .................................................................................................... 28
2.1.2 Documentação necessária ...................................................................................................33
2.1.3 Pré-produção e planejamento ............................................................................................ 33
2.1.4 A execução e pós-execução ................................................................................................. 39
3 MÍDIAS DE CAMPANHA DE MODA ......................................................................................... 46
3.1 MÍDIAS DIGITAIS ....................................................................................................................... 46
3.2 MÍDIAS IMPRESSAS .................................................................................................................... 48
4 STYLING E PRODUÇÃO NO VISUAL MERCHANDISING .................................................. 51
4.1 STYLING DOS PRODUTOS PARA VITRINA .......................................................................... 51
4.2 STYLING DOS PRODUTOS PARA O INTERIOR DA LOJA ................................................. 54
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 56
TÓPICO 3 — EDITORIAL DE MODA ............................................................................................. 59
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 59
2 EDITORIAL DE MODA – CONCEITO E PRÁTICA ................................................................. 59
2.1 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ............................................................................................... 61
2.2 PRODUZINDO UM EDITORIAL DE MODA .......................................................................... 62
2.2.1 Definições e pré-produção .................................................................................................. 62
2.2.2 A execução e pós-execução ................................................................................................. 64
2.2.3 Documentação necessária ................................................................................................... 66
3 MEIOS DE COMUNICAÇÃO PARA EDITORIAIS DE MODA ............................................. 66
3.1 DIGITAIS ....................................................................................................................................... 66
3.2 IMPRESSOS .................................................................................................................................. 68
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 70
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 75
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 76
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 78
UNIDADE 2 — GESTÃO DE EVENTO DE MODA ..................................................................... 79
TÓPICO 1 — GESTÃO DE EVENTOS............................................................................................. 81
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 81
2 CONCEITO DE EVENTO ................................................................................................................ 81
3 CLASSIFICAÇÃO DO EVENTO .................................................................................................... 83
3.1 DIMENSÃO ................................................................................................................................... 83
3.2 PERIODICIDADE ......................................................................................................................... 83
3.3 PERFIL DO PÚBLICO .................................................................................................................. 84
3.4 ÁREA DE INTERESSE ................................................................................................................. 85
4 ORGANIZAÇÃO E TIPOLOGIA DE EVENTOS ....................................................................... 86
4.1 ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS ................................................................................................ 86
4.1.1 Concepção ............................................................................................................................. 86
4.1.2 Pré-evento ............................................................................................................................. 87
4.1.3 Per ou transevento ............................................................................................................... 91
4.1.4 Pós-evento ............................................................................................................................. 91
4.2 TIPOLOGIAS DE EVENTOS....................................................................................................... 92
4.2.1 Exposição .............................................................................................................................. 93
4.2.2 Feira ....................................................................................................................................... 93
4.2.3 Festival ................................................................................................................................... 95
4.2.4 Inauguração de loja ............................................................................................................. 96
4.2.5 Pop-up store ............................................................................................................................ 96
4.2.6 Oficina ................................................................................................................................... 97
4.2.7 On-line ................................................................................................................................... 98
4.2.8 Palestra ................................................................................................................................ 100
4.2.9 Workshop ............................................................................................................................ 101
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 104
TÓPICO 2 — EVENTO – DESFILE DE MODA ............................................................................ 107
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 107
2 DESFILES .......................................................................................................................................... 107
2.1 HISTÓRIAS DOS DESFILES DE MODA ................................................................................. 108
2.2 SEMANAS DE MODA ............................................................................................................... 111
3 FORMATOS ...................................................................................................................................... 115
3.1 TIPOS DE DESFILE .................................................................................................................... 116
3.1.1 Desfile de imprensa.......................................................................................................... 116
3.1.2 Alta costura ......................................................................................................................... 116
3.1.3 Prêt-à-porter ........................................................................................................................ 117
3.1.4 De salão ............................................................................................................................... 117
3.1.5 De celebridades .................................................................................................................. 118
3.1.6 Audiovisuais ....................................................................................................................... 119
3.1.7 Virtuais ................................................................................................................................ 119
3.1.8 Convenção .......................................................................................................................... 120
3.2 GÊNEROS .................................................................................................................................... 121
3.2.1 Desfile clássico ................................................................................................................... 121
3.2.2 Desfile teatral ..................................................................................................................... 122
3.2.3 Desfile conceitual .............................................................................................................. 123
4 PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS ................................................................................................ 124
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 125
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 126
TÓPICO 3 — PRODUZINDO UM DESFILE DE MODA ........................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 129
2 ORGANIZAÇÃO – PRÉ-EVENTO .............................................................................................. 129
2.1 PLANEJAMENTO ...................................................................................................................... 130
2.2 RECURSOS FINANCEIROS/ORÇAMENTOS – DIMENSÃO ............................................. 133
2.3 DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA ......................................................................................... 134
3 DEFINIÇÕES – PRÉ-EVENTO ...................................................................................................... 135
3.1 LOCAL, AMBIENTES E CENÁRIO ......................................................................................... 135
3.2 CASTING ...................................................................................................................................... 140
3.3 TRILHA SONORA ...................................................................................................................... 142
3.4 MAQUIAGEM E CABELOS ...................................................................................................... 143
3.5 STYLING....................................................................................................................................... 144
4 EVENTO E PÓS-EVENTO ............................................................................................................. 146
4.1 GESTÃO E ORGANIZAÇÃO PARA O DIA DO EVENTO ................................................. 146
4.2 PÓS-EVENTO .............................................................................................................................. 148
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 149
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 155
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 156
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 158
UNIDADE 3 — LINGUAGEM, ESTILOS E PRODUÇÃO DA FOTOGRAFIA 
 DE MODA ............................................................................................................... 159
TÓPICO 1 — A LINGUAGEM FOTOGRÁFICA DA MODA ................................................... 161
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 161
2 A FOTOGRAFIA DE MODA ........................................................................................................ 161
2.1 HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA DE MODA E PRINCIPAIS FOTÓGRAFOS .................... 162
3 FUNDAMENTOS DE DESIGN NA FOTOGRAFIA DE MODA .......................................... 166
3.1 ELEMENTOS VISUAIS NA FOTOGRAFIA DE MODA ...................................................... 166
3.1.1 O ponto ................................................................................................................................ 168
3.1.2 Linha .................................................................................................................................... 168
3.1.3 Forma ................................................................................................................................... 169
3.1.4 Direção ................................................................................................................................ 170
3.1.5 Tom ...................................................................................................................................... 171
3.1.6 Cor ........................................................................................................................................ 172
3.1.7 Textura ................................................................................................................................. 175
3.1.8 Escala ................................................................................................................................... 176
3.1.9 Dimensão ............................................................................................................................ 177
3.1.10 Movimento ........................................................................................................................ 178
3.2 COMPOSIÇÕES VISUAIS NA FOTOGRAFIA DE MODA.................................................. 179
3.2.1 Regra dos terços ................................................................................................................ 180
3.2.2 Phi Grid – Proporção áurea ............................................................................................... 181
3.2.3 Golden Triangles – Triângulo dourado ............................................................................. 182
3.2.4 Regra das metades ............................................................................................................. 183
3.2.5 Framing – Enquadramento de enquadramento ............................................................. 184
3.2.6 Equilíbrio ............................................................................................................................ 185
3.2.7 Plano de fundo ................................................................................................................... 186
3.2.8 Sombras ...............................................................................................................................187
3.2.9 Planos de enquadramento ................................................................................................ 187
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 192
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 193
TÓPICO 2 — ESTILOS FOTOGRÁFICOS DA MODA.............................................................. 195
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 195
2 CONCEITUAL .................................................................................................................................. 195
2.1 CARACTERÍSTICAS DE FOTOS CONCEITUAIS ................................................................ 196
3 COMERCIAL .................................................................................................................................... 198
3.1 CARACTERÍSTICAS DE FOTOS COMERCIAIS (LOOKBOOK) ......................................... 199
4 STILL .................................................................................................................................................. 202
4.1 CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................. 202
4.2 TIPOLOGIAS ............................................................................................................................... 203
4.3 STILL CONCEITUAL E COMERCIAL .................................................................................... 207
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 209
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 210
TÓPICO 3 — PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DE MODA .......................................................... 213
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 213
2 EQUIPAMENTOS, TIPOS DE ILUMINAÇÃO E TÉCNICAS .............................................. 213
2.1 EQUIPAMENTOS PARA A FOTOGRAFIA ........................................................................... 214
2.1.1 Câmera ................................................................................................................................ 214
2.1.2 Lentes ................................................................................................................................... 216
2.1.3 Instrumentos de medição ................................................................................................. 220
2.1.4 Tripés e monopés ............................................................................................................... 220
2.1.5 Rebatedores e difusores .................................................................................................... 222
2.1.6 Dispositivos de formatos: filme e digital ........................................................................ 224
2.1.7 Tratamentos ........................................................................................................................ 225
2.1.8 Espaço físico ....................................................................................................................... 226
2.2 TIPOS DE ILUMINAÇÃO E TÉCNICAS ................................................................................ 228
2.2.1 Iluminação natural ............................................................................................................ 228
2.2.2 Iluminação artificial ........................................................................................................... 231
3 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA DE MODA ................................................................................ 239
3.1 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA PARA CAMPANHAS ......................................................... 239
3.1.1 Produção de foto conceitual ............................................................................................. 239
3.1.2 Produção de foto comercial (lookbook) ............................................................................ 240
3.2 PRODUÇÃO DE STILL ............................................................................................................. 240
3.3 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA PARA EDITORIAIS DE MODA ......................................... 242
3.4 PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA PARA FOTOJORNALISMO ............................................... 242
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 245
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 251
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 252
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 254
1
UNIDADE 1 — 
STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – 
CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• conhecer as particularidades do styling e do profissional stylist;
• compreender as características acerca da produção e do produtor 
de moda;
• identificar estratégias para uma atuação profissional em relação 
ao styling e produção de moda que seja eficiente;
• explorar e conhecer o cenário das campanhas de moda, compre-
endendo como fazer uma sessão fotográfica, seja para a campa-
nha como um todo e em especial para um catálogo de moda, bem 
como a importância do styling no ponto de venda;
• identificar as práticas em relação a editorial de moda e suas par-
ticularidades.
2
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO 
DE MODA
TÓPICO 2 – DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA
TÓPICO 3 – EDITORIAL DE MODA
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING 
E PRODUÇÃO DE MODA
1 INTRODUÇÃO
Durante o estudo do nosso primeiro tópico, serão apresentados conceitos 
e atuações profissionais acerca do styling e da produção de moda.
Para isso, compreenderemos quais são as características do styling, como 
o profissional stylist desempenha sua função profissional. Do mesmo modo, a 
atuação do profissional produtor de moda e os atributos da produção de moda.
Por fim, compreendendo que, para que ambas as atuações possam acon-
tecer de maneira assertiva, será abordado sobre o termo briefing. 
2 O STYLING 
Para adentrarmos ao “universo” do styling, primeiramente veremos o seu 
conceito e, em seguida, os atributos requeridos para o profissional stylist.
2.1 CONCEITO 
O styling, termo apropriado da língua inglesa, indica a criação e/ou con-
cepção de imagens que traduzam, abrangente e subjetivamente, um estilo de 
vida, perfil de consumo ou proposta estilística, seja ela de um designer, de uma 
marca, uma revista ou de um produto (MESQUITA, 2012). Ainda segundo a au-
tora “moda é imagem, constrói imagens, confunde-se com as imagens da mídia, 
dialoga com as imagens da arte e se mistura com as imagens de marketing”.
Analisando sobre essa ótica, parece que, desde que a moda existe, o termo 
styling esteve presente, embora sua atuação apenas tenha se tornado mais evidente 
a partir dos anos 1990, quando o profissionalrelacionado com a “construção da 
imagem” passou a ser valorizado. Alterando as posições de papéis no momento de 
se produzir e vender imagem, o designer cedeu espaço de criação para fotógrafos, 
maquiadores, cabelereiros, diretores de arte, programadores visuais e webdesigners, 
surgindo, assim, novas demandas de profissionais (MESQUITA, 2012).
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
4
McAssey e Buckley (2013) acrescentam que os primeiros stylists eram edi-
tores de moda que trabalhavam exclusivamente para revistas da área, realmente 
“editando” as roupas e as páginas de moda e selecionando os nomes dos designers 
que seriam destaque na revista – nesse formato, o relacionamento mais importante 
durante o trabalho fotográfico era entre o fotógrafo e a modelo. Ainda comple-
mentam que durante os anos 1960, as próprias modelos eram quem se produziam, 
faziam a própria maquiagem e cabelo, inclusive levavam seus próprios acessórios 
para a sessão fotográfica, o que dispensava a atuação de outro profissional. Duran-
te os anos 1980, surgiram os primeiros stylists freelancers, que trabalhavam para re-
vistas como The Face e i-D (Figura 1), o que, aos poucos, fez o profissional se tornar 
um colaborador essencial para o processo de criação de imagens.
FIGURA 1 – CAPA DA REVISTA I-D, EM 1986, E CAPA DA THE FACE, EM 1988
FONTE: <http://covers.i-d.co/cover/40/1>; <https://bit.ly/343QVOb>. Acesso em: 27 dez. 2020.
Realize uma pesquisa e identifique outras fotografias das revistas menciona-
das ou, até mesmo, DE outras do mesmo período, a fim de tentar identificar quem eram 
os stylists que emergiram nesse período.
UNI
Após compreendermos um breve posicionamento histórico sobre o styling, 
vale destacar que existe uma diferença no nome atribuído para a profissão e para 
o profissional: para a atuação profissional e seus resultados, denominamos de 
styling, enquanto, para o profissional que faz styling, chamamos de stylist.
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
5
Construir imagens que surtam efeitos positivos torna-se o viés principal 
do styling e, conforme já mencionado, ao pensarmos em moda, várias são as ima-
gens existentes. Por isso, existem diferentes frentes em que o styling é explorado 
e desenvolvido. Frange (2012) e McAssey e Buckley (2013) dividem o styling con-
forme as modalidades e os setores descritos no Quadro 1.
QUADRO 1 – MODALIDADE E SETORES DO STYLING
Styling para desfile: evento importante para implementar, reforçar e expandir 
a imagem de uma marca dentro de um mercado. Constrói a imagem visando 
chamar a atenção para a marca e também fomentar vendas. 
Styling para imagem fotográfica/styling editorial, comercial e produto/styling 
para campanhas publicitárias: o stylist presta serviço para meios de comunica-
ção (revistas, jornais), produção de sessões fotografias para campanhas de mar-
cas (de moda, comportamento, beleza etc.), ambos os formatos focam em vender 
o produto seja de forma direta ou indiretamente. As imagens obtidas desse tipo 
de produção podem ser divulgadas em meios impressos
 e digitais e também podem ser estruturadas junto aos registros fotográficos 
sessões de vídeos (projetos audiovisuais). Destaca-se, portanto que no momento 
do planejamento precisam ser considerados quais serão os formatos em que o 
material produzido será vinculado e disseminado.
Styling para cinema e televisão (figurino): nessa modalidade o stylist atua como 
figurinista e o figurinista como stylist. O objetivo está em vestir os integrantes 
do meio televisivo (telejornais, programas, novelas, filmes ou séries, entre ou-
tros). Deve-se atentar para o fato de o personagem ou apresentador precisarem 
transmitir uma imagem adequada com o estilo/mensagem desejável. Para isso, 
compõem-se os looks com marcas que atendam à necessidade ou, então, são pro-
duzidas peças apropriadas. 
Styling para internet: focado no desenvolvimento de imagens para o meio digi-
tal, em que os produtos precisam ser visualizados de forma clara e rápida, tor-
nando evidentes os detalhes do produto. Visando ao aspecto de venda do item, 
considera-se explorar fotos de outras fases que se tornam fundamentais, além de 
pequenos vídeos que também podem ser produzidos. 
Styling pessoal/styling de celebridades/styling de músicos: nessa modalidade, 
o objetivo é vestir uma pessoa particular, seguindo o seu biótipo e a imagem que 
deseja transmitir, de acordo com seu estilo de vida. Essa pessoa, em particular, 
por ser uma celebridade ou músico, necessita de acompanhamento do profis-
sional, que pode ser para o dia a dia, na construção da identidade dessa pessoa, 
envolvendo todos os aspectos da sua vida, ou, então, para algo pontual, por 
exemplo, um evento pessoal ou profissional.
FONTE: Adaptado de Frange (2012); McAssey e Buckley (2013)
Portanto, o styling refere-se à construção de imagens que atendam às demandas 
do usuário, seja pessoa física, loja, marca, revista, designer, entre outros, desenvolvido 
por diferentes entregas. A seguir, veremos como ocorre a atuação do profissional stylist.
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
6
2.2 PROFISSIONAL STYLIST
Cientes de que a maior responsabilidade da atuação profissional de um 
stylist está em criar uma imagem elaborada de acordo com as demandas do clien-
te, que pode ser de diferentes modalidades de atuação do design, da moda e/ou 
design de moda – ou, até mesmo, clientes que não sejam relacionados ao universo 
da moda. Mesquita (2012) indica ainda que o stylist comanda o ciclo de criação da 
imagem, abordando desde a pesquisa, a concepção do projeto e sua realização, 
incluindo as etapas finais de pós-produção e finalização. Sua dinâmica de traba-
lho será demandada de acordo com a área do projeto em questão.
Um stylist pode trabalhar, por exemplo, com editoriais de moda e campa-
nhas publicitárias, definindo sozinho, ou em conjunto com uma equipe, a estéti-
ca pretendida, a temática do trabalho, os profissionais envolvidos (embora nem 
sempre definir a equipe seja uma de suas atividades), acompanhando a sessão de 
fotos, a edição e a proposta em que serão publicadas; em desfiles, em parceria com 
o designer, contribuindo nas definições estéticas para o evento, traduzindo a temá-
tica para a edição e apresentação das peças, auxiliando também na escolha de ce-
nografia, maquiagem e cabelo, trilha sonora e iluminação; já em casos de figurinos 
ou personal stylist, auxiliará na escolha das peças (roupas e acessórios), na forma de 
uso, em sugestões de novas aquisições e indicações de maquiagens e cabelos.
Nota-se, portanto, que as contribuições de um stylist em um projeto po-
dem variar bastante, engrandecendo ainda mais considerando que em uma re-
vista ou jornal o profissional pode ter responsabilidades de criar algo alinhado 
e definido por si próprio, assumindo um controle maior sobre o projeto; por ou-
tro lado, ao atuar em campanhas publicitárias, possivelmente fará parte de uma 
grande equipe e trabalhará de acordo o briefing do cliente (MCASSEY; BUCKLEY, 
2013).
As atribuições desse profissional são variadas, seguindo de acordo com a 
categoria de atuação, em que ora pode dispor de mais responsabilidades e afaze-
res, ora podem focar apenas em itens mais pontuais, porém vale destacar que o 
stylist, indiferentemente do projeto em que estiver atuando e da responsabilidade 
assumida, se torna um tradutor da mensagem comunicada pelo emissor (marca, 
designer, pessoa física, entre outros) com o receptor (público-alvo, clientes, con-
tatos pessoais etc.).
Por fim, vale destacar alguns atributos fundamentais para a atuação do stylist:
• construir imagem, criar conceito, atribuir valores a marca ou roupa, com pro-
pósito de fazer uma boa comunicação e, assim, alavancar as vendas;
• pesquisar ideias criativas, desfiles das grandes semanas de moda, tendências 
de moda e comportamento;
• compreender design digital, fotografia e universo da arte;
• entender de vários assuntos,ter a mente aberta: movimentos sociais, políti-
cos, artísticos e econômicos;
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
7
• estruturar um bom networking;
• desenvolver um bom relacionamento, por tratar com vários profissionais, de-
manda relacionar-se bem com a equipe direta e indireta;
• ter um “olho bom” – além de ousadia natural para propor novas formas de usar 
peças que todo mundo já conhece, é saber ainda o que funciona ou não no corpo da 
modelo, habilidade que pode ser aperfeiçoada conforme sua atuação profissional;
• ser um detective – investigar tudo, analisar e observar vitrines, galerias de arte, 
pesquisar sites de desfiles e street style, ler livros e revistas de moda, ver bons filmes 
de todas as épocas e nunca deixar de treinar mentalmente o que funciona ou não;
• respeitar sempre a necessidade do cliente, considerando o perfil do cliente 
para qual o trabalho será desenvolvido;
• desenvolver bem a memória e o hábito de registrar, pois qualquer referência 
pode ajudar em um novo trabalho;
• mesmo sendo um profissional que exige maior criatividade, deve desempe-
nhar seu trabalho com muita organização e disciplina.
A designação do stylist também pode variar, sendo também conhecido 
como produtor de moda. Em jornais e revistas, os stylists são chamados de editores 
e assistentes de moda; em lojas de moda, podem ser chamados de personal shoppers 
(MCASSEY; BUCKLEY, 2013).
Frange (2012) ainda ressalta que, no Brasil, há uma diferença entre 
stylist e produtor de moda, embora no mercado internacional não exista essa 
subdivisão – o produtor é o stylist, assim como na própria tradução literal do 
inglês para português. Na prática, no Brasil, o stylist fica designado de criar o 
conceito da imagem de moda e o produtor de moda é o responsável por ir às ruas 
para encontrar as peças e coordenar sua aquisição. Após passarem pela edição 
do stylist, essas peças são utilizadas, seja em fotos, desfile ou outra modalidade. 
Trata-se, portanto, de um trabalho em equipe, em que ambos os profissionais 
trabalham juntos o tempo todo, cada um com suas responsabilidades.
É comum, na prática profissional no Brasil, considerando que existe essa diferença 
entre as funções, um mesmo profissional atuar como stylist e produtor de moda.
Destaca-se apenas que, entre as modalidades e setores mencionados em re-
lação ao styling, basicamente todos podem ser desempenhados pelo profissional produtor 
de moda, exceto o de personal stylist, cujas funções atribuídas para um personal não con-
dizem com as tarefas de um produtor de moda.
ATENCAO
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
8
3 A PRODUÇÃO DE MODA 
A produção de moda complementa o styling, porém está mais atrelada ao fa-
zer acontecer, de forma que o stylist estabelece o conceito ou a estética pretendida, en-
quanto a produção de moda se concentra em produzi-la, de maneira mais palpável. 
3.1 CONCEITO E PROFISSIONAL PRODUTOR DE MODA
Considerando a diferença atribuída para styling e produção de moda, vale 
destacar, ainda, os conceitos em relação à produção de moda e ao produtor de 
moda. A produção de moda também é desempenhada na construção de imagens 
assertivas e, conforme mencionado anteriormente, o produtor pode atuar como 
stylist, e vice-versa. Contudo, no Brasil, os termos são vistos por alguns setores 
de forma distinta, com maior ênfase à parte que corresponde ao ato de produzir.
A produção de moda acontece após a definição do conceito pelo stylist, 
como o ato de buscar os meios para que o trabalho aconteça. Podemos mensurar 
como cenários de atuação possíveis:
• Em um desfile de moda, concentra-se no auxílio para vestir, trocar e organizar 
as peças antes, durante e após o evento. Também contribui nas demais tarefas 
do evento, como buscar locações, entrosamento e atuação da equipe, ensaio de 
modelos, acompanhar a dinâmica das atividades pré, durante e pós-evento.
• Em campanhas e editoriais de moda (sessões fotográficas em geral), buscam-
-se as peças diretamente com as marcas, organizando de acordo com a pauta, 
vestindo e trocando os modelos. Também realizam a pré-produção em caso 
de campanhas, vislumbrando o look e registrando, para que, no dia das fotos, 
o trabalho tenha um fluxo mais rendável. É responsável pela entrega dos itens 
emprestados, tal como foram retirados, ou seja, fornece suporte antes, duran-
te e após a sessão fotográfica.
• Na elaboração de propostas de figurinos, o produtor de moda concentra-se 
em buscar os profissionais mais indicados e acompanhar a confecção da peça 
quando necessário, procurar as marcas e/ou junto delas as peças para deter-
minados personagens ou, até mesmo, receber as peças quando as marcas fize-
rem o envio espontâneo.
Assim, a atuação profissional do produtor de moda é mais tangível, pois 
fica em contato com marcas, modelos, fotógrafos, produtos, logística e transporte, 
o que requer bastante organização e disciplina. Para auxiliar nesse aspecto, Fa-
çanha e Mesquita (2012) indicam o uso de algumas planilhas e fichas que podem 
contribuir nessa atuação, as quais devem ser elaboradas antes do projeto e auxi-
liar em todas as etapas (Figura 2). Na elaboração dessas planilhas e fichas, deve-se 
descrever quem serão os “atores da cena” (modelos ou personagens), estruturan-
do um storytelling da cena, a planilha de looks destacando o conjunto de peças a 
serem utilizadas, seja para fotos ou vídeos, a sequência de desfile, entre outros.
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
9
A ficha de camarim compreende os detalhamentos de profissionais e 
estéticas do projeto (nomes dos profissionais, composição dos looks, make-up e 
hairstyle propostos). A ficha técnica inclui empresas e profissionais prestadores ou 
colaboradores de serviços que participaram do projeto.
FIGURA 2 – PLANILHAS E FICHAS 
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
10
FONTE: Adaptada de Façanha; Mesquita (2012)
Pesquisar outras opções de planilhas e fichas que possam contribuir no melhor 
desempenho do produtor de moda. É possível e, até mesmo indicada, a elaboração de 
modelos de planilhas e fichas personalizadas de acordo com as demandas do profissional.
UNI
Outras fichas que poderão ser utilizadas em projetos, mensurando o 
planejamento e a organização do profissional, são as fichas técnicas dos modelos 
e de styling e composição (looks, peças únicas ou acessórios). Na ficha técnica do 
modelo (Figura 3), são apresentados dados a respeito do profissional, em relação 
à altura, ao peso, ao manequim, entre outros, acompanhados de fotos de rosto e 
corpo. Vale destacar que a escolha dos modelos poderá ser feita pelo contratante 
do serviço, ou, quando essa escolha for do produtor de moda ou stylist, é de suma 
importância que esteja de acordo com a “imagem idealizada” para o resultado 
final, ou seja, a escolha precisa ser condizente com a mensagem a ser transmitida.
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
11
FIGURA 3 – FICHA MODELO
FONTE: <https://megamodel.com.br/models/adelly/>. Acesso em: 8 jan. 2021.
Em site de agências de modelos, é possível acessar outros modelos de fichas.
DICAS
A ficha com as informações do modelo poderá ser elaborada pelo stylist ou 
produtor de moda, porém ela já pode ter sido elaborada e disponibilizada pela agência de 
modelos contratada para o trabalho.
ATENCAO
Com relação às fichas de styling e composição, somente será possível estru-
turar se houver acesso aos produtos antes do dia do trabalho. Assim, indica-se ter 
os produtos a serem utilizados no projeto (catálogo, editorial, desfile etc.) em mãos 
e, partir disso, organizar as informações de acordo com o projeto, composições de 
cada foto, ou entrada, ou cena, dependendo do trabalho a ser desempenhado (Fi-
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
12
gura 4). Exemplificando, se for um desfile de roupas, a ficha poderá apresentar o 
styling de cadalook que for para a passarela, contendo a(s) peça(s) de roupa(s), os 
acessórios, a fotografia do modelo que irá desfilar, o cabelo e a maquiagem, entre 
outras informações necessárias. Já se for uma fotografia de acessórios, por exemplo, 
sem modelo, a ficha de produto pode apresentar os componentes que irão consti-
tuir o cenário da fotografia, além do produto a ser vendido.
FIGURA 4 – FICHA STYLING E COMPOSIÇÃO
FONTE: A autora
A Figura 5 destaca uma ficha de styling e composição de um desfile de 
moda, que já apresenta um modelo com os produtos vestidos – esse recurso 
também pode ser utilizado, em vez de apenas apresentar as peças, os acessórios 
que irão compor o look e a sequência de entrada.
FIGURA 5 – FICHA STYLING E COMPOSIÇÃO DESFILE
FONTE: <https://bit.ly/3bFSi9W>. Acesso em: 9 jan. 2021.
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
13
Já a Figura 6 serve como exemplo em caso de serem acessórios sem modelo 
(formato still – que será abordado mais adiante), ou então sem acesso antecipado 
aos produtos. Na proposta da ficha, a foto poderia ser feita em estúdio (nesse 
caso, o “céu” seria inserido em algum editor de imagem) ou externamente – o que 
também será estudado mais adiante.
FIGURA 6 – EXEMPLO FICHA STYLING E COMPOSIÇÃO 
FONTE: A autora
O resultado da fotografia da ficha de styling e composição é mostrado 
na Figura 7.
FIGURA 7 – EXEMPLO FOTOGRAFIA
FONTE: <https://bit.ly/343zPjl>. Acesso em: 9 jan. 2021.
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
14
A ficha de styling e composição é livre, ou seja, cada profissional organiza de 
acordo com as suas necessidades e o grau de importância de cada projeto. Em caso de não 
conseguir acesso antecipado aos produtos, indica-se que seja feito um planejamento prévio 
manual (escrito), considerando a quantidade de produtos a serem “apresentados” no projeto.
ATENCAO
Outro fator a ser considerado são os documentos que precisam estar de 
acordo com cada produção, que, normalmente, são contratos: termo de uso de ima-
gem, locações, empréstimos, contração de serviços e profissionais, entre outros.
Os documentos necessários para cada modalidade precisam ser organizados 
com antecedência ao projeto, podem ser elaborados por órgãos e profissionais especiali-
zados, empresa contratante (revista, jornal, designer, marca, entre outros) ou, então, pelos 
stylists e produtores – vale ressaltar que, muitas vezes, será necessário o registro ou o re-
conhecimento de assinatura em cartório.
ATENCAO
Por fim, é possível concluir que, efetivamente, styling e produção de moda, 
quando não são a mesma coisa, trabalham de “mãos dadas”. Portanto, as mesmas 
funções atribuídas para o stylist são reforçadas com o produtor de moda, e vice-versa.
Durante a abordagem das práticas estudadas a seguir, deve-se considerar 
que elas não terão a distinção entre styling e produção de moda, por vezes, existente 
em território brasileiro. Entretanto, vale destacar que, na atuação profissional, a dis-
tinção entre as atividades pode existir, mas, neste livro, isso não será evidenciado, 
por se acreditar que ambas as atuações se complementam e interagem entre si.
4 ELABORAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DE BRIEFING
Até o momento, compreendemos que falar de styling e produção de moda 
é referir-se à construção e à comunicação de moda por meio de imagens. Contudo, 
para que seja possível criar imagens efetivamente assertivas, é necessário que elas 
sejam elaboradas a partir da interpretação da demanda apresentada pelo contratante.
Essa demanda, por vezes, chega ao stylist ou produtor de moda por meio 
de um documento chamado briefing. 
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
15
4.1 ESTRUTURANDO O BRIEFING
Seivewright (2009) destaca que o briefing é o início de qualquer projeto e que 
tem como objetivo inspirar e delinear as metas e premissas requeridas, identificando 
restrições, condições ou problema que necessite de resolução. Dessa forma, fornecerá 
informações sobre quais são as tarefas e/ou resultados finais a serem alcançados.
Assim, para a estruturação do briefing, é necessário ter acesso ao maior 
número de informações acerca do projeto a ser elaborado.
Nesse cenário, é possível compreender que o responsável pela construção 
desse documento será o contratante, ou seja, diante de uma demanda, estrutura-
-se o briefing visando a comunicar o que se espera para determinado trabalho, o 
qual, dentro do universo estudado, pode ser sessão fotográfica de uma marca ou 
loja, sessão fotográfica para editoriais de moda, desfiles de moda, entre outros.
Acredita-se que, na maioria das vezes, o stylist ou produtor de moda irá 
receber o briefing já estruturado, porém não existe uma formatação padrão para 
a sua realização – alguns podem conter mais informações e detalhes, enquanto 
outros serem mais sucintos e enxutos, exigindo do stylist e produtor um maior 
“jogo de cintura” no momento da interpretação.
Mesmo cientes de que não existe uma padronização com relação ao formato do 
briefing, podemos seguir algumas indicações do que pode ser abordado (Quadro 2).
QUADRO 2 – TIPOS E ESTRUTURAS DE BRIEFING
Briefing simples: em poucas palavras, devem ser expressos metas e objetivos do 
trabalho (SEIVEWRIGHT, 2009).
Briefing comercial: metas e objetivos específicos de um produto ou serviço. Vi-
sando a uma maneira de promover produtos ou uma marca. O mesmo tipo de 
briefing pode ser para que o produto seja criado (SEIVEWRIGHT, 2009).
Briefing trabalhos em equipes: expõe as tarefas específicas de cada membro 
dentro da equipe (SEIVEWRIGHT, 2009).
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
16
Briefing proposto por Phillips (2008, apud PAZMINO, 2015) tem como princi-
pais elementos:
- Natureza e contexto projeto: objetivos, resultados esperados, responsáveis pelo projeto.
- Análise setorial: lista dos produtos abrangidos no projeto, análise de tendências.
- Público-alvo: sexo, faixa etária, escolaridade, ocupações, hobbies, comporta-
mentos, hábitos de consumos, regionalização, entre outros.
- Dados da empresa: atuação por segmentação, missão, entre outros.
- Objetivos, prazo e orçamento do projeto: fases do projeto, tempo previsto ou 
data, orçamento, recursos humanos necessários, responsável pelo projeto.
- Aprovação, implementação e avaliação: material de apresentação e responsá-
vel pela aprovação, documentos necessários para implementação, critérios para 
avaliar resultado do projeto.
- Informações de pesquisas: tendências do mercado, tecnologias, entre outros.
- Apêndice: materiais suplementares, como catálogos de produtos, fotos, mos-
truário, manuais, entre outros. 
FONTE: A autora
É de suma importância para a atuação profissional do stylist e produtor 
de moda receber o briefing do requerente do projeto. Entretanto, muitas vezes, na 
prática não acontece dessa forma, e as empresas entram em contato com informa-
ções, algumas vezes, insuficientes, para solicitar orçamentos. Nesse momento, é 
fundamental uma conduta investigativa por conta do stylist ou produtor, de ma-
neira a coletar as informações necessárias. Portanto, em caso de não receber um 
briefing, cabe estruturá-lo por conta própria, buscando, por meio de perguntas, 
uma visão abrangente e informações específicas do projeto: natureza do projeto, 
dimensão, prazos, recursos, profissionais envolvidos, entre outros.
A seguir, listamos alguns tópicos básicos que podem ser considerados na es-
truturação de um briefing específico para trabalhos de styling e produção de moda:
• conceito, inspiração, mensagem ou temática do projeto;
• identidade da marca, loja ou designer (forma que deseja ou é vista por seus 
clientes);
• quantidade de referência, peças, looks a serem utilizados no projeto;
• demandas gerais: quantidade de modelos, tipo de produto a serem apresen-
tados, necessidades específicas do styling (por exemplo, se calçados, demanda 
peças de roupas; se roupas, demandar acessórios e calçados – cada projetoterá suas particularidades);
• prazo, data para envio de orçamento, execução do trabalho e finalização;
• público-alvo ou persona do projeto;
• orçamento disponível;
• local onde o projeto será executado;
• demandas especiais (o que é imprescindível, o que o cliente espera como re-
sultado, o que não deve ser feito, entre outras necessidades especiais que o 
projeto demandar).
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
17
A Figura 8 ilustra um roteiro possível de briefing, contendo perguntas 
elaboradas de forma criativa e diferenciada.
FIGURA 8 – ROTEIRO DE BRIEFING
FONTE: A autora
Obtendo esses dados básicos, o trabalho do styling e produtor de moda pode ser 
iniciado. No entanto, é importante cada profissional elaborar o seu briefing de acordo 
com as suas necessidades, quando ele não for entregue diretamente pelo contratante.
Com o briefing estruturado pelo stylist ou produtor de moda ou então 
entregue pelo contratante, as informações são repassadas aos profissionais envol-
vidos no projeto e, a partir da sua interpretação e análise, iniciam-se os preparati-
vos necessários considerando as devidas particularidades de cada projeto.
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
18
4.2 INTERPRETAÇÃO DO BRIEFING
Compreendemos que, de maneira simples e direta, o briefing representa a pas-
sagem de informação de uma pessoa para outra, por meio de linguagem e formato não 
padronizados. Assim, cada briefing terá suas particularidades e demandas e, para isso, 
cabe ao profissional de styling e produção de moda organizar uma maneira de fazer a 
interpretação de forma eficaz e condizente com as demandas do contratante.
Após receber ou estruturar o briefing (o ponto de partida), dá-se início ao 
trabalho do stylist e produtor de moda.
A primeira etapa na interpretação do briefing é identificar inspirações vi-
suais para o conceito, a inspiração, a mensagem ou a temática do projeto. Para 
isso, indica-se montar um painel visual, denominado moodboard.
Moodboard refere-se a um quadro contendo informações visuais (imagens e 
textos opcionais) contendo toda e qualquer referência ligada ao tema norteador do proje-
to. Pode ser estruturado em tamanho e formato livres.
DICAS
Nesse painel, é importante concentrar imagens que irão traduzir e resolver 
visualmente o briefing – por exemplo, em caso de uma fotografia de moda que 
envolva modelos de roupas, será possível buscar referências para o styling, poses 
e atitude de modelo, cartela de cores, propostas de cenários e locações, perfil de 
beleza para o modelo, cabelo e maquiagem, acessórios que irão complementar as 
roupas, entre outros. A Figura 9 destaca um briefing simples.
FIGURA 9 – BRIEFING SIMPLES
FONTE: A autora
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
19
FONTE: A autora
O moodboard pode ser estruturado por meio de recortes de revistas, palavras, 
desenhos, objetos, tecidos, imagens que traduzam a sensação e a mensagem desejada 
para o trabalho, sendo feito tanto manual quanto digitalmente.
DICAS
A Figura 10 ilustra a interpretação por meio de painel moodboard.
FIGURA 10 – MOODBOARD
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
20
Nota-se, no exemplo da Figura 9, que as propostas sugeridas são defendi-
das em relação ao briefing, portanto, além de estruturar as referências por meio 
de imagens, deverá ser explicitado onde e como cada característica apontada no 
briefing deverá ser explorada.
A estruturação do moodboard é a primeira referência imagética do projeto, 
pois permite realizar possível uma interpretação visual mais palpável em rela-
ção ao resultado esperado. Se o projeto for um desfile de moda, a interpretação 
deve apresentar um painel contendo referências visuais com a demanda de um 
desfile de moda; se um fashion film, as devidas referências para a sua realização, e 
assim sucessivamente. Uma interpretação de briefing eficiente requer do stylist/
produtor de moda repertório de pesquisas com ideias criativas, mente aberta e 
flexível, atualização sobre as tendências e o segmento de mercado em que atua, 
conhecimento de linguagem visual, entre outros. Assim, para que a interpretação 
seja assertiva, o profissional precisará ter habilidades criativas, boa leitura e in-
terpretar as informações contidas no documento, a fim de se colocar no lugar do 
cliente, visando a propor a melhor solução.
Outra forma de contribuir na interpretação, caso existam questionamentos, é 
entrar em contato com o contratante e sanar possíveis dúvidas, antes de finalizar o painel.
DICAS
Após a etapa da interpretação materializada no painel moodboard, indica-
-se repassar as informações estruturadas visualmente (moodboard) para o respon-
sável pela aprovação do projeto. Obtendo aprovação da proposta, as referências 
deverão ser repassadas aos demais profissionais envolvidos no trabalho, a fim 
de que cada um cumpra e desenvolva suas devidas funções em relação à etapa 
prévia do projeto. Talvez, seja interessante agendar uma reunião, garantindo o 
entendimento e o esclarecimento de todo o time.
Compreendendo a estrutura e a interpretação do briefing dentro do ce-
nário do styling e produção de moda, concluímos o estudo do tema. Foi possível 
realizar uma familiarização com o styling, compreendendo sua função de criar e 
elaborar imagens de moda vendáveis e atrativas para diferentes tipos de atua-
ções, como desfiles, sessões fotográficas, figurino, internet, pessoal, entre outros.
Assim, compreendemos as habilidades desejáveis e indicadas para o pro-
fissional stylist, os atributos fundamentais para a sua atuação profissional, o fato 
de a produção de moda se referir a algo mais tangível, bem como a forma de co-
locar em prática toda a pesquisa do styling, um trabalho que requer organização, 
TÓPICO 1 — CONCEITO E PRÁTICA DE STYLING E PRODUÇÃO DE MODA
21
antes, durante e após cada projeto, conhecendo algumas fichas e planilhas que 
podem facilitar na prática profissional. Por fim, o esclarecimento, a compreensão 
e as elaborações indicadas em relação ao briefing poderão nortear todo o trabalho.
22
Neste tópico, você aprendeu que:
RESUMO DO TÓPICO 1
• Styling indica a criação e/ou a concepção de imagens que traduzam, abran-
gente e subjetivamente, um estilo de vida, perfil de consumo ou proposta esti-
lística, seja ela de um designer, de uma marca, uma revista ou de um produto 
(MESQUITA, 2012).
• O profissional que faz styling é chamado de stylist, enquanto o produtor de 
moda se concentra em produzir, de maneira mais palpável, o conceito ou a 
estética pretendida pelo stylist.
• O stylist criar uma imagem elaborada de acordo com as demandas do cliente, 
que pode ser de diferentes modalidades de atuação do design, da moda e/
ou design de moda – ou, até mesmo, clientes que não sejam relacionados ao 
universo da moda. Comanda o ciclo de criação da imagem, abordando desde 
a pesquisa, a concepção do projeto e sua realização, incluindo as etapas finais 
de pós-produção e finalização (MESQUITA, 2012).
• A atuação profissional do produtor de moda é mais tangível, pois fica em 
contato com marcas, modelos, fotógrafos, produtos, logística e transporte, o 
que requer bastante organização e disciplina.
• O briefing é o início de qualquer projeto e tem como objetivo inspirar e deli-
near as metas e premissas requeridas, identificando restrições, condições ou 
problema que necessite de resolução; fornece informações sobre quais são as 
tarefas e/ou resultados finais a serem alcançados.
• Para uma interpretação assertiva do briefing, o profissional precisará ter habili-
dades criativas, boa leitura e interpretar as informações contidas no documen-
to, a fim de se colocar no lugar do cliente, visando a propor a melhor solução.
23
1 Seivewright (2009) destaca que o briefing é o início de qualquer projeto e 
que tem como objetivo inspirar e delinear metas e premissas requeridas, 
identificando restrições, condições ou problema que necessitede resolução. 
Dessa forma, fornecerá informações sobre as tarefas e/ou os resultados 
finais a serem alcançados. Em relação ao tipo de informações que precisam 
constar num briefing, assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) Para a estruturação do briefing é necessário que se tenha o maior 
número de informações acerca do projeto a ser elaborado.
b) ( ) Se torna ideal para estruturação do briefing, informações detalhadas de 
apenas uma demanda em relação ao projeto.
c) ( ) Para a estruturação do briefing é necessário que se tenha um pequeno 
número de informações acerca do projeto a ser elaborado, pois muita 
informação poderá confundir.
d) ( ) Se torna ideal para estruturação do briefing, informações medianas de 
acerca do projeto a ser elaborado.
2 O styling, termo apropriado da língua inglesa, indica a criação e/ou concepção 
de imagens que traduzam abrangente e subjetivamente um estilo de vida, 
perfil de consumo ou proposta estilística, seja ela de um designer, de uma 
marca, uma revista ou de um produto (MESQUITA, 2012). Com base nas 
definições de styling, analise as sentenças a seguir:
I- Styling está associado ao nome da ação feito pelo stylist, que é o profissional
II- Styling está associado a elaboração de projetos de visual merchandising, 
plantas baixas e organização das lojas.
III- Styling refere-se à construção de imagens que atendam as demandas do usuário 
seja esse: uma pessoa física, uma loja, marca revista, designer, entre outros.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) Somente a sentença II está correta.
c) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
d) ( ) Somente a sentença III está correta.
3 A maior responsabilidade da atuação profissional de um stylist está em 
criar uma imagem elaborada de acordo com as demandas do cliente, sendo 
que esse cliente pode ser de diferentes modalidades de atuação do design, 
da moda e/ou design de moda, ou até mesmo clientes que não sejam 
relacionados ao universo da moda, em relação aos atributos indicados para 
um stylist, classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
AUTOATIVIDADE
24
( ) Construir imagem, criar conceito, atribuir valores a marca ou roupa, com 
propósito de fazer uma boa comunicação e assim alavancar as vendas.
( ) Entender de vários assuntos, ter a mente aberta: em relação aos negócios 
administrativos do mercado de moda, para organizar a gestão financeira 
dos projetos.
( ) Desempenhar muita organização e disciplina, mesmo sendo uma 
profissional que também exija criatividade.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) V – F – F.
b) ( ) V – F – V.
c) ( ) F – V – F.
d) ( ) F – F – V.
4 Frange (2012) ressalta que, no Brasil, existe uma diferença entre stylist e 
produtor de moda, embora, no mercado internacional não exista essa sub-
divisão – o produtor é o stylist, assim como na própria tradução literal do 
inglês para português. Contudo, na prática, no Brasil, é diferente. Disserte 
sobre essa diferença atribuída para a profissão no país.
5 Construir imagens que surtam efeitos positivos torna-se o viés principal 
do styling e, ao pensarmos em moda, várias são as imagens existentes. Por 
isso, existem diferentes frentes em que o styling é explorado e desenvolvido. 
Disserte sobre, no mínimo, três modalidades/setores do styling.
25
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA
1 INTRODUÇÃO
Após compreender as definições acerca de styling e produção de moda, 
para entender o que representa cada termo, abordaremos com mais propriedade 
e visualização da prática, com o objetivo de explorar o cenário do styling e da pro-
dução no desenvolvimento de uma campanha de moda, em especial para fotos 
destinadas a catálogos, seja para uma marca ou loja. Entende-se por campanha o 
conjunto de ações que as marcas, designers ou lojas realizam com o intuito de se 
inserirem no mercado e apresentarem seus produtos para o consumidor 
Neste tópico, veremos a resolução de questões relacionadas ao conceito e à prá-
tica na estruturação de um catálogo de moda (documentação, pré-produção, produção e 
pós-produção), os formatos de mídias utilizados em campanhas e o styling para os espa-
ços comerciais, visando a compreender as particularidades e as demandas de cada etapa.
2 A CAMPANHA DE MODA
Campanhas de moda são os formatos publicitários e de propaganda que a 
marca utiliza para se comunicar com o seu público-alvo. Essas interações acontecem 
por meios físicos ou digitais, expressadas em fotografias ou vídeos. Nesse caso, por 
meio de imagens, marca, designer ou loja interagem com seu consumidor, venden-
do seus produtos ou serviços e comunicando como querem ser vistos e percebidos. 
Logo, deve-se atender “ao cliente” e a suas demandas nesse tipo de projeto.
Em geral, entende-se como campanha: o desfile, o catálogo (seja ele conceitual 
ou comercial), o outdoor ou outras formas de anúncios em ruas, fixos ou móveis, as 
mídias impressas (banner, folder, materiais de ponto de venda – PDV –, sacolas, cartões 
de visitas etc.), o ponto de venda por meio do visual merchandising, em especial a vitri-
ne e também as mídias digitais (página da loja, loja on-line, redes sociais, entre outros).
É nesses diferentes e possíveis formatos que a campanha de moda se faz co-
municadora; assim, para que seja concebida uma imagem de maior fixação na mente 
do consumidor, sugere-se que uma mesma linguagem permeie entre os materiais 
produzidos, pois, dessa forma, o cliente entende que se trata de uma marca em espe-
cial. Para exemplificar essa importância, uma campanha da marca italiana Dolce and 
Gabbana, do verão 2016 (Figuras 10 a 12), foi inspirada na vida na Itália, feita genui-
namente de comida, história e amor. Nota-se que são projetos diferentes, mas existe 
uma unidade que os tornam parte de um todo – isto é, a campanha de moda.
26
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
Na Figura 11, destacam-se as fotografias conceituais que expressam a es-
sência da coleção, apresentada nos meios de publicidade e propaganda impres-
sos e digitais da marca.
FIGURA 11 – FOTOS CAMPANHA (CATÁLOGO)
FONTE: <https://bit.ly/3oEC99S>. Acesso em: 9 jan. 2021.
Na Figura 12, é possível identificar a vitrine da campanha da marca, per-
tencente à mesma coleção das fotografias.
FIGURA 12 – VITRINE DA CAMPANHA 
FONTE: <https://bit.ly/3v5menA>. Acesso em: 9 jan. 2021.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA
27
Do mesmo modo como styling e componentes semelhantes à vitrine e à 
fotografia, o desfile da marca da coleção em questão seguiu os mesmos atributos 
estéticos (Figura 13).
FIGURA 13 – DESFILE CAMPANHA 
FONTE: <https://bit.ly/3v8upzu>. Acesso em: 9 jan. 2021.
Acesse o link com o fashion film dessa campanha em: https://bit.ly/2T9hXl3.
DICAS
Esses exemplos mostram como pode ser composta uma campanha de moda, 
na qual a mesma identidade foi aplicada em outros pontos de contato com o cliente. 
Sem dúvida, o formato mais reproduzido, entre as ações pertencentes à campanha, 
são as fotos, pois podem ser utilizadas em mídias impressas e digitais, em anúncios, 
no site, entre outros. Para vislumbrar com maior aprofundamento, veremos como 
ocorre a produção dessas fotografias direcionadas para catálogo de moda.
28
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
2.1 A PRODUÇÃO FOTOGRÁFICA E O CATÁLOGO DE 
MODA 
Na produção de fotografias para uma campanha de moda, indica-se, pri-
meiramente, compreender o briefing do cliente, a mensagem a ser transmitida, 
o orçamento disponível e, a partir disso, pesquisar qual a melhor maneira de 
desenvolver o trabalho, os formatos e estilos, os profissionais necessários, a di-
mensão do trabalho e o planejamento como um todo.
Entende-se que, ao pensar na estruturação do catálogo de moda, automa-
ticamente a necessidade e o resultado inicial dependem das fotografias e, se dese-
jado for, da produção de filmagens. Portanto,ao tratarmos das etapas necessárias 
e da importância dada ao catálogo de moda, paralelamente também aprendemos 
sobre a produção da fotografia.
Na estruturação de um catálogo de moda, podem ser apresentados dife-
rentes tipos de estilos fotográficos, desde fotos comerciais (voltadas diretamente 
para a venda do produto), conceituais (focadas na expressão da temática ou iden-
tidade da marca) a still (sem modelo apenas produto e podem assumir estéticas 
comerciais ou conceituais).
Essas diferentes estéticas serão abordadas mais na Unidade 3.
ATENCAO
Nesse momento, não iremos analisar o estilo a ser produzido, mas a pro-
dução e a demanda em si, sem considerar se as fotografias serão exploradas em 
catálogo impresso e/ou digital, pois esse conteúdo será abordado no Tópico 3.
2.1.1 Produzindo um catálogo
O catálogo é visto como uma das maneiras mais comuns de empresas de 
moda divulgarem suas coleções. Os meios para fazer o catálogo podem ser diver-
sificados, porém os mais comuns são os elaborados por agências de publicidade, 
fotógrafos especializados em moda ou pelo próprio marketing da empresa, par-
tindo deles para a estruturação de todo time de profissionais necessários.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA
29
Basicamente, dá-se início ao catálogo pela interpretação da mensagem, do 
conceito ou da temática da coleção, depois realiza-se a contratação dos profissio-
nais mais adequados ao trabalho, em seguida, a produção das fotografias e, por 
fim, a organização e a edição das imagens no formato desejado, que será enviado 
para gráfica ou mídia digital.
Os profissionais envolvidos na produção de um catálogo são:
• Profissional da empresa: estilista e/ou proprietário e/ou responsável do 
marketing etc., pessoa responsável pelo olhar desejado pela empresa em rela-
ção ao trabalho, que, junto dos demais profissionais, delibera os avais neces-
sários, bem como coordena, acompanha e aprova todas as etapas.
• Fotógrafo: profissional responsável pelos cliques, compreendendo e tradu-
zindo, por meio da fotografia, a mensagem desejada para o trabalho, ao utili-
zar equipamentos e ângulos apropriados, podendo contribuir também com o 
direcionamento do modelo.
• Stylist/produtor de moda: responsável por, junto ao profissional da empre-
sa, interpretar o briefing, conduzir o trabalho, elaborar a melhor imagem, a 
fim de enaltecer a mensagem, seja ela conceitual ou comercial. Fazer as pes-
quisas com referências de inspirações, tendências, combinações de produtos 
(styling), cenários, casting, maquiagem e cabelo, entre outras necessidades 
pontuais. Estruturar “bonecos direcionais” e moodboards. Comunicar a todos 
os membros da equipe resultados e etapas desejados. Planejar, trocar e com-
por os looks, bem como direcionar o(s) modelo(s). Acompanhar o fotógrafo 
(de preferência buscar ter a mesma visão dele) durante as fotos, a fim de po-
der identificar a necessidade de ajustar algo na peça ou no modelo. Direcionar 
profissionais de cabelo e maquiagem. Manter o ambiente organizado antes, 
durante e após a produção das fotos ou dos vídeos.
• Maquiador e cabelereiro: função que pode ser feita por um único profissional 
– normalmente, é o que acontece na maioria dos trabalhos. Os profissionais 
que buscam atuar nessa área desenvolvem as duas habilidades. São, portanto, 
responsáveis por fazer o cabelo e a maquiagem, bem como a sua manutenção 
durante a sessão de fotos e/ou filmagem do(s) modelo(s).
• Modelo: rosto e corpo que irá ilustrar e enaltecer a campanha, responsável por rea-
lizar as poses, desempenhar atitudes e atuar de maneira condizente com o briefing.
• Designer gráfico: profissional responsável pela edição e pelo tratamento das fo-
tos, que serão diagramadas em programas específicos e enviadas para a gráfica 
(se aplicável), para impressão dos catálogos em diversos tamanhos e modelos, 
dependendo da gráfica e da disponibilidade financeira de cada cliente.
30
UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
A quantidade de profissionais necessários pode variar de acordo com cada 
projeto, assim como demandas em particular; por exemplo, em um projeto em que serão 
fotografados ou filmados apenas acessórios (sem modelo, still), não sendo necessários 
modelos e profissionais de beleza; outro exemplo é a necessidade de um cenário mais 
elaborado, o que irá demandar um cenografista.
ATENCAO
Essencialmente, são esses profissionais que fazem parte de uma produção 
de moda para uma sessão de fotos e/ou filmagem da campanha e consequente 
catálogo de moda.
Destacando o catálogo como uma ferramenta visual eficiente para gerar 
engajamento da marca/designer/loja com o mercado, é evidente a necessidade 
de uma elaboração atrativa, organizada e com qualidade. Para isso, vários itens 
precisam ser considerados, desde o papel que será utilizado, quando impresso, 
até os detalhes mais intangíveis, como a organização das informações e a atrativi-
dade de todos os elementos dispostos. O formato/tipo que o catálogo será dispo-
nibilizado impactará no seu conteúdo e na atratividade. Existem alguns tipos de 
catálogo de moda que podem ser disponibilizados:
• Revista da marca: um material que aborda, além das peças da coleção, outras 
dicas de moda, tendências e comportamento, basicamente todas as informações 
são apresentadas fazendo relação com a marca e sua nova coleção (Figura 14).
 FIGURA 14 – CATÁLOGO REVISTA – MARCA FAKINI 
FONTE: <https://bit.ly/3fyY7Hr>. Acesso em: 10 jan. 2021.
TÓPICO 2 — DESENVOLVIMENTO DE CAMPANHA DE MODA
31
• Catálogo conceitual: tem como objetivo envolver o consumidor na atmosfera 
da nova coleção, destacando, por meio das imagens dos produtos, todo o cli-
ma e conceito da coleção. O produto está presente nas imagens, mas o que fica 
mais evidente é o tema, a inspiração ou o conceito (Figura 15).
FIGURA 15 – CATÁLOGO CONCEITO – MARCA ANTIX 
FONTE: <https://bit.ly/2TaSoQA>. Acesso em: 10 jan. 2021.
• Catálogo comercial/lookbook: tem como objetivo a venda do produto de forma cla-
ra e direta, portanto nesse tipo de foto o que deve prevalecer é o produto deixan-
do evidentes os detalhes e pormenores, podendo ter ou não modelo (Figura 16).
FIGURA 16 – CATÁLOGO COMERCIAL – MARCA ANTIX 
FONTE: <https://bit.ly/3wmVkrA>. Acesso em: 10 jan. 2021.
• Catálogo técnico: elaborado normalmente para representantes ou membros in-
ternos da marca, pois o objetivo é destacar, além da imagem do produto, que, 
nesse caso, também precisa ser nítida, informações sobre medidas ou composi-
ção de materiais, tamanhos e cores disponíveis em cada referência (Figura 17).
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UNIDADE 1 — STYLING E PRODUÇÃO DE MODA – CATÁLOGO E EDITORIAL DE MODA
FIGURA 17 – CATÁLOGO TÉCNICO – MARCA FAKINI
FONTE: Gentilmente cedida por Fakini Malhas Ltda.
Torna-se fundamental compreender os diferentes tipos de catálogos, pois 
é importante considerar isso no momento de realizar as fotos. Vale ressaltar que 
os tipos podem ser combinados, ou seja, é possível ter imagens conceituais e co-
merciais em uma revista ou produzir os dois tipos de fotos, conceitual e comer-
cial, para o mesmo catálogo.
Essa definição impacta na quantidade de fotos a serem produzidas e no or-
çamento disponível, pois catálogos conceituais normalmente são produzidos com 
menos imagens, porém exigem um orçamento mais expressivo, pois, mesmo con-
tendo menos fotos, levam mais tempo para que serem montadas, seu casting, por 
vezes, pode ser diferenciado, podem ser estruturados cenários ou locações exter-
nas, entre outras particularidades e demandas próprias. Em contrapartida, os catá-
logos comerciais, definidos por fotografias estilo lookbook ou still, são mais simples, 
rápidos e dinâmicos de serem feitos, por terem como objetivo fotografar o produto 
no seu melhor ou melhores ângulos, visando a deixar evidentes os detalhamentos, 
porém, normalmente, demanda maiores quantidades de fotografias registradas.
Cientes das possibilidades existentes em relação ao catálogo de moda, a 
seguir,

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